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Saramar Mendes – Poesia – 21/06/23

Amores vãos Saramar Mendes Bebo o meu vinho entre sombras brindando à cidade e seus argênteos fantasmas. Não renego a agonia das noites dentro dos meus olhos baços, mas tranco a alma na gaveta de baixo e assisto a passagem espectral da madrugada barganhando com outros desesperados a taça, o frio e os açoites do vento ou da dor. Escapo da ausência das flores admirando néons escondida num canto de alguma rua. Esqueço meu nome antes mesmo da morte, à espera de um amanhecer que nunca acontece. “Lá fora tudo arde”. Aqui, zumbem vozes esquecidas curvadas até a mudez sobre as íntimas feridas de amores vãos.

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Saramar Mendes – Versos na tarde – 12/06/2016

Do leve fim Saramar Mendes¹ Já se foi, para sempre. De sua partida, sabem minhas pernas que abraçam o ar. De sua partida, sabem os olhos meus, pela cinzenta hora que afasta a aurora. De sua partida, sabem os espelhos e a novidade do vazio. De sua partida sabem já os livros perdidos dos rabiscos costumeiros. De sua partida, me disseram os cães, andando por onde sua imagem se desvanece. Da gentileza do seu existir, a última imagem que terei é de ir-se assim, mudo e leve. ¹ Saramar Mendes Brasil, 1958 d.C São escassas as informações sobre esta poetisa. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Saramar Mendes – Versos na tarde – 25/11/2014

Poema de desamar Saramar Mendes¹ Sob o vôo dos versos, alguma alma existe. Além do sorriso ou da lágrima de todo dia, fechada a porta, sou uma mulher que geme e canta ao meu arrepio de solidão ou de prazer. Se quiser, sou brinquedo, imagem de qualquer tela. No entanto, diante de todo espinho que, indiferente, cravas, fluo em sangue e lava. Ainda a dor insiste? Lavo-me em fogo, em água. E ergo os olhos e corto as cordas, derivo-me para longe de ti, das mágoas, âncoras desgarradas, presas em nada. Esqueci como voltar os olhos ao que julgara porto. Hoje sou anjo e você, morto. ¹Saramar Mendes Brasil, 1958 d.C São escassas as informações sobre esta poetisa. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Saramar Mendes – Versos na tarde – 31/07/2013

Poema Saramar Mendes¹ Quando me arranha tua ausência, areia dentro dos poros, mordo o corpo, rasgo os olhos nada mais quero enxergar. Tua ausência arde além da pedra é vela a se apagar enquanto queima. e você soletra as palavras de não estar e teima e me sorve e apaga o fogo dos meus olhos mesmo sabendo que há em mim uma saudade vermelha a gotejar ¹ Saramar Mendes Brasil, 1958 d.C São escassas as informações sobre essa poeta. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Saramar Mendes – Versos na tarde

Poema De Desamar Saramar Mendes ¹ Sob o vôo dos versos, alguma alma existe. Além do sorriso ou da lágrima de todo dia, fechada a porta, sou uma mulher que geme e canta ao meu arrepio de solidão ou de prazer. Se quiser, sou brinquedo, imagem de qualquer tela. No entanto, diante de todo espinho que, indiferente, cravas, fluo em sangue e lava. Ainda a dor insiste? Lavo-me em fogo, em água. E ergo os olhos e corto as cordas, derivo-me para longe de ti, das mágoas, âncoras desgarradas, presas em nada. Esqueci como voltar os olhos ao que julgara porto. Hoje sou anjo e você, morto. ¹ Elisa Lucinda * Vitória, ES. – 2 de Fevereiro de 1958 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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