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Brasil Cercado.

Professor Moniz Bandeira diz que EUA têm “cinturão militar” em volta do Brasil. Há mais de 50 anos o professor Luiz Alberto Moniz Bandeira tem como objeto de estudo os Estados Unidos da América. Em entrevista à Agência Brasil, ele fala sobre os “cerca de 6.300 militares americanos [que] estiveram baseados ou realizaram operações na região da Amazônia entre 2001 e 2002”, conforme revela no livro Formação do Império Americano. Da guerra contra a Espanha à guerra do Iraque. Leia, abaixo, a entrevista concedida no escritório de seu amigo, o secretário-geral do Ministério de Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães. Agência Brasil: O que o senhor diz da presença dos Estados Unidos na América do Sul? Moniz Bandeira: Os Estados Unidos estão realmente criando, já há muitos anos, um cinturão em volta do Brasil. ABr: De bases militares? Moniz Bandeira: De bases militares sim. Base de Manta, no Equador, e outras, no Peru, na Bolívia. Algumas são permanentes, outras são para ocupação ocasional. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Como essa do Paraguai, que não é propriamente uma base: eles têm uma pista construída desde a década de 80, maior do que a pista do Galeão (no Rio de Janeiro, a maior pista de pouso do Brasil, com 4.240 metros de extensão). Agora a notícia é de terão 400 soldados (norte-americanos, no Paraguai). Fazem exercícios conjuntos, juntam grupos para fazer exercícios perto da fronteira do Brasil ou em outros pontos. O mais curioso nisso tudo, e aí sim levanta muita suspeita: primeiro, a concessão de imunidade aos soldados americanos; segundo, a visita de Donald Rumsfeld (secretário de Defesa dos EUA) a Assunção, capital do país; terceiro, o fato de que Dick Cheney (vice-presidente norte-americano) recebeu nos Estados Unidos o presidente do Paraguai. O que representa o Paraguai para os Estados Unidos? Isso é só uma forma de perturbar o Mercosul. ABr: Analistas dizem que hoje o Paraguai cumpre a função de aliado dos EUA, que um dia cumpriu a Argentina, com o presidente Carlos Menem, e depois o Uruguai, com Jorge Battle. Moniz Bandeira: É o que eles tentam, primeiro a Argentina de Menen, depois o Uruguai de Battle, agora querem manipular o Paraguai. É uma situação delicada. O Paraguai não tem peso. Inclusive, se o Brasil fiscalizar a fronteira, acaba o Paraguai, porque a maior parte das exportações do Paraguai é contrabando para o Brasil. O Paraguai, oficialmente, destina ao Brasil mais de 30% de suas exportações. Se considerar o contrabando, sobe para mais de 60%. E mesmo para exportar para outros países depende substancialmente do Brasil, dos corredores de exportação que levam para os portos de Santos, Paranaguá e Rio Grande. O Paraguai é um país com muitas dificuldades, se superestima, e não cai na realidade. Cada país tem que ver suas limitações, relações reais de poder. O Paraguai é inviável sem o Brasil e a Argentina. A Argentina está solidária com o Brasil, não tem interesse no Paraguai como instrumento dos Estados Unidos para ferir o Mercosul. ABr: Onde estão, especificamente, os militares norte-americanos que formam esse “cinturão” ao redor do Brasil? Moniz Bandeira: Eles se estendem desde a Guiana, passam pela Colômbia… Sobretudo não são militares fardados, mas empresas militares privadas, que executam uma série de serviços terceirizados para os Estados Unidos. O Pentágono está terceirizando a guerra. Eles criaram, já há algum tempo, desde o início dos anos 90 as Military Company Corporations [Companhias Militares Privadas, em inglês], que executam os serviços militares justamente para fugir às restrições impostas pelo Congresso americano. Pilotam aviões no Iraque, por exemplo. As companhias militares privadas estão fazendo tudo, até torturando. Com isso, escamoteiam as restrições impostas. ABr: Existem também operações secretas? Moniz Bandeira: Sim, mas isso é outra coisa. Sabemos dessas informações. Se você ler os jornais, verá, às vezes, que foi interceptado um avião americano no Brasil que voava da Bolívia para o Paraguai clandestinamente. Essas informações estão espalhadas em vários lugares. ABr: Qual a razão desses militares norte-americanos na América do Sul? Moniz Bandeira: Diversos fatores. As bases permitem a manutenção de grandes orçamentos para o Pentágono. Por causa da indústria bélica, do complexo industrial militar nos EUA, eles precisam gastar seus equipamentos militares para novas encomendas. É um círculo vicioso. E qual é o mercado para o consumo dos armamentos? A guerra. Os EUA têm interesse na guerra porque a sua economia depende em larga medida do complexo bélico, para inclusive manter empregos. Há certas regiões dos EUA dominadas totalmente pelo interesse dessas indústrias. Há uma simbiose entre o estado e a indústria bélica. O estado financia a indústria bélica e a indústria bélica necessita do estado para dar vazão aos seus armamentos e a sua produção. ABr: Existe alguma razão estratégica do ponto de vista dos recursos naturais? Moniz Bandeira: Os países andinos são responsáveis por mais de 25% do petróleo consumido nos Estados Unidos. Só a Venezuela é responsável por cerca 15% desse consumo. De um lado querem derrubar o (presidente venezuelano Hugo) Chávez, de outro sabem que uma guerra civil ali levaria o preço do petróleo a mais de US$ 200 o barril. André Deak e Bianca Paiva – Da Agência Brasil/Brasília 

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Design X Desenho

A palavra design já não é um termo tão desconhecido atualmente, mas mesmo com essa popularidade as pessoas ainda não sabem direito o que ela significa. Em geral, a palavra design está associada a desenho e beleza. A própria propaganda reforça um pouca essa idéia. Quando um novo modelo de carro é lançado, é dito que ele tem um design moderno. Uma caneta cara tem design clássico e por ai vai. Assim, um produto, um site ou uma peça gráfica tem design quando são “bonitos”. Porém as pessoas são diferentes e, mesmo que se estabeleça um padrão de beleza, temos gostos e opções diferentes. É exatamente isso que alguns profissionais de comunicação visual se esquecem quando cedem aos pedidos do cliente que teima em colocar valores e gostos pessoais em seus projetos. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Há sim, um interesse em tornar algo agradável ao olhar, pois antes de se usar um produto e se certificar de que ele é funcional nós o vemos e temos uma primeira impressão sobre ele. Embora existam teorias diversas, design precisa, acima de tudo, ter uma função prática e eficaz. Isso é mais visível em projetos de produtos que são baseados em ergonomia (relação entre usuário e objeto) e funcionalidade. Não adianta trocar o botão do liquidificador de lugar e dizer que fez um novo design. Nesse caso, é preciso analisar os problemas que estão presentes no atual aparelho ou em sua função e desenvolver uma solução para eles. por Carolina Antunes – E-mail: carolina@flashmasters.com.br

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Saiu na mídia – BBC – Vacas, gás metano e arrotos.

Pílula antiarroto para vacas “reduz” efeito estufa. O arroto de vaca seria responsável por 4% da produção de metano. Na luta contra o aquecimento global, o cientista Winfried Dochner, da Universidade de Hohenheim, na Alemanha, apresentou uma arma inusitada: pílulas antiarrotos para vacas. O especialista alemão afirma que os arrotos dos ruminantes respondem por cerca de 4% das emissões de gás metano no planeta. E a tendência seria de crescimento, já que o consumo de carne está aumentando. “Não podemos evitar esse desenvolvimento. Mas com novos métodos, podemos reduzir a influência das vacas no efeito estufa para até 3%, e ainda economizaremos dinheiro”, diz o especialista em nutrição animal Dochner. A solução que ele criou para o problema tem o tamanho de um punho fechado: uma superpílula batizada de “Bolus”, composta de substâncias microbióticas que se dissolvem no estômago das vacas durante vários meses, ajudando na digestão. Dieta Esse “remédio”, aliado a uma rigorosa dieta com mais gorduras e com horas específicas de alimentação, diminuiria a produção de metano dos animais, segundo o estudioso. “Um animal que mastiga e digere continuamente melhora o aproveitamento de substâncias no seu próprio corpo. É como com as pessoas: mais refeições ao longo do dia são significativamente mais saudáveis para o corpo. “O metano é produzido pelo processo químico de fermentação que resulta da ruminação das vacas e é formado pela combinação das moléculas d’água e de dióxido de carbono. Com a nova técnica, em vez de ser arrotado para fora pelos animais, ele seria usado pelo organismo das vacas para a produção de glicose. Com isso, o cientista alemão afirma que elas produziriam mais leite, o que as tornaria economicamente mais eficientes. Com a dieta e, principalmente a superpílula, a produção diária de metano seria diminuída consideravelmente, segundo Dochner. Ele diz ainda que o cientista ainda procura patrocinadores para a sua idéia. Fonte: BBC  [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Design – Pen Drives jóias

Estes são pen drives jóias ou jóias de pen drives? Levando a grife dos famosos cristais Swarovski – fabricante suíça de cristais -, essas belezuras armazenam 1GB e tem conexão USB. Produzido pela Philips, estão sendo vendidos nos Usa por US$ 178. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Arquitetura – Espanha

Andaluzia, Espanha – Palácio Mourisco – Pátio interno – Detalhe Andaluzia, Espanha – Palácio Mourisco – Pátio interno [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Arquitetura – Palácio dos Ventos – Índia

Índia – Palácio dos Ventos do Marajá Sawai Patrap Singh Construído no final do século XVIII pelo marajá Sawai Patrap Singh, o palácio dos ventos-hawamahaae é um dos mais fascinantes monumentos da Índia. Situado na parte mais antiga da cidade, ele surpreende com as 953 pequenas janelas espalhadas por sua fachada. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]O tamanho e a quantidade dessas janelas não foram uma escolha decorativa. Elas foram criadas especialmente para que as mulheres do harém do marajá pudessem observar as ruas sem que ninguém as vissem. Hoje em dia, o zelo não é tão grande, as mulheres podem circular normalmente pelas ruas, mas a imponência do palácio ainda é a memória viva dos tempos antigos. Com cinco andares, o palácio dos ventos tem uma lateral bastante estreita. Quando o vento sopra, ecoa uma suave melodia de seu interior. Do alto, é possível ter uma excelente visão da cidade. Sua cor, que acompanha o colorido de Jaipur, foi obtida com a utilização do arenito rosa, abundante em todo Estado do Rajastão. A contrução da cidade de Jaipur, com cerca de dez quilometros quadrados, foi planejada pelos muçulmanos. Vindos da Pérsia e da Turquia por volta de 1.100, eles dominaram o norte da Índia por mais de 500 anos. Ali deixaram traços culturais e uma arquitetura requintada.

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Tecnologia – Robô contra a calvice.

Poucos tratamentos têm funcionado contra a calvície. Uma empresa britânica de biotecnologia está desenvolvendo um robô que faz as células do folículo piloso crescerem para serem usadas em tratamentos contra calvície. A companhia Intercytex testou com sucesso um método para remover em 30 minutos os folículos pilosos da parte de trás do pescoço, multiplicá-los e reimplantá-los na cabeça, através de injeção na pele. A empresa agora pretende usar um fundo do governo britânico de 1,85 milhão de libras (cerca de R$ 7,4 milhões) para automatizar o processo de crescimento de células, para que o tratamento se torne acessível a mais pessoas. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]O método poderia ser usado para tratar casos de calvície em homens ou alopecia em mulheres. Escala comercial A Intercytex, baseada em Cambridge e Manchester, recebeu fundos para o projeto do programa de tecnologia do departamento de Comércio e Indústria. Trabalhando com a empresa de equipamentos científicos The Automation Partnership, que desenvolveu o sistema robótico para armazenamento e crescimento de células, a empresa pretende ganhar escala comercial de produção de folículos pilosos – também conhecidos como células da papila dérmica. O tratamento foi testado inicialmente em sete homens com calvície. Em cinco deles, os cabelos voltaram a crescer. Os testes estão sendo estendidos agora a outros 20 homens. O tipo mais comum de calvície é desencadeado pelo hormônio masculino diidrotestosterona (DHT), que faz com que os folículos se encolham e que o cabelo se torne mais fino, até parar de crescer. Segundo o presidente da Intercytex, Nick Higgins, as áreas atrás do pescoço não são afetadas pelo hormônio. “Nós retiramos uma amostra muito pequena das células da papila dérmica e depois fazemos com que elas cresçam em um ambiente especial, até obtermos dez mil células. Depois pegamos uma agulha muito fina e injetamos as células abaixo da pele. A idéia é que a cada injeção, novos cabelos cresçam”, diz Higgins. A tecnologia também será testada em casos de alopecia, mas, segundo Higgins, esse tipo de tratamento só estará disponível daqui a três anos ao público em geral. De acordo com o psicólogo da Universidade de Nottingham e porta-voz da entidade britânica Alopecia UK, Nigel Hunt, a queda de cabelos é uma experiência traumática, especialmente para mulheres com alopecia. “Eu gostaria de ver alguns resultados, mas se for comprovado que isso funciona, haverá uma mudança dramática”, diz ele. “No momento, muito pouca coisa funciona.” Fonte BBC – London 

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Arte e depedração: obra do artista plástico Rothko pichada na civilizada Londres

Jovem que fez ‘intervenção artística’ em quadro pega 2 anos de prisão Custo da restauração deve chegar a US$ 323 mil. Para amigo, prisão será um período ‘muito criativo’ para Umaniec. O jovem polonês Wlodzimierz Umaniec, que fez uma “intervenção artística” sobre um mural de Mark Rothko na galeria Tate Modern de Londres, no mês de outubro, foi condenado a dois anos de prisão na quinta-feira (13) por um tribunal britânico. Vladimir Umanets foi condenado por danificar quadro de Mark Rothko. (Foto: Reprodução) Umaniec, também conhecido como Vladimir Umanets – nome que assinou na tela -, estava sendo acusado de vandalismo por ter causado sérios danos à pintura do artista russo-americano, intitulada “Black on Maroon“, que Rothko doou ao museu em 1969. O réu, por sua vez, admitiu os danos causados ao mural, que pertence à série “Seagram”, realizada por Rothko nos anos 60 após uma encomenda do hotel Four Seasons de Manhattan (Nova York). No entanto os quadros nunca chegaram a ser instalados no local.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A maldade contra o quadro – sobre o qual Umaniec pintou a frase “Vladimir Umanets, uma possível peça do Yellowism” – causou o fechamento temporário da Tate Modern, a galeria de arte contemporânea mais visitada do mundo, com 4,7 milhões de pessoas ao ano. A acusação assinalou que o trabalho de restauração da obra será “longo e complexo” devido à “técnica pictórica única” utilizada pelo artista, já que a tinta usada por Umaniec encobriu as camadas de pintura da tela. No total, o custo dessa restauração deve chegar a US$ 323 mil. Umaniec, que afirmava ser estudante de arte, explicou em outubro à imprensa que o “Yellowism (Amarelismo) não é arte e nem está contra a arte”, mas é “um elemento da cultura contemporânea visual”. O juiz Roger Chapple considerou que as ações de Umaniec tinham sido totalmente “planejadas e propositais” e, em relação ao “Yellowism”, afirmou que é “inaceitável promovê-lo através do dano de uma obra de arte”, que foi qualificada como um “presente à nação”. Um amigo do condenado, Ben Smith, que estava presente no julgamento, opinou, por outro lado, que o ato não foi de “destruição”, mas de “criatividade”, já que transformou o “Yellowism” em um “fenômeno global”. Segundo este “seguidor do Yellowism”, a prisão será um período “muito criativo” para Umaniec e também o ajudará a “compreender melhor a humanidade”. Da Agência Efe

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Versos na tarde – Artur Eduardo Benevides – 26/12/2012

Inanamorato Artur Eduardo Benevides¹ I O som de tua voz é um ramo a nascer da árvore da vida. Com medo de perder-te, sempre que chegas sinto o travo da partida. E quero ficar à tua margem – Ó rosa e Mar! – e ver tua leveza de pássaro a voar. II Estar sem ti é estar em silêncio de montanha sem existir montanha. É ficar em desterro, ou regressar, calado, de um enterro e tomar lentamente um copo de vinho, sozinho. III Estar contigo é sempre amanhecer. É sentir que o sol de repente toca em mim com a doçura do que se põe no azul a florescer. IV Ai, tecelã da eterna poesia, um pouco mais de ti em mim e eu voaria! Nem me dês teus frutos. Basta que sorrias. Não mereço mais. ¹Artur Eduardo Benevides * Pacatuba, CE. – 1923 d.C Poeta, ensaísta e contista brasileiro, com mais de quarenta livros publicados.

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