Jovem que fez ‘intervenção artística’ em quadro pega 2 anos de prisão
Custo da restauração deve chegar a US$ 323 mil.
Para amigo, prisão será um período ‘muito criativo’ para Umaniec.
Vladimir Umanets foi condenado por danificar quadro de Mark Rothko. (Foto: Reprodução)
Umaniec, também conhecido como Vladimir Umanets – nome que assinou na tela -, estava sendo acusado de vandalismo por ter causado sérios danos à pintura do artista russo-americano, intitulada “Black on Maroon“, que Rothko doou ao museu em 1969.
O réu, por sua vez, admitiu os danos causados ao mural, que pertence à série “Seagram”, realizada por Rothko nos anos 60 após uma encomenda do hotel Four Seasons de Manhattan (Nova York).
No entanto os quadros nunca chegaram a ser instalados no local.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita]
A maldade contra o quadro – sobre o qual Umaniec pintou a frase “Vladimir Umanets, uma possível peça do Yellowism” – causou o fechamento temporário da Tate Modern, a galeria de arte contemporânea mais visitada do mundo, com 4,7 milhões de pessoas ao ano.
A acusação assinalou que o trabalho de restauração da obra será “longo e complexo” devido à “técnica pictórica única” utilizada pelo artista, já que a tinta usada por Umaniec encobriu as camadas de pintura da tela.
No total, o custo dessa restauração deve chegar a US$ 323 mil.
Umaniec, que afirmava ser estudante de arte, explicou em outubro à imprensa que o “Yellowism (Amarelismo) não é arte e nem está contra a arte”, mas é “um elemento da cultura contemporânea visual”.
O juiz Roger Chapple considerou que as ações de Umaniec tinham sido totalmente “planejadas e propositais” e, em relação ao “Yellowism”, afirmou que é “inaceitável promovê-lo através do dano de uma obra de arte”, que foi qualificada como um “presente à nação”.
Um amigo do condenado, Ben Smith, que estava presente no julgamento, opinou, por outro lado, que o ato não foi de “destruição”, mas de “criatividade”, já que transformou o “Yellowism” em um “fenômeno global”.
Segundo este “seguidor do Yellowism”, a prisão será um período “muito criativo” para Umaniec e também o ajudará a “compreender melhor a humanidade”.
Da Agência Efe