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Fatos & Fotos – 10/11/2017

Ballet – Natalia Osipova  ***** Arte – Joel Meyerowitz – Chichester Canal ***** Como fabricar monstros para garantir o poder em 2018 Manifestantes protestam no MAM em repúdio à apresentação do coreógrafo Wagner Schwartz no dia 30 de setembro TIAGO QUEIROZ ESTADÃO CONTEÚDO Enquanto o país é tomado por assaltantes do dinheiro público, parte dos brasileiros está ocupada caçando pedófilos em museus.  Pense. Preste atenção na sua vida. Olhe bem para seus problemas. Observe a situação do país. Você acredita mesmo que a grande ameaça para o Brasil – e para você – são os pedófilos? Ou os museus? Quantos pedófilos você conhece? Quantos museus você visitou nos últimos anos para saber o que há lá dentro? Não reaja por reflexo. Reflexo até uma ameba, um indivíduo unicelular, tem. Exija um pouco mais de você. Pense, nem que seja escondido no banheiro. Seria fascinante, não fosse trágico. Ou é fascinante. E também é trágico. No Brasil atual, os brasileiros perdem direitos duramente conquistados numa velocidade estonteante. A vida fica pior a cada dia. E na semana em que o presidente mais impopular da história recente se safou pela segunda vez de uma denúncia criminal, desta vez por obstrução da justiça e organização criminosa, e se safou distribuindo dinheiro público para deputados e rifando conquistas civilizatórias como o combate ao trabalho escravo, qual é um dos principais assuntos do país? A pedofilia. Desde setembro, quando a mostra QueerMuseu – Cartografia da Diferença na Arte Brasileira foi fechada, em Porto Alegre, pelo Santander Cultural, após ataques liderados por milícias como o Movimento Brasil Livre (MBL), arte, artistas e instituições culturais têm sido atacados e acusados de estimular a pedofilia e/ou de expor as crianças à sexualidade precoce no Brasil. Resumindo: enquanto os brasileiros têm seus direitos roubados, uma parte significativa da população está olhando para o outro lado. Ou, dito de outro modo: sua casa foi tomada por assaltantes de dinheiro público e ladrões de direitos constitucionais, mas você está ocupado caçando pedófilos em museus. Conveniente, não é? E para quem? A resposta é tão óbvia que qualquer um pode chegar a ela sem ajuda. Uma pergunta simples: por que os movimentos que ergueram a bandeira anticorrupção para derrubar Dilma Rousseff (PT), uma presidente ruim, mas que a maioria dos brasileiros elegeu, não estão fazendo nenhum movimento para derrubar Michel Temer (PMDB), um homem que só se tornou presidente por força de um impeachment sem base legal, ligado a uma mala de dinheiro e que tem como um dos principais aliados outro homem, Geddel Vieira Lima (PMDB), ligado a mais de 51 milhões de reais escondidos num apartamento? Ou Aécio Neves (PSDB), que em conversa gravada pediu dois milhões de reais a Joesley Batista, um dos donos da JBS, para pagar os advogados que o defendem das denúncias da Operação Lava Jato? Isso não é corrupção? Isso não merece movimento? Quem mudou? E por quê? Responda você. Outra pergunta simples: por que, em vez disso, parte destes movimentos, que se converteu em milícia, criou um problema que não existe justamente num momento em que o Brasil tem problemas reais por todos os lados? A não ser que você realmente acredite que o problema da sua vida, o que corrói o seu cotidiano, são pedófilos em museus, sugiro que você mesmo responda a essa pergunta. Eu vou buscar responder a algumas outras. 1) Como criar monstros para manipular uma população com medo? A criação de monstros para manipular uma população assustada não é nenhuma novidade. Ela se repete ao longo da história, com resultados tenebrosos, seguidamente sangrentos. Como muitos já lembraram, a Alemanha nazistaatacou primeiro exposições de arte. Os nazistas criaram o que se chamou de “arte degenerada” e destruíram uma parte do patrimônio cultural do mundo. E, mais tarde, assassinaram 6 milhões de judeus, ciganos, homossexuais e pessoas com algum tipo de deficiência. Dê um monstro a uma população com medo, para que ela o despedace, e você está livre para fazer o que quiser. Mas hoje há uma diferença com relação a outras experiências ocorridas na história: a internet. A disseminação do medo e do ódio é muito mais rápida e eficiente, assim como a fabricação de monstros para serem destroçados. Mas a internet é uma novidade também em outro sentido, que está sendo esquecido pelos linchadores: as imagens nela disseminadas estarão circulando no mundo para sempre. A história não conheceu a maioria dos rostos dos cidadãos comuns que tornaram o nazismo e o holocausto uma realidade possível, apenas para ficar no mesmo exemplo histórico. Eles se tornaram, para os registros, o “cidadão comum”, o “alemão médio” que compactuou com o inominável. Ou mesmo que aderiu a ele. Aqueles que hoje chamam artistas de “pedófilos” se esquecem de que sua imagem e suas palavras permanecerão para sempre nos arquivos do mundo Hoje, no caso do Brasil e de outros países que vivem situação parecida, o “cidadão comum” que aponta monstros com o rosto distorcido e estimula o ódio não é mais anônimo e apagável. Ele está identificado. Seus netos e bisnetos o reconhecerão nas imagens. Seu esgar de ódio permanecerá para a posteridade. Será interessante acompanhar como isso mudará o processo de um povo lidar com sua memória. E com sua vergonha. Tudo é tão instantâneo e imediato na internet, tão presente contínuo, que muitos parecem estar se esquecendo de que estão construindo memória sobre si mesmos. Memória que ficará para sempre nos arquivos do mundo. 2) Como criar uma base eleitoral para “botar ordem na casa” sem mudar a ordem da casa? A fabricação de monstros é uma forma de controle de um grupo sobre todos os outros. A escolha do “monstro” da vez é, portanto, uma escolha política. O que se cria hoje no Brasil é uma base eleitoral para 2018. Uma capaz de votar em alguém que controle o descontrole, alguém que “bote ordem na casa”. Mas que bote ordem na casa sem mudar a ordem da casa. Este é o ponto. A escolha do “monstro” da vez é uma escolha política Primeiro, derrubou-se a presidente eleita com a bandeira anticorrupção. Mas aqueles com os quais esses

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Fatos & Fotos – 20/10/2017

“É estranha a facilidade com a qual os maus creem no êxito das suas maldades.” Victor Hugo ***** A pergunta é; Quem perdeu com o Impeachment? Os que fecharam seus negócios, os que perderam emprego, os que perderam a condição de morar e comprar comida. Os esquerdopatas, que fizeram tanto barulho rinchando “é golpe”, continuam em suas boas vidas, cargos e mandatos, com mordomias quais às da “Nomenklatura Soviética”, e que até aumentaram o ganho de popularidade, fingem, com o cinismo dos ladravazes que Lula, minha nossa, irá recuperar tudo. Os fascistas dos patos não lhes ficam atrás. Perderam até o cabo das panelas. Com a impunidades dos Lulas, Temers, Aécios, Renans, Jucás “et caterva”, nem o povo catequizado, nem a elite corporativa pendurada nas benesses dos BNDEs, REFIS e “boutades” outras fiscais, nem Zés nem Marias, os trabalhadores e “ninguéns”. Muito menos o país que está se esvaindo na combustão dos insensatos, têm a chance de renascer das cinzas como uma Fênix, pois já se lhe arderam as asas da dignidade. ***** Mais um. PQP! STF concede HC para Nuzman. Quem foi mesmo que não compensa? ***** Aqui no Bananil, diverso confunde histeria com ideologia. Acham que fígado é lugar de neurônios – e usam as redes sociais não para argumentar, mas para ofender. No meu espaço não censuro. Até para expor os linchadores digitais. Eles ameaçam dizendo que vão descurtir a página. Se você faz esse perfil, não pense duas: nunca encontrará, pelo menos da minha parte, qualquer estímulo para ficar na página. Já quem diverge, critica, aponta erros, argumenta, são bem-vindos. ***** Futuristas relacionam crise no jornalismo com risco a democracias O futuro do jornalismo tem sido tema de muitos debates, mas poucas empresas de comunicação têm envolvido suas equipes em planejamento ou tomado ações concretas para sobreviver às mudanças, cada vez mais impactantes, da Era da Informação Digital. A constatação é de uma pesquisa feita pelo Future Today Institute, divulgada no encontro anual da Online News Association, em Washington (DC) no início de outubro. A preocupação com o futuro pessoal é bem mais frequente entre os jornalistas (94%) que a média da população dos Estados Unidos (32%), mas quase 70% dos profissionais que atuam em organizações dos Estados Unidos, Canadá, América Latina, Europa e Sudeste Asiático consultados na pesquisa disseram que não há nas redações um monitoramento efetivo de tendências tecnológicas que podem impactar a produção e distribuição de notícias além dos próximos 5 ou 10 anos. O levantamento constatou que a maioria dos gestores, supostamente com maiores responsabilidades estratégicas, têm se concentrado em resolver questões de impacto imediato, como escassez de recursos e manutenção de equipes. Não é possível considerar a modelagem do futuro da mídia sem intervenções no presente. É consenso entre os futuristas que os dados pessoais, capturados pelas diversas plataformas, vão se tornar ainda mais valiosos (data = next oil). Que computadores e smartphones tendem a se tornar cada vez mais “vestíveis”. Que sistemas que usam “Machine Learning” vão ser capazes de tomar decisões lógicas com muita rapidez, mas ainda estarão sujeitos a equívocos graves. E especialmente, que apenas 9 grandes empresas de tecnologia, com evidentes vantagens no uso da Inteligência Artificial, tendem a controlar toda a distribuição de notícias no planeta. IMPACTOS Os pesquisadores buscam estabelecer conexões entre inovações tecnológicas capazes de gerar tendências e a partir delas, construir cenários para o futuro do jornalismo tanto do ponto de vista da empresas quanto da sociedade. Porque Jornalistas deveriam se preocupar com Visual Computing? Visual Computing é uma tecnologia que pode equipar ferramentas capazes de reconhecer e distinguir pessoas, objetos, lugares em vários contextos. Tende a se popularizar pelo uso em vários tipos de dispositivos. Desde satélites (na órbita da Terra) menores e mais baratos a equipamentos portáteis capazes de análises detalhadas, com aplicações na saúde, psicologia, marketing, segurança, etc… Tem sido implantado na China, com grande apoio do governo, preocupado com o controle social. A tecnologia tem potencial para contribuir na produção e na interação do público com o conteúdo. Cenário otimista Ponto de vista do Jornalismo: Visual Computing se torna uma poderosa ferramenta para produção de matérias jornalísticas. É usado também como plataforma de distribuição. Organizações de notícias desenvolvem um modelo de negócios para tornar o noticiário mais visual, atraente e sustentável. De ponto de vista da Sociedade: os pesquisadores encontram solução para o jornalismo tendencioso. Tudo o que podemos ver poderá ser pesquisado e confirmado. Compreenderemos melhor o mundo e tomaremos melhores decisões. Cenário Pragmático Do ponto de vista do Jornalismo: as organizações de notícias não terão um modelo de negócios que incorpore as ferramentas de Visual Computing. A distribuição de notícias fica ainda mais difusa, tornando mais difícil sustentar as empresas de comunicação. Algumas abandonam o negócio. Do ponto de vista da Sociedade: o jornalismo tendencioso se generaliza. Continuaremos ensinando computadores a reconhecer e aprender a partir de estereótipos. Advento de discriminação digital generalizada. As empresas prometem melhorar os algoritmos, mas muito poucas mudanças serão constatadas. Cenário Catastrófico Do ponto de vista do Jornalismo: Visual Computing conquista o mercado. As empresas de comunicação não possuem um modelo comercial pronto. Eles perdem anunciantes e market share para novas plataformas de notícias com mais recursos tecnológicos e visuais. Jornalistas desempregados. Do ponto de vista da Sociedade: se tornará ainda mais difícil detectar notícias falsas em função da proliferação de novos recursos de sabotagem de conteúdo. Máquinas, treinadas a partir de estereótipos horríveis, agora tomam decisões que afetam nossas vidas. Modelo probabilístico ? Cenário Otimista = 0% ? Cenário Pragmático = 70% ? Cenário Catastrófico =30% Porque jornalistas deveriam se preocupar com Interface de Voz? Porque 50% das pessoas em países industrializados que interagem com computadores usarão voz até 2021. Em muito pouco tempo as pessoas estarão depositando muita confiança nas máquinas e serão os algoritmos a tomar decisões por nós. Nesse contexto há risco de que marcas de organizações de comunicação deixem de participar do diálogo. Cenário Otimista Do ponto de vista do Jornalismo: as organizações de notícias investem e priorizam

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Fatos & Fotos – 19/10/2017

O homem, perante a noite, abate-se, ajoelha-se, prosterna-se, atira-se ao chão, arrasta-se para um covil ou busca asas. Quase sempre quer evitar a presença do desconhecido. Victor Hugo ***** “Você acha que pobre tem hábito alimentar? Ele tem que dar graças a Deus” João Prefake Dória sobre a ração processada que pretende servir aos pobres. ***** ***** CCJ da Câmara opta por permanecer na lama. ***** Lava jato serve para chantagens que protegem Temer O presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB), e o deputado Bonifácio de Andrada (PSDB), relator da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer JOÉDSON ALVES EFE No momento mais crítico da investigação, a Operação Lava Jato deixou de oferecer risco e virou uma oportunidade para o Congresso. Essa é a avaliação de especialistas entrevistados pelo EL PAÍS sobre a nova vitória do presidente Michel Temer (PMDB) na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados. Nesta quarta-feira, Temer obteve 39 votos favoráveis e 26 votos contrários ao relatório do deputado Bonifácio de Andrada (PSDB), pelo arquivamento da segunda denúncia contra o presidente. Parecia um momento grave. Pela primeira vez na história, um presidente da República foi denunciado no Brasil no exercício do cargo. Temer quebrou esse recorde duas vezes, com duas denúncias. Nesta segunda denúncia, Temer é acusado de obstrução de Justiça e de chefiar a organização criminosa composta pelo PMDB na Câmara dos Deputados. Mas as denúncias contra Temer viraram apenas um atalho para parlamentares barganharem benesses do governo federal. Em troca da blindagem, com a rejeição da abertura de ação penal no Supremo Tribunal Federal durante o mandato presidencial, Temer concedeu diversas vantagens aos parlamentares. Nas últimas semanas, Temer afrouxou regras da fiscalização ao trabalho escravo por meio de uma portaria, negociou mais de 200 milhões de reais em emendas orçamentárias e se empenhou na derrubada das medidas cautelares contra o senador Aécio Neves (PSDB), de acordo com parlamentares de oposição. Esse atalho ficou ainda mais fácil depois que o Supremo Tribunal Federal decidiu na semana passada que quaisquer medidas cautelares da corte contra parlamentares, como o afastamento do mandato ou a prisão, precisam ser referendadas pelo Congresso. O arquivamento da segunda denúncia contra Temer ainda precisa ser confirmado no plenário da Câmara. Mas a expectativa do governo é de vitória. A primeira denúncia foi arquivada por 41 votos a 24 na Comissão de Constituição e Justiça e, no plenário, por 263 votos favoráveis à blindagem de Temer contra 227 que defenderam a abertura de ação penal. Tanto na primeira vitória de Temer como neste segundo triunfo, o custo da vitória de Temer deve recair para a população, seja pelo preço no uso do orçamento público para emendas e benesses do governo federal a parlamentares, como para a sociedade como um todo que volta algumas casas em avanços sociais conquistados nas últimas décadas. Nas discussões dos parlamentares na Comissão de Constituição e Justiça, predominaram defesas de Temer como se essa blindagem ao presidente garantisse a recuperação da economia ou como se as denúncias não tivessem provas de crimes. Todos argumentos considerados falsos e rejeitados pela oposição. O deputado Alessandro Molon (REDE-RJ) foi um dos que defendeu a abertura de ação penal contra o presidente e seus aliados. “Temer e seus ministros precisam ser processados por seus crimes”, afirmou. Mas integrantes da bancada na mira da Operação Lava Jato se juntaram à tropa de choque de Temer e a outros alvos de investigações. É o caso de Arthur Lira (PP-AL), réu na operação por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, que votou pelo arquivamento da segunda denúncia, assim como Luiz Fernando Faria (PP-MG) (acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro), e também Paes Landim (PTB-PI), e Beto Mansur (PRB-SP), investigados pelo recebimento de doações irregulares. Todos eles votaram pelo arquivamento da denúncia. Até o deputado Paulo Maluf (PP), condenado no Supremo Tribunal Federal por lavagem de dinheiro e velho sobrevivente de escândalos de corrupção, deu o ar da graça, elogiando o relatório de Andrada que blindou Temer. “É um primor”, afirmou. Não faltou quem defendesse a blindagem de Temer pela “estabilidade” do país. “Querem destituir o presidente há um ano das eleições para causar mais caos, sofrimento e instabilidade no país. Mas o povo não aguenta mais”, afirmou o deputado Pastor Franklin (PP). Discursos empolados, dois pesos e duas medidas, benesses negociadas pela salvação de Temer, nada difere da história do Brasil desde o período colonial, avalia a historiadora Adriana Romeiro, professora da Universidade Federal de Minas Gerais e autora do livro Corrupção e Poder no Brasil. “A impunidade sempre foi uma constante na história do Brasil. Nossas elites têm mais de 500 anos de aprendizado de ilegalidade e de impunidade. Vemos que práticas patrimonialistas ainda estão em vigor. A expectativa era que a Operação Lava Jato fosse um combate à corrupção”, afirmou. Temer tinha alavancagem para se preservar da Operação Lava Jato com concessões a parlamentares, mas esse preço ficou cada vez caro. Depois das delações do doleiro Lúcio Funaro, antigo operador do PMDB, que também acusa Temer de envolvimento em crimes de corrupção, esse preço de sobrevida também aumentou. Para Christian Dunker, coordenador do Laboratório de Teoria Social, Filosofia e Psicanálise da Universidade de São Paulo e estudioso das relações de poder, o preço para Temer se manter no poder ficou ainda maior pela falta de legitimidade que ele enfrenta no cargo. “É um sistema de chantagens mútuas em que quem está governando não tem poder de manobra para alterar as regras pelas quais o poder é redistribuído. Temer precisa pagar um preço cada vez mais alto e mais caro para obter o mesmo efeito. Isso explica também a falta de constrangimento de apresentar propostas com 3% de aprovação nas pesquisas”, afirma Dunker. Para Dunker, a blindagem a Temer no Congresso, com a rejeição de abertura de ações penais, é também uma demonstração de como a legislação pode ser corrompida em prol de interesses particulares.  “A lei tem uma finalidade interessante, mas é instrumentalizada para corrupção”, avalia. Na prática, a proteção

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Fatos & Fotos – 17/10/2017

Você é linda como uma flor Vinícius de Moraes Como uma jovem rosa, a minha amada… Morena, linda, esgalga, penumbrosa Parece a flor colhida, ainda orvalhada Justo no instante de tornar-se rosa. Ah, porque não a deixas intocada Poeta, tu que es pai, na misteriosa Fragrância do seu ser, feito de cada Coisa tão frágil que perfaz a rosa… Mas (diz-me a Voz) por que deixá-la em haste Agora que ela é rosa comovida De ser na tua vida o que buscaste Tão dolorosamente pela vida ? Ela é rosa, poeta… assim se chama… Sente bem seu perfume… Ela te ama… José Mesquita, Flores, 2017 Acrílica s/cartão – 021 x 029.3 cm – Disponível José Mesquita Art Gallery ***** Design Hot Road ***** Bom dia. “O amor sendo cego, os enamorados não podem ver as loucuras que cometem.” Shakespeare ***** STF impedirá a prisão de Lula? Prisão em segunda instância, do jeito que está a justiça, é cometer injustiças todos os dias. Prisão está clara na constituição, é só em trânsito em julgado. Contudo é evidente que a impunidade “faz parte do projeto” de justiça no Brasil. O problema não é ‘só’ o STF… Amigos, nós vivemos numa republiqueta de 5ª categoria…não sejam tolos em defender uma ideologia(esquerda, direita, social democrata e e outras besteiras) nesse paizeco. Isso funciona em países desenvolvidos e com população culta. O que nós temos aqui são gangues que querem chegar ao poder e roubar o máximo possível. São ladões que usam uma nomenclatura para enganar você, bobinho. Hoje está mais do que evidente o papel dos três poderes: desviar verbas, legislar em causa própria e se auto proteger. A realidade é uma só. Ou a população se une e mostra nas ruas sua força ou infelizmente seguiremos com esta impunidade e privilégio da classe elitizada. Este STF que hoje temos é uma vergonha e já foi composto com este objetivo. Só não enxerga isso quem não quer. ***** Fechem a porcaria do DNOCS e entreguem às FFAA Exército Brasileiro conseguiu encontrar água ao perfurar um poço em Caicó,RN. A água jorrou com força e foi encontrada em um terreno onde atualmente funcionam várias creches que são abastecidas por carros pipas. ***** Há muito tempo o STF testa a paciência dos brasileiros. Não há como acreditar um corte que muda a jurisprudência conforme o réu. Em uma democracia o Judiciário não faz nem modifica leis, só executa as que o Legislativo escreve e aprova. Se o Brasil quiser reformar-se democraticamente, o único caminho para fazê-lo é através do Legislativo. Pois é, Eike Batista ganhou as ruas já, Adriana Ancelmo está em seu amplo apartamento, Aécio pleiteando a liberdade, Renan, Jucá, Sarney livres, leves, soltos, Lula xingando Moro nas ruas, Temer na presidência… Brasil parado! O que teria tudo isso a ver com os mais de 16% de analfabetismo no Nordeste? Alagoas, com mais de 20%??? Essa corja acaba com o país, inclusive o STF! ***** Artes – Fotografias ***** Ao permitir censura, Brasil tropeça na desinformação Por Ricardo Resende Campos A reforma política encaminhada para sanção presidencial tratou de vários temas entre eles propaganda na internet, regras sobre debates na televisão entre outras. Porém o mais polêmico o Art. 57 B § 6 dizia respeito a obrigatoriedade de exclusão de comentários ofensivos, notícias falsas e ofensas diretas a candidatos ou siglas pelas redes sociais. A regra em questão foi vetada pelo presidente, de forma acertada. Entretanto a real questão por detrás da polêmica é ainda pouco enfrentada no Brasil. Certo é que os meios eletrônicos e sua utilização em massa têm causado transformações em quase todos os âmbitos da vida social. Eles transformam a forma como comunicamos, a forma como nos informamos, como consumimos, como somos diagnosticados, como nos relacionamos afetivamente etc. Assim como a tecnologia e cultura da impressão moldou os tempos das grandes codificações e constituições do século XIX, o novo mundo digital também dará outros contornos à sociedade, forçando o direito a se adaptar às novas circunstâncias. Tomemos o direito do trabalho como exemplo. Os meios digitais criaram novas categorias e instituições como a crowdsourcing. Trata-se de uma plataforma digital onde um problema é colocado à disposição para ser solucionado de forma competitiva ou colaborativa mediante remuneração. Duas grandes diferenças para o mundo do trabalho offline: a relação de desempenho é anônima e o mercado alcançado não é nacional mas global, ou seja, não ficando limitada a certa jurisdição ou país. Nessa conjuntura os crowdworkers não são nem empregados, nem trabalhadores autônomos no sentido tradicional. Banco Mundial estima que já existiam somente nos Estados Unidos 54 milhões de crowdworkers e mais de 2.300 plataformas crowdsourcing com tendência crescente. O impacto do novo mundo digital é ainda mais profundo na constituição da esfera pública e em seus âmbitos correlatos como eleições democráticas. E isso somente passou a ficar claro nas últimas eleições americanas. Se até o início do novo milênio, a esfera pública e a forma com que as pessoas se informavam era centrada ou “filtrada” por grandes organizações – seja jornais ou canais de televisão -, a nova esfera pública digital decentraliza o papel das organizações colocando novos atores e novas técnicas em jogo, as das redes sociais. Facebook, Twitter, WhatsApp e Youtube viraram o epicentro onde informações são geradas e compartilhadas, ou seja, onde são de fato lidas e acessadas. Essa profunda mudança tem sido levada a sério por países como Estados Unidos e Alemanha. Desde o início de setembro deste ano, empresas americanas como Facebook, Google, Twitter têm enfrentado forte pressão pelas comissões de inteligência do senado americano devido às manipulações e influência não transparente na esfera pública. O Facebook, por exemplo, foi obrigado a revelar ao congresso mais de 3.000 mil anúncios políticos comprados pela Rússia durante as eleições, apagou espontaneamente algumas dezenas de milhares de contas falsas antes das eleições alemãs ocorridas no dia 25 de setembro deste ano. Twitter revelou aos congressistas as 200 contas russas para interferir nas eleições americanas. Devido à má experiência com as últimas eleições, os Estados Unidos se preparam para adaptar seus institutos jurídicos às novas

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Fatos & Fotos – 10/10/2017

Para amenizar a bandalheira à qual estamos submetidos, deixo-vos flores. José Mesquita,2017, Acrílica e gesso acrílico sobre cartão 021 x 029.3 cm – Ref.1704FLW23 ***** Doria usa cinco softwares de ‘big data’ para aumentar seu alcance nas redes. Direito de imagemAFPA repercussão de tudo o que o prefeito de São Paulo fala nas redes é monitorado e usado em sua estratégia de comunicação Enquanto a disputa interna no PSDB para concorrer à Presidência em 2018 se acirra, o prefeito de São Paulo, João Doria, usa as redes sociais para pavimentar seu caminho. O crescimento vertiginoso de sua influência digital em menos de um ano de mandato é resultado de uma estratégia que começou a ser testada ainda nas prévias do partido, se profissionalizou e hoje combina cinco softwares que usam ‘big data’ para fazer monitoramento e uma equipe de análise que avalia o impacto nas redes sociais de tudo o que ele, que nega ser pré-candidato, fala. “Nossa função é alinhar o discurso do João para ele ser bem entendido. Ele não vai mudar o que pensa, as propostas, mas vai falar da melhor forma”, diz Daniel Braga, que acompanha Doria desde agosto de 2015. Em janeiro deste ano, quando o núcleo de redes sociais de sua Promove Comunicação ganhou corpo, Braga criou com outros dois sócios a Social QI, empresa independente que, apesar da pouca idade, já chegou a cuidar do marketing digital do governo Temer – parceria encerrada em julho. A assessoria de imprensa da Prefeitura de São Paulo confirma que Doria é cliente da empresa, mas esclarece que seu vínculo é como pessoa física, e não como prefeito. A Social QI trabalha com uma integradora que reúne “entre quatro e cinco” softwares de monitoramento, cujos nomes mantém em segredo. Em paralelo, utiliza programas como o War Room, um serviço em português criado pela startup Stilingue, que há quatro anos desenvolve a ferramenta por meio do que a ciência da computação chama de “processamento de linguagem natural”. Varrer as redes O time de 35 desenvolvedores da Stilingue, baseado em Ouro Preto (MG), alimenta o computador com textos em português para ensiná-lo a entender e interpretar a língua, identificando padrões comuns. A tecnologia permite o escrutínio das redes sociais – Facebook, Twitter, Instagram -, de influenciadores e de tudo o que é publicado na imprensa. Um volume exponencial de informações que dificilmente seria administrável sem a ajuda de um software, conta o presidente da empresa, Rodrigo Helcer. Direito de imagemGETTY IMAGESSoftwares de inteligência artificial são cada vez mais usados por políticos e empresas para fazer gestão de imagem Para a política, as aplicações incluem, por exemplo, a gestão de imagem – além de capturar tudo o que é escrito sobre qualquer assunto, o software também faz reconhecimento facial para identificar memes – e a psicometria. Termo que ficou mais conhecido depois da campanha de Donald Trump à Casa Branca, a piscometria faz uma espécie de análise de personalidade dos eleitores, útil na identificação de perfis que vão muito além de direita e esquerda e, por consequência, na formulação do discurso político. A estratégia de comunicação do republicano se baseou na chamada “análise de sentimento” das redes sociais, que deu aos marqueteiros informações que até então não haviam sido usadas em disputas eleitorais, como os medos e anseios dos americanos. De olho “Tudo o que o João fala é monitorado”, diz Braga. A ideia é avaliar como o discurso do prefeito é recebido para “reduzir os impactos negativos e potencializar os positivos”. “Se ele fala sobre desestatização, nós checamos o que as pessoas falam sobre isso para vermos qual a melhor forma de elas absorverem (o discurso no futuro)”. Esse é um trabalho que envolve sensibilidade política, capacidade de interpretação e planejamento estratégico, afirma ele, que conversou com a reportagem na noite desta segunda, por volta de 21h, após acompanhar agenda do prefeito paulistano em Belo Horizonte. Direito de imagemAFPSegundo Braga, 23,5% dos brasileiros que estão no Facebook já interagiram com a página de Doria Depois de uma temporada em Brasília, Braga voltou a cuidar pessoalmente da conta de Doria recentemente, a pedido dele. O publicitário nega que a mudança tenha relação com a disputa eleitoral de 2018 e com o fato de que o prefeito é cotado como pré-candidato à Presidência. “Tem a ver com a ferocidade da oposição nas redes sociais”, explica. “A gente tem que entregar o ‘João Trabalhador’ que prometeu”, acrescenta, referindo-se ao slogan da campanha de Doria. Segundo ele, entre os 114 milhões de usuários únicos do Facebook no Brasil, 23,5% já interagiram com a página do prefeito, o maior percentual de uma lista de sete possíveis presidenciáveis. O segundo lugar é de Jair Bolsonaro (PSC-RJ), com 7,1%. Ainda sobre as eleições do próximo ano, Braga ressalta que não presta serviços exclusivamente para o PSDB, afirma que a empresa tem sido “assediada por muita gente” e que está avaliando o mercado para 2018. Camilla Veras Mota – @cavmotaDa BBC Brasil em São Paulo ***** O cara está brincando: Belém, Natal, BH, Palmas, Recife, Salvador, Paris, Pequim, Fortaleza, Aracaju. Onde foi parar a fantasia de gari? ***** Minha nossa! E o elemento continua no cargo. Fruta que partiu! “Com R$ 70 milhões, você não compra nem picolé para ter criança no comício”,diz ministro da Justiça, Torquato Jardim. Foto O Globo/Isaac Amorim/MJSP ***** Goldman X Doria. Tucanos brigando no poleiro. Como fossem diferentes. ***** Enquanto a nossa pátria “dominga” hipnotizada por bundas e tanquinhos, o inacreditável acontece; “STF suspende doação de R$ 100 bilhões às teles!” Salva, salve! Aleluia! As togas acertam uma legislaram para o povo. ***** Grandessíssimo Filho de uma Pulga. Por um lado sucateia o SUS; por outro, quer aumentar planos de saúde para maiores de 60 anos. Temos que tirar Temer antes que ele nos mate, nós os velhinhos principalmente. Patos velhinhos venderão até a última pena para pagar plano de saúde. ***** Bananil; buraco medieval onde uma manifestação artística – só um imbecil tenta definir o que é arte. Um Papa de

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Fatos & Fotos – 24/09/2017

Venezuela adotará cesta de moedas sem dólar. Por esse mesmo motivo os EUA mataram Saddam e Kadhafi. Pelo mesmo motivo os EUA tentaram matar Assad da Síria, mas o Putin não deixou. ***** Nunca se esqueça: Hitler fez tudo o que fez dentro da legalidade constitucional alemã.(Martin Luther King) ***** Assassinos da SS com doutorado Oficial do SD na Ucrânia, em 1941Em estudo monumental, historiador francês Christian Ingrao ressalta o papel decisivo dos intelectuais na elite da Ordem Negra de Himmler. 80 oficiais da SS q eram acadêmicos, juristas, economistas, filólogos, filósofos, historiadores e… criminosos A imagem que se tem popularmente de um oficial da SS é a de um indivíduo cruel, chegando ao sadismo, corrupto, cínico, arrogante, oportunista e não muito culto. Alguém que inspira (além de medo) uma repugnância instantânea e uma tranquilizadora sensação de que é uma criatura muito diferente, um verdadeiro monstro. O historiador francês especializado em nazismo Christian Ingrao (Clermont-Ferrand, 1970) oferece-nos um perfil muito diverso, e inquietante. A ponto de identificar uma alta porcentagem dos comandantes da SS e de seu serviço de segurança, o temido SD, como verdadeiros “intelectuais comprometidos”. O termo, que escandalizou o mundo intelectual francês, é arrepiante quando se pensa que esses eram os homens que lideravam as unidades de extermínio. Em seu livro Crer e Destruir: Os intelectuais na máquina de guerra da SS nazista, Ingrao analisa minuciosamente a trajetória e as experiências de oitenta desses indivíduos que eram acadêmicos – juristas, economistas, filólogos, filósofos e historiadores – e ao mesmo tempo criminosos –, derrubando o senso comum de que quanto maior o grau de instrução mais uma pessoa estará imune a ideologias extremistas. Christian Ingrao, retratado em BarcelonaMASSIMILIANO MINOCRI Há um forte contraste entre esses personagens e o clichê do oficial da SS: assassinos em massa fardados e com um doutorado no bolso, como descreve o próprio autor. O que fizeram os “intelectuais comprometidos”, teóricos e homens de ação, da SS foi terrível. Ingrao cita o caso do jurista e oficial do SD Bruno Müller, à frente de uma das seções do Einsatzgruppe D, uma das unidades móveis de assassinato no Leste, que na noite de 6 de agosto de 1941 ao transmitir a seus homens a nova ordem de exterminar todos os judeus da cidade de Tighina, na Ucrânia, mandou trazer uma mulher e seu bebê e os matou ele mesmo com sua arma para dar o exemplo de qual seria a tarefa. “É curioso que Müller e outros como ele, com alto grau de instrução, pudessem se envolver assim na prática genocida”, diz Ingrao. “Mas o nazismo é um sistema de crenças que gera muito fervor, que cristaliza esperanças e que funciona como uma droga cultural na psique dos intelectuais.” O historiador ressalta que o fato é menos excepcional do que parece. “Na verdade, se examinarmos os massacres da história recente, veremos que há intelectuais envolvidos. Em Ruanda, por exemplo, os teóricos da supremacia hutu, os ideólogos do Hutu Power, eram dez geógrafos da Universidade de Louvain (Bélgica). Quase sempre há intelectuais por trás dos assassinatos em massa”. Mas, não se espera isso dos intelectuais alemães. Ingrao ri amargamente. “De fato eram os grandes representantes da intelectualidade europeia, mas a geração de intelectuais de que tratamos experimentou em sua juventude a radicalização política para a extrema direita com forte ênfase no imaginário biológico e racial que se produziu maciçamente nas universidades alemãs depois da Primeira Guerra Mundial. E aderiram de maneira generalizada ao nazismo a partir de 1925”. A SS, explica, diferentemente das ruidosas SA, oferecia aos intelectuais um destino muito mais elitista. Mas o nazismo não lhes inspirava repugnância moral? “Infelizmente, a moral é uma construção social e política para esses intelectuais. Já haviam sido marcados pela Primeira Guerra Mundial: embora a maioria fosse muito jovem para o front, o luto pela morte generalizada de familiares e a sensação de que se travava um combate defensivo pela sobrevivência da Alemanha, da civilização contra a barbárie, arraigaram-se neles. A invasão da União Soviética em 1941 significou o retorno a uma guerra total ainda mais radicalizada pelo determinismo racial. O que até então havia sido uma guerra de vingança a partir de 1941 se transformou em uma grande guerra racial, e uma cruzada. Era o embate decisivo contra um inimigo eterno que tinha duas faces: a do judeu bolchevique e a do judeu plutocrata da Bolsa de Londres e Wall Street. Para os intelectuais da SS, não havia diferença entre a população civil judia que exterminavam à frente dos Einsatzgruppen e os tripulantes dos bombardeiros que lançavam suas bombas sobre a Alemanha. Em sua lógica, parar os bombardeiros implicava em matar os judeus da Ucrânia. Se não o fizessem, seria o fim da Alemanha. Esse imperativo construiu a legitimidade do genocídio. Era ou eles ou nós”. Assim se explicam casos como o de Müller. “Antes de matar a mulher e a criança falou a seus homens do perigo mortal que a Alemanha enfrentava. Era um teórico da germanização que trabalhava para criar uma nova sociedade, o assassinato era uma de suas responsabilidades para criar a utopia. Curiosamente era preciso matar os judeus para realizar os sonhos nazistas”. Ingrao diz que os intelectuais da SS não eram oportunistas, mas pessoas ideologicamente muito comprometidas, ativistas com uma visão de mundo que aliava entusiasmo, angústia e pânico e que, paradoxalmente, abominavam a crueldade. “A SS era um assunto de militantes. Pessoas muito convictas do que diziam e faziam, e muito preparadas”. O que é ainda mais preocupante. “É claro. É preciso aceitar a ideia de que o nazismo era atraente e que atraiu como moscas as elites intelectuais do país”. A BASE DE ‘AS BENEVOLENTES’ Ingrao e Littell. Qualquer pessoa que ler Crer e Destruir perceberá os paralelismos com o romance de Jonathan Littell As Benevolentes (2006). Ingrao a descreve como “uma réplica temática em ficção” de seu trabalho, e recorda que este, que foi sua tese, circulou amplamemente antes da publicação de As Benevolentes. Max verossímil? Max Aue, o protagonista de As Benevolentes guarda muitas semelhanças com os intelectuais do SD de Ingrao. “Exceto na homossexualidade e no incesto. Mas, claro, é uma personagem de novela”. Não é demasiado refinado

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Fatos & Fotos – 21/09/2017

“O PSDB caiu na vala comum”, diz deputado tucano Por Sylvio Costa “Se você criticava a corrupção na época do governo do PT, como você pode agora participar do governo e até apoiar o adiamento de investigação?” Ele é um dos mais notórios “cabeças pretas”, nome usado para designar os jovens parlamentares que cobram da cúpula do seu partido novas atitudes em relação à política e ao país. Sua tônica, assim como dos colegas de bancada cuja cabeleira o tempo ainda não tornou mais branca, é a defesa da independência em relação ao governo Michel Temer.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Apesar de ser deputado federal de primeiro mandato, Daniel Coelho (PSDB-PE) – que completará 39 anos no dia 4 de novembro – circula na Câmara com a desenvoltura dos veteranos. Isso pode ser atribuído, em parte, à experiência acumulada como deputado estadual e vereador no Recife, por dois mandatos. Mas a razão principal é que sua voz passou a reverberar mais tanto entre os tucanos quanto no conjunto dos deputados. Um dos 21 deputados do PSDB que votaram pela investigação de Temer, na análise da primeira denúncia enviada por Janot, ele já anuncia que voltará a se manifestar pelo encaminhamento favorável da segunda denúncia. Nesta entrevista, Daniel Coelho mostra como é uma cabeça preta por dentro. Diz que todos os partidos políticos estão “destruídos”. Afirma que o PSDB caiu na “vala comum” ao adotar uma posição seletiva em relação à corrupção, condenando a de Dilma, Lula e do PT, mas aceitando a de Temer. Critica a proposta de reforma da Previdência. Defende uma agenda liberal, mas com compromisso com os mais pobres. Fala que Lula está em franco declínio popular mesmo no Nordeste, região natal tanto do líder petista quanto de Daniel. Demonstra temor quanto à candidatura de Jair Bolsonaro, que “cresce muito e cresce rápido”. E adianta que seu preferido para disputar a Presidência da República pelo partido é Geraldo Alckmin. “Acho que Doria não tá preparado, não tem ainda experiência. Precisa andar mais”, resumiu. Congresso em Foco: A recente caravana de Lula ao Nordeste mostrou que ele continua tendo força na sua região. Por quê? Daniel Coelho Acho que tem ali um recall de classes D e E. É exatamente aquele eleitor em que a informação chega por último. A informação chega nele, de fato, durante a eleição. Por enquanto, está muito distante. Acho que o Lula se desidrata. Ele continua sendo forte no estado, mas não tem mais o desempenho que já teve. Já perdeu A e B e está perdendo forte na C. Depois que você perde nas classes A e B, a tendência é perder nas outras também. E por que perdeu? “Os partidos estão completamente destruídos. Todos. Não tem nenhum partido que tenha hoje uma imagem de coerência” Porque as pessoas hoje encaram que ele é igual aos outros na questão da corrupção. É corrupto. Não é outra coisa. Eu vi uma pesquisa em Pernambuco mostrando que nem o eleitor de Lula acredita mais que ele é honesto. Não adianta a narrativa que os caras fazem na política de que é perseguição. As pessoas não estão acreditando. O cara até pode dizer que vota nele, mas acreditar que ele é honesto não mais. Votar num cara que você sabe que é corrupto não é todo mundo que está disposto a fazer. Então o crescimento assustador do Bolsonaro, que você vê hoje no Nordeste, vem daí Ele está crescendo no Nordeste também? Cresce muito e cresce rápido. Essa coisa dessa radicalização e dessa polarização, que estimula a intolerância e dificulta o bom debate político, ajuda o Bolsonaro. Primeiro, porque você mistura tudo e todo mundo passa a ser corrupto, e o cara fora.  E depois ele é meio que o outro polo. O PSDB e a maioria de suas lideranças têm, historicamente, posições mais moderadas, mais de centro, e ele fica fora dessa polarização e vai ocupando espaço. Ele cresce e tem potencial de crescimento exatamente com esse eleitor que vai se decepcionando com Lula. O voto de Lula no Nordeste não é um voto ideológico, é um voto de identificação de classe. As pessoas votam em Lula no Nordeste não por identificação com a pauta da esquerda, mas porque encaram a política como a disputa do pobre contra o rico. É preocupante esse crescimento, e ele ocorre em um cenário meio de terra arrasada. “As pessoas não acreditam em mais nada. E isso é no Brasil todo, não é só no Nordeste. Os partidos estão completamente destruídos. Todos eles” Terra arrasada em que sentido? No sentido de que as pessoas não acreditam em mais nada. E isso é no Brasil todo, não é só no Nordeste. Os partidos estão completamente destruídos. Todos. Não tem nenhum partido que tenha hoje uma imagem de coerência. Se quiser, a gente sai pegando as posições dos partidos um por um e aí você vê que todos os partidos no Congresso Nacional mudaram de posição sobre os mesmos temas só porque virou o governo. Então os caras que defendiam uma coisa passaram a defender outras, e vice-versa. Então você teve um descrédito completo. Isso é que é preocupante. Os partidos já estão destruídos perante a população. A grande tarefa da reforma política hoje é construir ou reconstruir os partidos porque hoje eles estão mortos. E essa crítica o senhor estende ao PSDB? Claro, claro. A crítica é a todos. Não tem diferença não. O PSDB está dividido, mas a análise positiva que tenho do PSDB é que metade da bancada está mantendo no governo Temer as mesmas posições que tinha no governo Dilma. Que posições? Do ponto de vista ético, de cobrar investigação e de ter votado para afastar Dilma, afastar Cunha e afastar Temer… o partido que mais deu votos para os três afastamentos foi o PSDB. E também na análise de temas mesmo. Se houve incoerência no PSDB foi durante o governo Dilma, quando em alguns momentos pode ter votado contra teses do próprio partido. Metade da bancada tem votado nas mesmas posições, independentemente

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Fatos & Fotos – 17/09/2017

Debata com minhas idéias, e não comigo. Ps. Não debato achismos. ***** ***** Quintana se revira na tumba! “Eles passarão, eu passarinho”, diz Sr.Gilmar ao não se declarar impedido para julgar Jacob Barata Filho ***** Só dói quando eu rio ***** A luz viaja mais rápido que o som. Por isso que algumas pessoas parecem brilhantes até você ouvi-las falando ***** Quando ouço político dizer que “precisamos avançar”, começo a ter calafrios. ***** Namoro e casamento: dois lados de uma relação ***** O que acontece durante um minuto na Internet? Estudo revela os conteúdos visualizados durante 60 segundos na rede. Criança com o reflexo de um smartphone no rosto AGENCIA EFE Quase metade da população mundial utiliza a Internet, ou seja, todos os dias, cerca de 3,7 bilhões de pessoas se conectam à rede para se comunicar, se informar ou se divertir. A cada ano, os infógrafos Lori Lewis e Chadd Callahan, da Cumulus Media, realizam um estudo em que analisam o que acontece na internet durante um minuto, e estas são suas conclusões sobre o uso da rede em 2017: 900.000 pessoas estão conectadas ao Facebook. 3,5 milhões de usuários realizam buscas no Google. São enviados 452.000 tuites. São postadas 46.200 fotos no Instagram. No Netflix, são visualizadas 70.017 horas de conteúdo. No Snapchat são criados 1,8 milhão de Snaps. Um total de 15.000 GIFs são enviados por Messenger. No Linkedin, 120 perfis profissionais são gerados. No Spotify, são reproduzidas 40.000 horas de áudio. Os usuários enviam 156 milhões de e-mails e 16 milhões de SMS. São feitos 990.000 swipes [visualizações de perfis] no Tinder. App Store e Google Play registram 342.000 aplicativos descarregados. No YouTube são reproduzidas 4,1 milhões de horas de vídeo. ***** Depufede Federal Carlos Marun, o lambe botas de Temer: ‘Vamos investigar quem nos investigou’…   “Sem a sociedade civilizada o homem não se distingue do animal. Sociedade “… somos nós mesmos, em certo sentido, e a melhor parte de nós mesmos, já que o homem só é homem na medida em que é civilizado – Durkheim”. Se é terrível e desanimador reconhecer que a sociedade elege gente desse tipo, pior é perceber o silêncio dos bons, dos civilizados e mais lamentável ainda, do Poder Judiciário. ***** O país(?) está fora de controle. E é irreversível. Acreditar que há recuperação ao caos, é enxugar gelo. O Estado está, no mínimo, 50 anos atrás da realidade. Não dá mais para alcançar. É um cachorro correndo atrás do rabo. Lamento pelos otimistas. ***** Como Temer pode escapar também da segunda denúncia de Janot Nova denúncia é mais embasada que a anterior, mas elementos que garantiram a vitória do presidente na primeira votação na Câmara dos Deputados continuam valendo. Como esperado, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, entregou nesta quinta-feira (14/09) a segunda denúncia criminal contra o presidente Michel Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF). Em junho, Temer havia se tornado o primeiro presidente brasileiro a sofrer uma denúncia criminal ainda no cargo. Agora também é o primeiro com duas denúncias.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Desta vez, a procuradoria acusa o presidente de organização criminosa e obstrução da Justiça. Temer é acusado de ter participado, desde 2002, de um grupo responsável pelo desvio de 587 milhões de reais. A partir de 2016, ele teria passado para um papel de liderança. A denúncia afirma que ele “dava a necessária estabilidade e segurança ao aparato criminoso, figurando ao mesmo tempo como cúpula e alicerce da organização”. As acusações têm por base gravações, grampos telefônicos e delações. Num documento de 245 páginas, Janot descreve como o grupo de Temer teria cobrado propina para que empresas conseguissem contratos com estatais e ministérios controlados pelo PMDB. Apenas no caso da Petrobras, o esquema teria causado prejuízo de 29 bilhões de reais. Ainda há uma acusação por obstrução da Justiça contra Temer por suspeita de que ele conspirou com o empresário Joesley Batista para comprar o silêncio de Lúcio Funaro, um operador de propinas do PMDB que está preso. “A primeira denúncia já era bem embasada, mas tratava de uma questão pontual, o episódio da mala de dinheiro do assessor do presidente. Agora temos uma narrativa de um esquema de corrupção que dura 15 anos. Nela, o PMDB vai ampliando seu papel, a partir do segundo governo Lula, até assumir completamente o esquema de corrupção criado pelo PT. E isso tudo com as principais delações dos últimos anos. É um caso bem mais grave, e diz muito sobre o caráter do presidente”, afirmou o professor de direito constitucional Rubens Glezer, da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo. O impacto Ao abordar crimes mais amplos do que a primeira denúncia e apresentar mais provas, a nova peça tem elementos para causar um terremoto no governo, mas a reação inicial no mundo político e de boa parte da imprensa brasileira tem sido de cautela. Isso porque a maior parte dos fatores que resultaram na derrota da denúncia analisada pela Câmara em agosto continuam de pé, sinalizando que o Planalto deve conseguir de novo barrar o processo. As controvérsias em torno da delação da empresa J&F, que embasam parte da denúncia, também adicionaram elementos que podem atrasar o processo. Inicialmente, a segunda denúncia deveria ser entregue ao Supremo e depois remetida imediatamente à Câmara, que daria início ao rito que culminaria, mais uma vez, numa votação pelo plenário da Câmara. Porém, o ministro do Supremo Edson Fachin já determinou que só irá remeter o documento após o plenário da corte analisar um pedido da defesa de Temer, que pede a suspensão do andamento da denúncia até o fim das investigações sobre suposta omissão de informações nas delações da J&F. Se o plenário do Supremo acatar o pedido, o envio da denúncia pode se arrastar por semanas. Caso o STF decida enviar a denúncia, será o início, na Câmara, do mesmo xadrez político que marcou a primeira votação. E neste cenário, a oposição deve enfrentar as mesmas dificuldades para reunir 342 votos – e com alguns elementos adicionais. A falta de uma alternativa “Não há ninguém no cenário político para enfrentar Temer como Temer enfrentou Dilma”, afirma o

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Fatos & Fotos – 10/09/2017

  ***** Convivência com Aécio é viral. Instituto de Huck é condenado a indenizar ganhador de concurso que não recebeu prêmio. ***** Brasil da série “Você sabia”? Um professor universitário, menos FHC, tem que trabalhar 131 anos para comprar um apto igual ao dele – 11 Milhões de Euros – na Avenue Foch, em Paris? ***** Ceará da série “Castorina do Aracati” Quem foi que colocou, há anos, o peba “Sérgio ‘Mudanças’ Machado” no “oi du pau”? ***** O que dá pra rir dá pra chorar ***** Funaro diz que Temer recebeu R$ 20 milhões em propina de dono da Gol. Fonte: Congresso em Foco. ***** Direitinhas & Esquerdinhas. Patos, Mortadelas & Coxinhas. Resolvam aí entre vocês a pendenga. Afinal; Delação é ou não é prova? ***** Só dói quando eu rio ***** Janot mais Janot do que nunca. Encontro “casual” em boteco de quinta, em Brasília, com o advogado de Joesley “é de lascar o cano”. Coincidência? Hahahaha. ***** Se ainda estiver vivo em 26 de Setembro, tem nome e cara quem irá abalar as estruturas da República de Curitiba; Tecla Duran. Anotem!

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Fatos & Fotos – 31/08/2017

“A arte é a magia libertada da mentira de ser verdadeira.” Theodor AdornoPintura de José Mesquita-ST-Acrílica e colagem sobre tela,2017,80x80cm ***** E agora Romário? ***** Brasil da série “Só dói quando eu rio” ***** Pra Temer se livrar da justiça, é simples; aumenta impostos e compra deputados ladrões. ***** Trump matando os esquerdinhas liberais, da Nova Ordem Mundial, de raiva. PIB dos EUA cresce 3% no 2º trimestre, melhor que o esperado. *****  É assim que a mídia manipula corações e mentes.Como canta mano Caetano: “…é preciso estar atento e forte” [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] ***** Brasil da série “Além do fundo poço” Letreiro com ‘Socorro, assalto’ pode virar obrigatório em ônibus. ***** Brasil da série “Só dói quando eu rio”. Cartum do Aroeira via Humor Político ***** O bom de ser empresário no Brasil é que você compra a empresa do governo, mas quem paga também é o governo. Viva o Empreendedorismo! Vivaaaaaaaaaaaaaa! Viva o Liberalismo! Vivaaaaaaaaaaaaaa! Viva Estado Mínimo! Vivaaaaaaaaaaaaaa! Né não? ***** Brasil da série “Só dói quando eu rio” ***** Senador Requião, curto e grosso: Empresas estrangeiras que comprarem patrimônio público serão investigadas. Senador manda carta a embaixadas alertando investidores que comprarem bens do povo através do governo ilegítimo que serão tratados como “receptadores” e que negociação será anulada. Ilustração: O GALO SAM E SEU TERREIRO. HIS FORESIGHT. J.S.PUGHE, PUCK, 1901 ***** Fundo Partidário, ou qualquer outro similar, não deviriam existir. Por que temos que financiar campanha de alguém que irá roubar o país?***** Nem toda porta larga é tão larga assim. Para quem não pensar igual ao porteiro, ou criticar seus acólitos, a porta pode ser muito estreita. Ou nem se abrir. ***** Os bandidos ricos precisam do GM, o Brasil não! Embora você seja só mais um nesse jogo, porém, muito importante no jogo contra o país. ***** Orçamento das universidades federais cai R$ 3,4 bilhões. Abaixo escola de ensino fundamental em Codó,Ma. Ps. O Maranhão é aquele Estado Brasileiro que é de propriedade do “Escritor” Sarney, que também é membro da Academia Brasileira de Letras.   [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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