Venezuela adotará cesta de moedas sem dólar. Por esse mesmo motivo os EUA mataram Saddam e Kadhafi. Pelo mesmo motivo os EUA tentaram matar Assad da Síria, mas o Putin não deixou.
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Nunca se esqueça: Hitler fez tudo o que fez dentro da legalidade constitucional alemã.(Martin Luther King)
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Assassinos da SS com doutorado
80 oficiais da SS q eram acadêmicos, juristas, economistas, filólogos, filósofos, historiadores e… criminosos
A imagem que se tem popularmente de um oficial da SS é a de um indivíduo cruel, chegando ao sadismo, corrupto, cínico, arrogante, oportunista e não muito culto. Alguém que inspira (além de medo) uma repugnância instantânea e uma tranquilizadora sensação de que é uma criatura muito diferente, um verdadeiro monstro.
O historiador francês especializado em nazismo Christian Ingrao (Clermont-Ferrand, 1970) oferece-nos um perfil muito diverso, e inquietante. A ponto de identificar uma alta porcentagem dos comandantes da SS e de seu serviço de segurança, o temido SD, como verdadeiros “intelectuais comprometidos”.
O termo, que escandalizou o mundo intelectual francês, é arrepiante quando se pensa que esses eram os homens que lideravam as unidades de extermínio. Em seu livro Crer e Destruir: Os intelectuais na máquina de guerra da SS nazista, Ingrao analisa minuciosamente a trajetória e as experiências de oitenta desses indivíduos que eram acadêmicos – juristas, economistas, filólogos, filósofos e historiadores – e ao mesmo tempo criminosos –, derrubando o senso comum de que quanto maior o grau de instrução mais uma pessoa estará imune a ideologias extremistas.
“É curioso que Müller e outros como ele, com alto grau de instrução, pudessem se envolver assim na prática genocida”, diz Ingrao. “Mas o nazismo é um sistema de crenças que gera muito fervor, que cristaliza esperanças e que funciona como uma droga cultural na psique dos intelectuais.”
O historiador ressalta que o fato é menos excepcional do que parece. “Na verdade, se examinarmos os massacres da história recente, veremos que há intelectuais envolvidos.
Em Ruanda, por exemplo, os teóricos da supremacia hutu, os ideólogos do Hutu Power, eram dez geógrafos da Universidade de Louvain (Bélgica). Quase sempre há intelectuais por trás dos assassinatos em massa”. Mas, não se espera isso dos intelectuais alemães. Ingrao ri amargamente. “De fato eram os grandes representantes da intelectualidade europeia, mas a geração de intelectuais de que tratamos experimentou em sua juventude a radicalização política para a extrema direita com forte ênfase no imaginário biológico e racial que se produziu maciçamente nas universidades alemãs depois da Primeira Guerra Mundial. E aderiram de maneira generalizada ao nazismo a partir de 1925”. A SS, explica, diferentemente das ruidosas SA, oferecia aos intelectuais um destino muito mais elitista.
Mas o nazismo não lhes inspirava repugnância moral? “Infelizmente, a moral é uma construção social e política para esses intelectuais. Já haviam sido marcados pela Primeira Guerra Mundial: embora a maioria fosse muito jovem para o front, o luto pela morte generalizada de familiares e a sensação de que se travava um combate defensivo pela sobrevivência da Alemanha, da civilização contra a barbárie, arraigaram-se neles. A invasão da União Soviética em 1941 significou o retorno a uma guerra total ainda mais radicalizada pelo determinismo racial.
O que até então havia sido uma guerra de vingança a partir de 1941 se transformou em uma grande guerra racial, e uma cruzada. Era o embate decisivo contra um inimigo eterno que tinha duas faces: a do judeu bolchevique e a do judeu plutocrata da Bolsa de Londres e Wall Street. Para os intelectuais da SS, não havia diferença entre a população civil judia que exterminavam à frente dos Einsatzgruppen e os tripulantes dos bombardeiros que lançavam suas bombas sobre a Alemanha. Em sua lógica, parar os bombardeiros implicava em matar os judeus da Ucrânia. Se não o fizessem, seria o fim da Alemanha. Esse imperativo construiu a legitimidade do genocídio. Era ou eles ou nós”.
Assim se explicam casos como o de Müller. “Antes de matar a mulher e a criança falou a seus homens do perigo mortal que a Alemanha enfrentava. Era um teórico da germanização que trabalhava para criar uma nova sociedade, o assassinato era uma de suas responsabilidades para criar a utopia. Curiosamente era preciso matar os judeus para realizar os sonhos nazistas”.
Ingrao diz que os intelectuais da SS não eram oportunistas, mas pessoas ideologicamente muito comprometidas, ativistas com uma visão de mundo que aliava entusiasmo, angústia e pânico e que, paradoxalmente, abominavam a crueldade. “A SS era um assunto de militantes. Pessoas muito convictas do que diziam e faziam, e muito preparadas”. O que é ainda mais preocupante. “É claro. É preciso aceitar a ideia de que o nazismo era atraente e que atraiu como moscas as elites intelectuais do país”.
A BASE DE ‘AS BENEVOLENTES’
Ingrao e Littell. Qualquer pessoa que ler Crer e Destruir perceberá os paralelismos com o romance de Jonathan Littell As Benevolentes (2006). Ingrao a descreve como “uma réplica temática em ficção” de seu trabalho, e recorda que este, que foi sua tese, circulou amplamemente antes da publicação de As Benevolentes.
Max verossímil? Max Aue, o protagonista de As Benevolentes guarda muitas semelhanças com os intelectuais do SD de Ingrao. “Exceto na homossexualidade e no incesto. Mas, claro, é uma personagem de novela”. Não é demasiado refinado e esteticista para um SS? “Bem, Heydrich lia muito e tocava violino. E não se esqueça de que Eichmann lia Kant”, responde.
Também outro nazista tomado por Littell, Leon Degrelle (em seu ensaio O Seco e o Úmido) apresenta paralelos com o que foi estudado por Ingrao em seu livro Les Chasseurs Noirs: Oskar Dirlewanger. O primeiro era favorito de Hitler e o segundo, de Himmler.
ElPais
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Arte,Escultura Grega
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Há 4 meses, um capitão do exército mandou um recado para Temer: “Tome vergonha nessa cara …”
Assim como todos os trabalhadores brasileiros, os militares também estão prevendo uma avalanche de despautérios na Reforma da Previdência, proposta pelo vice-presidente (digo presidente) Michel Temer.
Nas redes sociais, o assunto também tomou conta do meio militar.
Um capitão aposentado do exército não se conteve e lançou um ataque contra a tal reforma:
Você Michel Temer, não tem moral nem para educar o teu filho. Vai dizer o que para ele? No momento é um pré-adolescente….deve orgulhar-se de ter um pai Presidente da República.
Daqui alguns anos será um homem e buscará a verdade.
Temer, você é um ancião….provavelmente não será punido pelas leis dos homens.
Você já ouviu falar naquele lugar, onde tem um caldeirão? Só quero lhe dizer mais uma coisinha …. Temer, tome vergonha nessa sua cara imunda, você não tem moral para mexer na Proteção Social dos Militares […] que você chama de Previdência …. seu inculto.
Os militares já deram a contribuição no ano de 2000, foram retirados vários benefícios. Pergunte para qualquer militar…..O que quer dizer da MP do Mal?
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Há ligação direta entre a elite e o lumpen. Lembram do Helicoca, do avião da fazenda de Maggy em junho? A esperrela toda tem foro privilegiado!
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Desenho de Takahiro Shimatsu
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Dória: “Não será com radicalismo que vamos construir um país que todos nós desejamos nos orgulhar”. Então tá!
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Anotem aí e depois me cobrem. O povo quer sangue, e com razão, porque os Três Podres Poderes são um escândalo, uma vergonha. Só que não vai ter consequência porque a justiça não fez o trabalho dela. Exceto, se a ribalta e os holofotes, esse mais sedutor que ouros e pedrarias, conduzirem as excelências a pisar na lei. E caso assim seja, Deus, e Beccaria, me livrem vir a ser réu em algum processo. Um julgamento midiático, acoitando a “conduzida” voz rouca das ruas, haverá de cobrar um altíssimo preço ao Estado Democrático de Direito, tão duramente conquistado. Povo insano e novelesco, esse.
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Temer, seu estúpido, não é a economia! É a corrupção que você representa, motiva e defende.
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Temer libera R$ 1 bilhão em emendas para barrar 2ª denúncia na Câmara.
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Still life with kitchen utensils, vegetables and a dog and a cat
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Seis por meia dúzia, ou o mais de menos.
Interessante! Os escr*otos corruptos vão convocar os irmãos Batista para depor na farsesca CPMI da JBS. Hahahaha.
A pergunta é: Por que não convocar Michel Temer?
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Temer “levou” 170 Milhões, mas o líder “togado” do governo não quer que esse roubo seja investigado.
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Temer “levou” 170 Milhões, mas o líder “togado” do governo não quer que esse roubo seja investigado.
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“A imprensa pode causar mais danos que a bomba atômica. E deixar cicatrizes no cérebro”. Noam Chomsky
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Arquitetura – Biblioteca de Nice,França
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Música – MPB – Paisagem da Janela
Lô Borges / Fernando Brant
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Um controle mais rígido de fronteira permitiu à Europa reduzir em 53% a imigração ilegal pelo Mediterrâneo.
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Arte – Fotografia de Siago Somi
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Julgamento em São Paulo: Jovens no banco dos réus por portarem vinagre e roupas pretas para um protesto.
Começou nesta sexta o julgamento de 18 acusados de organização criminosa e corrupção de menores, detidos com a ajuda de um militar infiltrado
Começou nesta sexta-feira o julgamento das 18 pessoas, dentre elas três adolescentes, detidas no dia 4 de setembro do ano passado, antes de uma manifestação contra o Governo Michel Temer na cidade de São Paulo. Eles são acusados de organização criminosa e corrupção de menores. A denúncia, apresentada pelo Ministério Público de São Paulo, diz que o grupo fora formado para praticar danos ao “patrimônio público e privado e lesões corporais em policiais militares”, e que, para isso, portavam material de primeiros socorros, vinagre, máscaras, roupas pretas e capuzes.
Peça-chave no caso, o capitão Willian Pina Botelho, que se apresentava como Balta Nunes e era um infiltrado do Exército no grupo de manifestantes, conforme revelado por este jornal, não foi ouvido até o momento e tampouco está entre as testemunhas da acusação. No julgamento desta sexta foram ouvidas três das cinco testemunhas de acusação antes de ser suspenso. Será retomado no dia 10 de novembro. Nenhum dos 18 réus foi ouvido.
Rocchetti revela que todas as defesas mencionarão este fato no julgamento, que está marcado para ocorrer a partir das 14h no Fórum da Barra Funda. “As defesas não foram iguais, têm linhas de raciocínio diferentes, mas todas mencionam a presença do Balta”, diz. “Ele tinha que ter se apresentado. Ao longo do inquérito ele é uma testemunha. Por que ele não se apresenta?”, questiona. Por isso, o advogado Hugo Albuquerque, que defende outro réu neste caso, colocou Botelho como testemunha de seu cliente e explica que o militar terá de depor. Mas como ele foi transferido para Manaus, ainda não é possível saber como e nem onde este depoimento será dado. “Consideramos fundamental o depoimento pessoal dele, ou, na pior das hipóteses, por videoconferência com a nossa presença”, explica Albuquerque.
Com base nestes argumentos, a defesa alegará nulidade processual. “A partir do momento em que no processo tem um ato que o torna nulo, o que vem depois então seria nulo também”, explica Rocchetti. Ou seja, se havia um agente infiltrado que provava que o grupo havia se organizado previamente e este agente simplesmente desaparece das provas, o ato todo deveria ser anulado. “Essa é uma das minhas linhas”. A outra linha da defesa é que não houve crime. “Não consigo ver um ato criminoso no fato de uma mulher ter uma folha de papel, uma caneta e uma calcinha [dentro da bolsa]. Eu já me esforcei, mas não consigo ver crime nisso”, diz, se referindo às coisas que sua cliente portava no dia em que foi detida.
Na acusação também consta que um dos réus portava uma barra de ferro que seria usada para depredação de patrimônio e “para desferir golpes que lesionariam policiais”. Na época em que foram detidos, os jovens afirmaram que a barra havia sido “plantada” como prova, mas que ninguém carregava aquele objeto. Outra pessoa, segundo a acusação, levava um extintor de incêndio. O advogado diz que ainda assim as possíveis provas não são suficientes. “Um extintor não é uma coisa que você carrega, o bom senso diz isso, mas mesmo assim não é crime”, diz o advogado. “Me comprove que ela estava levando um extintor para fazer uma besteira. Não é razoável, mas não é um crime”.
Também estão presentes na acusação, à qual EL PAÍS teve acesso, elementos como “transportar câmera fotográfica e de filmagem para registro das ações criminosas e posterior divulgação nas redes sociais” e “guardar telefones celulares de todos os integrantes”. “A juíza também diz que há indícios [de que eles poderiam vir a cometer crimes] porque eles estavam vestidos de preto”, diz Rocchetti. “Eu também estou. Não consigo ver nenhum crime, nenhuma conduta que possa ser descrita no Código Penal”.
O advogado explica, então, que não trabalha com a possibilidade de uma condenação. Mas, questionado, faz um cálculo caso isso venha a ocorrer. “Se agente somar todos os crimes, podemos chegar numa pena de 15 anos”, diz. “Mas é tão absurdo pra mim, que eu não consigo nem pensar numa pena”.
Sucessão de “besteiras”
Para o advogado, este caso é fruto de uma sucessão de “besteiras” que foram ocorrendo. Naquele dia, o grupo havia combinado de se encontrar antes da manifestação para ir, todos juntos, ao ato que seria na avenida Paulista. Nem todos se conheciam. Foram para o Centro Cultural São Paulo, a poucos quilômetros de onde a manifestação aconteceria. Lá, foram abordados por diversos policiais e levados para o Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Todos, menos o capitão Botelho, que até então ainda não havia tido sua real identidade revelada. Posteriormente, a Secretaria de Segurança Pública disse que Botelho não foi levado com os demais “por falta de indícios”.
No Deic, os detidos não puderam ter contato com os próprios advogados. Rocchetti aponta esse como a primeira “besteira”. “A besteira começou no momento em que eles não tiveram a chance de falar com os advogados”, diz. “O delegado foi se enrolando, a coisa foi crescendo, e para justificar essa besteira, ele fez um relatório assim. O Ministério Público então para não deixar o delegado desamparado ofereceu uma denúncia. A juíza ficou sem graça de dizer ‘não’ de bate pronto e a coisa foi crescendo”.
No dia seguinte às detenções, houve uma audiência de custódia e o grupo foi todo liberado por um juiz que considerou as prisões “ilegais”. Três meses se passaram até que o Ministério Público oferecesse a denúncia, acatada agora pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. “Cresceu uma história e agora estão tentando trazer legalidade a essa história”, diz o advogado. Ele afirma que, passado o julgamento e absolvidos os réus, cogita entrar com uma ação de reparação contra o Estado. “O que me preocupa nesse processo é o fato de estarem tentando mostrar que não houve nenhuma besteira”.
MARINA ROSSI – El Pais