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Manipulação e redes sociais: Cuidado com os “bots”

As pessoas interessadas em distorcer informações para favorecer objetivos pessoais ou institucionais estão usando recursos cada vez mais sofisticadas, o que obriga os jornalistas a serem também mais sofisticados na identificação da manipulação de notícias. Por Tom Trewinnard em 15/03/2016 na edição 894 Publicado originalmente no site First Draft News, 12/2/2016 sob o título “Source Verification: Beware of the Bots“. Tradução de Jo Amado. Checar suas fontes é fundamental para qualquer investigação online. Quando você encontra vídeos ou imagens irresistíveis, chegar ao “quem” as fez ou de “onde” vieram é essencial. E os Guias de Checagem Visual do First Draft News fornecem uma excelente visão de conjunto dos itens que devem ser levados em consideração quando se pretende checar uma fonte. Há guias especiais para checagem de fotos e para vídeos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O cenário ideal, evidentemente, é poder falar diretamente com uma fonte, se possível, pelo telefone ou pessoalmente. Mesmo assim, podem ocorrer erros, principalmente quando a fonte está fingindo ser alguma coisa ou alguém que não é. Muitas vezes, essas pessoas são apenas farsantes, mas há uma tendência crescente de casos de pessoas que usam identidade falsa para fins fraudulentos [sockpuppets]: identidades falsas online criadas para atrapalhar determinadas pautas políticas ou sociais. No entanto, as fontes podem não responder quando você tenta falar com elas. Talvez estejam ocupadas, ou talvez não queiram falar com jornalistas. Outro motivo poderia ser que a sua fonte que a sua fonte não seja uma pessoa coisa nenhuma: muitos casos que acontecem em redes sociais são bots [softwares concebidos para simular ações humanas repetidas vezes de maneira padrão, da mesma forma que o faria um robô]. Sockpuppets e bots colocam alguns desafios interessantes para checagem, principalmente em regiões do mundo onde governos os usam para manipular redes sociais (e isso significa uma parte do mundo maior do que você poderia imaginar) e sabendo como localizá-los pode poupar tempo e esforços. Localizando um bot Expor um caso de um bot pode ser de uma facilidade trivial ou ilusoriamente difícil. Veja, por exemplo, estas duas contas do Twitter: No caso do primeiro usuário, inúmeras bandeiras vermelhas aparecem instantaneamente. O nome incompreensível do usuário, a foto do perfil do Twitter com um ovo, o único e breve tweet – este usuário rapidamente se choca com as principais dicas para localizar contas falsas do First Draft. No entanto, a segunda conta, cujo último tweet fala de um preso paquistanês que fugiu de uma prisão em Gidá, na Arábia Saudita, é um desafio mais importante. Um número razoavel de seguidores (embora poucos) , uma boa amostragem de tweets, uma foto da pessoa real no perfil, nomes de usuário e de visualização aparentemente corretos e um conjunto de conteúdos (incluindo foto e vídeo) numa linguagem que poderíamos esperar. Precisamos trabalhar um pouco mais. Primeiramente, vamos checar a foto do perfil. Trata-se de uma imagem original? Tentemos fazer uma busca reversa das imagens : Uma bandeira vermelha que surge imediatamente sugere que a foto do perfil seja, na verdade, de um homem chamado Khalaf Al-Ali, um diplomata saudita assassinado em Bangladesh em 2012. Portanto, talvez este usuário tenha postado sua imagem como uma recordação do diplomata. Continuemos investigando. O segundo passo é ver se conseguimos encontrar uma pessoa chamada Rahi Al-Msalkhe procurando no Google pelo seu nome no idioma árabe. Qual o objetivo dos bots? Não há qualquer retorno senão a conta do Twitter que estamos investigando e outra bandeira vermelha. Talvez esta pessoa tenha posto um nome falso na conta? Não é tão incomum. Como terceiro passo, examinemos com mais cuidado os tweets da conta. Parecem ser, em sua maioria, compartilhamento de links no idioma árabe com dois ou três tweets em inglês. Nada de extraordinário. Após uma breve busca, este tweet parece o mais pessoal e possivelmente dá uma localização: Tradução: “Qual é a melhor loja de chocolate em Gidá?????” É uma boa pergunta, mas parece que ninguém respondeu. Vejamos se alguém mais fez a mesma pergunta no Twitter. Puxa vida! Parece que às 22:15 (horário da Costa Oeste dos Estados Unidos) do dia 14 de janeiro, cerca de 100 contas fizeram exatamente o mesmo tweet. É difícil imaginar uma situação em que isso acontecesse na vida real e, se repetirmos a busca em dois outros tweets de @almsalker881, descobriremos que se trata de um padrão repetido. A esta altura, podemos dizer com segurança que, na melhor das hipóteses, esta conta está comprometida e que muito provavelmente se trata de um bot. Ao clicar em qualquer das contas que tenha feito tweets do conteúdo duplicado, obtemos resultados semelhantes. Qual será o objetivo deste exército de bots? Desconhecendo quem está por trás dele, é difícil dizer. Mas algumas das maneiras que já vimos contas serem usadas por bots e sockpuppetsforam para mandar mensagens não desejadas pela internet e para caluniar ativistas, para apagarhashtags e criticar autoridades e para disseminar desinformação. Consciência das possibilidades Esses esforços por parte de Estados podem ser mais elaborados do que você imagina. Em 2015, o repórter Adrian Chen, do New York Times, publicou uma matéria fascinante com uma visão aprofundada de uma “fábrica de trolls” russa [um departamento aparentemente voltado para disseminar notícias e opiniões pró-Putin nas redes sociais]. Chen rastreia algumas campanhas de desinformação extremamente complexas que o levam de volta à fábrica de trolls. Num exemplo, autoridades e moradores de uma cidade no estado de Louisiana receberam mensagens com advertências sobre uma explosão numa fábrica química e a disseminação de vapores tóxicos. Pelo Twitter, dúzias de contas começaram a enviar mensagens sobre a explosão, citando jornalistas importantes com screengrabs [captura de tela] da CNN.com mostrando as notícias “em cima da hora”. Surgiram vídeos mostrando imagens semelhantes às do Estado Islâmico em que era reivindicada a responsabilidade pela explosão. Rapidamente, apareceu uma página na Wikipedia descrevendo a explosão e fazendo o link entre os vídeos. Tudo isto era falso, inclusive clones que funcionavam como websites do noticiário local e divulgavam a matéria. Esse ataque de desinformação fez-se seguir por

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Carro do Google causa primeiro acidente

Um automóvel não tripulado do Google bateu em um ônibus em Mountain View, California, localidade onde se encontra a sede da empresa de buscas na internet. Não é a primeira vez que ocorre um acidente com um veículo seu, mas, segundo os registros do Departamento de Veículos Motorizados (DMV), é a primeira vez que o gigante de tecnologia admite que a culpa foi de seu carro. Com a batida, ele teve a sua lateral esquerda amassada, mas não houve danos humanos. O ônibus, em que viajavam 15 pessoas, sofreu pequenos estragos. O Google declarou que o carro circulava a uma velocidade inferior a cinco quilômetros por hora e que uma parte do problema foi que havia alguns sacos de areia bloqueando o caminho. Em declaração oficial, a empresa reconhece sua responsabilidade: “Evidentemente temos alguma responsabilidade. Trata-se de um típico mal-entendido que ocorre entre motoristas humanos todos os dias”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No entanto, o veículo robotizado não estava sendo dirigido no momento por um humano, mas por uma máquina. MAIS INFORMAÇÕES Carro sem motorista do Google já sofreu 11 acidentes em seis anos O futuro segundo o Google: mais robôs e menos carros Google fabricará carros sem motorista O carro estava tentando desviar dos sacos de areia quando o ônibus começou a contornar uma giratória podendo optar por três pistas alternativas. Trata-se, mais especificamente, do Caminho Real, uma estrada que une as primeiras missões existentes na Califórnia. O Google afirma também que um homem que estava a bordo do carro não assumiu o controle da situação porque confiou na inteligência artificial. No relato feito pelo Google, a explicação é de que o seu carro considerou que nada aconteceria com a aproximação do ônibus: “Depois de se colocar na pista da direita e fazer um movimento para desviar dos sacos de areia, o carro deu a virada e captou a chegada do ônibus que se aproximava. Mas considerou que não o atingiria, pois vinha mais atrás. Nosso motorista de testes, que estava dentro do carro, percebeu que o ônibus estava chegando, viu-o pelo retrovisor, mas imaginou que o seu motorista iria reduzir a velocidade. O que provocou o acidente foi que as duas partes consideraram que a outra cederia espaço na mesma pista”. Com isso, o Google expõe um dos fatores mais complexos no que diz respeito à condução não tripulada de um veículo: a negociação. Desde 2009, quando começaram a transitar pelo campus do Google, esses veículos autônomos se envolveram em várias ocorrências –um total de 341, segundo a informação mais recente da empresa. Em 13 ocasiões, um acidente foi evitado graças à pessoa que estava dentro e que assumiu o volante. Esta foi a primeira vez em que se confiou na autonomia e em que ocorreu um acidente. “Evidentemente temos alguma responsabilidade. Trata-se de um típico mal-entendido que ocorre entre seres humanos todos os dias” Brad Templeton, especialista naquilo que ele próprio chama de robo-cars, automóveis automatizados, primeira pessoa que assessorou o Google para na criação desta área, avalia que este caso significa uma boa notícia no sentido da evolução desse tipo de veículo. “É o primeiro golpe sofrido dessa maneira. Em todos os anteriores, o erro havia sido nitidamente do motorista humano”, conta ao EL PAÍS. “Acabo de chegar da Índia, e só penso nisso. Entre outras coisas, porque ali todo mundo descumpre as normas. Lá é muito mais caótico do que na Califórnia”, afirma. “Em muitos casos, criamos as nossas próprias regras, como, por exemplo, quando dividimos uma mesma pista. Vamos aprender muita coisa sobre o comportamento humano, sobre negociações e normas não escritas”, acrescenta. El País

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Google anuncia fim do Picasa

Inclusão de fotos e novos álbuns deixará de ocorrer em 1º de maio. Empresa concentrará seus esforços no Google Photos. Picasa, serviço de fotos do Google. (Foto: Divulgação/Google) O Picasa está prestes a se juntar ao Orkut e ao Reader. O Google anunciou nesta sexta-feira (12) que deixará de dar suporte ao serviço de fotos com mais de 14 anos em 15 de março de 2015. A empresa decidiu abandonar a ferramenta pioneira para agregar imagens com o intuito de privilegiar o Google Photos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Google Photos “Nós acreditamos que nós criamos uma experiência melhor ao focar em um serviço que forneça mais funcionalidades e trabalhe tanto em aparelhos móveis quanto no computador, em vez de dividir nossos esforços em dois diferentes produtos”, afirmou Anil Sabharwal, líder do Google Photos, em comunicado. saiba mais Google Photos guardará ilimitadas fotos com até 16 Megapixels de graça Rede social Orkut será encerrada em 30 de setembro Google aposenta o serviço Reader e dá força para outros leitores RSS Google anuncia fim de funções do Calendar e do Sync O Google incentiva que os adeptos do Picasa migrem para o Google Photos. Os que não quiserem ainda terão acesso ao serviço, mas de forma limitada. Fim do serviço Assim como ocorreu com outros desligamentos, o Google vai tirar o Picasa do ar aos poucos. Em março, acaba o suporte, ou seja, não haverá mais a criação de novas ferramentas. A partir de 1º de maio, permanecerão na plataforma apenas os álbuns já criados. E haverá restrições: os usuários poderão ver, baixar, apagar, organizar ou editar as imagens, mas não fazer novas inclusões ou criar compilações adicionais. Ao longo dos meses, os desenvolvedores deixarão de poder criar serviços conectados ao Picasa. História Criado em 2002, o Picasa foi adquirido pelo Google em 2004, depois de ser integrado ao Blogger e permitir a melhor integração de fotos à plataforma de blogs da empresa. Ao longo dos anos, porém, o serviço de fotos foi perdendo relevância, tanto dentro do Google – a última novidade relevante foi anunciada há mais de seis anos – e perante os usuários, que aderiram a outros aplicativos para exibir suas fotos, como o Instagram. Como o Picasa não possuía uma versão em aplicativo, a invasão dos smartphones, que eclipsaram os computadores, colaborou para o declínio do serviço. Fonte:G1

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Algemas de ouro: O outro lado do paraíso das empresas de tecnologia

Por trás de todo os benefícios fascinantes, existe o real motivo de as empresas ‘mimarem’ seus empregados. Os privilégios são “algemas de ouro” para manter os funcionários presos às suas mesas (Foto: Flickr) As empresas de software supostamente são um paraíso para os “nerds talentosos”. Não só os funcionários recebem salários fantásticos, como também têm uma série de benefícios adicionais, como refeições preparadas por chefs cordon bleu, academia de ginástica e de ioga no local de trabalho, lavanderia, ônibus para levá-los e buscá-los no trabalho, entre outros privilégios.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Afinal, essas empresas têm poucos recursos além dos cérebros de seus funcionários. E a batalha para conquistá-los está cada vez mais intensa à medida que a revolução digital reconfigura a dinâmica do mundo empresarial. Gigantes como Google e Facebook estão procurando fortalecer sua posição no centro dessa nova economia com o investimento maciço em pesquisa e na expansão em outras áreas. As startups menores também querem atrair talentos; por sua vez, as fábricas estão reagindo à revolução digital com a contratação de programadores e outros especialistas em informática para digitalizar seus produtos. Esse novo mundo está criando uma geração de talentos acostumada a receber salários altos e benefícios diferenciados. As maiores empresas estão construindo sedes fabulosas: a “nave espacial” da Apple, projetada por Norman Foster, terá um espaço de 260 mil m2 e na nova sede sustentável e futurística do Google os escritórios ficam dentro de uma enorme cúpula transparente. Algumas empresas, como a Netflix, oferecem férias “ilimitadas” aos seus funcionários. O Facebook está oferecendo até US$20,000 às funcionárias que queiram congelar seus óvulos. No entanto, uma carreira como desenvolvedor de software ou engenheiro de computação não é uma garantia de satisfação. Em 2015, uma pesquisa realizada com 5 mil especialistas em computação, tanto em empresas de tecnologia como em outros setores, pelo aplicativo TINY Pulse, especializado em monitorar a satisfação de empregados em seus locais de trabalho, revelou que muitos deles sentem-se alienados, sem perspectiva, subestimados e confusos. Só 19% dos especialistas em TI disseram que se sentiam felizes em seus empregos e 17% mencionaram que a empresa valorizava o trabalho deles. O descontentamento era ainda maior do que em outros setores: só 36% dos profissionais da área de tecnologia viam uma carreira definida à sua frente, em comparação com 50% de profissionais da área de marketing e mercado financeiro; só 28% dos que trabalhavam no setor de tecnologia entendiam a visão da empresa comparados aos 43% de outros setores; por fim, 47% disseram que tinham boas relações com seus colegas de trabalho em comparação com 56% de profissionais de outras áreas. As empresas de tecnologia que oferecem benefícios especiais aos seus funcionários não são movidas por um sentimento genuíno de generosidade. Elas proporcionam esses privilégios porque exigem tanto das pessoas, que elas não têm tempo para mundanidades como almoçar fora ou levar roupas para a lavanderia. Como observou Gerald Ledford da Escola de Administração da Universidade de Southern California, os privilégios são “algemas de ouro” para mantê-las presas às suas mesas. E os que são apenas competentes, além de serem descartáveis, trabalham duro enquanto as estrelas brilham. Fontes: The Economist-The other side of paradise

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Tecnologia: Para vencer o EI, a batalha central é dominar o virtual

 Um ano antes do Estado Islâmico estabelecer seu califado extremista na Síria e no Iraque, Abdulmunam Almushawah notou uma mudança preocupante a mais de 1.600 quilômetros de distância, na Arábia Saudita. Homem com bandeira do Estado Islâmico em Raqqa, Síria – Foto Reuters O chefe de um programa financiado pelo governo saudita que rastreia jihadistas on-line disse que viu novas tendências crescendo entre os militantes já em 2013. Eles estavam formando grupos técnicos para ajudar radicais a enviar mensagens criptografadas.Houve uma enxurrada de atividades em francês, e os apelos à jihad na Europa estavam crescendo. Dois anos mais tarde, houve massacres em Paris, primeiro na revista Charlie Hebdo em janeiro e, em seguida, em múltiplos alvos em novembro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Entendemos que eles estiveram construindo a realidade de hoje”, disse Almushawah em uma entrevista em sua base em Riad. “O que acontece na vida real tem uma sombra anterior no mundo eletrônico”. Os EUA e seus aliados dizem que estão vencendo a luta contra o Estado islâmico, retomando território conquistado no ano passado e libertando cidades como Kobane na Síria e Ramadi no Iraque. No entanto, está perdendo terreno em uma área na qual os ataques aéreos não podem alcançar, um espaço em grande parte controlado por empresas sediadas nos Estados Unidos. Executivos da Google Inc. e Facebook Inc., junto com funcionários do governo agora estão reunindo apoio para uma resposta combinada. Território Digital As informações recolhidas por Almushawah mostram como é difícil pegar as informações atuais e transformá-las em previsão. Os jihadistas desenvolveram um nível de conhecimento técnico que permite a utilização da Internet e das redes sociais sem serem pegos por agências de inteligência, disse a Europol em um relatório divulgado na segunda-feira. A campanha de Internet do Estado Islâmico, também conhecida como ISIS, ISIL ou Da’esh, ajudou a atrair milhares de soldados estrangeiros e inspirou ataques isolados. O de San Bernardino, Califórnia, mostrou como a Internet ajuda a “fazer crowdsource de terrorismo, para vender assassinatos”, disse James Comey, diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI). Envolveu pessoas “consumindo veneno pela Internet”, disse ele em um discurso duas semanas após o ataque de dezembro. Almushawah notou mais recentemente um aumento no diálogo envolvendo a Indonésia. Uma bomba em Jacarta reivindicada pelo Estado Islâmico deixou oito pessoas mortas este mês. Nova Dinâmica Um vídeo de 17 minutos aparentemente feito pelo Estado Islâmico no domingo mostrou imagens supostamente de um dos nove terroristas que participaram dos ataques de 13 de novembro em Paris, no território controlado pelo grupo, antes dos ataques, enquanto declarava que empresários e líderes políticos franceses são alvos da agrupação. O vídeo recebeu o título de: “Mate onde encontrá-los”. Empresas de rede social estão cooperando com as agências de inteligência ocidentais, mas caminham sobre a linha tênue entre ajudar na luta contra o extremismo e desencadear uma enxurrada de demandas de países em todo o mundo pedindo para apagar postagens. Contra ataque Com a expansão desse alcance on-line, também aumentaram os esforços das agências de segurança de combatê-la, como fizeram com a Al-Qaeda. Os EUA este mês anunciaram sua Countering Violent Extremism Task Force, um novo grupo que irá integrar o esforço em casa, e outra organização para fazer a ligação com os parceiros internacionais. A Casa Branca disse no dia 8 de janeiro, que a equipe de segurança do presidente Barack Obama se reuniu com empresas de tecnologia na Califórnia. A unidade especializada da Polícia Metropolitana de Londres remove 1.000 posts de conteúdo extremista a cada semana, em média, enquanto a Europol criou uma equipe em junho, com a missão de combater a presença do Estado Islâmico nas redes sociais. Sua missão era fechar qualquer nova conta afiliada ao Estado Islâmico duas horas depois de ter sido criada. O desafio é eliminar o recrutamento e incitamento na Internet e nas redes sociais, mantendo fontes suficientes de inteligência para diminuir o apelo e frustrar ataques. Alma extremista De volta a Riad, a unidade de Almushawah, chamada Assakina, iniciada em 2003 em um país cuja própria marca conservadora do Islã tem sido acusada de abastecer a jihad. Quinze dos 19 autores do 11 de setembro de 2001, os ataques contra os EUA, eram cidadãos sauditas. Enquanto existe um potencial para o sucesso, o esforço ainda tem como alvo apenas um punhado relativo de militantes, disse Almushawah. O que é necessário é uma abordagem global, afirma ele. “O ciberespaço é a alma do Estado Islâmico”, disse Almushawah. Donna Abu-Nasr e Jeremy Hodges, da Bloomberg

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Tecnologia – Negócios: Google & iPhone

Google pagou US$1bi para “aparecer” no iPhone, diz Bloomberg iPhone 6: o Google, unidade da Alphabet, dá à Apple uma porcentagem da receita que gera através do iPhone. O Google pagou à Apple 1 bilhão de dólares para manter sua barra de pesquisa no iPhone, informou aBloomberg, citando uma transcrição de processos judiciais relacionados a ações da pela Oracle contra a gigante de buscas online. O Google, unidade da Alphabet, dá à Apple uma porcentagem da receita que gera através do iPhone, mas detalhes do acordo nunca foram divulgados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A Bloomberg, citando uma transcrição anterior ao julgamento do processo Oracle-Google na semana passada, noticiou na quinta-feira que uma testemunha do Google havia revelado que a parcela de receita foi de 34 por cento em algum momento. No entanto, não ficou claro se a porcentagem representou a quantia mantida pelo Google ou paga à Apple, disse a reportagem. A transcrição judicial usada como fonte para a reportagem da Bloomberg não está mais disponível na internet. No processo, a Oracle acusa o Google de usar seu software Java sem pagar por ele para desenvolver o Android. Um advogado da Oracle disse a um tribunal que o Android havia gerado receitas de cerca de 31 bilhões de dólares e lucro de 22 bilhões de dólares desde seu lançamento. Google e Apple não responderam a pedidos de comentários nesta sexta-feira. Exame

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Skype é espionado na China

Sob uma imagem falsamente propagada de um país moderno, os mandarins vermelhos, continuam, ditatorialmente, comandando um Estado policial. A internet chinesa é controlada através do “Escudo Dourado”, um firewall, sistema de segurança que bloqueia sites que contenham certas palavras consideradas “perigosas” pelo governo. Os sites bloqueados entram em uma espécie de lista negra e, a partir deles, tenta-se chegar a outras URLs “subversivas”. Por mais rigoroso que seja, o governo não consegue controlar trocas de informações entre pessoas. Além de folhetins “subversivos” que circulam de forma clandestina, há também brechas digitais. Um canal de comunicação ainda não controlado pelo governo, por exemplo, é a transmissão de textos, fotos e vídeos via celular Contra a censura! Sempre! José Mesquita A China espiona mensagens do Skype, dizem pesquisadores. A Skype diz que respeita as leis chinesas. A China vem monitorando e censurando mensagens enviadas pelo serviço de internet Skype, de acordo com pesquisadores. Citizen Lab, um grupo de pesquisas ligado à Universidade de Toronto, no Canadá, disse que encontrou um banco de dados contendo milhares de palavras consideradas ‘politicamente sensíveis’ bloqueadas pelas autoridades chinesas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O banco de dados, disponibilizado para o público, também mostra informações pessoais de assinantes do serviço. A Skype, conhecida mundialmente por oferecer serviços de telefonia pela internet, disse que sempre foi aberta em relação ao escrutínio de dados por parceiros chineses, mas está preocupada com a violação da segurança do site. Sistema de vigilância Os pesquisadores do Citizen Lab disseram que descobriram um enorme sistema de vigilância que pegou e armazenou mensagens enviadas através do telefone online e serviço de mensagens por texto. Ele continha mais de 150 mil mensagens de vários tipos. “Cerca de metade das mensagens continham obscenidades. Quando eu as filtrei, ficaram mensagens – a maioria em chinês – que tinham conteúdo de natureza sensível politicamente”, disse Nart Villeneuve, da Universidade de Toronto. “Eu não sei quais as palavras exatas que estão acionando a filtragem, mas sei que a maioria das mensagens contém críticas ao Partido Comunista, mensagens sobre a independência de Taiwan, sobre a Falun Gong (movimento espiritual banido na China) e outros tópicos políticos sensíveis”, disse o pesquisador. O relatório da Citizen Lab, intitulado Breaching Trust (Violando a Confiança) disse que “mensagens de texto, junto com milhões de registros contendo informações pessoais, estão armazenados em servidores de internet inseguros”. Segundo os pesquisadores, ao usar um nome-senha, é possível identificar todas as pessoas que enviaram mensagens para alguém ou receberam-nas do usuário original. Leis e regulamentos A Skype opera na China como Tom-Skype, uma joint venture envolvendo o site de leilões americano, eBay, e a companhia chinesa TOM-Online. O Citizen Lab disse que está “claro” que a Tom estaria “se envolvendo com ampla vigilância aparentemente com pouca preocupação em relação à segurança e à privacidade de usuários do Skype”. Mas o presidente da Skype, Josh Silverman, disse que o monitoramento feito pela China é conhecido e que a TOM-Online “estabeleceu procedimentos para se enquadrar em leis e regulamentos locais”. “Estes regulamentos incluem a exigência para monitorar e bloquear mensagens instantâneas que contém determinadas palavras consideradas ofensivas pelas autoridades chinesas”, afirmou ele. Silverman disse que é política da TOM-Online bloquear determinadas mensagens e depois apagá-las, e ele investigará porque a política mudou para permitir que a empresa pegue e armazene estas mensagens. Embora o uso de internet seja alto na China, as autoridades impedem há muito tempo o acesso de sites que consideram politicamente sensíveis. Empresas ocidentais de internet como Google, Microsoft e Yahoo foram criticadas por grupos de direitos humanos por aceitar os rigorosos regulamentos da China. Com dados da BBC London

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Conheça o plano do Google para acabar com as senhas

Um dos próximos objetivos da Alphabet, empresa mãe do Google, é acabar com as senhas utilizadas atualmente que, apesar de exigirem caracteres alfanuméricos, ainda não são totalmente seguras. Com esse objetivo, a empresa criou o projeto Abacus, que propõe substituir as palavras-chave por leituras biométricas diferenciadas. De acordo com a Alphabet, o Abacus trabalha com uma pontuação cumulativa de confiança. O celular monitora continuamente o usuário e se torna capaz de reconhecer alguns padrões de localização, fala, tipo de caminhada e até o rosto do dono. De acordo com o ex-googler, Chris Messina, a nova maneira de verificação é até 10 vezes mais segura do que a verificação em duas etapas. Algumas pessoas não parecem tão animadas com a novidade: “Muito legal até eu quebrar minha perna ou mão e não conseguir autenticar quaisquer serviços para obter informações de saúde”, rebateu o engenheiro da Cisco, Shawn Cooley. Privacidade Muita gente aponta ainda que para funcionar perfeitamente, o recurso teria que recolher uma série de dados do usuário. No entanto, a maior parte dessas informações já é recolhida por aplicativos como o Facebook e o WhatsApp. Via Engadget

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Um professor com 26 milhões de alunos

Salman Khan agitou o mundo da educação com aulas em vídeo e exercícios grátis na web Seu método cativou o Google, Bill Gates e Carlos Slim. Existe um punhado de filantropos fora de série e existe Salman Khan, analista de um hedge fund de origem humilde que, em 2008, recém-casado, prestes a ser pai e adquirir uma casa própria, depositou todo o seu futuro e suas abundantes economias em um sonho: tornar a educação grátis acessível a todos em qualquer lugar do mundo. “Vamos esperar um ano para ver se conseguimos financiamento”, conta em palestras ter dito a sua mulher. “É a maior rentabilidade social que alguém poderia conseguir”. Hoje, esse homem, filho de mãe indiana e pai bengalês, tem 26 milhões de alunos em 190 países. Seu sucesso, a Khan Academy, é uma plataforma online multilíngue sem fins lucrativos que conquistou o próprio Bill Gates e é sustentada por outras generosas fortunas que contribuíram para fazer dele o professor do mundo. MAIS INFORMAÇÕES O gigante mundial da educação privada é brasileiro Brasil: dois modelos de educação, dois modelos de sociedade Uma professora modelo dentro de um sistema nada exemplar Nascido em Nova Orleans em 1976 e criado em um lar que se mantinha com o necessário, Khan ganhou fama de revolucionário com um sistema surgido de sua própria experiência e de umas poucas certezas. O engenheiro elétrico, matemático e especialista em TI formado em Harvard e no MIT (Instituto Tecnológico de Massachusetts) acredita que cada estudante é único e possui ritmos de aprendizagem únicos que o sistema prussiano de ensino, essencialmente passivo, não consegue satisfazer. O que ele propõe é uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa, com aulas gravadas em vídeo e exercícios pertinentes, e fazer as lições em sala de aula. Dessa forma, o estudante que não entendeu um conceito, e que, na sala de aula, talvez se sinta coibido e desista de pedir ajuda, não tem mais que rebobinar a lição quantas vezes precisar até dominá-la. E o professor, que dispõe de um programa para acompanhar os progressos e tropeços de cada aluno em casa, pode investir seu tempo em resolver lacunas. A escola tradicional “te castiga por experimentar e fracassar” e isso faz os déficits de aprendizagem irem se ocultando, costuma dizer Khan. Sua proposta é justamente o contrário: “Monte na bicicleta e caia. Faça isso pelo tempo que for necessário até dominá-la”. “Se deixá-lo trabalhar em seu ritmo”, diz, “de repente o aluno começa a interessar-se e a progredir”. Khan aprendeu isso com sua prima Nadia, uma menina inteligente de 12 anos que, em 2004, tinha dificuldades em matemática. Ele vivia em Boston e Nadia, em Nova Orleans, mas o analista decidiu dar aulas por telefone quando descobriu que a jovem tinha perdido toda confiança em si mesma por causa dos tropeços com os números. “Era lógica, criativa e esforçada”, explica em seu livro Um Mundo, Uma Escola (The One World Schoolhouse Simplesmente resistia à conversão de unidades e, sem essa base, era incapaz de continuar assimilando conceitos matemáticos. Ex-analista de um ‘hedge fund’, seu lema é: “Suba na bicicleta e caia até dominá-la” Nadia – hoje a um passo de entrar para a faculdade de Medicina – deve ter falado muito bem de seu primo, porque de repente Khan se viu ensinando a uma quinzena de filhos de familiares e amigos. Como o telefone não era prático, tentou sessões em grupo pelo Skype, mas não era tão eficaz. Justamente quando pensou em largar tudo, um amigo sugeriu: “Por que não faz vídeos e posta no YouTube?”. O sonhador Khan deu-lhe ouvidos. Preparou aulas muito singelas com apenas três grandes protagonistas: o cursor sobre um quadro-negro virtual, as imagens que ilustram os conteúdos, e uma voz muito enfática, a sua. “Aconteceu algo interessante”, relatava Khan, com grandes dose de teatralidade nas palestras Ted de 2011.“Disseram que me preferiam no YouTube do que em pessoa. Faz muito sentido. Podiam parar ou repetir à vontade sem precisar perguntar e envergonhar-se”. O mesmo ocorreu a milhares de internautas. As aulas de álgebra e pré-álgebra feitas para seus tutelados se converteram em trending topic. Por alguma razão, um professor não licenciado tinha descoberto a forma de cativar a estudantes, adultos sem formação, jovens com problemas… “Meu filho de 12 anos tem autismo e muita dificuldade com matemática. Tentamos de tudo, vimos de tudo, compramos de tudo. Encontramos por acaso seu vídeo sobre decimais e ele entendeu”, escreveu um pai agradecido. “Então passamos para as terríveis frações. Ele entendeu. Não podemos acreditar. Está tão emocionado”. Khan propõe uma espécie de escola ao contrário: aprender em casa e fazer a lição em sala de aula No início de 2009, mais de 100.000 pessoas acompanhavam seus vídeos e pediam aulas de outras matérias. Muito satisfeito, começou a flertar com a ideia de deixar a Wohl Capital Management e criar uma escola mundial gratuita. Não que não gostasse de seu trabalho. “Era intelectual e financeiramente gratificante”, conta em seu livro. “Mas estava envolvido em uma vocação que vi como algo muito mais valioso”. Khan e sua esposa, médica internista, deixaram a compra da casa para mais tarde e investiram tudo no projeto, confiantes de que chamariam a atenção de algum filantropo. Passados nove meses, a academia, com o quartel-geral no quarto de hóspedes de sua casa no Silicon Valley, crescia sem parar em número de alunos, mas não em doações e para consolidá-la era necessário aperfeiçoar o software, contratar engenheiros, especialistas para abranger da Física, até a Biologia ou a História da Arte. Khan, que já tinha se tornado pai, começou a pensar que o melhor que podia fazer era voltar a sua antiga vida. Mas em 2010 sua sorte mudou. A primeira boa notícia chegou por Ann Doerr, esposa do multimilionário John Doerr, investidor em empresas tecnológicas: uma dupla transferência de 10.000 e 100.000 dólares (350.000 reais). A segunda também veio dela, por SMS: Bill Gates estava contando em uma palestra que tinha descoberto na Internet a khanacademy.org,

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Acordo de buscas entre Google e Twitter se estendem ao desktop

O Google e o Twitter anunciaram nesta sexta-feira que sua parceria para colocar tuítes em resultados de busca online se estende aos desktops. A confirmação veio em uma troca de tuítes entre as duas gigantes americanas da internet. “Olá @twitter, festa da busca na nossa casa. Vamos nos encontrar no desktop?”, convidou o Google, ao que o Twitter respondeu: “com certeza, @google. Nós levaremos os tuítes”. Em maio, as duas empresas acordaram colocar tuítes nos resultados de busca móvel do Google, e o mesmo irá se aplicar aos desktops em breve. Ambas as empresas tinham um acordo semelhante em 2009, mas os tuítes desapareceram dos resultados de busca do Google em 2011. O acordo pode ajudar o engajamento no Twitter, que teve um pequeno crescimento comparado a outras redes sociais. Isto também traz conteúdo novo e comentários do Twitter para consultas de pesquisa do Google. “É um ótimo jeito de encontrar informação em tempo real quando algo está acontecendo”, afirmou Ardan Arac, do Google, quando o anúncio foi feito em maio. “Nós estendemos isso agora ao desktop também, e em inglês em qualquer lugar”, afirmou Arac em uma atualização nesta sexta-feira. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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