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Fatos & Fotos – 20/12/2017

Só dói quando eu rio Ilustrações de Victor Nizovtsev STF tira de Sérgio Moro denúncias contra Cunha, Geddel e Rocha Loures O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por cinco votos a quatro, nesta terça-feira (19), retirar do juiz federal Sérgio Moro as denúncias contra políticos dos PMDB sem foro privilegiado, acusados junto com o presidente Michel Temer por organização criminosa. Estão no grupo o deputado cassado Eduardo Cunha (RJ), o ex-ministro Geddel Vieira Lima (BA) e o ex-assessor especial da Presidência Rodrigo Rocha Loures (PR). Os processos serão enviados para a Justiça Federal de Brasília, já que prevaleceu o entendimento de que o caso não tem conexão com o esquema de corrupção investigado na Petrobras, foco da Lava Jato. Os três peemedebistas queriam manter as acusações no STF ou, pelo menos, garantir que as denúncias fossem enviadas para uma vara criminal do Distrito Federal, e não para a jurisdição de Moro. O ministro Luiz Fux se declarou impedido e não votou nesse tópico, e Celso de Mello não participou da sessão. “São fatos ocorridos no Congresso Nacional, na Câmara dos Deputados, na articulação política ilícita. Não são fatos diretamente ligados à questão só da Lava Jato, à Petrobras”, disse o ministro Alexandre de Moraes, o primeiro a votar pela retirada dos processos da Vara Federal de Curitiba, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância. Os peemedebistas foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) junto com o presidente Michel Temer e os ministros da Casa Civil, Eliseu Padilha, e da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, por organização criminosa. A tramitação da denúncia contra Temer e os ministros foi suspensa por decisão da Câmara dos Deputados. Depois disso, Fachin decidiu desmembrar o processo, enviando para a primeira instância as investigações contra os acusados sem foro privilegiado na Corte. As defesas de Geddel, Cunha e Loures haviam entrado com recurso pedindo para eles a extensão da imunidade conferida a Temer, Padilha e Moreira Franco. No entanto, o STF manteve o entendimento do relator, Edson Fachin, de que seria “inviável” dar a outros acusados a imunidade garantida ao presidente pelo Artigo 86 da Constituição. “É algo absolutamente específico e singular ao presidente da República, não havendo possibilidade de se estender a coautores e partícipes”, afirmou Alexandre de Moraes nesta terça. Também estão implicados nas investigações sobre a suposta organização criminosa do PMDB na Câmara o banqueiro André Esteves e os executivos Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos do Grupo J&F.  Somente o caso do deputado André Moura (PSC-SE), que figura como investigado no processo, deve permanecer no STF.  Em relação à outra denúncia feita contra Temer, também barrada na Câmara, por obstrução das investigações, foi mantido o envio à Justiça Federal de Brasília, determinado anteriormente por Fachin, da parte que envolve Joesley Batista, Ricardo Saud, Eduardo Cunha e Rodrigo Rocha Loures. Com Agência Brasil Mesquita no clima natalino, ou para não dizerem que não escrevo cartinhas singelas; Querido ministro Gilmar “Activia” Mendes. Gostaria de ganhar de natal um “Habeas Corpus” com validade indeterminada e com efeito “Erga Omnes”. Ficarei muito agradecido se meu modesto pedido for atendido. “Dentro de cada começar mora um encanto que nos dá forças e nos ajuda a viver.” Hermann Hesse LESA PÁTRIA TENTA ENGANAR A OPINIÃO PÚBLICA COM EXEMPLOS VINDOS DOS ESTADOS UNIDOS   MÁRIO AUGUSTO JAKOBSKIND O lesa pátria Michel Temer está agora comparando a sua ascensão golpista com Presidentes dos Estados Unidos. Usando uma linguagem de farsante, o que não chega a surpreender se for feita uma análise aprofundada sobre o desempenho de seu governo e suas falações, o golpista que coloca em prática a sua “ponte para o futuro” disse em um encontro do seu partido que, “(…) se nos Estados Unidos se dissesse que quando o vice assume a Presidência face a um eventual impedimento do presidente, isto é um golpe, qualquer americano ficaria corado. Mas aqui não, havia uma certa desfaçatez”.   Só que o lesa pátria está mais uma vez querendo se legitimar pela mentira como Presidente golpista que é, e não completa o raciocínio para dizer que nos Estados Unidos o vice que eventualmente assume a Presidência executa um programa igual ao do Presidente eleito.   Os dois casos mais recentes, o primeiro depois do assassinato de John Kennedy assumiu Lyndon Johnson, que seguiu o programa do político assassinado, o do Partido Democrata. Posteriormente, Gerald Ford ocupou o lugar do renunciante Richard Nixon, que se envolveu em baixarias como no caso Watergate. O vice Ford, ao assumir a presidência seguiu o que foi apresentado na campanha.   Se um integrante do Partido do Presidente Democrata decidisse trair e executar o programa dos Republicanos, por exemplo, o que aconteceria?   E se eventualmente Donald Trump não completar o mandato, o vice decidisse seguir o programa do Partido Democrata deixando de lado as propostas dos Republicanos, podem imaginar o que aconteceria?   E o que fez o lesa pátria Temer colocando em prática a sua “ponte para o futuro” se não trair os eleitores que escolheram nas urnas uma proposta de governo diferente da executada atualmente, que na verdade é um retorno ao passado de Fernando Henrique Cardoso, repudiado nas urnas quatro vezes seguidas.   Mas o lesa pátria Michel Temer, mais uma vez tentando enganar a opinião púbica brasileira, demonstra que sua reverência aos Estados Unidos, cujo Departamento de Estado ajudou no golpe, está equivocada. Ao ocupar o governo colocou em prática um programa de governo rejeitado pelos eleitores brasileiros quatro vezes seguidas nas urnas. Se Johnson ou Ford fizessem o mesmo que o mentiroso lesa pátria Temer não teriam condições de seguir como Presidentes.   Essa é a verdade que Temer tenta esconder, porque tem consciência que só ocupa o posto que ocupa para executar a famigerada “ponte para o futuro”, uma proposta que por sinal não passa de um programa responsável pelo Brasil recuar pelo menos cem anos e de inteira satisfação dos golpistas, internos e externos, responsáveis pela sua ocupação do governo.   Não contente com tantas mentiras

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Fatos & Fotos – 14/12/2017

Natal sem Partido Qual o poder mais deletério, canalha e corrupto no Brasil de hoje. Executivo Legislativo Judiciário Imprensa   “A lembrança é uma forma de encontro.”Khalil Gibran Tom Jones – Blues – ‘Burning Hell’ Session A 30 quilômetros de Ipanema, a vida passa com menos de três reais por dia O lixo é a principal fonte de renda do Jardim Gramacho. ARIEL SUBIRÁ O bairro de Jardim Gramacho se sustentou por três décadas com o maior lixão de América Latina. Após cinco anos do fechamento, seus moradores são a face da extrema pobreza.Em Jardim Gramacho não se vive, se sobrevive. A apenas 30 quilômetros da praia de Ipanema há pessoas morando em condições tão precárias como num pobre povoado da África. Jardim Gramacho, a comunidade que abrigou até 2012 o maior lixão de América Latina, famosa no mundo inteiro por um documentário do artista plástico Vik Muniz que chegou ao Oscar, poderia constituir um monumento dedicado ao descaso e a promessas descumpridas. Mas não há tempo para pensar nisso. O bairro, em Duque de Caxias, na região metropolitana do Rio, é um bolsão de pobreza extrema, a face dura e invisível da desigualdade do Brasil, do abandono do poder público, um lugar onde se vive, rodeado de cachorros sarnentos, com menos de três reais por dia. Jardim Gramacho não tem água encanada, a eletricidade depende dos gatos e da aleatoriedade dos picos de energia que estouram os poucos eletrodomésticos que ainda funcionam. Aqui tampouco há rede de esgoto e, em algumas casas, nem banheiro. A higiene pessoal, para quem nem chuveiro tem, é feita numa laguna próxima e verde. As moradias construídas com portas de armários e chapas de madeira velha, servem para pouco nos dias de chuva. “Quando chove, cai mais água dentro do que fora”, ouve-se com frequência. – Quando foi a última vez que você comeu carne?  – Ah, pouco tempo, umas duas semanas atrás. – E peixe? – Ihhh, nem lembro. – E fruta? – Fruta? Isso aqui é um luxo. Vanessa Dias, grávida do sexto filho aos 31 anos, está sentada no degrau da entrada da sua casa de madeira. Uma cerca improvisada com tábuas delimita um quintal cheio de entulho e lixo. A precária dieta da família de Vanessa, longe de qualquer recomendação do que seria uma alimentação saudável, é só mais um exemplo da sua exclusão. A mulher, com vários dentes a menos e aparentando 20 anos a mais, trabalhou no antigo lixão desde a adolescência e nunca teve carteira assinada. O marido, um pedreiro desempregado de 42 anos, há tempos que não consegue um biscate. Suas duas únicas fontes de renda são os 150 reais que recebe do Bolsa Família pelos três filhos que moram com ela e uns 200 reais que consegue vendendo desinfetante. A renda de Vanessa Dias, de 31 anos, vem da venda de desinfetante. ARIEL SUBIRÁ  Se divididos esses 350 reais pelos cinco membros da família, os Dias vivem com uma renda de 2,3 reais por dia e por pessoa. O último cálculo do Banco Mundial para determinar a linha da pobreza extrema é de 1,90 dólares por dia, ou 6,18 reais. Os brasileiros que vivem abaixo deste patamar devem passar de 2,5 milhões a 3,6 milhões entre 2016 e o final deste ano, segundo a instituição. Enquanto Vanessa fala da sua rotina, três dos seus filhos de nove, oito, e dois anos brincam com dois gatinhos recém nascidos entre os escombros. Os bichos miam ao caírem torpemente no chão. Estão lançando eles alto demais. Um dos meninos, que só neste ano já foi internado sete vezes por pneumonia, briga com o outro. A mãe põe ordem com apenas um par de gritos. As moscas pousam com insistência no rosto da mulher, mas ela nem se move. Dentro da residência, limpa na medida do possível, é ainda pior. No interior do quarto e sala, onde todos dormem, elas voam em nuvens. Por todas partes. Ela não reclama de quase nada, “apenas gostaria de que chegasse água”. A miséria no Jardim Gramacho percebe-se não apenas na dieta dos seus 20.000 moradores, as cáries das crianças, a alta evasão escolar, o analfabetismo, ou os ratos, insetos e escorpiões que infestam o bairro. A miséria exclui, ela isola. O morador de Jardim Gramacho não sai de Jardim Gramacho. Vanessa puxa a média para baixo, mas o resto dos seus vizinhos não tem dinheiro nem para pagar uma passagem de ônibus para ir no médico. Segundo um levantamento da ONG Teto, que atua no local construindo casas desde 2013, a renda média per capita dos moradores de Jardim Gramacho é de 331,96 reais, 11 reais por dia, praticamente o valor de duas passagens de metrô ou de trem. A renda para os que trabalham triplica-se, mas aqui cerca de 45% dos vizinhos não tem emprego (a taxa nacional de desemprego é de 12,4%), segundo essa pesquisa realizada com mais de 700 moradores. Não é falta de vontade. Dezenas de vizinhos estão doentes, não tem formação nenhuma, ninguém com quem deixar os filhos ou precisam cuidar da casa. A história do bairro é também a historia do seu lixão, o maior de América Latina, de onde seus mais de 1.500 catadores oficiais retiravam duas toneladas diárias de materiais recicláveis. Aquela montanha de 60 metros de lixo fez o bairro crescer e inspirou os cenários de uma das tramas da novela Avenida Brasil. Não era o melhor dos empregos, mas servia de sustento a famílias inteiras. Quando o local foi fechado, em 2012, foi como tirar os jalecos salva-vidas de gente que não sabe nadar no meio de uma tempestade. Prometeram a eles, nos diferentes níveis do poder público, cursos profissionalizantes, urbanização do bairro, novas fontes de renda… Mas ninguém cumpriu. Os antigos catadores chegaram a receber uma indenização de cerca de 14.000 reais quando o aterro fechou. Muitos abriram uma conta de banco pela primeira vez, mas esse dinheiro há tempos que acabou. “Jardim Gramacho tem a situação mais gritante onde já trabalhei”, afirma Carolina Thibau, coordenadora da Teto. “O fechamento do aterro foi uma ação

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Fatos & Fotos – 11/12/2017

Vou às cores. Ao atelier trabalhar. Afinal, viver sem pintar e sem arte é imprudência. Fui. Às panelas. Vamos? Sinistro, ops!, mini$tro Odebrecht da Saúde vai pra casa todo fim de semana em jatinho da FAB. “TCE dá prazo para Alckmin explicar concorrência de barragem com água imprópria para consumo․” Seria pra fazer uma xepa com a ração do Doria? PSDBdoPT faz convenção e joga a candidatura do Lula – minha nossa. De novo nãããããão – no colo do PT. “Ô povin burro sô!” Sonho de consumo nesse Natal. Trabuco, que nominho mais apropriado, minha nossa, presidente do Bradesco – esse banco deve “apenas” R$ 465 milhões à previdência, e a culpa do rombo é dos Tapuias – cotado para vice de Lula. Perfeito. Trabuco, tiro no pé. Mas que suruba de m*rda é o Bananil. General na ativa e em posto de comando critica o Temer. Passo a ser Temer desde criancinha. O Temer foi eleito. Contudo, expressa a Constituição Federal: A Constituição Federal prevê no seu Art 5º, inciso IV que ” é livre a manifestação de pensamento, sendo vedado o anonimato”. Pelo no dispositivo acima mencionado, o General é um cidadão brasileiro que tem o direito de expressar seu pensamento sobre o que acha como brasileiro. Ele não procedeu no anonimato, ele expressou o que sentiu como brasileiro. Vou mais além, fez o que devia fazer, e muito mais por ser uma autoridade dentro de uma área de segurança estratégica do país, a qual tem grande responsabilidade. A Lei nº 7524/86 é anterior a Constituição Federal e está aquém dela, até porque estamos velejando num país democrático, não podendo existir cabrestos. Deu pra entender né? Na insônia contumaz estava lendo o Sigmund, o Freud: “Seriamos melhores se não pretendêssemos sermos tão bons.” Às panelas. “Vambora”? Zumbis do Planato atacando. 1. Estão disponibilizando – meu Deus. A praga dos verbos terminados em “zar” – cinco ambulâncias para cada deputado que votar pela deforma da previdência; 2. R$500 milhões para as Centrais Sindicais que aderirem; 3. E quem não aceitar a negociata do MiShell nas bancadas de negócios do Congresso, perderá cargos; 4. Os “infiéis” serão expulsos dos partidos dos quais são cúmplices. Frajola sem Piu Piu… Eu vi um juiz, ora se vi! “Não aceito delações vinda de ursos. Essa é uma corte imparcial” Estácio: Demissão em massa sem acordo com sindicato. Ps. Não importa qual seu cargo e função. Caso você não seja patrão, você está na fila. Só questão de tempo e lugar. Lembre-se para reensaiar a dancinha e comprar novas panelas. Sem humor não dá para agüentar o tranco desse hospício. Sinistro Embassaí do PSDBdoPT pede para “andar” e sai do governo. Voto para a Desforma da Previdência na Câmara dos Depufedes Federosos está pagando mais. Sou mesmo um abestado contumaz Pois não é que eu pensava que o concubinato com “Ditadores” Bolivarianos fosse coisa do Lula e da Dilma? Ou será que o MiShell está cancelando os negócios em torno do acordo do gasoduto construído pela Petrobras para trazer o gás boliviano pros Tapuias? Aí sussurra um diabinho – Soros? – na parte posterior do meu pavilhão auditivo. Viram que erudição? Hahaha – “é a economia, estúpido!” E é? Então tá! A silenciosa tomada de poder do ativismo digital Getty Images As redes sociais desencadearam a Primavera Árabe e deram origem ao fenômeno Trump. O escritor Oscar Howell-Fernández analisa em ‘A mão emergente’ os padrões do quinto poder Adam Smith popularizou o termo mão invisível em sua obra-prima A riqueza das nações (1776). A teoria clássica recorre desde então a essa expressão para falar da suposta capacidade do mercado de se autorregular. Dois séculos depois, em A mão visível (1977), de Alfred D. Chandler, afirmava-se que a complexidade das organizações exigia uma hierarquia profissional e bem-estruturada. O empreendedor e consultor Oscar Howell-Fernández (San José da Costa Rica, 1964) acaba de publicar um livro cujo título dá continuidade ao jogo de Smith e Chandler. Em A mão emergente (La mano emergente, no original em espanhol), o autor desenvolve o conceito homônimo. O termo faz alusão a esse tipo de ativismo digital cotidiano gerado pelo uso da Internet, que às vezes faz eclodir grandes mobilizações públicas (como a Primavera Árabe) e em outras se limita ao linchamento público de uma empresa ou pessoa cuja atuação não agradou determinado grupo. A mão emergente, que bebe na efervescência das redes sociais, vem e vai. “Eu as comparo com os vagalumes, que têm um comportamento coordenado”, explica o autor. “O baile de luzes é disparado por certos sinais que alguns deles fazem, há um momento em que chegam a um ponto máximo e então se apagam”. Uma luta pelo poder A ilusão de progresso e riqueza criada por um enfoque no laissez-fairedesenfreado da economia e da política, diz o livro, junto com o surgimento de micropoderes e ativistas digitais no mundo online, deram lugar a uma situação de fim da autoridade que afeta multinacionais, governos e ONGs ao mesmo tempo. Isso mudou as regras do jogo político e empresarial de forma substancial. “A irrupção das redes sociais trouxe consigo a capacidade de chegar a milhares ou milhões de leitores a um custo muito baixo. Isso criou uma certa utopia da comunicação, segundo a qual o indivíduo não está restrito às 20 pessoas com quem consegue falar em um dia, mas tem muito mais possibilidades de ganhar presença também na esfera pública”, explica Howell-Fernández. Assim nascem os micropoderes. “O poder na sociedade é compartilhado, e se você faz parte dele quer dizer que está tirando-o das empresas ou dos governos. Então há uma disputa para ver até onde se pode chegar como indivíduo. O uso de ferramentas digitais pelos governos é parte da estratégia para tentar recuperar terreno nessa discussão”, afirma. “As empresas estavam muito acostumadas a ter muito domínio da comunicação. Agora um grupo de ativistas pode gerar graves problemas de marca de forma relativamente fácil, e por isso perderam poder de influência. Uma forma de recuperar esse terreno é participar, fazer parte da conversa e compreender o que está ocorrendo”, explica. Ativismo diário

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Fatos & Fotos – 10/11/2017

Lázaro Ramos,Thais Araújo & Lea T O Beijo, Klimt – Nascimento de Vênus, Botticelli Hahahahaha. Até parece que algo irá acontecer.  Baixem o fogo! “Ministro quebra sigilos fiscal e bancário de Aécio desde 2014 A quebra de sigilo se estende a outros investigados na Operação Patmos – suposta¹ propina de R$ 2 milhões da JBS para o senador.” ¹Sou apaixonado por esse substantivo feminino – nesse caso é substantivo, e não, adjetivo. Independente do gênero. O ministro do STFdoG Marco Aurélio Mello: – Soltou o goleiro Bruno; – Votou a favor de soltar Cunha em fevereiro; – Devolveu o mandato do senador Aécio Neves em junho; – E agora revogou a prisão domiciliar de Andrea Neves, irmã de Aécio. STFdoG revoga prisão domiciliar da irmã de Aécio Never e do primo maleiro. Ambos agora estão livres leves e soltos para mais traquinagens. É obrigação do exercício da cidadania, desobedecer uma justiça injusta, parcial, podre e corrupta. Esqueçam esse olhar maniqueísta e catequizado, ou à direita ou à esquerda. O Estado Brasileiro nos esmaga de cima para baixo. De volta aos tempos da lenha Desde agosto, o gás de cozinha já subiu 67,8%. Ps. Para o MPF, governo Dilma cometia “crime” ao manter gás e gasolina baratos. Ministério Público Federal no Rio acusou a gestão Dilma de improbidade administrativa o então Conselho da Petrobras por política de preço. Aumentos abusivos de Temer são considerados normais. E é? Então tá? “Em presença de imbecis e loucos, há somente um caminho para mostrarmos nossa inteligência: não falar com eles.” Schopenhauer Não choro por ti Tiririca Você não passa de um covarde. Ficou silente quando não havia mordaças. Cospe no prato que lambeu. Desonra à memória do Chaplin, do Carequinha, do Arrelia, das Colombinas e Arlequins. Não aproveitou a oportunidade que o eleitor lhe concedeu para lutar pelo povo de onde você brotou, e não fez nada por essa gente. Ao contrário; ferrou os pobres! 1. Votou a favor da PEC que congelou investimentos em saúde e educação por 20 anos; 2. Votou a favor da entrega do pré-sal às petroleiras estrangeiras; 3. Votou a favor da reforma que retira garantias sociais do trabalhador. Um povo que segue um pato pedindo a retirada das próprias conquistas lhe merece. “Non piangere pagliaccio. Veste la giubba.” Janot alega sigilo profissional e foge da CPI da JBS. Hahaha. Pai Janot é soda! “A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.” Eduardo Galeano Boooom diaaaaaa otimiiiiiiiistas. Marcelo Odebrecht saírá da cadeia, terá milhões de dólares devolvidos e voltará para casa de jatinho para passar o Natal; o meliante corrupto foi condenado a 19 anos de prisão. Ps. Quem foi mesmo que disse que não compensa? “Aécio escreve carta dizendo ser inocente e que seu grupo vai voltar a governar o país”. O tempo irá provar; será absolvido por prescrição, ou por obra do Barattão no STFdoG, como todos políticos do PSDB. Alexander Jansson – Her Only Friend The Moon Revelada a razão pela qual o palhaço Tiririca resolveu abandonar a política; há muita concorrência. A vida como não deveria ser

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Amazônia: Os Brasileiros choramos por ti

O sofrimento da Amazônia em imagens Fotografias de Daniel Beltrá Pequena porção de terras cultiváveis perto de Santarém (PA). Marcas em formato de árvores deixadas pela água na terra nas margens do rio Amazonas. Panorâmica de uma mina de ouro ao sul do Parque Nacional das Montanhas de Tumucumaque. Panorâmica de uma zona de pântanos ao norte do Estado brasileiro do Amapá. Bosque ao sudoeste de Macapá Península no meio do Jari, afluente do rio Amazonas. Terras baixas alagadas perto das desembocaduras do rio Amazonas e o rio Araguari, no Brasil. O ramo ocidental do Rio Uaçá serpenteia através da selva, ao oeste do Parque Nacional do Cabo Orange, no Brasil. Árvores de mangue caídos ao longo das margens do rio Amazonas, a 80 km ao nordeste de Macapá (AP). Troncos empilhados no porto da capital, Macapá. Águas carregadas de sedimentos que se estendem 280 quilômetros ao longo da costa, a partir da desembocadura do rio Amazonas. Debandada de uma revoada de guarás. A maior selva tropical do mundo está lutando há décadas para sobreviver à exportação maciça de seus recursos

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A quem interessa nossa ignorância?

Corruptos e desonestos lucram com a ignorância Alunos em uma sala de aula. DANIEL CASTELLANO SMCS A manutenção do péssimo modelo de educação pública interessa, e muito, aos desonestos e corruptos, que formam a grande maioria dos nossos dirigentes Por Luiz Ruffato Daqui a cerca de nove meses – o equivalente ao tempo de uma gestação humana – teremos que nos dirigir às urnas para eleger o presidente que irá governar pelos próximos quatro anos. Em quase todas as rodas de conversa, o cenário se repete: um total desencanto com relação aos nomes já propostos e uma preocupante desesperança quanto ao futuro, principalmente entre os jovens. Pesquisa Datafolha, divulgada no dia 2, afere isso: perguntados sobre em que vão votar, 19% dos entrevistados responderam “ninguém” e 46% disseram não saber. Esse cenário de ceticismo se explica em duas frentes. A primeira, a falta de novidades entre os nomes apresentados – a única “renovação” é um candidato que prega… o retorno aos tempos da ditadura militar! Todos os outros, sem exceção, são políticos manjados, que já tiveram a oportunidade de mostrar a que vieram. A segunda questão é que, devido à sensação de que não conseguimos nunca, como coletividade, avançar na resolução dos nossos problemas básicos, caímos naquele estado de autocomiseração: se aqui, em se plantando tudo dá, quem colhe os frutos são sempre os mesmos…   Ora, se a conclusão acima reflete uma verdade, essa verdade é relativa, não absoluta. Embora o Brasil apresente uma das maiores diferenças entre ricos e pobres do planeta – segundo o IBGE, a média de renda mensal real de 1% da população (R$ 27.085) equivale a 33,6 vezes ao recebido pela metade da população que ganha menos (R$ 747) –, a única solução para todos os problemas encontra-se no fortalecimento da nossa débil democracia. Ou seja, somos nós os responsáveis tanto pelos caminhos percorridos até aqui, como pelos que serão trilhados no futuro. Para mim, o cerne do problema encontra-se no péssimo sistema de educação pública que adotamos. É sabido que um em cada quatro brasileiros não sabe ler e escrever ou não compreende textos simples. Além disso, o Brasil ocupa o 65º lugar entre 70 países avaliados pelo PISA, programa internacional que analisa o desempenho de alunos de 15 anos dos sistemas público e privado de ensino. A falta de escolaridade é um impedimento não só para o crescimento individual – mas também para o desenvolvimento coletivo. A pessoa que não tem acesso a um ensino de qualidade não consegue usufruir do mundo em sua plenitude. A noção de subjetividade, ou seja, aquela que permite que compreendamos a realidade a partir da complexidade da nossa própria existência, deriva do contato com formas mais elaboradas de conhecimento, que adquirimos por meio da educação formal. Sem educação, com as exceções de praxe, dificilmente galgamos o estatuto de cidadãos – tornamo-nos meramente estatísticas, seja na hora de apertar botões na urna eletrônica, seja na hora de ocupar o lugar na urna funerária. A ignorância, advinda da falta de escolaridade, explica a mediocridade na qual nossa sociedade encontra-se atolada. O obscurantismo, que aceita respostas simples para perguntas complexas, seja no campo religioso, seja no campo artístico, seja no campo político, mina a tentativa de construirmos um Brasil multicultural e pluriétnico. Ao contrário, empurra-nos para o pensamento hegemônico, fundamentalista e simplório. O resultado, a História nos mostra, é sempre catastrófico. A manutenção do péssimo modelo de educação pública interessa, e muito, aos desonestos e corruptos, que formam a grande maioria dos nossos dirigentes. É a forma mais fácil de a elite – seja ela política, econômica ou intelectual – garantir seus privilégios, que não são poucos. Ainda restam nove meses para exigirmos dos candidatos compromissos com mudanças substantivas pelo menos do nosso sistema escolar. No entanto, para isso, desde já, somos nós que temos de arregaçar as mangas.

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Fatos & Fotos – 06/12/2017

Casa Real de St. Louis, Saint-Cyr ,França Casa Real de St. Louis. Internato para meninas criado pelo rei Luiz XIV (1684) em Saint-Cyr (atual município de Saint-Cyr-l’École, Yvelines, França) É ferro no gaiato. Um desprovido de neurônios me pediu, via msg para eu explicar o fascismo. Sabendo ser provocação, mandei o “Loudspeaker.svg Schutzstaffel” ler Umberto Eco se conseguisse entender. Voltou! A canalha decidiu patrocinar “Mídias Independentes”. O Estado corrupto, e corruptor, assumiu descaradamente que pretende controlar a Internet. Hahahahahahahaha. Destinará o seu, o meu, o nosso “caraminguá” na vã tentativa legislativa na seara das mídias sociais que receberão aval do Estado para recebimento de propina – ops!, ato falho Dr. Sigmund. “Es tut mir leid” – de dinheiro via Lei Rouanet. O projeto indecente é da indecente “depufeda” Luciana Santos,PDdoB, só podia ser coisa de descerebrada, e hahahaha, surpresa!, teve aprovação da relatora, adivinhem quem? Hahaha, isso mesmo. Da indigente mental Maria do Rosário. Excretou a relatora essa pérola de cinismo “enrolation; “Ao fomentar o florescimento de mídias alternativas, contribuirá para que a realidade chegue ao público por novos ângulos, novas visões…” Argh! Zé Golfada me socorra “Ômi di Deuzu”! Sem uniforme de detento, sem cabelos cortados e sem mãos algemadas para trás. É mais fácil ver filhote de pombo do que uma foto da cela do Cunha, ou ver o que ele come no almoço e na jantar. Boa tarde otimistas caçadores seletivos de corruptos. Amigo de Temer é solto da cadeia pela Justiça e vira presidente do PMDB. A “dupra” MiShell e Puccinelli cantando e andado “procês” Felicidade é quando a boca é pequena demais pro tamanho do sorriso que minh’alma quer te dar. Edward Hopper – Hotel Room,1931 A MP 800, que tramita no Congresso Nacional desde setembro, é vista pelas concessionárias como “tábua de salvação” para salvar seus contratos e evitar uma quebradeira geral no setor. Este trecho é parte de conteúdo que pode ser compartilhado utilizando o link http://www.valor.com.br/brasil/5217683/mpf-contesta-socorro-do-governo-para-concessionarias-de-rodovias ou as ferramentas oferecidas na página.  Textos, fotos, artes e vídeos do Valor estão protegidos pela legislação brasileira sobre direito autoral. Não reproduza o conteúdo do jornal em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização do Valor (falecom@valor.com.br). Essas regras têm como objetivo proteger o investimento que o Valor faz na qualidade de seu jornalismo. MiShell recebe empresários da ditadura chinesa. Qual é o futuro do mercado de livros no Brasil? A TODAVIA, de Moura, Conti, Levy, Ana, Setubal e Sarmatz, aposta no poder civilizatório dos livros nesse momento de discussões rasas da internet (Foto: Rogério Albuquerque) A boa onda dos negócios com propósito chega ao setor de livros – e novas editoras, investidores e mecenas com sobrenomes famosos tentam revigorar um mercado de R$ 5,2 bilhões Rogério Albuquerque/Época Chegamos.” No post de apresentação em seu perfil no Instagram, em 20 de junho passado, a editora Todavia (@todavialivros) se vale de um dos memes mais divertidos do ano. Um professor de relações internacionais de uma universidade da Coreia do Sul vê seu escritório em casa invadido pelos filhos pequenos durante uma transmissão ao vivo para um telejornal da BBC. A edição que a editora fez do vídeo sublinha o pedido de desculpas do professor – “my apologies” – antes de piscar a logomarca da Todavia. É um discurso completo da nova empresa em seu humor highbrow e presença digital, ainda que não deixe claro se, ao disputar a atenção no espaço proibido, ela estará mais para os bebês, quase insolentes em cena, ou para o acadêmico, absoluto em seu autocontrole e domínio do fato. Contudo, a Todavia não está para brincadeira. Com dois dias em exposição na semana de lançamento, O Vendido, do americano Paul Beatty, aparecia em quarto lugar entre os livros mais vendidos na Travessa, a livraria oficial da Flip, a Festa Literária Internacional de Paraty. “Já fizemos uma reimpressão de 3 mil exemplares, depois da tiragem inicial de 4 mil, pouco acima da média do mercado”, conta o editor Flávio Moura, um dos sócios-fundadores da nova casa editorial. Vencedor do Man Booker Prize no ano passado, Beatty sentou-se à mesa em um dos mais concorridos eventos da festa literária de Paraty, encerrada no último dia 30, em que se discutiu “o grande romance americano” – e apropriação cultural e racismo. Sua vinda diz muito dos mares em que a Todavia quer navegar, que não são os clássicos mares do quanto maior e mais rápido o retorno financeiro melhor. “A gente quer escolher títulos que adensem o debate nesse momento em que a rede social tomou a dimensão que tomou com esse tipo de discussão rasa e acirrada”, diz Moura. “Nesse aspecto, a editora tem um papel civilizatório.” O posicionamento da empresa, explicado com um misto de entusiasmo e cautela pelo editor – “pode parecer demagogia” –, é o que conferiu o valor diferencial na avaliação do risco tomado pelos financiadores do projeto. “Os jovens empreendedores trabalham com conceitos diferentes, não estão olhando para os negócios apenas pelo lado financeiro, que é uma visão estreita”, avalia o presidente da holding Itaúsa, Alfredo Egydio Setubal, o principal entre os três investidores iniciais da Todavia. “Estamos investindo porque acreditamos que ainda haja espaço para editoras desse tipo, que buscam qualidade. A ideia é construir uma editora influente, que colabore e interfira nos debates importantes para a sociedade brasileira.” Há importantes sinais de mudança aí. “Tem se tornado cada vez mais comum esse investidor ou proprietário, de perfil mais paciente”, afirma Roberto Sagot, diretor-executivo da Fundação Dom Cabral e coordenador de um programa com CEOs de grandes empresas em busca de propósito – e não somente de lucro. Seja por convicção, seja por conveniência, o retorno não se mede mais apenas do ponto de vista financeiro e do curto prazo. “Eles têm se perguntado ‘o que vou deixar para a próxima geração?’.” Sagot lembra que não são poucos os estudos sobre a relação entre posturas socialmente mais responsáveis e seus benefícios diretos na geração de caixa. “Em tese, a Todavia vai conversar com um

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Fatos & Fotos – 04/12/2017

Henfil FHC admite coalizão com o PMDB por um motivo simples: compartilham dos mesmos valores “morais e éticos”. Hahahahahahahahahahahaha. Uma aliança tão espúria quanto covarde, pois se é assim deveria assumir que apoia o atual governo. Alckmin é uma candidatura de direita corrupta, nada mais. E Lula é da esquerda corrupta. Ninguém se apresenta como candidato republicano de centro e disposto a governar o país e não seus interesses. Economistas, Economista chefe – que raio de cargo é esse? – especialistas, jornalistas “especializados” “et caterva”, não sabem(hahahaha) ler um simples gráfico? Para esses alienígenas da direita disfarçada, não interessa se a alta é de 0,1% e inferior à alta anterior, continua sendo alta! Então lá vai! Rio de Janeiro – Violência e Bala Perdida De quem é o dedo que aperta o gatilho? Por Carlos Wagner – Texto publicado originalmente no blog Histórias Mal Contadas. Visão aérea da favela Rocinha, no Rio de Janeiro, Brazil, em 2010. (Foto: chensiyuan/GNU Free Documentation License) Quem mata mais no Rio de Janeiro? As balas perdidas ou o desvio do dinheiro público da saúde, da educação, da segurança e de obras de infraestrutura, praticado pelos bandidos travestidos de deputados na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj)? Para responder essas duas perguntas aos nossos leitores, temos que começar pelo que aconteceu na tarde de sexta-feira (17). Os deputados decidiram, por 39 votos contra 19, soltar da cadeia os seus colegas Jorge Piccini, Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB, presos pela força-tarefa da Operação Cadeia Velha, acusados de corrupção, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e outros crimes. A prisão deles foi decidida pelo desembargador Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF 2). E atuação da Alerj no caso aconteceu com base em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). No mês passado, uma ação cautelar de um das turmas do STF afastou do cargo e proibiu que saísse à noite de sua casa o senador Aécio Neves (PSDB – MG), acusado de corrupção pela força-tarefa da Operação Lava Jato. A ação foi para votação no plenário do STF. A decisão foi que o cumprimento da cautelar teria de passar por uma votação no plenário do Senado. Os senadores votaram e devolveram o cargo a Aécio Neves. Com uma rapidez espantosa, os deputados cariocas usaram essa decisão do STF para libertar os seus três colegas, sendo que um deles, Piccini, é presidente da Alerj. Isso foi o que aconteceu e noticiamos. Por ter acontecido no Rio de Janeiro, o cartão-postal do Brasil, nós, repórteres, temos condições de avançar além da noticia para informar aos nossos leitores fatos que ficam subentendidos nas entrelinhas das reportagens devido à estrutura rígida da notícia determinada pelo espaço disponível no noticiário – rádio, TVs, jornais (papel) e sites. Vamos lá. As balas perdidas, todos sabem de ontem elas vêm: do confronto entre os policiais militares e as quadrilhas ou dos tiroteios entre os bandidos na disputa pelas bocas de fumo. Só para ter uma ideia da gravidade do problema: em 2017, de janeiro até o dia 2 de julho, foram atingidas no Rio 632 pessoas por bala perdida, sendo que 67 foram a óbito, entre elas a menina Vanessa Vitória dos Santos, 11 anos, moradora do Complexo do Lins. O pano de fundo desse episódio tem um policial mal equipado, mal treinado e mal pago. E um bandido com uma arma que chegou as suas mãos graças aos contrabandistas de armamentos que circulam pela cidade. Sem medo de errar, nós aqui podemos fazer uma ligação direta dos fatos. Se somarmos a quantia de dinheiro público desviado nos últimos anos pelos deputados Piccini, Melo, Albertassi e o ex-governador do Estado Sérgio Cabral (PMDB – RJ), chegaremos a milhões de reais – os dados podem ser encontrados nas reportagens disponíveis na internet sobre as operações Lava Jato e Cadeia Velha. Dinheiro que fez falta na segurança pública. Então? De quem é o dedo que apertou o gatilho da arma que matou a menina Vanessa? Hoje, no organograma dos criminosos do Rio Janeiro, os bandidos travestidos de políticos ocupam o lugar que eram dos bicheiros – os pioneiros do crime organizado no Brasil. Até a década de 90, os bicheiros eram tão poderosos que mantinham uma espécie de Estado paralelo. A decadência deles começou em 1993, quando a juíza Denise Frossard prendeu os 14 maiores bicheiros da cidade. Ela era da Justiça do Estado. Um ano antes da prisão, eu tinha feito uma reportagem sobre o poder dos bicheiros no Rio Grande do Sul. Alguns meses depois de a juíza ter prendido os bicheiros, eu conversei com ela em duas ocasiões: uma em Santana do Livramento, na fronteira gaúcha com o Uruguai, onde a magistrada estava fazendo palestras, e em outra vez falamos por telefone. A impressão que fiquei dela foi a de uma pessoa educada, bem informada e articulada e dona de uma mão pesada nas sentenças. O modo de agir do juiz federal Marcelo Bretas, que mandou Cabral para a cadeia, me lembra a maneira de trabalhar da juíza Denise Frossard. Outro dano que o desvio do dinheiro público causou no Rio de Janeiro é hoje assunto dos relatórios dos serviços de inteligência do Brasil. A destruição de uma das festejadas iniciativas na área de segurança pública no Rio de Janeiro, que foram as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Por mais de uma década, a ação dessas unidades devolveu a cidadania aos moradores das favelas. A falta de recursos detonou as unidades e, com isso, os bandidos voltaram e estão dando as cartas nas favelas. No final dos anos 80, eu estive no Rio de Janeiro fazendo reportagens sobre o estouro da violência na cidade. A atual crise na segurança do Rio é diferente da que testemunhei. Hoje, os bandidos estão mais organizados e armados. A Polícia Militar, responsável pelo enfrentamento direto com os quadrilheiros, além de mal equipada, ainda tem os seus salários atrasados. Na época, os bicheiros tinham o poder na cidade e ganhavam dinheiro com os trocados

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Fatos & Fotos – 01/11/2017

Cockpit do Embraer KC390 da FAB Um violinista incrível desafiando toda a técnica O trambique da Odebretch no BNDES em Moçambique ‘Só faltam os passageiros’: caminhe pelo aeroporto internacional fantasma em Moçambique O aeroporto fantasma feito pela Odebrecht em Moçambique, que o BNDES financiou e tomou calote São 10 horas da manhã de uma quinta-feira. Os oito balcões de check-in do Aeroporto Internacional de Nacala, norte de Moçambique, estão fechados. Todas as cadeiras vermelhas e pretas das salas de embarque estão vazias. Espaços destinados para lanchonetes, lojas, free shop estão desocupados. Seis guichês de migração não têm uso. Esteiras e raio-X de bagagem estão parados. O ar condicionado está desligado, apesar do calor de mais de 35ºC. O elevador também. O toque dos sapatos no chão faz eco. Tudo está muito limpo, como se fosse uma infraestrutura prestes a debutar. Mas essa cena já dura três anos. Inaugurado em dezembro de 2014, o espaço foi projetado e construído pela Odebrecht, com um empréstimo de US$ 125 milhões (R$ 404 milhões na cotação atual) do BNDES, para ser o segundo maior de Moçambique – só fica atrás do de Maputo, a capital. No entanto, continua a amargar a posição de aeroporto menos movimentado do país – e um dos menos usados em toda a África. Com capacidade para 500 mil passageiros por ano, recebe menos de 20 mil. Os voos internacionais nunca chegaram. São apenas dois trajetos comerciais por semana, na rota Maputo-Nacala, e dois privados da mineradora brasileira Vale, ambos operados com aviões brasileiros da Embraer. Para comparação, há um aeroporto próximo, a 190 km, em Nampula, com 57 voos semanais. “Hoje é um dia morto”, diz o diretor do aeroporto, Jeronimo Tambajane. “Eu esperava que essa área estivesse completamente movimentada, com vários voos a ocorrerem. Infelizmente, nesse momento não temos nada.” Ao caminhar pela sala de embarque internacional, o moçambicano passa a mão pelo couro vermelho de um divã: “Já seria altura de remodelar (reformar)”. O fracasso do empreendimento pesa nos bolsos dos dois países. Desde o final de 2016, Moçambique não paga as parcelas do empréstimo do BNDES, o branco brasileiro de fomento à economia brasileira, diluído em um prazo de 15 anos. É o primeiro calote que a instituição tomou entre todas as obras custeadas fora do Brasil – operações que passaram a ser postas em xeque após a operação Lava Jato. O pagamento do empréstimo não é a única conta que não fecha. O Aeroporto de Nacala opera no vermelho desde que foi inaugurado. Só o seu custo de operação é quatro vezes maior que as receitas. O saldo negativo recai sobre os outros aeroportos de Moçambique, geridos todos pela mesma empresa estatal. Não bastassem a falta de voos, de passageiros e as contas em atraso, há suspeitas de corrupção em torno do aeroporto. Tanto Odebrecht como Embraer relataram ao Departamento de Justiça dos Estados Unidos terem pagado propina para autoridades moçambicanas com o objetivo de fechar negócios. Áreas de embarque e desembarque internacional nunca foram usadas | Foto: Amanda Rossi/BBC Brasil Sonho brasileiro: Vale, Odebrecht, OAS e agronegócio A construção do aeroporto foi sugerida ao governo moçambicano pela Odebrecht. Não se baseou em uma demanda reprimida de passageiros em Nacala, uma região com 375 mil habitantes, mas sim em uma suposta esperança de crescimento futuro, puxado por empresas brasileiras. É por Nacala, uma cidade portuária, que a Vale exporta a maior parte do carvão que extrai nas minas de Moatize, também em Moçambique, uma das maiores reservas do minério do mundo. Esse é o maior investimento do Brasil na África, assinado durante o governo Lula e estimado em US$ 8,2 bilhões de dólares. A expectativa era de que a exportação de carvão por ali atraísse outros negócios. No caminho entre Moatize e Nacala, por exemplo, o braço de cooperação internacional do Itamaraty e a FGV Agro (vinculada à Fundação Getúlio Vargas) esperavam estimular a expansão agrícola – do agronegócio brasileiro, inclusive. Mas, por enquanto, as previsões se frustraram. Quando as obras do porto da Vale e do aeroporto da Odebrecht acabaram, o desenvolvimento estancou. “Na fase de construção, houve muito movimento. Depois, a empresa só traz carvão, embarca e vai embora”, explica José Ferreira, economista da Agência para a Promoção de Investimento e Exportações de Nacala. Além disso, as economias brasileira e moçambicana entraram em crise. “Infelizmente, depois que o Aeroporto de Nacala foi inaugurado, houve esse esfriamento econômico, criou este buraco. Mas tenho fé de que Nacala vai cumprir seu papel. Não acredito que o aeroporto possa fechar um dia porque não vem avião”, afirma o diretor Tambajane. Hoje, somam-se placas de vende-se em Nacala. Postos de trabalho fecharam. “Estou a procurar serviço, qualquer serviço, mas não há mais empregos”, diz Vitorino Mario, de 25 anos. Ele trabalhou por dois anos para a empreiteira brasileira OAS, que construiu o porto de carvão da Vale. Está desempregado há três anos, desde que as obras acabaram, fazendo bicos para sustentar os três filhos. O quintal da casa onde vive, perto do porto, está ocupado por uma pequena carpintaria de outros ex-operários da OAS. Depois de trabalharem para a empresa, “a vida voltou a ser como era antes”, diz Bachir Severino. O sonho de desenvolvimento brasileiro em Nacala durou pouco. Bachir Severino mostra seu cartão de identificação da OAS, ao lado do colega Ricardo Benjamim; eles trabalharam nas obras do porto de carvão da Vale | Foto: Amanda Rossi/BBC Brasil Cidade sem água encanada e sem emprego Moçambique é um dos países mais pobres do mundo – 46% da população vive na pobreza, segundo estatísticas do país. Nacala não foge à regra. Metade da cidade não tem água encanada, por exemplo. Nas margens da estrada que leva ao aeroporto, é possível ver diversas fontanárias – poços acionados por pressão manual – cercadas de mulheres e crianças com baldes nas mãos e nas cabeças. O bairro Matchapue ilustra a precariedade de infraestruturas básicas de Nacala. Contam-se nos dedos as casas com água na torneira. A de Fátima,

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Fatos & Fotos – 29/11/2017

Automóveis Clássicos, Ford Mustang,1971 Só dói quando eu rio Como outros países regulamentam o porte de armas de fogo Comissão de Constituição e Justiça do Senado analisa proposta para população decidir nas eleições de 2018 se restrição ao porte de armas no Brasil continua valendo. Veja como licenças são concedidas em outros países. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado deverá analisar nesta quarta-feira (29/11) a proposta para realização de um plebiscito, simultaneamente às eleições de 2018, em que a população brasileira decida sobre a revogação ou não do atual Estatuto do Desarmamento, que restringe a circulação e o porte de armas de fogo e munições no país. As três questões seriam: deve ser assegurado o porte de armas de fogo a cidadãos que comprovem bons antecedentes e com residência em área rural? O Estatuto do Desarmamento deve ser revogado e substituído por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a quaisquer cidadãos que preencham requisitos objetivamente definidos por lei? A terceira pergunta, quase idêntica, substitui apenas “porte” por “posse de armas”. “Posse” significa manter uma arma de fogo em casa ou no trabalho, enquanto “porte” se refere ao direito de circular armado em público. Caso seja aprovada pela CCJ, a proposta teria ainda que passar pelo plenário do Senado e, depois, pela Câmara dos Deputados. O Estatuto do Desarmamento, sancionado em 2003, proíbe o porte de armas por cidadãos do Brasil, a menos que seja comprovada efetivamente a necessidade, pelo exercício de atividade profissional de risco ou por ameaça à integridade física. Veja como outros países tratam a posse e porte de armas: Alemanha Não é muito fácil conseguir uma licença para possuir uma arma de fogo, a chamada Waffenschein. O cidadão deve comprovar de forma concreta que corre risco ou que tem que garantir a segurança de um objeto, o que se aplica a políticos ou serviços de segurança. Mesmo que a permissão tenha sido dada, ela restringe o porte, como por exemplo, em festas e eventos. A cada três anos, a fiabilidade do cidadão é verificada, e pode ser retirada por motivos diversos, como, por exemplo, multa recebida equivalente a 60 dias ou mais do salário líquido, ou pena de prisão de pelo menos um ano. EUA O direito de portar armas é garantido pela Segunda Emenda da Constituição, de 1791. Em 36 estados americanos – como Alabama, Alasca, Arkansas, Colorado, Delaware, Flórida e Geórgia – não há exigências legais para o registro de armas, nenhuma permissão ou licença é necessária para comprar e possuir armas de fogo como rifles, espingardas ou revólveres. Devido à falta de regulamentação, bem como à facilidade de compras online, em feiras de armas e até supermercados, a maioria das armas dos EUA não é registrada. França Os candidatos a um porte de arma no país devem ter ao menos 18 anos e são obrigados a determinar uma razão genuína para possuir uma arma, por exemplo, prática de esportes como caça e tiro ao alvo, ou proteção pessoal, segurança ou atividade de colecionador. As autoridades verificam os antecedentes criminais do candidato, além dos registros referentes à saúde física e mental. O processo chega a durar seis meses. Reino Unido A posse de armas de fogo no Reino Unido é um privilégio, não um direito. A permissão só é dada a quem apresente bons motivos, que a polícia não considere ameaça à segurança pública. Os cidadãos condenados a três anos ou mais de prisão não podem possuir armas. As autoridades realizam uma série de verificações que geralmente incluem entrevistas, visitas domiciliares e checagem de antecedentes criminais e referências de amigos. Além disso, o médico pessoal do requerente pode ser contatado. Espanha Para solicitar o porte de armas do tipo B (pistolas e revólveres), o cidadão deve ser maior de idade e apresentar seus motivos que justificam a posse de uma arma; defesa de pessoas ou bens, por si só, não justifica a concessão. As licenças são concedidas pelo diretor-geral da Guardia Civil e têm vigência de três anos. Após esse prazo, não há renovação, e o interessado tem que entrar com um novo pedido. Entre os documentos necessários estão certificado de aptidão física e psicológica, antecedentes criminais e documentos justificando a necessidade de se obter a licença. Japão O cidadão precisa frequentar um dia inteiro de aulas e passar numa prova escrita e outra de tiro ao alvo, com mínimo de 95% de acertos. Além disso, exigem-se exames psicológicos e antidoping; e a polícia verifica antecedentes criminais e eventuais ligações com grupos extremistas. A licença se refere exclusivamente a espingardas de caça e rifles de ar comprimido: o porte de armas de mão é proibido. Ouvindo Gardel e lembrando Borges; “O tango é uma forma de caminhar pela vida”. Da série; Meu ofício é incomodar. Quem pode responder? Por que Marcelo Freixo, a liderança maior do Piçol, nunca fala da corrupção da Rede Globo? O objetivo dos Globalistas da NOW avança conforme o planejado. Gerar o caos para “Divide & Conquer” Prefeito alemão é esfaqueado no pescoço por política pró imigrantes. PS. Reafirmo aos desavisados;. Globalismo é absolutamente diverso de Globalização. Empregado intermitente poderá ter de pagar para trabalhar.  A Receita Federal e a “Reforma Trabalhista”: A Receita Federal divulgou nesta segunda-feira, 27, as regras para o recolhimento da contribuição previdenciária dos trabalhadores intermitentes cujo rendimento mensal fica abaixo do salário mínimo. Esta é uma situação inédita no País que pode ocorrer com aplicação das normas previstas na reforma trabalhista. “Inteligência artificial não deve agravar desigualdade” É realista o medo que máquinas inteligentes venham a tomar o lugar das pessoas? Especialista em A.I. é otimista: autômatos só assumirão em tarefas específicas, não atividades completas. Humanos é que são o perigo.  Assim como tantos outros medos contemporâneos, o do impacto da inteligência artificial (A.I., na sigla em inglês) sobre a vida humana se expressa com veemência tanto no debate político e social como no setor de diversão, no qual se sucedem os filmes sobre robôs renegados que ameaçam

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