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Mensalão, a mídia e Código de Processo Penal

Não sei a quem a mídia venal, parcial e comprometida quer enganar. Quer dizer. Sei. Aos desinformados e órfãos da Constituição Federal. O julgamento da Ação Penal 470 só estará transitado em julgado após a publicação do acórdão no Diário da Justiça, e após a apreciação dos recursos porventura apresentados. Por esse tipo de desinformação os jornalões e as revistinhas passam à população a ideia que embora condenados os réus continuam “flanando” soltos pela vida afora.

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Advogado de Valério: memorial ao STF com menção a Lula fez efeito

Para Marcelo Leonardo, disposição de Barbosa era aplicar penas ainda mais duras Mesmo com a condenação de Marcos Valério já somando 11 anos e oito meses de prisão, o seu advogado Marcelo Leonardo acredita que o último memorial entregue aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), com menções ao ex-presidente Lula como protagonista do mensalão, surtiu o efeito esperado. Para Leonardo, a intenção inicial do ministro Joaquim Barbosa era aplicar penas ainda mais pesadas contra seu cliente. — Havia uma disposição de (Barbosa) aplicar penas mais duras, e ficou claro que houve consenso junto a outros ministros para se chegar às penas sugeridas — disse Leonardo, referindo-se ao vazamento de voto de Barbosa no site do STF, em setembro, com menções a aumento de pena de Valério em função de maus antecedentes, propósito descartado ontem em função dos outros processos relacionados ao réu ainda estarem em curso. No voto que vazou, Barbosa fixava a pena de Valério por lavagem de dinheiro em 12 anos e sete meses, crime que não foi tratado ontem.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Leonardo negou ter havido uma mudança de estratégia da defesa ao mencionar tantas vezes o ex-presidente no novo memorial. Prova disso seria menção semelhante feita a Lula na apresentação das alegações finais aos ministros, em setembro do ano passado. No texto, Valério já se referia ao ex-presidente como um “interessado” no suporte político “comprado” com a intermediação do PT, e não por parte de Marcos Valério, um empresário do ramo de publicidade. Ao ser perguntado sobre a diferença da menção ter ocorrido em letras maiúsculas e por mais vezes, o advogado desconversou. — Em todas as peças, cada referência ao “governo federal” é uma referência ao ex-presidente Lula — afirmou Leonardo. Nesta terça-feira, o advogado assistiu ao julgamento em seu escritório, no bairro de Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Diz ter falado com Valério ao telefone logo após a sessão, mas não quis comentar qual o estado de espírito de seu cliente com a notícia praticamente certa de que ele voltará à prisão. Leonardo repete várias vezes apenas que Valério vem “acompanhando” o julgamento. O advogado aguarda o fim da dosimetria para comentar as penas aplicadas aos réus, mas criticou a condenação de Valério a dois anos e 11 meses de prisão por formação de quadrilha, valor bem próximo da pena máxima de três anos prevista para o crime pelo Código Penal. —A fixação é imprópria e com a nítida intenção de evitar a prescrição do crime, o que não cabe ao Supremo — disse o defensor. No último memorial entregue aos ministros do STF, Leonardo sustenta que Valério foi um réu que atuou como colaborador no processo, ao entregar a lista de beneficiários dos recursos distribuídos com sua colaboração. Para ele, por isso, o réu deveria ter as penas reduzidas. O Ministério Público não concorda com a tese e diz que Valério inicialmente negou o esquema, somente entregando a lista de beneficiários quando a Polícia Federal já havia apreendido documentos do Banco Rural que atestavam a distribuição de recursos a políticos e aliados por meio das agências de publicidade. Ao ser perguntado se mesmo no fim do julgamento Valério ainda poderia trazer novos fatos sobre este episódio, Leonardo respondeu: — Em relação a este julgamento, que já está perto do fim, não teria mais nada a acrescentar. O mesmo não pode ser dito em relação a outros processos — disse Leonardo, referindo-se às outras ações a que Valério responde na Justiça, em instâncias federal e estadual. Leonardo criticou o Supremo por acreditar que foi ignorada “farta documentação” capaz de comprovar que os serviços contratados pelo Banco do Brasil à agência DNA, de Valério, teriam sido prestados com regularidade. Para a maioria dos ministros do STF, o dinheiro foi desviado para ser distribuído por Marcos Valério a pessoas indicadas por Delúbio Soares. Segundo Leonardo, documentos mostram que centenas de veículos de comunicação foram pagos para veicular este trabalho e, apesar da prova produzida durante o processo, os ministros não a levaram em consideração. Os ex-dirigentes do Banco Rural enviaram ontem ao STF memoriais pedindo pena baixa nas suas condenações. A ex-presidente do Rural Kátia Rabello, o ex-vice Vinícius Samarane e José Roberto Salgado sustentam que não tiveram participação efetiva no caso e, portanto, as penas não poderiam ser altas. Thiago Herdy/O Globo

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Mensalão e embargos no STF

As quatro absolvições dadas a Zé Dirceu ensejarão recurso de Embargo Infringente, o que forçará o reexame do processo, sorteio de novo relator e votação no plenário. Não esquecer que tem um novo ministro, já aprovada a indicação pelo Senado, e mais um que deverá ocupar a cadeira de Ayres Brito. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Mensalão: o PT no Éden

O PT no éden Por Sheila Sacks/Tribuna da Imprensa “E da árvore do conhecimento, do bem e do mal, não comerás dela…” (Gênesis 2:17) A condenação do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e do ex-presidente do PT José Genoíno por corrupção ativa, no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), foi interpretada pelo ex-presidente Lula como uma jogada de efeito para a plateia. “Foi uma hipocrisia”, disse Lula, em conversas reservadas. E aos candidatos do PT e prefeitos eleitos pelo partido recomendou: “Se querem fazer o debate da ética, vamos fazer” (…). “Nós não precisamos ter medo desse confronto porque não abafamos investigações. Não vamos apanhar calados nem deixar nada sem resposta” (“Para Lula, condenação é hipocrisia” – Estado de S.Paulo, 10/10/2012).[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Figuras fundamentais na trajetória política de Lula em sua campanha para alcançar a presidência da República, em 2003, e, posteriormente, na arregimentação de aliados parlamentares no Congresso para viabilizar o programa de reformas e assim tornar efetivas as promessas eleitorais do PT, Dirceu e Genoíno tiveram que lidar, na prática, com os aspectos mais negativos do sistema partidário brasileiro. O excesso de siglas, o individualismo dos políticos, a cultura do apadrinhamento, a instituição da patronagem, do clientelismo e do patrimonialismo, apontados como os grandes males da política nacional pelo brasilianista Scott Mainwaring, em 1999 (Sistemas partidários em novas democracias: o caso do Brasil), permaneciam inalteráveis, exercendo continuada pressão e resistindo às transformações da sociedade e ao avanço das instituições democráticas no país. Votações no Congresso O fragmentado e multifacetado quadro partidário e a profusão de partidos do tipo catch-all (de reduzida ideologia, sem militância ativa, com forte liderança no topo e representando diversos grupos de interesses, segundo definição do constitucionalista alemão OttoKirchheimer), dificilmente estimulariam experientes cardeais do único partido brasileiro efetivamente ideológico-pragmático a acreditarem que argumentos cívicos convenceriam essas organizações eleitorais a se alinharem de maneira altruísta nos processos de votação no Congresso, ainda que se configurassem de real interesse para o país. Na análise do cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis, houve por parte do núcleo político do PT uma “arrogância” que conduziu “à desqualificação dos outros participantes do jogo parlamentar, considerados burgueses, e à ideia de que o melhor a se fazer era comprar sua lealdade”. Em entrevista ao Estado de S. Paulo (“Mensalão foi possível por um desvio ideológico”), o professor avaliou que o processo do mensalão “levou o partido à moderação, à aceitação do jogo socialdemocrático.” No seu ponto de vista “uma evolução positiva”. Contudo, a premência na aprovação de reformas cruciais que careciam do aval do Congresso foi talvez o fator determinante a preceder todo um processo de encontros e conversas comumente regados de pedidos e ofertas culturalmente aceitáveis pela cena política brasileira. Tais como a incorporação de cargos em ministérios e órgãos públicos para seus indicados e liberação de recursos para favorecer empreendimentos de interesse de seus grupos. Mas, será que o convencionalmente aceito pelas elites políticas seria o suficiente para assegurar o pleno êxito nas votações? Citando ainda o professor Fábio Wanderley Reis, “essa mescla de disposição ideológica, ânimo realista e busca de eficiência, que levou ao mensalão, é muito singular dele” (referindo-se a José Dirceu). Paraíso mental Acrescida, diríamos nós, de uma espécie de euforia própria daqueles que após um grande esforço pessoal e uma série de obstáculos e reveses, conseguem alcançar a meta profissional pretendida ou vivenciar um sonho ideológico de juventude. Essa síndrome de felicidade – o se sentir nas nuvens – remete muitas vezes os abençoados a um paraíso mental que por algum tempo parece exclui-los do tradicional sentimento de incompatibilidade e mal-estar do homem com a civilização, mencionado por Freud, em 1930. Segundo o psicanalista, o sofrimento mais penoso é aquele que advém de nossos relacionamentos com as outras pessoas pela “inadequação das regras que procuram ajustar os relacionamentos mútuos do seres humanos na família, no Estado e na sociedade” (O mal-estar na civilização). Esse enquadramento do indivíduo às regras (leia-se leis) impostas pelo Estado é a matéria-base das ciências humanas nos âmbitos social, judicial e político cujos estudos e análises primordialmente recorrem à filosofia teórica e ortodoxa da ética para consubstanciá-los. Reordenado periodicamente em suas ações por força de mecanismos jurídicos que se sucedem, o homem contemporâneo ganhou o selo de cidadão, uma entidade moldada pelo Estado com a finalidade de homogeneizar a sociedade para a normatização de seus preceitos e mandamentos. Em artigo recente, o desembargador Rogério Medeiros Garcia de Lima, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, adverte para a crescente interferência do Poder Judiciário na vida coletiva que “no desempenho da jurisdição, exerce uma parcela do poder político”. Lembra que “em nosso país, a ‘judicialização’ da vida social foi incrementada em ritmo assustador após a redemocratização e a promulgação da Constituição de 1988” e que “o fenômeno da ‘judicialização’ consiste na decisão pelo Judiciário de questões relevantes do ponto de vista político, social ou moral.” E cita Luís Roberto Barroso, autor de Direito e Política: a Tênue Fronteira, que afirma: “Trata-se, como intuitivo, de uma transferência de poder das instâncias tradicionais, que são o Executivo e o Legislativo, para juízes e tribunais” (“Judicialização da política” – Estado de S. Paulo, 3/10/2012). Por conseguinte, se o veredicto do STF pode soar como um trovejar divino para a mídia, o alcance de seu juízo e de seu discurso “ético”, em se tratando do PT, estará circunscrito à arbitragem das penalidades. Tanto Dirceu como Genoíno se declaram inocentes. Em sua “Carta Aberta ao Brasil” (10/10/2012), o ex-presidente do PT finaliza o documento dizendo: “Retiro-me do governo (era assessor especial do Ministério da Defesa) com a consciência dos inocentes. Não me envergonho de nada.” Isto é, o paraíso ainda existe para os dirigentes do PT, a despeito dos enganadores cantos das sereias. Não deixa de ser admirável.

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Helio Fernandes, o maior jornalista brasileiro, completa hoje 92 anos

Hoje é um dia muito especial para nós. O jornalista Helio Fernandes está completando 92 anos. Este Blog, todos sabem, pertence a ele e sempre pertencerá. Estamos apenas lutando para preservá-lo até que Helio Fernandes se disponha a voltar. Helio Fernandes, um nome na História Seu principal advogado, Luiz Nogueira, fez questão de lembrar esta data ao ministro Castro Meira, do Superior Tribunal Justiça (STJ), relator do processo de indenização movido por Helio Ferrnandes contra a União, por perdas e danos causados em dez anos de censura prévia e implacável contra a Tribuna da Imprensa, de 1968 a 1978, e com a destruição do jornal por um atentado à bomba em 1981, depois de aprovada a Lei da Anistia.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Helio Fernandes é o jornalista mais censurado da História deste país. Vale á pena ler a mensagem que Luiz Nogueira enviou ao STJ. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa SR. MINISTRO CASTRO MEIRA Peço licença para tomar uns minutos do precioso tempo de V. Exa. para informar que no próximo dia 17 o mais intrépido, isento, despojado e democrata dos jornalistas brasileiros, SENHOR HELIO FERNANDES, estará completando 92 ANOS DE VIDA, toda ela dedicada à defesa dos legítimos e não poucas vezes vulneráveis interesses nacionais. Colocou toda a sua vida e todo o seu patrimônio, o independente jornal TRIBUNA DA IMPRENSA (RJ), a serviço das boas causas e contra a corrupção e o desgoverno. Por não ceder perante os ditadores de plantão, período de 1964 a 1985, sofreu ininterrupta e implacável perseguição pessoal, política e empresarial. Seu jornal, um dos mais influentes do Rio de Janeiro, à época, foi arbitrariamente censurado entre 1968 e 1978 (mais de 3.000 edições) e quase que totalmente destruído em 1981 por conta de atentado promovido pelos agentes da ditadura. Em virtude desses ataques terroristas e da censura diária exercida por policiais truculentos que se alternavam em sua redação, a TRIBUNA foi asfixiada econômico-financeiramente, perdendo publicidade e vendo diminuída significativamente sua tiragem. Assim mesmo resistiu o quanto foi possível. O sonho de Helio Fernandes e de muitos brasileiros é ver de novo a TRIBUNA nas bancas das principais cidades brasileiras e para isso aguarda-se, com ansiedade e quase desespero, QUE A SEGUNDA TURMA DO TRIBUNAL DA CIDADANIA, TENDO V. EXA. COMO RELATOR, DECIDA COM JUSTA PREFERÊNCIA o REsp 1324250/RJ, definindo o valor indenizatório que a UNIÃO FEDERAL deverá despender em favor da citada empresa jornalística. Esse processo, iniciado em setembro de 1979, já tramitou em todas as instâncias, inclusive, no Supremo Tribunal Federal e completou há pouco seu 33º aniversário. O bravo jornalista Helio Fernandes, que sempre defendeu o estado democrático de direito, os legítimos interesses nacionais, a independência e o respeito que todos devem devotar ao Poder Judiciário, ao completar 92 anos de vida, bem que mereceria receber o resultado da prestação jurisdicional fundamentadamente buscada e já reconhecida no julgamento de mérito. Sabemos do excesso de trabalho que toma o tempo dos senhores ministros do STJ e no caso de V. EXA., muito mais ainda por sabermos que se avizinha, lamentavelmente, a data de sua aposentadoria e, se não me engano, o único juiz de carreira da 2ª Turma. Como um dos advogados de Helio Fernandes, peço licença por ousar encaminhar a V. Exa. esse singelo apelo. Respeitosamente, LUIZ NOGUEIRA OAB/SP 75708

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Waldomiro Diniz: Pivô de escândalo, ex-assessor de Dirceu presta consultoria em Angola

Waldomiro Diniz viajou a Angola pelo menos três vezes nos últimos anos Pivô do primeiro escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-assessor de José Dirceu na Casa Civil Waldomiro Diniz presta serviços para uma empresa brasileira em Angola. A convite do grupo Kapilongo, Waldomiro viajou ao país africano ao menos três vezes nos últimos anos. Em maio, ele foi condenado a 12 anos de prisão por corrupção passiva e crime contra a lei de licitações. Notícias relacionadas Com BNDES e negócios com políticos, Odebrecht ergue ‘império’ em Angola Laços com presidente e obra durante a guerra marcam atuação da Odebrecht em Angola Brasil não controla corrupção de suas empresas no exterior, diz ativista Waldomiro recorre em liberdade. Como não há decisão judicial que restrinja seus deslocamentos, ele está autorizado a viajar ao exterior até o desfecho do caso. O caso que provocou sua condenação veio à tona em 2004, com a divulgação de um vídeo em que Waldomiro pedia propina ao empresário Carlinhos Cachoeira. O escândalo deu início à série de acusações que levaram à queda de Dirceu e à denúncia do mensalão, hoje em julgamento no Supremo Tribunal Federal. Em sua página na rede Linkedin, a Kapilongo lista, entre suas atividades, a prestação de consultoria a governos, elaboração de propostas governamentais e assessoria para a obtenção de empréstimos externos. A companhia, que diz ter entre 51 e 200 funcionários, atua ainda nos setores de comércio exterior, agropecuária, saúde, turismo e engenharia. Waldomiro foi convidado a prestar serviços para a empresa por Claudemir Pereira Pinto, presidente da Kapilongo e ex-prefeito de Guaraçaí, cidade paulista onde ambos nasceram. Investimentos Um dos maiores investimentos da empresa em Angola é o complexo agropecuário do Calonda, que ocupa área de 160 mil hectares na província de Lunda-Norte. O complexo visa produzir 100 mil toneladas de carne bovina ao ano, além de cereais, frutas e verduras. Outro investimento do grupo é a reforma de parte do sistema de captação, tratamento e abastecimento de água da cidade de Sumbe, capital da província de Kwanza-Sul. Em outra província, Lunda-Sul, a Kapilongo associou-se ao governo local na organização de um seminário para 85 gestores públicos, em maio. Segundo nota publicada na Angop, agência estatal de notícias, os funcionários foram orientados no evento sobre como se relacionar com o setor privado. Os laços entre Waldomiro e o presidente da Kapilongo, Claudemir Pereira Pinto, são antigos. Em 2004, após a eclosão do escândalo que o derrubou do governo, Waldomiro foi elogiado por Pinto na Folha de S.Paulo. Em entrevista ao jornal, ele disse que o conterrâneo havia sido “muito bom” para Guaraçaí, tendo atuado para liberar verbas públicas à cidade. Segundo Pinto, que foi prefeito de Guaraçaí entre 2001 e 2004, Waldomiro também intermediou a entrega de aparelhos para o hospital local e obteve patrocínio para uma festa do peão no município. Vídeo O vídeo que gerou a primeira crise do governo Lula foi filmado quando Waldomiro era presidente da Loterj, loteria do Estado do Rio. Nele, Waldomiro e Cachoeira discutiam o pagamento de propina e doações a políticos. À época, Cachoeira representava o consórcio Combralog, que ganhou contrato para o serviço de loteria online no Estado. Ele está preso desde maio, quando a Polícia Federal deflagrou uma operação contra o jogo ilegal. Na decisão em que condenou ambos os réus, a juíza Maria Tereza Donatti, da 29ª Vara Criminal do Rio de Janeiro, diz que a negociação entre Waldomiro e Cachoeira “visava interesses pessoais e também de políticos que seriam beneficiados com as tais doações”. Em 2003, após deixar a Loterj, Waldomiro tornou-se subordinado de José Dirceu na Casa Civil, ao ser nomeado subchefe de Assuntos Parlamentares da Presidência. Em entrevista à revista piauí em 2008, Dirceu também mostrou-se interessado em prestar serviços de consultoria a companhias em Angola. Ele disse à jornalista Daniela Pinheiro que seu alvo era o setor de “infraestrutura: rodovias, telefones, telecomunicações”. ‘Serviços pontuais’ Em nota à BBC Brasil, a Kapilongo afirma que Waldomiro “prestou serviços pontuais na área de organização da estrutura administrativa da empresa” em Angola. A companhia diz que as visitas de Waldomiro cumpriram todas as “formalidades exigidas nas legislações migratórias brasileira e angolana”. Segundo a Kapilongo, ele está no Brasil e não tem vínculo empregatício com o grupo. “Os trabalhos combinados foram concluídos e entregues”. O advogado Rafael Veloso, que defende Waldomiro, confirmou as informações. Segundo ele, seu cliente tem residência fixa no Brasil e, independentemente do desfecho de seu julgamento, não pretende deixar o país. Veloso diz ainda que Waldomiro compareceu a todas as audiências em que sua presença era requerida. João Fellet/BBC

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Mensalão e STF – Dia 24

Frases do 24º dia do julgamento Ação do mensalão é considerada a de maior relevância da história do STF. Leia o que disseram os ministros do tribunal e os advogados de defesa. saiba mais Frases do 1º dia do julgamento Frases do 2º dia do julgamento Frases do 3º dia do julgamento Frases do 4º dia do julgamento Frases do 5º dia do julgamento Frases do 6º dia do julgamento Frases do 7º dia do julgamento Frases do 8º dia do julgamento Frases do 9º dia do julgamento Frases do 10º dia do julgamento Frases do 11º dia do julgamento Frases do 12º dia do julgamento Frases do 13º dia do julgamento Frases do 14º dia do julgamento Frases do 15º dia do julgamento Frases do 16º dia do julgamento Frases do 17º dia do julgamento Frases do 18º dia de julgamento Frases do 19º dia do julgamento Frases do 20º dia do julgamento Frases do 21º dia do julgamento Frases do 22º dia do julgamento Frases do 23º dia do julgamento O Supremo Tribunal Federal (STF) realiza nesta segunda-feira (17) o 24º dia de julgamento da ação penal 470, que reúne os 38 réus do caso do mensalão, considerado o de maior relevância dos 183 anos de história do tribunal. Começa a ser julgado o chamado “núcleo político” do esquema, integrado pelo ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A sessão desta segunda terá a leitura do voto do relator do processo, Joaquim Barbosa. A previsão é que o voto do relator leve no mínimo duas sessões inteiras de julgamento. Joaquim Barbosa, ministro do STF e relator do processo do mensalão: “Eu nunca tinha ouvido isso, entrega de dinheiro a domicílio.” “O dinheiro era entregue em casa, uma inovação.” “A materialidade do crime de lavagem de dinheiro está comprovada.” “Pedro Henry, Pedro Corrêa, José Janene e João Cláudio Genú formaram quadrilha para corrupção passiva e lavagem de dinheiro.” “O dinheiro de origem criminosa foi formalmente pulverizado pela Bônus Banval em nome de várias pessoas.” “Estou quase terminando, presidente, a parte de hoje.” “A quadrilha se revela nos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção indefinidamente no tempo em associação estabilizada em vários meses.” “Enilvaldo Quadrado recebia os recursos em mãos e, a partir daí, prosseguia a distribuição aos beneficiários.” “Está cabalmente comprovada a trama arquitetada pelos réus para a lavagem de dinheiro.” “É evidente que o réu Enivaldo Quadrado lavou dinheiro.” “Inicialmente, Delúbio Soares e Marcos Valério negaram todas as acusações… Afirmaram que eram apenas amigos.” “A forma de pagamento [do esquema] foi comprovada: entrega de dinheiro em espécie por Marcos Valério e sua estrutura.” “Eu me responsabilizei aqui por R$ 1,6 milhão.” (Citando o depoimento de Simone) “Percebemos que as acusações estão muito distantes de mera vingança política de [Roberto] Jefferson.” “Não havendo qualquer dúvida sobre o esquema de compra de votos a esta altura do julgamento. Há várias provas de reuniões mantidas entre os interessados. […] Não vislumbro qualquer deficiência probatória quanto a esse crime.” “A reforma tributária foi permeada por pagamentos desde uma semana antes até uma semana depois. Alguns deles realizados no dia da votação. A demonstrar a existência da vinculação das vantagens financeiras e o apoio nas votações.” “Está comprovada assim a prática, pelos réus do PP, do crime de lavagem de dinheiro com o auxílio de João Claudio Genú.” “Não havia qualquer razão para esse auxílio financeiro do PT ao PP.” “Os parlamentares do PP deram seu apoio ao governo influenciados por esses pagamentos”. “Não houve aliança política, os dois partidos [PT e PP] eram opositores.” G1 

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Tópicos do dia – 18/09/2012

08:18:24 Vídeo compromete campanha de Mitt Romney O candidato a Presidenete dos Estados Unidos pelo Partido Republicano teve abalada sua campanha a presidência por causa da divulgação de um vídeo. Mitt Romney foi flagrado declarando que ‘47% dos eleitores dependem do governo’ e que seu trabalho não é se ‘preocupar com essas pessoas’. Romney, que quer ocupar o lugar de Barack Obama na Casa Branca, sede do governo dos USA, afirma que 47% dos americanos são “dependentes do governo”, “não pagam imposto” e acreditam possuir “direito a ter cobertura de saúde, alimentação, teto, tudo aquilo que vocês quiserem”. O comitê do Partido Democrata de Obama soltou nota onde afirma que “é chocante que um candidato à Presidência dos Estados Unidos diga, a portas fechadas e a um grupo de doadores ricos, que a metade dos americanos se vê como ‘vítima’ e não é capaz de ‘cuidar de suas vidas com as próprias mãos’”, prossegue a nota. 08:58:55 Senador quer garantir laudo pericial único para pessoas com deficiência O senador Gim Argello (PTB-DF) apresentou nesta segunda-feira (17) diversos projetos de sua autoria a serem analisados e debatidos pelo Senado no próximo mês.  Entre eles está o projeto que garante validade indeterminada a laudos médicos periciais que atestem deficiência permanente no paciente. Para o senador, é injusto que a pessoa com deficiência precise renovar periodicamente seus laudos médicos e periciais para ter acesso a benefícios previdenciários ou sociais. De todos os brasileiros, cerca de 15% têm algum tipo de deficiência – o que equivale a quase 30 milhões de pessoas. “Cabe ao Congresso ajudar a melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população”, explica o senador. 09:50:20 Cadê a fita? Por que o PT silencia? Por que o PT não exige a publicação do áudio da fita? Pois é! Fica a impressão que eles, Petistas, sabem que a fita existe e querem que o assunto caia no esquecimento. Agora, ainda não entendi porque a revista não divulga a fita. Nesse caso, fica a impressão, que a fita estaria sendo reservada para “quando o carnaval chegar”, o que, a parte a analogia carnavalesca, e se confirmada à intenção, exala odor de chantagem. Por outro lado, não entendo o que o Procurador Roberto Gurgel está aguardando para abrir inquérito para apurar o fato, que, se verdadeiro, terminará de enterrar o Lula e o que sobrou, uma “merrequinha” de nada, do PT. Aguardemos! 10:04:05 Privataria Tucana e O Chefe. Dois livros que todo brasileiro alfabetizado deveria ler. 10:17:33 Ministro Joaquim Barbosa joga pá de cal em tese de caixa dois Ministro do STF se apoiou em sólidas provas periciais. por: Wálter Maierovitch 16:32:22 Efeito mensalão faz gerente de Cachoeira tentar vender seus imóveis para fugir do país. Está cada vez mais interessante o efeito moralizador do julgamento do mensalão pelo Supremo. Já registramos aqui que o governador Sergio Cabral e seu principal cúmplice, o secretário de Saúde Sergio Côrtes, vão deixar a política e se preparam para morar no exterior. Eles têm razão em estarem apavorados. Em Brasília, o gerente do esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira, José Olímpio Queiroga Neto, também entrou em depressão e contratou corretores para vender as propriedades dele na região metropolitana da capital, as quais, segundo a polícia, foram compradas com dinheiro do crime. Seu objetivo seria fugir para os Estados Unidos. Em Brasília, circula a informação de que o patrimônio de outros membros da quadrilha do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, está sendo vendido às pressas e pela metade do preço. Temendo uma possível ação da Justiça, o grupo criminoso articulou uma rede de vários corretores para “fazer dinheiro” o mais rápido possível e se livrar dos bens adquiridos a partir de atividades ilícitas. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa 17:39:21 Toffoli aparece envolvido no Mensalão. Banco Rural põe nos autos do Mensalão documento que cita Toffoli O advogado Celso Serra comunica ao Blog da Tribuna que o jornalista Felipe Patury acaba de disponibilizar no site da revista Època uma corrosiva informação sobre o ministro Dias Toffoli, que abala ainda mais as suas condições de legal e eticamente prosseguir no julgamento do mensalão. É por isto que o ministro anda tão nervoso. Afinal de contas, o julgador irá julgar-se ? Vale a pena ler: Constrangimento O Banco Rural juntou aos autos do mensalão um documento que cita Toffoli como delegado do PT Uma certidão da comissão executiva do PT se destaca entre os documentos apresentados ao Banco Rural para compor o cadastro que o partido fez para obter o empréstimo de R$ 3 milhões, sob análise do Supremo Tribunal Federal. Na ata, constam nomes de dirigentes do partido que se tornaram réus no mensalão: José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares. Aparece também, na condição de delegado do PT, o então advogado da legenda, José Antônio Dias Toffoli. O Rural inseriu a certidão nos autos do mensalão, analisados por Toffoli, agora na condição de juiz do Supremo Tribunal Federal. O ministro não se manifestou. Seus auxiliares dizem que a certidão foi expedida dois anos antes do empréstimo e que o fato de ele ter sido delegado do PT é conhecido. Angustiado Ainda no site da Época, uma nota de Igor Paulin assinala o seguinte: Aos amigos, o ministro do Supremo Tribunal Federal José Dias Toffoli tem dito estar angustiado com suas opções no processo do mensalão, que começa a ser julgado nesta quinta-feira pela Corte. O ministro acredita que sua imagem será arranhada em todos os cenários que se projetam para ele. Segundo suas projeções, considerar-se inepto para o julgamento ou votar pela condenação dos réus são situações que farão com que o ministro perca os amigos no PT. Se participar do julgamento e absolver os réus no processo, seu desgaste será com a opinião pública. Tribuna da Imprensa  [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Tópicos do dia – 15/09/2012

15:41:00 Advogado de Marcos Valério diz que seu cliente não deu entrevista à Veja O advogado do publicitário Marcos Valério negou que seu cliente tenha dado entrevista à revista Veja, em edição que circula neste fim de semana. Marcelo Leonardo, que defende Valério no julgamento do mensalão em curso no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou ainda que seu cliente “não confirma” as informações divulgadas pela revista. “O Marcos Valério não dá entrevistas desde 2005 e confirmou para mim hoje que não deu entrevista para a Veja e também não confirma o conteúdo da matéria”, disse o advogado. A revista alega que fez matéria baseada em depoimentos de amigos e familiares de Valério. O publicitário teria feito confissões às pessoas entrevistadas pela Veja. Segundo a publicação, Valério teria dito a familiares que teria medo de ser assassinado por saber tanto sobre o esquema. “Não sei de onde tiraram isso. Tem que perguntar para o jornalista que escreveu a matéria. O Marcos Valério não confirma essas informações”, disse o advogado Marcelo Leonardo, que afirmou, ainda, não considerar necessário tomar providências contra a revista. “O próprio perfil da revista torna desnecessário tomar qualquer atitude. O STF, por seus ministros, tem dito que eles julgam de acordo com a prova existente nos autos e não decidem com base em matérias que saem na imprensa. Entendo que essa matéria, que não tem conteúdo relativo a entrevista porque ele não deu nenhuma entrevista, não vai repercutir em nada no julgamento”, argumentou. De acordo com a matéria publicada pela Veja neste fim de semana, o publicitário deve revelar histórias que envolvem o ex-presidente Lula. Informações do Portal Terra 16:16:43 Veja: Lula é chamado por Marcos Valério de ‘chefe do mensalão’ O publicitário Marcos Valério, operador do esquema do mensalão, chama o ex-presidente Lula de “chefe e fiador” da quadrilha. A informação é da revista Veja dessa semana e, ainda segundo a publicação, Valério fala isso para várias pessoas próxima e garante: Lula conhecia todas as operações do mensalão, que atualmente está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). “O medo ainda constrange Marcos Valério a limitar suas revelações a pessoas próximas. Até quando?”, questiona a reportagem, baseada em declarações de parentes e amigos de Marcos Valério. De acordo com a declaração, Lula, que não é réu no processo, “teria se empenhado diretamente na coleta de dinheiro”  e tinha o ex-ministro José Dirceu como”braço direito”. O advogado do publicitário não confirma as informações da revista. 16:18:08 Dilma e o museu do automóvel de Brasília Governo persegue museu que cuida do Rolls-Royce de Dilma O Museu do Automóvel de Brasília, que encerou e preparou o Rolls-Royce que conduziu a presidenta Dilma ao desfile de 7 de Setembro, já na segunda-feira seguinte (10) recebeu notificação para ser lacrado. Trata-se de ação movida pelo Ministério dos Transportes, que deseja instalar no prédio o “arquivo morto” de órgãos extintos em sua área. A ação liquida o museu, que é um dos mais representativos do País. coluna Claudio Humberto 16:48:24 Delfim Netto, professor emérito. O economista Antônio Delfim Netto receberá o prêmio Professor Emérito CIEE/Estadão 2012 – Troféu Guerreiro da Educação, conferido anualmente a personalidades que se destacaram na educação. A entrega do troféu ocorrerá às 10h de 15 de outubro, Dia do Professor, no Espaço Sociocultural – Teatro CIEE (Rua Tabapuã, 445, Itaim Bibi), em São Paulo. Formado em economia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1951, Delfim começou a exercer, já no ano seguinte da graduação, a função de docente como assistente na disciplina estatística econômica e econometria. Em 1963, converteu-se no primeiro ex-aluno da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP) a ocupar a posição de professor catedrático na universidade. Como ministro da Fazenda, Delfim ficou conhecido como o cérebro do “milagre econômico”, no período compreendido entre 1967 e 1974, no governos de Costa e Silva e Médici. Sua credibilidade superou partidos e ideologias. Nunca se conseguiu provar qualquer envolvimento dele com o escândalo das polonetas, lembram? Mas isso é uma outra história. Ancelmo Goes/O Globo  [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Mensalão e STF – Dia 13

Frases do 13º dia do julgamento Ação do mensalão é considerada a de maior relevância da história do STF. Leia o que disseram os ministros do tribunal e os advogados de defesa. saiba mais Frases do 1º dia do julgamento Frases do 2º dia do julgamento Frases do 3º dia do julgamento Frases do 4º dia do julgamento Frases do 5º dia do julgamento Frases do 6º dia do julgamento Frases do 7º dia do julgamento Frases do 8º dia do julgamento Frases do 9º dia do julgamento Frases do 10º dia do julgamento Frases do 11º dia do julgamento Frases do 12º dia do julgamento O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou nesta quarta-feira (22) o 13º dia de julgamento da ação penal 470, que reúne os 38 réus do caso do mensalão, considerado o de maior relevância dos 183 anos de história do tribunal. Neste dia o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, iniciou a leitura de seu voto. Veja abaixo frases de destaque. Ricardo Lewandowski, ministro do STF e revisor do processo do mensalão Sobre Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, acusado de receber R$ 336 mil do valerioduto, além de autorizar a antecipação do recebimento de R$ 73,85 milhões do fundo Visanet para a DNA, agência de Marcos Valério: “Voto pela condenação do réu Henrique Pizzolato no tocante ao delito de corrupção passiva.” “Balbúrdia reinava na área de publicidade do Banco do Brasil.” “Recebido o dinheiro em seu apartamento, caberia ao réu comprovar que teria entregue a outrem, mas não comprovou” (referindo-se ao envelope com dinheiro que Pizzolato diz ter recebido como um intermediário). “A verdade é que sua versão não condiz com as provas constantes dos autos.” “Ora, peculato, como visto, exige a comprovação de que o autor é funcionário público” (onde Pizzolato se enquadrava; o ministro, assim, votou pela condenação por crime de peculato).[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “Eu estava convencido até ontem à noite [de que não havia irregularidade no repasse]. Voltando da posse da ministra Assussete Magalhães, no STJ, revendo a espécie probatória, me deparei com documentos que me fizeram dar uma guinada de 180 graus para acompanhar o voto do ministro Joaquim Barbosa” (sobre a condenação de Pizzolato por uma segunda acusação de peculato). “O modo inusitado pelo qual foi feito o saque que beneficiou Pizzolato permite-se que se conclua pelo delito de branqueamento de capitais” (ao votar pela condenação de Pizzolato também por lavagem de dinheiro). “Fizeram uma extrapolação. O sapateiro foi além da sandália.” Sobre Marcos Valério: “Voto pela condenação do acusado Marcos Valério [por peculato].” “As empresas de Marcos Valério se valiam de graves irregularidades escriturais para seu benefício e de terceiros.” “As irregularidades assumem contorno de crime.” Sobre Cristiano Paz, ex-sócio de Valério em agências de propaganda: “Esse cheque, para mim, foi a prova definitiva de que o senhor Cristiano Paz participou desse evento da corrupção ativa do senhor Henrique Pizzolato” (ao condenar Paz por corrupção ativa; o cheque mencionado foi assinado pelo ex-sócio de Valério e entregue a Pizzolato para pagamento de vantagem indevida, segundo a acusação). Sobre Ramon Hollerbach, ex-sócio de Valério em agências de propaganda: “Concluo pela condenação do acusado Ramon Hollerbach, em virtude da apropriação ilícita das verbas do fundo Visanet, pelo segundo peculado de bônus de volume, e finalmente, pela condenação por crime de corrupção ativa.” “Hollerbach assinou diversos livros contábeis, os quais foram forjados em seu conteúdo.” Sobre Luiz Gushiken, ex-ministro da Secretaria de Comunicação, acusado de orquestrar com Pizzolato o desvio de dinheiro do fundo Visanet para agência DNA, de Valério: “Não estando provado que o réu tenha concorrido para os fatos, absolvo Luiz Gushiken.” G1 

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