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STJ manda esconder verdade real que incrimina o clã Sarney

A interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, para prova de investigação criminal e em instrução processual penal, observará o disposto nesta lei e dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. No presente caso, ao que se divulgou, as operações foram devidamente fundamentadas pelo Ministério Público e pelo juiz de 1a. instância. O STJ afirma que as provas foram obtidas ilegalmente. Quem praticou a legalidade foram os investigados aproveitando as brechas do art. 5º, inciso XXII da Constituição Federal. O Editor  Caros. Hoje sinto vergonha do Brasil. Vivemos numa república bananeira. Prova provada de crimes cometidos por Fernando Sarney são anuladas. O juiz não teria fundamentado suficientemente a decisão que resultou em coletas de provas incriminatórias. Quer dizer que os indicativos que convenceram o juiz precisavam ser melhor expostos. Em nome de uma falso garantismo, consagra-se a impunidade de um país de predadores potentes e poderosos. Para a 6ª Câmara do Superior Tribunal de Justiça, o juiz fundamentou insuficientemente a decisão que autorizou a quebra de sigilo bancário e de dados telefônicos de Fernando Sarney, filho de José Sarney, presidente do Senado e ex da República. Como consequência foram anuladas todas as provas produzidas em razão delas. Em outras palavras, tirou-se a validade de prova provada de cometimento de crimes. Virou omelete sem ovo. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Com base nas interceptações e dados telefônicos, ficou caracterizado que Fernando Sarney e sua esposa movimentaram R$ 2 milhões sem origem conhecida, lavaram dinheiro, desviaram recursos públicos e realizaram tráfico de influência no Ministério de Minas e Energia, comandado por Edison Lobão, maranhense da bancada sarneyzista. Para o cidadão comum fica difícil de entender como uma “decisão insuficiente” acaba, no fundo, “suficiente” para descobrir tantos deslavados crimes. Na verdade, o juiz de primeiro grau acertou em cheio ao autorizar, com base nos indicativos trazidos pela Polícia Federal na Operação Boi Barrica (rebatizada Faktor), as interceptações e as coletas de dados. Numa das interceptações, o chefe do clã, José Sarney, e a sua filha governadora, Roseana Sarney, restaram flagrados a acertar nomeações para cargos no governo Lula. Com as provas anuladas, frise-se mais uma vez, a acusação ficou vazia, ou seja, nada restou a incriminar Fernando Sarney. Fez-se Justiça ? Claro que não. Consagrou-se, mais uma vez, a impunidade. Na exposição de motivos do Código de Processo Penal, datada de 8 de setembro de 1941, ficou registrado que nos autos (inquérito ou processo) não haveria lugar para “espiolhar” nugas, ou seja, catar quinquilharias para se anular provas.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Essa lição, e a exposição de motivos é fonte interpretativa doutrinária, foi desconsiderada. Para os ministros do STJ, o juiz motivou a decisão (cumpriu a Constituição, diga-se), mas não de maneira suficiente. Ora, o que é suficiência para os ministros? Pelo resultado obtido, a decisão do juiz tinha lastro de suficiência e abriu caminho para a vinda aos autos de provas irrefutáveis de que Fernando Sarney cometeu crimes. Na investigação e no processo busca-se a verdade real. E a verdade real foi excluída (anulada) pelo STJ. PANO RÁPIDO. Como regra, poderosos e potentes conseguem bons resultados na Justiça apesar de provas provadas de participação em crimes. Já se chegou a anular até filmagem de coautor de crime de corrupção a passar dinheiro aos agentes públicos que queriam “comprar” (caso Satiagraha). No popular: flagrado ao passar a bola. Até quando em nome de um falso garantismo a Justiça vai proteger criminosos poderosos (órgão e agentes com poder de Estado) e potentes (endinheirados que fazem tráfico de influência e corrompem)? Wálter Fanganiello Maierovitch/Terra Magazine Jurista e professor 

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Roseana Sarney usa mordomo pago pelo senado

Brasil: da série “Acorda Brasil”! Rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrealmente, como diria o genial Chacrinha, o Abelardo Barbosa. Eis aí um caso explícito de mordomia, meus caros, caros não, aliás, paupérrimos Tupiniquins. A madame Pompadour do Maranhão, Governadora Roseana Sarney, enquanto os timbiras seus conterrâneos se afogam, a fina flor do clã Sarney tem mordomo. M O R D O M O !!! M O R D O M O !!! E pago — o James dos Ribamares — com o seu, o meu, o nosso sofrido dinheirinho. O mordomo, vejam só o apelido do cara, Secreto!!, recebe R$12.000,00 por mês! E o “meu pai-pai” da ilustre dama, com a desfaçatez dos néscios ocupa a tribuna do senado, com a cara lavada e enxaguada com Óleo de Peroba, para afirmar que “tira esse bicho daqui que eu não tenho nada a ver com isso”! Como? Nunca dantes na história e na ficção a culpa foi tão descaradamente atribuída ao mordomo. Para terminar de “lascar” o que resta de paciência dos Tupiniquins, o apedeuta do agreste, lá dos confins do Cazaquistão diz que Sarney não pode ser julgado como um homem comum. Ah é, é? Tem razão o Lulinha. Sarney é um nobre e como tal deveria ir pra guilhotina da história e remetido à sargeta onde chafurdam os demagogos corruptos, os despóticos verdugos dos miseráveis e os embusteiros da literatura. O editor Mordomo da casa de Roseana Sarney é pago pelo Senado O Congresso abriga mais um exemplo ilustrativo do uso de dinheiro público para bancar despesas privadas da família do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O mordomo da casa de sua filha, Roseana Sarney, ex-senadora e atual governadora do Maranhão, é um servidor pago pelo Senado. Amaury de Jesus Machado, de 51 anos, conhecido como “Secreta”, é funcionário efetivo da instituição. Ganha, com gratificações, em torno de R$ 12 mil. Deveria trabalhar no Congresso, mas de 2003 para cá dá expediente a sete quilômetros dali, na residência que Roseana mantém no Lago Sul de Brasília. “Secreta” é uma espécie de faz-tudo, quase um agregado da família. Cuida dos serviços de copa e cozinha, distribui ordens aos funcionários e organiza as recepções que Roseana promove quando está na cidade. Na manhã de ontem, o Estado procurou o servidor na casa da governadora. O empregado que atendeu informou que ele estava há dez dias em São Paulo, acompanhando Roseana. Ela ficou até ontem na capital paulista, onde passou por cirurgia para retirada de aneurisma. A reportagem falou por telefone com outros funcionários da casa e com amigos da família, que confirmaram a lotação privada do servidor. Ontem, por telefone, a governadora descreveu as funções de Machado assim: “Ele é meu afilhado. Fui eu que o trouxe do Maranhão. Ele vai à casa quando preciso, uma duas ou três vezes por semana. É motorista noturno e é do Senado. E lá até ganha bem.” Roseana renunciou ao cargo de senadora em abril, para assumir o governo do Maranhão no lugar de Jackson Lago (PDT), cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ainda que estivesse no exercício do mandato, não poderia ter um servidor como empregado doméstico. Sarney enfrenta há duas semanas denúncias de contratação de parentes, muitos incluídos na folha de pagamento do Senado por meio de “atos secretos” que permitiam fazer nomeações sem que elas fossem publicadas nos boletins oficiais. “Secreta” é tão ligado a Roseana que chegou a ter filiação partidária. Assinou a ficha do PFL quando a governadora ainda integrava os quadros do partido. Hoje, ela está no PMDB, mesma sigla do pai. Nos anos 90, ele esteve lotado no departamento de segurança e transportes do Senado. Antigos colegas dizem que sua função, ao menos oficialmente, era a de motorista, embora não se lembrem dele dirigindo os carros do Senado. O servidor tem um longo histórico de serviços prestados à família – trabalhou até no Palácio da Alvorada quando Sarney era presidente (1985-1990). A lotação mais recente data de fevereiro de 2003. Logo após tomar posse como senadora, em 2003, Roseana Sarney puxou Machado para seu gabinete. O ato foi assinado pelo então diretor-geral da Casa, Agaciel Maia, em 21 de fevereiro. Ocupante do cargo de técnico legislativo, ganhou função comissionada. Como Roseana deixou o Senado em abril deste ano, muitos dos nomeados para assessorá-la foram mantidos oficialmente como assessores do senador Mauro Fecury (PMDB-MA), que assumiu a cadeira da peemedebista. O Estado de São Paulo – De Rosa Costa e Rodrigo Rangel

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Sarney e o nepotismo. Cunhada estava na folha de pagamento do Senado

Meninas e meninos, a “tchurma” dos Timbiras não nos dá descanso! Todo dia aparece um marimbondo de fogo recebendo algum no caixa da viúva. Olha, prá compreender toda a ramificação da matilha dos Sarney, — pode até virar tarefa de gincana — mamando nas têtas da nossa pátria amada tão gentil, só fazendo um organograma. O blog fica aguardando que algum colaborador seja capaz de juntar as peças do nepotismo expresso e construir graficamente o linhame de conexões dos ribamares nos diversos escalões da República. E que República! O editor Senado empregou cunhada de Sarney Shirley Duarte Pinto de Araújo integrou folha de pagamento da Casa por 6 anos e teria trabalhado para Roseana. Surgiu mais um nome na lista de integrantes do clã Sarney com emprego no Senado. Trata-se de Shirley Duarte Pinto de Araújo, de 33 anos, cunhada do presidente da Casa, o senador José Sarney (PMDB-AP). Shirley integrou a folha de pagamento do Senado durante seis anos. Ela estava lotada no gabinete da ex-senadora Roseana Sarney (PMDB), hoje governadora do Maranhão. Saiu no último dia 8 de abril, nove dias antes de Roseana renunciar à vaga no Senado para assumir o governo de seu Estado. Shirley é mulher de Ernane Cesar Sarney Costa, de 61 anos, irmão de José Sarney e secretário particular de Roseana há anos. A cunhada de Sarney recebia do Senado, mas não costumava aparecer para trabalhar em Brasília, segundo revelou ontem o Correio Braziliense. Morava em São Luís. Segundo a assessoria de Roseana, ela prestava serviços à então senadora na capital maranhense. Shirley foi nomeada em fevereiro de 2003, como assistente parlamentar. Ganhava R$ 2,4 mil. Quatro anos depois, foi promovida a secretária parlamentar, um dos cargos de maior salário entre os funcionários da Casa. Passou a receber mensalmente R$ 7,6 mil. O Estado de São Paulo

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Parente de genro de Sarney na Espanha recebe do Senado

Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, 25 anos, vive desde o início do ano em Barcelona e estava lotada na liderança do PTB desde 2007 A árvore genealógica dos parentes e agregados do clã Sarney com emprego no Senado não para de ganhar novos ramos. No pente-fino feito nos atos de nomeação, sejam eles secretos ou não, apareceram dois novos nomes. Depois do neto e de duas sobrinhas de José Sarney (PMDB-AP), presidente da Casa, pendurados em gabinetes de senadores amigos, surgiram uma prima e uma sobrinha de Jorge Murad, marido da ex-senadora e atual governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB). O mais novo nome da lista é o de Virgínia Murad de Araújo. Em 29 de maio de 2007, ela foi nomeada assistente parlamentar do gabinete da liderança do governo no Congresso, à época ocupada por Roseana. Seu salário, na ocasião, era de R$ 1.247. Onze meses após ter sido nomeada, ela passou a ganhar exatamente o dobro – R$ 2.494. Virgínia é filha do ex-deputado Emílio Biló Murad, primo de Jorge Murad, genro de Sarney. Ela está até hoje na folha do Senado. O Estado telefonou ontem para o gabinete da liderança. Lá, uma funcionária afirmou não conhecer Virgínia. A assessoria de José Sarney, por sua vez, assegurou que ela trabalhava, sim, para Roseana. De acordo com a mesma assessora, Virgínia está hoje no gabinete de Mauro Fecury, que assumiu a vaga de Roseana. A outra parente do genro de Sarney lotada no Senado é Isabella Murad Cabral Alves dos Santos, arquiteta, de 25 anos, que vinha ganhando salário do Senado, apesar de morar em Barcelona, na Espanha. Isabella estava lotada na liderança do PTB. Foi nomeada em fevereiro de 2007. Na época, o líder do PTB era o senador Epitácio Cafeteira (MA), aliado de Sarney. De Rodrigo Rangel e Rosa Costa – Folha de São Paulo

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Senado. Sarney da o fora!

Parodiando o operístico Roberto Jefferson com o inesquecível “saí daí Zé, depressa” ao se dirigir ao então todo poderoso Zé Dirceu, quando do escâdalo do mensalão, chegou a hora do “fora Sarney”. Diante do assalto cometido contra o bolso dos Tupiniquins pela corja engalanada no senado, é fácil concluir que o Severino do restaurante era aprendiz de punguista. Ainda por cima, ou por baixo, essa cambada teima em fazer CPI. Pra investigar os outros! O editor Ou o Brasil acaba com as saúvas ou as saúvas acabam com o Brasil Sai, Sarney! [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Vez por outra lemos a respeito de político japonês que se matou depois de ter sido acusado de corrupção. O mais recente foi Toshikatsu Matsuoka, ministro da Agricultura, em maio de 2007. Ele aceitou suborno de um empresário e pediu reembolso de despesas que sempre foram cobertas por seu gabinete. A ser processado e talvez preso, preferiu se enforcar. O próximo domingo será um dia tristemente histórico para a Inglaterra. Pela segunda vez, um presidente da Câmara dos Comuns, o equivalente à nossa Câmara dos Deputados, renunciará ao cargo, acusado de má conduta. O primeiro a renunciar foi Sir John Trevor em 1695. Seu crime? Ter embolsado grana de um comerciante em troca do apoio à aprovação de uma lei. Michael Martin, 63 anos, presidente da Câmara dos Comuns há quase dez, não se vendeu a ninguém nem tirou vantagens ilícitas do cargo. Mas foi conivente com os colegas que tiraram. Deputados com direito a verba para bancar moradia em Londres conseguiram reembolso por gastos para consertar quadras de tênis, limpar fossas, comprar cadeiras de massagem e aparelhos de televisão de tela plana. Os mais ousados cobraram até pelo aluguel de filmes pornográficos. O cordato Martin avalizou os desmandos. Uma vez que eles foram descobertos pela imprensa, tentou encobri-los. Como a tarefa se revelou impossível, pediu ajuda à polícia para identificar as fontes de informações dos jornalistas. A polícia nem se mexeu. Por fim, Martin se rendeu. Seguirá o exemplo dado por Trevor há 314 anos. Aqui já assistimos a renúncia de presidentes da Câmara e do Senado enrolados em denúncias de quebra de decoro. Foi o caso de Severino Cavalcanti, presidente da Câmara. E de Jader Barbalho, Antonio Carlos Magalhães e Renan Calheiros, presidentes do Senado. Diferentemente de Trevor no passado, e agora de Martin, eles não abandonaram os cargos premidos pelo sentimento de vergonha. Renunciaram para não ser cassados. Foi um ato sem vergonha. Assim puderam preservar os direitos políticos e voltar ao Congresso reeleitos. José Sarney está no olho do furacão que varre o Senado desde que ele foi eleito em fevereiro último para presidi-lo pela terceira vez. A primeira foi em 1995. O que existe de podre no Senado não é obra exclusiva dele. Um presidente do Senado não pode tudo, muito menos sozinho. Mas é um escárnio Sarney continuar fingindo que nada tem a ver com a crise mais grave da história do Senado. Não apenas tem a ver: Sarney é o principal responsável por ela. A semente da crise foi plantada no primeiro mandato dele como presidente do Senado. “Eu só tenho a agradecer ao Dr. Agaciel Maia pelos relevantes serviços que ele prestou”, disse Sarney ao se despedir do ex-diretor-geral do Senado, defenestrado da função devido à crise. Agaciel foi nomeado por Sarney. Ao longo de 14 anos, acumulou poderes e cometeu toda a sorte de abusos com a concordância explícita ou velada de Sarney e dos que o sucederam no comando do Senado. Na semana passada, ao som da música do filme “O Poderoso Chefão”, Agaciel casou a filha Mayanna sob as bênçãos de Sarney, Renan Calheiros e de dois outros ex-presidentes do Senado – Garibaldi Alves e Edison Lobão. Para lá do inchaço do quadro de funcionários do Senado, do pagamento de horas extras não trabalhadas, da criação de diretorias fantasmas, da homologação de licitações suspeitas e da assinatura de decretos secretos, há fatos que dizem respeito diretamente a Sarney e que o deixam mal na foto. Dono de imóvel em Brasília e inquilino da mansão destinada ao presidente do Senado, Sarney recebeu durante mais de um ano auxílio-moradia de R$ 3.800,00 mensais reservada a senadores sem teto. Flagrado, primeiro negou que recebesse. Depois se apropriou do mote de Lula e disse que não sabia. Um neto de 22 anos de Sarney assessorou durante mais de um ano o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA). Foi a maneira que Cafeteira encontrou, segundo admitiu, de agradecer ao pai do rapaz por tê-lo reaproximado de Sarney. Há uma sobrinha de Sarney lotada no ex-gabinete da filha dele no Senado, Roseana Sarney, atual governadora do Maranhão. E há outra empregada no gabinete do senador Delcídio Amaral (PT-MTS) em Campo Grande. Essa ganha sem trabalhar. É possível acreditar que o pai da crise esteja de fato empenhado em resolvê-la? Ou que reúna condições para tal? E quem disse que seus pares estão interessados em refundar o Senado? A essa altura, uma só coisa depende de fato de Sarney: a renúncia à presidência do Senado para atenuar as nódoas recentes de sua biografia. blog do Noblat

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Pobre Maranhão, curral dos Sarneys

O dono do Maranhão – Para nascer, Maternidade Marly Sarney; – Para morar, escolha uma das vilas: Sarney, Sarney Filho, Kiola Sarney ou, Roseana Sarney; – Para estudar, há as seguintes opções de escolas: Sarney Neto, Roseana Sarney, Fernando Sarney, Marly Sarney e José Sarney; – Para pesquisar, apanhe um táxi no Posto de Saúde Marly Sarney e vá até a Biblioteca José Sarney, que fica na maior universidade particular do Estado do Maranhão, que o povo jura que pertence a um tal de José Sarney; – Para inteirar-se das notícias, leia o jornal O Estado do Maranhão, ou ligue a TV na TV Mirante, ou, se preferir ouvir rádio, sintonize as Rádios Mirante AM e FM, todas do tal José Sarney. Se estiver no interior do Estado ligue para uma das 35 emissoras de rádio ou 13 repetidoras da TV Mirante, todas do mesmo proprietário; – Para saber sobre as contas públicas, vá ao Tribunal de Contas Roseana Murad Sarney (recém batizado com esse nome, coisa proibida pela Constituição, lei que no Estado do Maranhão não tem nenhum valor); – Para entrar ou sair da cidade, atravesse a Ponte José Sarney, pegue a Avenida José Sarney, vá até a Rodoviária Kiola Sarney. Lá, se quiser, pegue um ônibus caindo aos pedaços, ande algumas horas pelas ‘maravilhosas’ rodovias maranhenses e aporte no município José Sarney. Não gostou de nada disso? Então quer reclamar? Vá, então, ao Fórum José Sarney, procure a Sala de Imprensa Marly Sarney, informe-se e dirija-se à Sala de Defensoria Pública Kiola Sarney… Pobre Maranhão Que destino trágico, este do povo do Maranhão! Jackson Lago foi eleito governador para acabar com o domínio da família Sarney, que há 50 anos acorrenta o Maranhão ao atraso e à miséria. O Maranhão tem hoje os piores índices de desenvolvimento humano do Brasil. Ao lado de Alagoas, naturalmente. Jackson Lago foi prefeito de São Luís. Contra os Sarney. Jackson Lago foi eleito governador do Maranhão. Contra os Sarney. Para encerrar o reinado dos Sarney. Para isso ele foi eleito. Porém, durante a campanha eleitoral permitiu que fossem usados os mesmos métodos que criticava na família Sarney. Clientelismo, fisiologismo, utilização da máquina pública, exploração da miséria. O então governador José Reinaldo Tavares, cria de Sarney que depois rompeu com o grupo, para eleger seu candidato cometeu vários abusos, entre os quais distribuição de cestas básicas e kits salva-vidas para os eleitores. Tudo para eleger Jackson Lago e encerrar o domínio de seu ex-padrinho sobre o Maranhão. Resultado: a coligação derrotada (Roseana Sarney) acusou Jackson Lago de abuso de poder político e econômico. O TRE cassou seu mandato e o do vice, punição confirmada pelo TSE. E por unanimidade. O governador entrincheirou-se no palácio e declarou que só sairia depois que o STF julgasse todos os recursos. Mas já sofreu algumas derrotas no Supremo. Deixou o Palácio hoje de manhã. O MST aliou-se ao governador, está acampado em São Luís e pretende fazer movimentação contra Roseana Sarney, candidata derrotada que ontem assumiu o governo. Na Assembléia Legislativa do Maranhão também se esboça um movimento de resistência. Isso porque a Constituição do estado, seguindo a Constituição federal, determina que, se houver vacância antes de se completar a primeira metade do mandato de governador, haverá nova eleição. Eleição indireta, pela Assembléia. Mas esta interpretação já foi derrubada pelo presidente do TSE, ministro Carlos Ayres Brito, que declarou que a vacância referida nos dois textos diz respeito a morte ou renúncia e não a cassação de mandatos. Roseana Sarney, por sua vez, também responde a processos e pode perder o mandato de governadora. O impasse permanece, e está longe de terminar. É de se lamentar a cassação de Jackson Lago, mas não se pode permitir que, para encerrar um dos mais longos domínios coronelistas do Brasil (quase 50 anos, é bom repetir), sejam utilizados os mesmos e condenáveis métodos largamente utilizados pelo clã dominante. blog da Lúcia Hyppolito

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Procurador pede a TCU apuração sobre a filha de FHC

A coisa tá braba. Nós, os Tupiniquins, não temos nem tempo pra tomarmos fôlego. O tsunami de lama que vem do senado, nos afoga a todos. O que mais impressiona é que se ligarmos a TV Senado, os nécios se sucedem na tribuna e nenhum das 81 ex-celências, toca no assunto. Parecem todos habitantes de outro planeta. Ninguém sabia da ocorrência das bandalheiras. E eu que pensava que Lula e aloprados mensaleiros não tinham feito escola! O editor blog Josias de Souza Nesta terça (31), o procurador Marinus Eduardo Marsico pedirá ao TCU que abra uma investigação em torno dos malfeitos do Senado. Ele representa o Ministério Público no TCU. Protocolará sua ação na presidência do tribunal, um órgão auxiliar do Legislativo. Entre os episódios que Marinus Marcico deseja ver acomodados em pratos bem asseados está a contratação de uma filha de Fernando Henrique Cardoso. Chama-se Luciana Cardoso. É contratada do gabinete do senador Heráclito Fortes (DEM-PI). Mas não dá as caras no Senado. Escondida nas dobras da folha de pagamentos do Senado, a filha de FHC foi desencavada pela coluna da repórter Mônica Bergamo. Ouvida, Luciana soou curiosamente debochada: “Trabalho mais em casa, na casa do senador…” “…Como faço coisas particulares e aquele Senado é uma bagunça e o gabinete é mínimo, eu vou lá de vez em quando…” Perguntou-se à filha de FHC se já havia entrado no gabinete de Heráclito. E ela: “Cabe não, meu filho! É um trem mínimo e a bagunça, eterna…” “…Trabalham lá milhões de pessoas. Mas se o senador ligar agora e falar ‘vem aqui’, eu vou lá”. Ou seja, Luciana é, por assim dizer, parte de um fenônome que o pai dela batizou de “cupinização” do Estado. Além de varejar este caso, o procurador Marinus Marcico deseja que o TCU esquadrinhe outros dois episódios: 1. O pagamento de horas extras a mais de 3.000 servidores do Senado em plenas férias; 2. A denúncia de que a servidora Elga Lopes recebeu normalmente o contracheque em fases nas quais assessorou as campanhas eleitorais de senadores. Entre os “assessorados” estão José Sarney e a filha dele, Roseana Sarney. Elga era diretora de Modernização do Senado (!?!?!). Hoje, dirige a Comunicação Social. O objetivo do procurador é a restituição às arcas da Viúva de valores eventualmente dispendidos em afronta à lei. Marinus Marcico talvez devesse ampliar o foco da ação que vai propor ao TCU. Há inúmeros outros “fantasmas” flanando sobre a folha salarial do Senado. No último final de semana, os repórteres Otávio Cabral e Alexandre Oltramari lançaram um facho de luz sobre dois desses ectoplasmas. O primeiro se chama Aricelso Lopes. É “coordenador de atividade policial” do Senado. Está lotado no gabinete do senador Mão Santa (PMDB-PI). “Faz no mínimo dois anos que ele não aparece aqui”, disse Rauf de Andrade, chefe de gabinete da polícia do Senado. O gabinete de Mão Santa informou que o servidor foi requisitado, veja você, para capturar um pistoleiro que supostamente ameaçava o senador. O outro “fantasma” atende pelo nome de Weber Magalhães. É diretor da CBF. Mas está escalado como servidor do gabinete de Wellington Salgado (PMDB-MG). A Viúva paga-lhe o salário. Mas Weber não dá expediente no Senado. “Acompanho projetos para o senador”, diz ele. Inquirido a respeito, o pseudochefe Wellington deu uma explicação saiu-se com um salgado deboche ao contribuinte: “Ele é muito feio. Melhor não aparecer por aqui”. Como se vê, a situação no Senado é mais feia do que supõe o procurador Marinus Marsico. Melhor ampliar o escopo da ação. Quem sabe nao se anima logo a incluir a Câmara. Deve-se aos repórteres Leonardo Souza e Maria Clara Cabral a descoberta de que a folha da Câmara serve de abrigo até para empregada doméstca. Descobriu-se que o deputado licenciado Alberto Fraga (DEM-DF) mantinha em casa uma doméstica, Izolda da Silva Lima, cujo salário sai da bolsa da Viúva. Depois de negar o malfeito à saciedade, Fraga traiu-se numa entrevista ao “Jornal Nacional”. Disse o seguinte: “Ela faz serviço no meu gabinete. Ela paga contas, serve cafezinho, é uma empregada que presta serviços domésticos…” “…Perdão, presta serviços externos. Agora, realmente ficou complicado de explicar”. De fato, ficou complicado. Tão complicado que Fraga viu-se compelido a pedir ao suplente Osório Adriano (DEM-DF), no exercício do mandato, que demitisse Izolda. No Senado, acossado pelo inadmissível, José Sarney disse que terá “tolerância zero” com os malfeitos. A essa altura, não resta à platéia senão agarrar-se a São Tomé.

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Sarney: o vingador mesquinho

O espírito de vingança mesquinha do senador José Sarney apareceu contra Fernando Henrique Cardoso (FHC), ele não o perdoou de ter permitido à Polícia Federal, devidamente autorizada pela justiça, fazer uma batida no escritório da empresa Lunus, na qual Roseana era a acionista majoritária. No cofre dessa firma foram encontrados 1,34 milhão de reais em espécie, além de vários documentos comprometedores. José Sarney, presidente do Senado A dificuldade de explicar a origem e o destino desse dinheiro foi um dos fatores que levaram a então governadora do Maranhão a desistir de disputar a Presidência da República em 2002. Por esse motivo Sarney encerrou a amizade que tinha com FHC e durante a campanha que elegeu Lula à presidência, fez tudo que pode contra FHC e seu candidato. Não teve a grandeza de ficar à margem da atitude da filha. A mesquinhez volta a se fazer presente. Sarney e seu filho Fernando Sarney aparecem em uma escuta legal da Polícia Federal discutindo o uso de duas empresas do grupo de comunicação da família, a TV Mirante (afiliada da Rede Globo) e o jornal “O Estado do Maranhão”, para veicular denúncias contra seus rivais do grupo do governador Jackson Lago (PDT). Em uma das conversas, ele liga para seu filho pedindo que ele levasse à TV acusações contra Aderson Lago, primo e chefe da Casa Civil do governador Lago, que teve a “ousadia” de derrotar a filha de Sarney, Roseana, em 2006. É este homem que preside o Congresso do País. Pobre Brasil! do blog Prosa e Política

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Renan Calheiros volta à ribalta

Brasil: da série “Só dói quando eu rio”! Passa boi, passa boiada… Argh! Após renúncia, Renan vira líder do PMDB Depois de mais de um ano afastado da cena política, após renunciar à presidência do Senado para evitar um processo de cassação, Renan Calheiros (PMDB-AL) decidiu retomar o protagonismo no Congresso. Com 14 assinaturas recolhidas no partido, ele já garantiu a indicação para ser o líder da bancada do PMDB a partir de fevereiro. Vai liderar 20 senadores do partido. As assinaturas foram entregues ao atual líder da bancada, senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Diante disso, uma dança das cadeiras está sendo estudada para acomodar Raupp. Ele deve ficar com a liderança do governo no Congresso, cargo hoje ocupado pela senadora Roseana Sarney (PMDB-MA). A indicação de Renan como líder foi confirmada nesta terça por Garibaldi. Em silêncio, Renan trabalhou pelas assinaturas. Surpreendido no fim do ano passado, Raupp disse que preferia não disputar, já que o alagoano tinha a maioria da bancada. O Globo Online

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