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Sob Alckmin, SP libera verba para obra sem utilidade

Brasil: da série “O tamanho do buraco!” Só não entendo por que o jornal não apurou/divulgou qual a empresa responsável pela construção da inutilidade. No texto abaixo, fica claro que não só não há definição quanto ao nome – múltiplo uso – como não há utilidade e função para tal “galpão”. Fico com o desconfiômetro ligado, uma vez que o autor da emenda é um deputado que também é pastor. Um galpão desses serve com uma luva para uma possível posterior instalação de mais um templo arrecadador do dinheiro dos incautos fieis. Aguardo a possível declaração do governador Alckmin dizendo que “não sabia de nada”. Igual ao que acontecia com barbudo de Garanhuns. O Editor Em São Paulo, o caminho mais longo entre o governo e o ato de governar pode ser uma emenda de deputado estadual. Assentada no noroeste paulista, Lourdes, uma cidade rural de 2 mil habitantes, oferece um exemplo dos tortuosos caminhos a que estão sujeitas as verbas públicas. Ergue-se em Lourdes um galpão que custou ao contribuinte de São Paulo R$ 150 mil. Dinheiro liberado pelo governo tucano de Geraldo Alckmin. Deve-se ao deputado estadual Dilmo dos Santos (PV) a emenda que propiciou a migração dos recusos das arcas estaduais para a caixa da prefeitura. Justificou a destinação assim: “A construção desse centro de múltiplo uso em muito ajudará a cidade, pois proporcionará melhor qualidade de vida.” Em visita ao local da obra, o repórter Rodrigo Vizeu constatou um fenômeno inusitado. Ninguém sabe dizer qual será a serventia do galpão “de múltiplo uso.” O repórter foi de autoridade em autoridade. Relata, na Folha, o resultado do périplo. “Pode ser várias coisas”, disse o prefeito Franklin Querino da Silva Neto (DEM). [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Como assim? Talvez sirva para “geração de renda”. Heimm? “Se eu conseguir uma fábrica, alguma coisinha pequena aqui dentro da comunidade, vou priorizar.” Presidente da Câmara Municipal de Lourdes e aliado do prefeito, o vereador João Ranucci (DEM) declarou que a obra “não tem definição.” Hã? “Pode ser qualquer fim, uma fabriquinha que gere emprego para 10, 15 pessoas.” A servidora Carla Ferreira, responsável pelas licitações da prefeitura, divaga: “A gente já tem um barracão que serve de academia, não sei se esse também vai ser para isso”. Edevaldo Contel, engenheiro da prefeitura, reveste o inusitado com uma ossatura vocacional: “Tem que ver a aptidão das pessoas. Você não pode forçar uma atividade. Tem que ver qual vai ser o despertar de cada um.” No gabinete do deputado Dilmo, o autor da emenda, a assessoria assume o papel de Pilatos. Informa que o parlamentar atendeu a um ofício do prefeito. “O papel dele é indicar”, sustenta a assessoria do deputado. Quanto aos “detalhes, o emprego [da obra], fogem à alçada dele.” Mencionava-se no ofício, segundo Declara que o parlamentar como Instado , afirmou. A assessoria do deputado disse que ele apenas atendeu a um ofício do prefeito, que pediu um centro para “geração de empregos”. Procurado na noite passada, o governo de São Paulo alegou que, diante do avançado da hora, seria “impossível levantar dados sobre o convênio específico.” As paredes da obra inútil de Lourdes, ainda nos alicerces, vão subir contra um pano de fundo envenenado. Membro do condomínio partidário que dá suporte ao governo Alckmin, o deputado Roque Barbiere (PTB) denunciou a existência de um comércio de emendas. Comparou a Assembléia Legislativa de São Paulo a um camelódromo e os colegas a camelôs. “Cada um vende de um jeito. Cada um tem uma maneira, cada um tem um preço”, disse Roque. Ele se nega a citar os nomes dos malfeitores. “Nem com um revolver na cabeça.” Mas oferece um fio de meada a quem quiser investigar. Afirma que não faz nexo um deputado destinar verbas a municípios nos quais não tenha obtido votos. “O deputado não pode destinar emenda para lugar que nem sabe onde fica. Tem algo de estranho nisso.” O colega Dilmo dos Santos, informam os mapas de votação disponíveis no TSE, não amealhou na cidade de Lourdes um mísero voto. Pastor evangélico e membro do Conselho de Ética da Assembléia, Dilmo toma distância do modelo fixado pelo colega Roque: “Tenho compromisso com o Estado todo”, diz. Nesta quarta (5), Alckmin disse que o denunciante Roque “tem o dever, como homem público, de, tendo conhecimento de um fato errado, denunciar” os envolvidos. O governador tem razão. Ao sonegar os nomes, Roque converte-se de denunciante em cúmplice. Porém… Porém, o inacreditável de Lourdes demonstra que o governo estadual também tem explicações a dar e apurações a realizar. Além dos R$ 150 mil que carreou para Lourdes, o pastor Dilmo é autor de emenda que destinou cifra idêntica a outro galpão, em Nova Castilho, onde também não teve votos. Seria outra construção “de múltiplo uso?” Sabe-se lá! Deus sabe! “O papel dele é indicar”. Os “detalhes, o emprego [da obra], fogem à alçada dele.” Na atmosfera conspurcada do maior e mais rico Estado do país só há duas certezas: 1) Os impostos servem para tirar dinheiro de bolsos indefesos; 2) O pranto serve para o contribuinre chorar. blog Josias de Souza

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Mensalão Paulista: a mídia continuará ignorando?

O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa “Questão de Opinião”, no site do Jornal “Folha da Região” de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba: Entrevistador: – É verdade que tá cheio de deputado que vende emenda, trabalha para empreiteira, faz lobby com prefeitura vendendo, inclusive, projetos educacionais? Deputado: – É! Não que tá cheio, tem bastante que faz isso. Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive, sobrevive e enriquece fazendo isso. Entrevistador: – De 100%, você chutaria um tanto? Deputado: – 25 a 30%. Entrevistador: – 25 a 30%… você pode citar um? Deputado: – Poderia, mas não vou ser dedo-duro e não vou citar. Mas existe! Existe ao meu lado, existe de vizinho, vejo acontecer, falo para eles, inclusive, para parar. Aviso que se um dia vier cassação do mandato deles, não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los, mas não vou dedurar. Em 2004, Roberto Jefferson fez denúncia semelhante e resultou em três CPI’s, na maior cobertura midiática promovida pela imprensa dia-e-noite, sem parar, da história do Brasil. E agora, governador Alckmin (PSDB/SP)? Vai deixar a ALESP (Assembléia Legislativa) abrir uma CPI só que seja, para os supostos 70% “honestos”, investigarem os “supostos 30%” corruptos denunciados pelo deputado Roquinho? Ou tem medo desse mensalão bater na porta do Palácio dos Bandeirantes? [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]E agora, Globo? E agora, Veja? E agora, Folha (¹)? Vão ficar caladas, protegendo a corrupção tucana, jogando a sujeira para baixo do tapete, só porque o governador Alckmin comprou com dinheiro público do contribuinte paulista R$ 9 milhões de assinaturas de seus jornais e revistas? Na gestão anterior de Geraldo Alckmin no governo do Estado, já houve uma grave denúncia de um mensalão da Nossa Caixa (o banco do governo do estado de SP na época, depois vendido) para comprar apoio de deputados estaduais mediante anúncios superfaturados em jornais e rádios pertencentes aos deputados. Foi tudo abafado e engavetado. Dessa vez será diferente? Por sinal, cadê a OAB? Cadê a indignação do Ophir Cavalcanti? Em tempo: Essa denúncia do deputado já virou alvo de investigação do Ministério Público Estadual. Pizza de xuxu expressa: Geraldo Alckmin (PSDB) já correu na imprensa amiga para engavetar as denúncias.O deputado Roquinho é da base aliada do governador tucano (e não é dissidente). ¹ O Estadão, por enquanto, se dignou a publicar a notícia, apesar de já estar aceitando as “explicações” de Alckmin de forma acrítica. Fonte: Minuto Notícias

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Neto de Sarney foi beneficiado

Brasil: da série “só dói quando eu rio”! E a farra do boi bumbá maranhense continua na taba dos Tupiniquins, agora dominada pela praga dos Timbiras. Uma colméia de marimbondos de fogo se instalou no planalto central. Como pode ser constatado, a praga já contamina a terceira geração dos Ribamares. O editor Rapaz recebeu salário de secretário parlamentar durante 18 meses João Fernando Michels Gonçalves Sarney é um jovem de 22 anos que está perto de terminar o curso de administração numa faculdade particular de Brasília. Apesar da pouca idade e de ainda não ter diploma, ele carrega no currículo, além do sobrenome de peso, um emprego de prestígio. Por um ano e oito meses, João ocupou formalmente um dos postos mais altos da estrutura funcional do Senado. Foi secretário parlamentar, função que dá direito a salário mensal de R$ 7,6 mil. A história agora se tornou conhecida graças à revelação dos atos secretos. É o próprio João Fernando quem revela as credenciais que lhe garantiram o bom emprego. Procurado ontem pelo Estado, respondeu sem rodeios à pergunta sobre sua relação com o presidente do Senado. “Sou neto do senador Sarney, meu pai é o Fernando”, disse. Ele se referia a Fernando José Macieira Sarney, filho mais velho do senador e encarregado de tocar os negócios da família. A mãe de João, Rosângela Terezinha Michels Gonçalves, candidata a Miss Brasília em 1980, é ex-namorada de Fernando. O rapaz foi nomeado assessor do Senado em 1º de fevereiro de 2007. Quem assinou a nomeação foi o atual diretor-geral da casa, Alexandre Gazineo, na época adjunto do então todo-poderoso Agaciel Maia. João deveria trabalhar no gabinete do senador Epitácio Cafeteira, do PTB do Maranhão, terra dos Sarney. Esteve lotado no Senado até 3 de outubro do ano passado, quando um novo ato secreto, também assinado por Gazineo, formalizou sua saída O Estado de São Paulo – De Rodrigo Rangel

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Podebras, o Brasil em resumo

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! Para usar uma expressão tipicamente paulista, eis um resumo da sacanagem que a corja comete contra os Tupiniquins. Chego a duvidar se não estamos em um estado de delírio comatoso, ou se exercitamos um inacreditável ensaio sobre a cegueira e a inutilidade das coisas. Nem mesmo relendo Raízes do Brasil de Sérgio Buarque, consigo entender o comportamento letárgico da nossa tribo, diante da bodurna brandida pela classe política que, mea culpa, foi todinha eleita com nossos votos. O editor Não há dia em que os jornais não estejam tomados por notícias políticas que, se levadas a sério, provocariam depressão coletiva. Talvez os cidadãos devessem receber um auxílio-escândalo ou um adicional de insalubridade para, aí sim, sair da anestesia moral e ir às ruas protestar? Vamos às manchetes da Podrebras, agência que divulga a podridão do poder público: Renan Calheiros e Fernando Collor Comandam CPI da Petrobras – Mais uma da série “seria hilário se não fosse trágico”, em cartaz em todas as cidades do Brasil. Calheiros ainda não explicou de onde vinha o dinheiro para pagar a pensão de seu filho; nem ao menos foi punido por brandir notas falsas em plenário. Collor dispensa apresentações, mas não era ele que ia privatizar tudo, inclusive a Petrobras, essa plataforma de marajás? E eles, Collor e Calheiros, não eram inimigos? Que ambos sigam na política já é lamentável. Que agora sejam a tropa de choque parlamentar do PT, na antessala da campanha de 2010, diz uma enciclopédia sobre a política brasileira. Senador Sarney recebe auxílio-moradia – Deve ser uma ajuda de custo para manter a ilha de sua propriedade? Ou um de seus outros latifúndios? Claro, ele rapidamente aplicou a tática do “eu não sabia”. Como é que poderia ter reparado num depósito tão irrisório em suas milionárias contas, como aquela que tinha no Banco Santos? Por muito menos o líder do Parlamento inglês renunciou e muitos de seus membros devolveram o dinheiro. Se corrupção existe em toda parte, como se fala tanto no Brasil (vide Ibsen Pinheiro, pai de natimorta reforma política), a impunidade tem forte cor local. Lula diz que investigar a Petrobras é irresponsabilidade – Isso significa que o chefe do Executivo nacional desautoriza tudo que Polícia Federal, Ministério Público e Tribunal de Contas têm revelado a respeito de licitações suspeitas, patrocínios clubistas, aditivos contratuais e outros problemas “administrativos” numa das maiores estatais do mundo. Mas Lula em seguida deixou claro seus motivos: contou ao democrata Hugo Chávez que pensa em arranjar um emprego na Petrobras ao fim do mandato, talvez para frequentar entre um churrasquinho de coelho e outro. Yeda Crusius é acusada de fazer caixa 2 – A governadora mostra a tocaia moral em que os tucanos se enfiaram desde o governo Lula. Eles achavam que a continuidade de sua política econômica mostraria o acerto do governo FHC, mas esqueceram que a continuidade de suas práticas políticas mostraria que, se todos são iguais, é melhor ficar com alguém que é mais igual ao povo do que os outros. O esquema de Marcos Valério começou com o PSDB, e isso foi suficiente para tirar credibilidade do tucanato aos olhos da população. No Rio Grande do Sul, onde o PT já mostrara tão bem o que era, a coisa ficou ainda mais feia. Thomaz Bastos diz que mensalão não existiu – Se não existiu, o que foram aqueles depósitos no BMG e Rural? De onde veio aquele carro de Silvinho Pereira? Por que Valério não executou os serviços públicos para os quais sua empresa foi contratada? A quem Lula se referiu quando se disse traído, embora aquela fosse apenas uma “praxe” dos partidos brasileiros? Por que Duda Mendonça afirmou ter recebido via paraíso fiscal? E por que José Alencar disse que houve um “sacolão”, o pagamento aos aliados do PTB et caterva? Ah, esquece essas perguntas velhas, isso já passou, o Brasil é o país do futuro… Promotoria pede rejeição de contas de Kassab – Como se não bastasse, onde estão as promessas feitas nessa mesma campanha? Basta circular pela cidade (essa antiga atribuição de repórteres) e ver a quantidade de problemas. Cidade Limpa significa basicamente que tem menos outdoors e menores letreiros, pois as ruas e praças estão sujas, além de mal iluminadas, congestionadas e cada vez mais inseguras. O número de pessoas morando em favelas aumentou. A manutenção da cidade também merece ser rejeitada. Mas agora chega, que o leitor já me entendeu. Não preciso falar do deputado do castelo, do outro que deu carteirada para não passar no bafômetro, etc. Num país de cultura oligárquica, onde a classe política sempre se protege da opinião pública por mais que brigue entre si, cidadania é sempre uma palavra bonita, não uma representação real. Aqui a máxima de que “à mulher de César não basta ser honesta, é preciso parecer honesta” sofreu ligeira adaptação: à mulher de César não importa ser desonesta, basta parecer honesta. Ave. por Daniel Piza

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Collor. “Aquilo” de volta à pocilga

Brasil: da série “só dói quando eu rio” Será o tempo o senhor da razão? Ou da insensatez. De grão em grão, o marajá das Alagoas recupera espaço no bordel brasiliense, cujas “madames” não sentem o menor constrangimento em chafurdar no esgoto de suas (deles) convicções. Mais que nunca, a quadrilha de Carlos Drummond de Andrade se materializa, não no amor de Pedro mas, sim, na indecência do leilão das almas vendidas. Entre galináceos e guabirus, Rui Barbosa enrubesce a erma aposta no plenário do Senado. É preciso que tudo mude para que tudo continue como está. O editor ‘Senhor da razão’, o tempo impõe retorno de Collor De tempos em tempos, o pensamento humano é submetido a reviravoltas insondáveis. Idéias e certezas do passado viram, de uma hora pra outra, lixo irreciclável. Copérnico, por exemplo, esmigalhou a auto-estima da humanidade ao revelar que a Terra não é o centro do cosmo. Ao pendurar o macaco na árvore genealógica do homem, Darwin não contribuiu para a restaurar-lhe o amor próprio. Na política brasileira, os petistas costumavam alegar que seus antepassados não descendiam dos chimpanzés. Eram adotados. A ascenção de Lula, porém, nivelou o petismo ao resto dos mortais. Ao menos no que diz respeito às perversões. Assim é que, quando Renan Calheiros se encontrava com a guilhotina na jugular, o PT, à frente Ideli Salvatti, empenhou-se em salvá-lo. Salvou uma, duas vezes. Agora, em franco desafio a Copérnico, um Renan redivivo converte-se em centro do cosmo. No Senado, Renan faz. Ali, Renan acontece. Nesta quarta (4), Renan refez Fernando Collor, um desafeto do ex-PT. Converteu-o em presidente da comissão de Infraestrutura, derrotando Ideli. Por um desses caprichos do destino, Ideli e Collor estavam “separados”, na mesa da comissão, apenas pelos fios do bigode de Aloizio Mercadante. O mesmo Mercadante que, em passado nem tão remoto, atuara como torquemada na CPI que levara Collor ao impechment de 1992. Numa evidência de que volta em grande estilo, Collor rendeu, à sua maneira, homenagens a Ideli. Disse nutrir por ela “o maior respeito”. Afirmou que considera a senadora petista uma personagem agregadora. Uma “senadora que congrega, reúne, cisca para dentro”. A imagem aviária deixou Mercadante abespinhado. Exigiu retratação. Foi atendido. Collor retirou a expressão. O que não modificou o resultado final. Agora integrado ao consórcio que dá suporte congressual a Lula, o ex-amigo íntimo, muito íntimo, intimíssimo de PC Farias prevaleceu sobre Ideli por 13 votos contra dez. Brasília vive uma dessas crises de autoconhecimento que costumam convulsionar a mente humana. O ex-PT, por exemplo, procura desesperadamente as idéias do passado. Porta-se como um cachorro sem faro. Sob Lula, teve de esconder o osso. Mas esqueceu onde. Lula Marques/Folha

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Collor chama Ideli Salvatti de galinha

Você aí, cidadão brasileiro, que está preocupado em dar uma boa educação pro seu filhos e ensinar boas maneiras, saiba que seus problemas acabaram. Para tal, não precisa contratar caros professores, pagar mensalidades estratosféricas em escolas particulares ou fazê-los decorar o Almanaque do Capivarol. Basta sintonizar a TV Senado. Agora mesmo, durante debates acalorados pela presidência da Comi$$ão de Infra Estrutura, suas (deles) ex-celências proporcionaram uma aula de, como diria Machado de Assis, lanheza, bons modos e tratamento cerimonioso. Vejam só como inefável senador Fernando Collor (argh!, argh! e argh!) um dos candidato$ a presidente da referida comi$$ão, dirigindo-se ao plenário, “elogiou” a senadora petralha Ideli Salvatti: … “o PTB reconhece que a senadora Ideli Salvatti é uma pessoa que ‘Cisca Pra dentro’. Uáu! Zé Bêdêu, o derradeiro abestado crédulo da Praça do Ferreira, em Fortaleza, opinou, com a delicadeza de um elefante em loja de louças: “quem cisca pra dentro é galinha”!

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Collor ou Azeredo? Entre o sujo e o mal lavado

O Senado Federal encontra-se envolvido em uma disputa pela Presidência da importantíssima Comissão de Relações Exteriores. A referida comissão trada de questões internacionais que envolvem o Estado brasileiro e as demais nações.Unido a PT e DEM, PSDB briga com Collor no Senado O Senado reserva à platéia, nesta semana, um duelo de arrepiar a espinha. O PSDB de Eduardo Azeredo (MG) vai à guerra contra o PTB de Fernando Collor. Será o confronto do sujo contra o mal lavado. Está em jogo o controle da comissão de Relações Exteriores, um dos mais cobiçados recantos do Senado. Considerando-se o tamanho das bancadas, o PSDB (13 senadores) leva vantagem sobre o PTB (sete integrantes). Na briga pelas comissões, toca aos tucanos a terceira pedida. A primeira é do PMDB. Vai escolher a comissão de Economia, apalavrada com Garibaldi Alves (PMDB-RN). A segunda é do DEM. Pedirá a comissão de Constituição e Justiça, que será confiada a Demóstenes Torres (DEM-GO). Dono do terceiro lance, o PSDB optou pela comissão de Relações Exteriores. O problema é que o posto fora prometido a Collor por um redivivo Renan Calheiros (PMDB-AL). Em troca, o PTB despejou seus sete votos na cumbuca de José Sarney (PMDB-AP), ajudando-o a prevalecer sobre Tião Viana (PT-AC) na briga pelo comando do Senado. Farejando o cheiro de queimado, o líder tucano Arthur Virgílio (AM) fechou uma aliança com ‘demos’ e petistas. Juntos, PSDB, DEM e PT têm número para mandar ao beleléu a pretensão de Collor. Mas o tucanato resolveu esgrimir, além de votos, um argumento moral. Diz-se que Collor, escorraçado do Planalto pelo impeachment, não teria estatura moral para comandar uma comissão que se relaciona com autoridades estrangeiras. Beleza. Nesse campo, contudo, o bico dos tucanos revela-se maior do que a memória. Azeredo também traz enganchada à biografia uma passagem constrangedora. As arcas de Marcos Valério foram inauguradas na campanha mineira de Azeredo, em 1998. Depois que a notícia foi às manchetes, o PSDB não se constrangeu em manter na sua presidência, por quase um ano, o patrono do mensalão de Minas. O tucanato fez mais. Defendeu Azeredo com um palanfrório torto. Alegou que, em Minas, podia ter havido caixa dois, não desvio de dinheiro público. Em denúncia ao STF, o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, furou esse escudo. O texto do procurador aponta o escoamento de dinheiro de pelo menos quatro arcas estaduais: Cemig, Copasa, Bemge e Comig. Coisa de R$ 5 milhões. Collor, o país inteiro sabe, não é flor que mereça ser cheirada. Mas, se decidir manter-se na briga, descerá ao front numa espécie de zero a zero moral com Azeredo. O que torna a briga mais bonita são os seus arredores. O PT, fechado com Azeredo, é estrela da “quadrilha” dos 40 do mensalão, também denunciada ao STF. Renan, aliado de Collor, renunciou à presidência do Senado para salvar o mandato -em meio a um escândalo que misturou a suspeita de pagamentos à ex-amante com verbas de um lobista e negócios com gado inexistente. Collor é açulado também pelo líder do PTB, Gim Argello (DF). Um senador que responde a 38 processos por crimes eleitorais e que se encontra sob investigação em inquéritos que apuram corrupção, lavagem de dinheiro e sonegação de impostos. Num instante em que o país se prepara para as delícias do Carnaval, vale lembrar a frase de Delúbio Soares. No auge do mensalão, o ex-gerente das arcas do PT previra que o escândalo terminaria em “piada de salão”. De fato, o tempo vem se encarregando de lavar no Congresso as biografias tisnadas por escândalos. Ali, todas as encrencas terminam em piada. Tome-se dois exemplos: Antonio Palocci (PT-SP), réu num processo de quebra do sigilo bancário de um caseiro, presidiu a Comissão Especial da Reforma Tributária. João Paulo Cunha, um dos 40 réus do mensalão petista, foi brindado com a relatoria de uma das medidas provisórias anticrise baixadas por Lula, a 443. Num ambiente assim, não espanta que personagens como Collor e Azeredo se animem a medir forças por uma das principais vitrines do Senado. da Folha de São Paulo

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Collor e Azeredo. Disputa entre iguais

Brasil: da série “Só dói quando eu rio”! Esta semana, a “coisa” tá braba! Sua (deles) ex-celências não dão trégua. Bastou o ano legislativo começar, para os Tupiniquins, sermos bombardeados pelas mazelas parlamentares que infernizam a moral, a ética e os, vá lá, bons costumes das terras brazilis. A lista de parlamentares respondendo a inquéritos dos mais vários tipos, cíveis e penais, é imensa. Da mesma forma a listagem dos ilícitos cometidos pelos políticos de todas as matizes, ideologias e partidos, vai desde o mais relés vereador de um esquecido município, até senadores oriundos de grandes centros. Não bastasse a “renovação” advinda com as eleições de Michel Temmer e Zé Sarney, temos também as peraltices do palaciano Corregedor da Câmara Federal, ver “post” anterior, para completar o vexame, o senado mete a “mãozinha”, ou mãozona?, na lixeira. No Senado, a disputa de dois senadores, Fernando Collor de Melo e Eduardo Azeredo, pela presidência da importantíssima Comissão de Relações Exteriores. Ora, aquele, Collor, por corrupção, sofreu “impeachment” que o apeou da Presidência da República. Este, Azeredo, foi indiciado pelo Procurador Geral da República, junto ao STF, por inúmeros crimes eleitorais, sendo conhecido como o “descobridor” de Marcos Valério e de também ter inventado o mensalão em Minas Gerais, muito antes dos petralhas terem criado os tais “Delubianos recursos não contabilizados”. Argh! Collor e Azeredo devem disputar comissão no voto Também pode haver briga entre PMDB e PT pela Comissão de Infraestrutura A partilha do comando das 11 comissões técnicas do Senado foi adiada para a semana que vem, para dar tempo aos líderes partidários de construir um acordo, mas não evitará que a briga por espaço de poder na Casa seja definida no voto. O ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL) comunicou ao líder do PSDB, Arthur Virgílio Neto (AM), que está decidido a disputar em plenário, com o senador tucano Eduardo Azeredo (MG), a presidência da Comissão de Relações Exteriores. Se insistir na disputa, Collor corre o risco do vexame de uma derrota. Christiane Samarco – O Estado de São Paulo

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