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Previdência; Você acredita no Rombo?

Saiba um dos motivos da falácia do Temer e asseclas com a Desforma da Previdência. Banco do Brasil deve R$ 208 milhões à Previdência Social Foto Elza Fiuza/Agência Brasil Previdência: empresas respondem por quase três vezes o deficit do setor. Na lista dos devedores estão empresas públicas, privadas e fundações; Varig é a empresa que lidera a lista, com dívida de cerca de R$ 3,713 bilhões A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional fez um levantamento onde foi apurado que os devedores da Previdência Social acumulam dívida de R$ 426,07 bilhões. O valor é quase três vezes superior ao atual deficit da categoria, que fechou 2016 em R$ 149,7 bilhões. A lista dos nomes que apresenta débito com a Previdência Social tem a relação de mais de 500 empresas – privadas, públicas, fundações, governos estaduais e prefeituras. Entre as companhias citadas pela Procuradoria estão também empresas que não prestam mais serviços, como a Varig , que quebrou em 2006. A companhia é responsável por liderar a lista, com dívida de R$ 3,713 bilhões. A segunda empresa que mais deve é a JBS, com R$ 1,8 bilhão. A Vasp, que não funciona desde 2005, também foi citada, e contém um débito de mais de R$ 1,5 bilhão. A extinta TV Manchete está relacionada entre as empresas devedoras com débito de R$ 336 milhões. Já a mineradora Vale deve R$ 275 milhões. Bancos A Caixa Econômica Federal, de natureza pública, deve aproximadamente R$ 550 milhões à Previdência. O antigo Banco do Ceará (Bancesa) tem o compromisso de pagar uma dívida de R$ 1,683 bilhão. Já o Bradesco, o Banco do Brasil e o Itaú Unibanco tem débito de respectivamente, R$ 465 milhões, R$ 208 milhões e R$ 88 milhões. O coordenador–geral da Dívida Ativa da União, Cristiano Lins de Moraes frisa que muitas dessas dívidas colossais tiveram início ainda na década de 1960. Em declaração, o procurador da Fazenda Nacional, frisou que existem variações entre os tipos de devedores, e que reconhece que há sim situações de fraude, crimes de sonegações e esquemas sofisticados. Recuperação As ações na Justiça são o principal meio que a Procuradoria-geral da Fazenda Nacional tem usado para recuperar o deficit. Em 2016, o setor conseguiu resgatar cerca de 1% do total devido, aproximadamente R$ 4,150 bilhões. Outro meio utilizado pela Procuradoria é a elaboração de projetos para agilizar o pagamento. Mas Moraes afirma que programas de parcelamento de dívidas públicas de estados e prefeituras atrasam o pagamento dos débitos. Outro lado A assessoria de imprensa da Caixa Econômica Federal comunicou que a instituição paga sempre no prazo as contribuições previdenciárias. Entretanto, ressalta que questiona as cobranças realizadas por processos judiciais movidos por empregados. A JBS informou que está disposta a saldar a dívida com créditos que acumula na Receita Federal. Assim como a Caixa, a empresa também questiona o sistema, que impede que a troca ocorra, o que trem gerado multa. Em nota, a mineradora Vale afirmou que pretende usar a justiça para obter o atestado de “Regularidade Fiscal” e se mostra confiante em suas argumentações. O Banco do Brasil esclareceu que recorreu a decisão do Tribunal de Contas da União, uma vez que “o processo de tomada de contas especiais promovida pelo TCU, em 1992, que entendeu serem indevidos os valores auferidos pela rede bancária nos meses de novembro e dezembro de 1991”. Já o Bradesco informou que “não comenta o assunto sob análise administrativa ou judicial dos órgãos responsáveis” A reportagem não teve sucesso ao tentar contato com representantes da Varig, Vasp, Bancesa e TV Manchete. E o Itaú não se manifestou até a publicação do texto sobre o débito com a Previdência Social. * Com informações da Agência Brasil

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Previdência: as mentiras que eles te contam

A substituição – em tese, ainda reversível – de Dilma Roussef por seu vice, Michel Temer, na gerência do Estado brasileiro vem servindo de pretexto a mais uma das eternas e incontáveis investidas contra a Previdência Social a que a população assiste desde 1995, senão de antes. Por Henrique Júdice A imprensa mercantil monopolista, mais uma vez, se dedica a reverberar falácias da coalizão patronal encabeçada pelo setor financeiro e engrossada por associações industriais e comerciais com vocação suicida.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Eis algumas dessas mistificações: 1.A Previdência Social (INSS) é estrutural e cronicamente deficitária: seu prejuízo foi de R$ 86 bilhões em 2015 e atingirá R$ 130 bilhões em 2016. Se, a cada mês, você ganha R$ 2 mil de salário e gasta R$ 3 mil a R$ 4 mil, sua situação financeira é um desastre e você precisa cortar urgentemente suas despesas ou acabará insolvente, certo? Não se, além desse salário, você tiver dois irmãos em situação como a sua e dividir com eles os lucros de um pequeno negócio que rende, digamos, R$ 8 mil por mês. Como o acordo entre vocês, cada um pode tirar o necessário para suas despesas e deixar no caixa o que sobrar, não há como dizer ao certo quanto desse lucro caberá a você ou a cada um deles, pois isso varia conforme a necessidade. Mas é óbvio que nenhum dos três está no vermelho. A Previdência, a Saúde e a Assistência Social compõem um sistema chamado Seguridade Social, que tem arrecadação própria. Algumas de suas fontes de financiamento são destinadas exclusivamente à Previdência, caso das contribuições descontadas dos salários dos trabalhadores ou incidentes sobre a folha de pagamentos das empresas. Outras são de livre distribuição entre seus três ramos: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), calculada sobre o faturamento bruto das empresas, Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e arrecadação das loterias. Subtraindo o gasto previdenciário total apenas do que se arrecada sobre a remuneração do trabalho – como faziam os governos FHC, Lula e Dilma e faz o governo Temer – , o resultado é o tal déficit de R$ 86 bilhões em 2015, com estimativa de aumento para R$ 130 bilhões em 2016. Mas essa conta é tão descabida quanto subtrair as despesas do trabalhador do exemplo acima apenas de seu salário, sem considerar o negócio que ele toca com os irmãos. Calculando a arrecadação da Seguridade Social pela soma todas as suas fontes, como a Constituição manda e fazem, há anos, a Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip) e a professora Denise Gentil, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) entre outros, o resultado é um superávit de R$ 20 bilhões em 2015. 2.A alta despesa previdenciária é a causa maior do desfinanciamento do Estado. Desde 1993, todos os governos federais pedem e obtêm do Congresso autorização para surrupiar 20% da arrecadação da Seguridade Social e gastá-la em outras áreas, desde obras públicas até despesas de manutenção básica de repartições. Esse artifício, chamado Desvinculação de Receitas da União (DRU) foi renovado no dia 08.06, para uso do senhor Temer, com elevação para 30%, como requereu a senhora Roussef pouco antes de deixar seu cargo. Isso prova que a Seguridade Social financia o Estado brasileiro, e não o oposto. Se ela fosse o sorvedouro de dinheiro que os interessados em seu desmanche dizem, a DRU seria inócua. Essa subtração permanente de recursos contribui para o sucateamento dos serviços que a Seguridade Social presta ou deveria prestar à população, particularmente a Saúde (SUS). Assim como a situação relativamente confortável do trabalhador do exemplo acima não é motivo para ele jogar dinheiro fora emprestando a caloteiros, o superávit da Seguridade não justifica a sucção de seus recursos para financiar as dimensões financeira e burocrática do Estado.  3.Como a carga tributária no Brasil já é muito alta, não é possível equilibrar as contas da Previdência aumentando a arrecadação. É preciso cortar benefícios. Vimos que as contas do INSS não estão desequilibradas. Se estivessem, isso não seria, em si, um grande mal: a Previdência pública não existe para dar lucro ao Estado e ninguém fala, por exemplo, em déficit da Saúde, da Educação ou da Cultura. Mas suponhamos que o desequilíbrio existisse e fosse muito grave, a ponto de consumir recursos que fazem falta à população em outras áreas. Nesse caso, algo precisaria ser feito para assegurar um mínimo de sustentabilidade ao sistema previdenciário. Mas o que? Resposta: aumentar a arrecadação, e não cortar direitos. Aumento de arrecadação não é sinônimo de aumento das contribuições nem deveria começar por ele, mas cobrando de quem não paga. A necessidade de fazer isso, aliás, nada tem a ver com o déficit ou superávit da Previdência, mas com os direitos dos trabalhadores prejudicados e com a necessidade de coibir o dumping contra os empregadores que cumprem seus deveres. Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) realizada pelo IBGE em 2011 e complementada pelo Anuário Estatístico da Previdência Social (AEPS) do mesmo ano, 19,1 milhões de pessoas, o equivalente 33,5% (um terço) dos assalariados brasileiros, trabalhavam sem registro em carteira. Supondo que todos ganhassem o salário mínimo e trabalhassem nos 12 meses do ano, adequar sua situação à legalidade ensejaria uma arrecadação previdenciária adicional de R$ 63,7 bilhões em 2016 apenas sobre os contracheques e as folhas de pagamentos. Metade do pseudodéficit estimado pelos pseudogovernos da srª Roussef e do sr. Temer para o ano estaria coberto. Quanto à outra, basta lembrar que as exportações – inclusive as de produtos agropecuários, setor que mais fatura no Brasil depois dos bancos – não pagam Cofins nem CSLL. Tributar os latifúndios – tradicionais ou mecanizados – da soja, os frigoríficos exportadores de carne e outros monopólios que lucram em dólares é um imperativo de justiça e racionalidade. 4. Independente da discussão sobre déficit ou superávit, o Brasil gasta demais com a Previdência. A fração da renda nacional (PIB) destinada ao pagamento de benefícios é similar à de países

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INSS acionará motoristas por acidentes com vítimas

O INSS decidiu processar judicialmente os motoristas responsáveis por acidentes de trânsito cujas vítimas são assistidas pela Previdência Social. O objetivo do INSS é obrigar os motoristas relapsos a devolver à Previdência as verbas que bancam pensões por morte, aposentadorias por invalidez e o auxílio acidente. A iniciativa é inédita. Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social, Mauro Luciano Hauschild, diz que as primeiras ações serão ajuizadas já nesta semana. Mauro Hauschild afirma que serão processadas “pessoas que dirigem embriagadas, em altíssima velocidade, com seus carros importados, de cifras milionárias.”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Gente que, nas suas palavras, dirige automóveis “sem compromisso e sem responsabilidade.” Motoristas que “acabam por matar trabalhadores nas estradas e paradas de ônibus.” O mandachuva do INSS anunciou a novidade num seminário sobre prevenção de acidentes de trabalho promovido pelo TST. As declarações de Mauro Hauschild foram reproduzidas em notícia veiculada no site do Tribunal Superior do Trabalho. Pode ser lida aqui. Ele explicou que os processos contra motoristas seguirão a mesma linha das ações que o INSS costuma abrir contra empresas culpadas por acidentes de trabalho. Chama-se “ação regressiva”. Serve para que o INSS recupere o dinheiro que custeia o socorro aos acidentados no trabalho. Está prevista no artigo 120 da lei 8.213, de 1991. Anota o seguinte: “Nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho…” “[…] A Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis.” O INSS avalia que o preceito legal que permite alcançar as empresas relapsas com seus trabalhadores pode ser estendido aos causadores de acidentes de trânsito. Nos dois casos (trabalho e trânsito), imagina Mauro Hauschild, as ações regressivas devem produzir uma redução no número de acidentes. Assim como os maus patrões, ela afirma, também os motoristas inconsequentes têm de “indenizar” o Estado. Não se trata, na visão do presidente do INSS, de ressarciar apenas a Previdência, “mas os milhões de trabalhadores que contribuem” para o seu financiamento. Ele realçou que são essas contribuições que pagam “os benefícios das vítimas de acidentes”. Por esse raciocínio, o dinheiro que custeia as pensões e aposentadorias por morte ou invalidez decorrentes de acidentes pertence a “todos os trabalhadores”. provocadas em É dinheiro, disse Mauro Hauschild dos tra para o fundo, pois quem paga os benefícios das vítimas de acidentes são todos os trabalhadores, com a sua contribuição”. Hauschild lembrou que “é do fundo que saem as pensões por morte, aposentadorias por invalidez e o auxílio acidente”. Resta agora saber se o Judiciário aceitará a tese do INSS segundo a qual a lei que permite acionar empresas pode ser aplicada, por analogia, contra motoristas. – Serviço: O seminário do TST durou dois dias. Ao final, divulgou-se uma ‘Carta de Brasília’, disponível aqui. blog Josias de Souza

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Aposentadoria de ex-governadores: Pedro Simon receberá R$2,6 milhões

Brasil: da série “só doi quando eu rio”! E você aí meu pobre, infelicitado e depauperado aposentado Tupiniquim, que tem ‘ralar’ 35 anos pra receber uma ‘merreca’ de aposentadoria! E o sociólogo da entregação, FHC que chamou os aposentados de “vagabundos”? Hein? Hein? Hein? O Editor Simon, o franciscano, embolsará mais de R$ 2,6 milhões Após 20 anos, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) resolveu pedir a aposentadoria como ex-governador do Rio Grande do Sul. Ao salário de senador (R$ 26,7 mil), ele soma desde novembro R$ 24,1 mil de ex-governador. Ele declarou que ao concluir o mandato, em fevereiro de 2015, vai se decidir pela aposentadoria de ex-governador ou de ex-senador. Até lá, enquanto pensa, Simon vai embolsar mais de R$ 2,6 milhões. Na ponta do lápis De janeiro de 2011 a janeiro de 2015, Simon terá R$ 1,27 milhão como ex-governador e R$ 1,38 milhão do Senado. Total: R$ 2,6 milhões. ‘Para a caridade’ Simon receberá mais que os R$ 1,6 milhão da aposentadoria retroativa do caridoso senador Álvaro Dias (PSDB-PR), como ex-governador. Diária: 3,2 salários Até o término do mandato, em 2015, Pedro Simon ganhará por dia 3,2 salários mínimos (R$ 1.786), nos 1.492 dias que restam de mandato. Um franciscano Em 2000, o senador Pedro Simon ingressou na Ordem Terceira de São Francisco e fez voto de pobreza. Nasceu para ser franciscano. coluna Claudio Humberto [ad#Retangulo – Anuncios – Direita]

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Corregedor da Câmara é acusado de sonegação de impostos

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! Suas (deles) ex-celências, não se cansam de nos surpreender. Pra pior. Os Tupiniquins, acreditávamoas que a corja política brasileira já havia esgotado o repertório de marmotas, falcatruas e afins. Mas, qual o quê! Lêdo Ivo engano. Agora é o Corregedor da Câmara dos Deputados quem nos causa espanto. Vejam só, que o referido cidadão é o Corregedor da Câmara dos Deputados. Isso mesmo. O “ínclito deputado” é o guardião da moral e dos bons costumes dos demais parlamentares, responsável por vigiar os deslizes das outras ex-celências. Achando pouca, sua (dele) ex-celência, é possuidor de um castelo no interior de Minas Gerais. Não vocês não estão lendo errado não! É um castelo mesmo. Não é figura de linguagem. São 7.500 metros quadrados de área construída (maior que o Castelo de Neuschwanstein, nos Alpes da Baviera, que inspirou o castelo da Cinderela de Walt Disney), 32 suítes, dezoito salas, oito torres, 275 janelas, uma piscina com cascata, fontes e espelhos d’água. Fica no distrito de Carlos Alves, vilarejo de pouco mais de 1.000 habitantes e 300 casas, no município de São João Nepomuceno, a 70 quilômetros de Juiz de Fora. Clique para ampliar Castelo do Deputado Edmar Moreira, corregedor da Câmara dos Deputados. Avaliado por corretores entre 20 a 25 milhões de reais. O nobre deputado, sim, nobre, afinal o homem tem um castelo, declarou ao TRE que a propriedade vale ínfimos R&17.500,00 – dezessete mil e quinhentos reais! Uáu!!! Argh! Corregedor da Câmara é acusado de fraudar a Previdência Deputado Edmar Moreira O novo corregedor da Câmara, Edmar Moreira (DEM-MG), foi denunciado à Justiça em dezembro de 2007 pelo procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, acusado de se apropriar ilegalmente de contribuições ao INSS feitas por seus empregados em uma empresa de vigilância. Na denúncia, o procurador diz que os impostos foram descontados dos funcionários da F.Moreira Empresa de Segurança e Vigilância Ltda., sediada em São Paulo, mas não repassados ao governo. Esta dívida, segundo a Previdência, é de R$ 1 milhão (valor de 2005, incluindo o imposto não pago, juros e multas). Moreira é investigado em inquérito aberto em 2007 no Supremo Tribunal Federal. Se o relator do caso, Eros Grau, aceitar a denúncia, o deputado passará a ser réu e responderá a processo criminal por apropriação indébita. Grau ainda não se pronunciou. No inquérito, o advogado do congressista, Alberto Felício Júnior, reconhece a dívida e justifica o não-pagamento informando que “a empresa vem passando por dificuldades decorrentes de constantes atrasos em seus recebimentos”. Com capital social de R$ 2,7 milhões, segundo a Junta Comercial de São Paulo, a F.Moreira foi a principal doadora das últimas campanhas do deputado. Conforme declarações entregues ao Tribunal Superior Eleitoral, em 2002, a empresa bancou 61% dos gastos da campanha dele (R$ 168 mil), e, em 2006, 39% (R$ 79 mil). Na investigação, também há a informação de que são cobrados da F. Moreira R$ 8,2 milhões em outros processos por não recolhimento de impostos. A defesa nega essas dívidas. A história iniciou em 2000, quando a empresa de Moreira foi multada por não recolher os tributos descontados de março de 1997 a dezembro de 1998. da Folha de São Paulo

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