Francisco Carvalho – Versos na tarde – 24/12/2016
Lição de espaço Francisco Carvalho¹ O homem no espaço é a sombra de Sísifo. O espectro da esfinge A vertigem do tísico. O homem no
Lição de espaço Francisco Carvalho¹ O homem no espaço é a sombra de Sísifo. O espectro da esfinge A vertigem do tísico. O homem no
Innamorato Artur Eduardo Benevides ¹ I O som de tua voz é um ramo a nascer da árvore da vida. Com medo de perder-te, sempre
Poema para escrever no asfalto Francisco Carvalho¹ Agora eu sei o quanto basta à ceia do coração e o quanto sobra do naufrágio das nossas
Presságios Costa Matos¹ Como foi bela e sábia a vida que tivemos! Lições em tudo… em tudo… em tudo… até nas brigas havia água e
Esparsa José Albano ¹ Há no meu peito uma porta A bater continuamente; Dentro a esperança jaz morta E o coração jaz doente Em toda
Engano e esperança Francisco Carvalho ¹ Se por experiência se adivinha se pela nuvem se conhece o vento se por amor dormimos ao relento sob
Alvenaria Virgílio Maia ¹ Sobre pedras se eleva este soneto, em trabalhosa faina alevantado, as linhas definidas no traçado da perfeição do prumo e nível
Liturgia da seca Francisco Carvalho¹ O vento em disparada arranca as plumas da paisagem. Boi morto vaca morta bezerro morto cavalo morto. O vento arquejante
Lágrimas Lívio Barreto¹ Lágrimas tristes, lágrimas doridas, Podeis rolar desconsoladamente! Vindes da ruína dolorosa e ardente Das minhas torres de luar vestidas! Órfãs trementes, órfãs
Promessas Juarez Leitão¹ A manhã em verdes ventos de palmas balança. Devagar meu olhar se molha de morna cobiça. Mergulhas. Vasculhas as águas impresumível. Corcoveias