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Eduardo Cunha: Pic Nic à beira do vulcão

A Câmara age irresponsavelmente e contribui para agravar a crise do país. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Ao se opor ao governo Dilma, ele prejudica também os eleitores brasileiros. O Brasil vive grave crise econômica, que poderá se tornar ainda pior. O aviso veio no último relatório da agência de classificação de risco Standard & Poor’s, uma das três maiores do mundo. O Brasil está na iminência de perder o grau de investimento, o atestado de que o país é bom pagador e merece crédito dos investidores. A perda do selo poderá ter consequências funestas para o país: redução dos investimentos externos, maiores dificuldades para as empresas brasileiras se financiarem, prolongamento da recessão, alta da inflação. Diante do aviso da Standard & Poor’s, ÉPOCA publicou que o comportamento das lideranças do Congresso Nacional, na volta aos trabalhos, deveria ser o de buscar honrar o voto dos cidadãos e agir com responsabilidade, deixando de aprovar projetos que representem mais gastos públicos. Não se viu, porém, comportamento responsável na Câmara dos Deputados na volta do recesso, há duas semanas. Sob o comando do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, os deputados continuam a brincar de piquenique na beira do vulcão. Ignoraram as recomendações de prudência e aprovaram, em primeiro turno, a PEC 443, que vincula os salários da Advocacia-Geral da União, delegados civis e federais à remuneração dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Se a PEC 443 for aprovada pelo Congresso, cria-se mais uma despesa adicional de R$ 2,4 bilhões por ano. Na expectativa de vir a ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República, por conta das investigações da Operação Lava Jato sobre esquemas de corrupção na Petrobras, Cunha guia a pauta da Câmara movido por seus interesses individuais. Fustigando o governo Dilma com a pauta-bomba, crê que dará uma demonstração de força para evitar um processo no Supremo Tribunal Federal (STF). A pauta-bomba, porém, não contribui apenas para desestabilizar o governo Dilma e desgastar o PT. A aprovação de mais gastos públicos prejudica os cidadãos que elegeram os parlamentares como seus representantes no Congresso Nacional – que, em consequência, enfrentarão alta nos preços, desemprego e uma crise econômica ainda mais longa. O país espera agora que as lideranças do Senado Federal sejam mais responsáveis e atuem para desarmar as bombas que a Câmara deixou no caminho. Época

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Protestos do dia 16 vão poupar Cunha e focar em impeachment, dizem lideranças

Os três principais movimentos que lideram os protestos anticorrupção – Movimento Brasil Livre (MBL), Revoltados Online e Vem Pra Rua – não se deixam distrair pelo risco de serem criticados por uma suposta “indignação seletiva”. O objetivo das manifestações convocadas para este domingo será essencialmente um: derrubar a presidente Dilma Rousseff . Apesar de suspeita de envolvimento em corrupção, Cunha é tido como aliado por líderes de movimentos anti-PT Nem mesmo os recentes relatos de delatores do esquema de corrupção da Petrobras de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, teria recebido US$ 5 milhões (R$ 17,5 milhões) de propina, fazem os líderes dos protestos titubearem. O peemedebista é visto como um aliado na implementação de um processo de impeachment e por isso deve ser poupado no dia 16. É Cunha quem tem o poder de decidir pôr em votação na Câmara um pedido de impeachment da presidente.   “O que nós concordamos com o Vem para Rua e o Revoltados Online é que o mote geral da manifestação deve ser realmente o ‘Fora Dilma’”, afirmou à BBC Brasil Fábio Ostermann, um dos líderes do MBL.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para Ostermann, “misturar as pautas” interessa ao PT, que tenta transformar Cunha num “bode expiatório”. “Claramente, não está funcionando. É importante ter senso de prioridade nesse momento. Se o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, tiver suas contas a acertar com a Justiça e com a população, isso vai se dar na hora certa. Certamente não é o dia 16 de agosto”, acrescentou. Ostermann, do MBL, acusa Aécio Neves de ser “oportunista” O líder do Revoltados Online, Marcello Reis, vai na mesma linha. Ele diz que nenhum político corrupto será poupado pelo movimento, mas que no momento o foco é no governo federal.”Não queremos passar o vagão na frente da locomotiva. Então, todas as conversas que tivemos com Cunha sempre foram pela apresentação do impeachment (de Dilma).” “É um protesto específico pela saída da presidente, seja (por meio de) impeachment, cassação ou renúncia”, disse, resumindo o objetivo do dia 16. Rogério Chequer, do Vem pra Rua, afirma que as manifestações se concentram no impeachment e no fim da corrupção, mas que devem atingir com mais força os petistas. “Eu acho que as críticas vão ser maiores na relação com os fatos que têm sido revelados e comprovados. O PT já foi condenado por caso de 2005 (Mensalão).” Apesar da oposição declarada ao governo Dilma, Cunha tem declarado publicamente que não vê base jurídica para o impeachment, até mesmo se o Tribunal de Contas da União recomendar a rejeição das contas federais de 2014. Isso porque agora trata-se de um novo mandato da presidente. Os movimentos contam com as mobilizações de domingo para mudar esse quadro. “Acredito que o dia 16 vai mudar o quadro político. Se for maior que os protestos de março, político tem medo do povo. Com certeza na semana seguinte teremos novidade, ou o Cunha vai votar o impeachment ou a Dilma vai baixar a crista e renunciar”, defende Reis. E o depois? Apesar do objetivo comum de derrubar a presidente, as principais lideranças do movimento não têm consenso sobre qual o caminho a seguir depois disso. Reis, do Revoltados Online, diz que, caso o vice-presidente, Michel Temer, assuma no lugar de Dilma Rousseff, o movimento também pedirá também seu impeachment. “Acredito que Temer seja cúmplice de todos os roubos do PT. O PMDB não está livre da culpa, não. Caso venha uma estratégia de sair Dilma Rousseff e entrar Temer, nós também vamos pleitear a saída do Temer”, disse. Já Ostermann, do MBL, e Chequer, do Vem Pra Rua, dizem que Temer seria a saída “constitucional”. Eles não apostam no caminho de uma cassação da chapa Dilma-Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), porque o julgamento das contas da campanha eleitoral da chapa petista tende a ser um processo longo, dada a possibilidade de recursos que o direito à defesa garante. Se a chapa fosse cassada com menos de dois anos de mandato, novas eleições seriam convocadas. Esse é o cenário preferido do senador tucano, Aécio Neves, que acredita que ganharia um novo pleito, após ter sido derrotado na eleição de 2014. “Nós temos que ir para a solução constitucional. Não acho que é questão de apoiar o Temer ou não”, diz Chequer, do Vem Pra Rua “Nós temos que ir para a solução constitucional. Não acho que é questão de apoiar o Temer ou não, é o que temos para hoje, por causa da Constituição. Nós vamos respeitá-la. O que o Temer vai fazer, eu não sei. A gente vai ver o que ele vai fazer”, disse Chequer. “Você vai me perguntar: você gosta do Temer, apoia o Temer? Claro que não. Até porque quem elegeu o Temer vice foram as mesmas pessoas que elegeram a Dilma. Mas nós temos o procedimento constitucional que precisa ser respeitado”, afirma Ostermann, para quem Aécio está sendo “oportunista”. Apesar de não declararem apoio à estratégia do presidente do PSDB, os líderes dos movimentos veem com bons olhos o apoio do partido às manifestações. A legenda está usando as inserções a que tem direito na rede aberta de TV para convocar a população para o protesto do dia 16 – mas sem fazer referência aos pedidos de impeachment. As lideranças tucanas estão divididas sobre a questão, e por isso o partido não se manifestou oficialmente a favor da medida. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de São Paulo Geraldo Alckmin são contra. Alckmin está mais interessado em disputar as eleições para presidente de 2018 contra o PT. Já Serra, embora não tenha se posicionado publicamente, estaria articulando assumir como ministro na Fazenda num eventual governo Temer. As lideranças do PSDB na Câmara e no Senado, o deputado Carlos Sampaio e o senador Cássio Cunha Lima, têm se manifestado abertamente pela saída da presidente. Ambos são alinhados com Aécio. “Amigos, dia 16 de agosto, vamos voltar às ruas de todo o país não mais para protestar e exigir

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Nova fase da Lava Jato envolvendo Planejamento identifica propina pelo menos até julho

A 18ª fase da operação Lava Jato, deflagrada nesta quinta-feira e envolvendo contratos junto ao Ministério do Planejamento, identificou repasses de dinheiro para pagamento de propina pelo menos até julho deste ano, disseram representantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Segundo a PF, a operação batizada de Pixuleco 2 descobriu repasses envolvendo um ex-secretário do Ministério do Planejamento. A nova fase abrange um mandado de prisão temporária e 10 mandados de busca e apreensão em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba e está ligada a um operador identificado na fase anterior da operação. O operador seria o advogado e ex-vereador do PT Alexandre Romano, preso na operação. Romano foi apontado como operador de repasses envolvendo a empresa de software Consist, antes do lobista Milton Pascowitch, que acertou no começo de julho delação premiada.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Cada vez mais parece haver um desafio às instituições, às autoridades do país, se a gente falou de uma determinada fase em que alguns operadores chegaram a atuar alguns meses depois da operação Lava Jato, algumas empreiteiras realizaram pagamentos depois da prisão de alguns empreiteiros, estamos falando de um esquema que pagou até o mês passado”, disse o delegado Igor Romário de Paula, em entrevista coletiva. Segundo a PF, Romano seria “responsável por arrecadar valores relacionados a vantagens ilícitas que superam 50 milhões (de reais), obtidas a partir de contrato no âmbito de crédito consignado junto ao Ministério do Planejamento”. Segundo o procurador Roberto Henrique Pozzobon, os investigadores chegaram até esse esquema após as oitivas realizadas com os gestores da Consist na fase anterior da operação –-a que prendeu o ex-ministro José Dirceu. O delegado Igor Romário de Paula disse que “a principal questão é que o direcionamento da investigação vai a partir dos fatos que vão se apresentando”. “A fase de hoje foi deflagrada com uma grande quantidade de material probatório já identificado e, com certeza, nas buscas muitos outros elementos vão ser alcançados”, acrescentou, dizendo também que a questão da atuação do Ministério do Planejamento ainda está em investigação. O ministério informou no início da manhã, por meio de sua assessoria, que não havia sido notificado da operação e, por isso, ainda não iria comentar a mesma. A Consist, ainda segundo os investigadores, repassava 40% do valor que recebia do negócio a empresas indicadas por Romano e por Pascowitch. A operação Lava Jato investiga um esquema de corrupção principalmente na Petrobras, envolvendo também outras empresas estatais e privadas, políticos e partidos. Já foram presos ex-executivos da petroleira, executivos das maiores empreiteiras do país e políticos. Luciana Otoni, em Brasília, e Maria Pia Palermo/Reuters

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Cunha não é alvo da Justiça Federal e delação foi feita primeiro à PGR, diz Moro

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações penais da Operação Lava Jato, informou hoje (3) ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não é investigado pela Justiça Federal em Curitiba. Moro enviou as informações ao STF após solicitação do ministro Ricardo Lewandowski, presidente da Corte. O pedido foi motivado por uma ação da defesa de Cunha, que pretende suspender a ação penal em que ele foi citado por Júlio Camargo, um dos delatores do esquema de corrupção. Os advogados pediram a suspensão do processo por entenderem que cabe ao Supremo presidir o inquérito, em razão da citação do presidente da Câmara, que tem prerrogativa de foro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O juiz esclareceu que, apesar de Cunha ter sido citado no depoimento do delator, ele não é investigado na Justiça Federal. De acordo com Sérgio Moro, a Justiça não pode silenciar ou orientar o que testemunhas devem falar ao juízo. “O foro por prerrogativa de função apenas outorga ao seu detentor o direito de ser processado perante a Corte própria, privilégio este garantido ao reclamante no presente caso, já que o deputado federal Eduardo Cunha está sendo investigado pelos supostos crimes cometidos perante o Supremo Tribunal Federal no aludido Inquérito 3983”, explicou Moro. Segundo o juiz, os detalhes sobre o suposto envolvimento de Cunha já foram relatados à Procuradoria-Geral da República (PGR), órgão que atua no Supremo. “Agregue-se que este Juízo evitou colher, no depoimento judicial, maiores detalhes sobre o suposto envolvimento do deputado federal Eduardo Cunha, exatamente porque o depoente Júlio Camargo declarou que já havia prestado tais informações ao Supremo Tribunal Federal e porque quis evitar possível prejuízo às investigações em andamento”, acrescentou Moro. Na semana passada, Camargo, ex-consultor da empresa Toyo Setal, afirmou ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, que Eduardo Cunha pediu US$ 5 milhões de propina para que um contrato de navios-sonda da Petrobras fosse viabilizado. Durante o depoimento, Camargo comprometeu-se a falar a verdade por ter assinado acordo de delação premiada. Após a divulgação do depoimento, Cunha voltou a negar que tenha recebido propina de Júlio Camargo. “Qualquer coisa que seja a versão é mentira. É mais um fato falso, até porque esse delator [Camargo], se ele está mentindo, desmentindo o que delatou, por si só ele já perde o direito à delação”, esclareceu à época o presidente da Câmara. Com informações da Agência Brasil

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Lava-Jato: Procurador Rodrigo Janot recebe apoio massivo para seguir na Lava Jato

Aconteceu o que era esperado entre os membros do Ministério Público Federal. O atual procurador-geral da República, Rodrigo Janot, condutor das investigações da operação Lava Jato sobre políticos com cargos públicos, foi o mais votado entre os quatro procuradores que se candidataram para o cargo que ele ocupa. Agora, ele encabeça a lista tríplice que será enviada à Presidência da República para definir quem será o novo procurador-geral a partir de setembro, quando acaba o atual mandato dele. A tendência é que ele seja reconduzido à função, mas primeiro ele terá de passar por um teste: ser chancelado pelo Senado, onde está uma dezena de parlamentares alvo do escândalo de corrupção. Janot teve uma vitória folgada, com o apoio de 799 dos 983 votantes na eleição promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), em que cada procurador poderia escolher até três nomes para compor a lista tríplice. Farão parte da lista ainda os procuradores Mario Bonsaglia (462 votos) e Raquel Dodge (402 votos). Quem ficou de fora foi Carlos Frederico Santos, que teve 217 votos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como teve votos de 81% dos eleitores, o atual procurador sai ainda mais fortalecido e demonstra um forte apoio da classe à operação Lava Jato, que descobriu um esquema de desvio bilionário da Petrobras e em empresas do setor elétrico. Assim que o escândalo estourou, há pouco mais de um ano, Janot montou duas equipes de especialistas para dar suporte à investigação coordenada pela Procuradoria da República no Paraná. Em primeira instância, são nove procuradores que investigam mais de 70 pessoas entre ex-deputados, ex-ministros, lobistas, doleiros, ex-diretores da Petrobras e da Eletronuclear, além dos principais empreiteiros do país. Já em Brasília, há outros sete procuradores, além do próprio Janot, responsáveis por investigar o núcleo político, que envolve parlamentares, governadores e outras autoridades com foro privilegiado. Neste caso, eles atuam nos processos que estão sendo abertos no Supremo Tribunal Federal (STF). Ente os investigados nessa instância estão o senador e ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) e os presidentes da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Desde março, quando denunciou formalmente ao Supremo Tribunal Federal dezenas de políticos acusados de participação no escândalo, Janot dividiu os holofotes da Lava Jato com a força-tarefa de procuradores do Paraná e o juiz Sergio Moro – o responsável por mandar para a cadeia donos de empreiteiras como Odebrecht, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez e, mais recentemente, o ex-ministro José Dirceu. A Lista de Janot, a relação de 49 políticos de seis partidos implicados no escândalo, marca um ineditismo: foi a primeira vez em que tantas autoridades com foro privilegiado se tornaram alvo de uma mesma apuração, vencendo o marco anterior, o mensalão, julgado em 2012. Por apontar sua mira para importantes nomes da política nacional, Janot ganhou uma série de “inimigos”. Os principais deles são Collor e Cunha. O primeiro, que já teve bens apreendidos e é suspeito de ter recebido 26 milhões de reais em propinas, pediu uma investigação contra Janot para que ele fosse destituído da função. O segundo chama de “querela pessoal” as acusações contra ele —entre elas, a de ter recebido ao menos 5 milhões de reais em pagamentos ilícitos. Teste de fogo no Senado Janot espera agora a decisão de Rousseff, que é quem indica o procurador-geral ao Senado. Nos Governos petistas, praxe tem sido escolher o mais votado e, conforme lideranças governistas, é isso o que deve ocorrer até setembro. “Se até reitores são escolhidos os mais votados, qual seria a lógica do procurador-geral ser diferente”, disse o líder do Governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). O principal problema para Janot é que parte de seus investigados o esperam no Senado e preparam um limbo jurídico para constrangê-lo. A estratégia é protelar o máximo possível a votação da indicação de Dilma Rousseff. Assim, a Procuradoria-Geral da República ficaria sob o comando do vice-presidente do Conselho Superior do Ministério Público, Eitel Santiago Pereira. Para membros do MPF, porém, esse castigo não teria efeito imediato, já que a estrutura montada para assessorar as apurações da Lava Jato seria mantida, independentemente de quem estiver no comando da instituição. Caso ocorra algo improvável e a presidenta indique um dos outros dois nomes da lista tríplice, a Procuradoria Geral da República ficaria entre um ativo procurador que já comprou briga com a PF pelo direito de investigar, Mario Bonsaglia, e uma que ficou marcada pela operação que terminou com um governador do Distrito Federal cassado, Raquel Dodge. Fonte:El País

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Irmão de Dirceu diz que ele recebeu de empreiteiras doações, não propinas

Comunicado às empreiteiras. Gostaria de comunicar aos dadivosos senhores donos de empreiteiras – todas que, por mera coincidência, preferencialmente estejam envolvidas na Lava-Jato – que eu também passo por necessidades. Preciso trocar meu modesto Ford K 2008, por uma Land Roover Evoque, bem como preciso desestressar por uns seis meses em SPAs em Ibiza, na Espanha, e no Lago de Como, na Itália. Também preciso comprar um duplex de cobertura na Av. Beira Mar para instalar meu ateliê de pintura. Estou carecendo dessas doações. Se algum empreiteiro quiser me fazer doações estou aceitando de bom grado. De preferência em Euro! Ps. 1 – Também não sou “dinheirista”. Ps. 2 – Caso queiram fazer a doação, passarei o número da minha conta bancária por email. Ps. 3 – Doações, dentro de princípios legais, serão bem vindas. Obrigado! Ps. 4 – Cards Welcome José Mesquita Irmão de José Dirceu, Luiz Eduardo de Oliveira e Silva prestou depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (6). Disse que, depois que foi condenado e preso no caso do mensalão, Dirceu recebeu de empreiteiras envolvidas na Lava Jato “doações”, não propinas. Luiz Eduardo Oliveira e Silva (centro), irmão do ex-ministro José Dirceu, detido na operação Lava Jato, chega ao IML de Curitiba (PR) para realizar exame de corpo de delito. Luiz Eduardo é sócio de Dirceu na empresa JD Consultoria, investigada por suposto recebimento de propina em contratos da Petrobras Leia mais Paulo Lisboa/Brazil Photo Press/Estadão Conteúdo Roberto Podval, advogado do ex-chefão da Casa Civil de Lula, explicou que seu cliente “passava por necessidades”. Não é um personagem “dinheirista”, mas precisa sobreviver. De acordo com os dados colecionados pela força-tarefa da Lava Jato, a consultoria de Dirceu amealhou entre 2009 e 2014 R$ 29,3 milhões. Desse total, pelo menos R$ 8,6 milhões vieram de empreiteiras fisgadas na Lava Jato. Empresas como a OAS e a UTC continuaram borrifando verbas na caixa registradora do escritório de Dirceu mesmo depois que ele foi condenado e preso, em novembro de 2013.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O inusitado chamou a atenção dos investigadores e do juiz da Lava jato, Sérgio Moro. Na ordem de prisão que expediu contra Dirceu, o magistrado anotou: “…Não é crível que José Dirceu, condenado por corrupção pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, fosse procurado para prestar serviços de consultoria e intermediação de negócios após 17/12/2012 e inclusive após a sua prisão.” Moro acrescentou: “Em realidade, parece pouco crível que [Dirceu] fosse procurado até mesmo antes, pelo menos a partir do início do julgamento da Ação Penal 470 pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em meados de 2012. Para Moro, esse tipo de pagamento indica que o objetivo não era o de remunerar uma consultoria ou a intermediação de negócios reais. Buscavam-se “acertos de propinas pendentes por contratos das empreiteiras com a Petrobrás, como admitiu, expressamente, Milton Pascowitch em relação aos contratos da Engevix”, anotou o juiz, referindo-se a um dos delatores cujos depoimentos devolveram Dirceu à prisão. O doutor Podval, que acompanhou o depoimento do irmão de Dirceu, disse que a JD Consultoria teve os contratos rescindidos depois da prisão de Dirceu. Nessa versão, o irmão Luiz Eduardo não tinha dinheiro “nem para fechar” o escritório. O advogado repisou: “Ele não pediu propina, ele pediu ajuda. Ele estava em uma situação financeira ruim e pediu ajuda para pessoas com quem já tinha trabalhado. Por isso que houve recebimento quando o Zé [Dirceu] não trabalhava.” Para Podval, Dirceu e o irmão não fizeram nada ilegal. Ele diz que, excetuando-se os casos em que o dinheiro entrou na forma de “doação”, a JD prestou serviços efetivos de consultoria. Vale a pena ouvir o advogado: “Vocês podem fazer a crítica que quiser, mas o Zé não é dinheirista. Você vê um delator devolvendo R$ 249 milhões, e o Zé está com o irmão pedindo dinheiro para sobreviver. Aí ele é o chefe da quadrilha? Essa é a coisa mais estúpida que eu já ouvi. Se o chefe da quadrilha precisa pedir dinheiro e o subalterno está devolvendo R$ 249 milhões, esse mundo está maluco.” Dirceu deve ser inquirido pelos federais na semana que vem. A hipótese de tornar-se um delator, disse Podval, é nula. Ele “morre na cadeia antes de fazer uma delação premiada”. O doutor enalteceu seu cliente: “É só conhecer o Zé. Ele não é um homem que busca enriquecer, ele não é um homem que admite, por sua estrutura e história, fazer uma delação.” Graças à linha de defesa adotada pelo irmão de Dirceu, o Brasil ficou sabendo da existência de um ser fantástico, jamais visto: o empreiteiro generoso. Uma alma benemérita. Do tipo que doa dinheiro para presidiário. Por pura e casta benemerência. Blog Josias de Souza

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Operação Lava Jato, uma investigação grande demais para ‘acabar em pizza’?

O banqueiro Daniel Dantas foi preso no dia 8 de julho de 2008. No dia seguinte, pouco mais de 24 horas depois, Dantas era solto graças à concessão de um habeas corpus relâmpago. Era o início da conturbada e estridente Operação Satiagraha, deflagrada pela Polícia Federal para investigar crimes financeiros e lavagem de dinheiro, e anulada quatro anos depois, sob a alegação de que contou com a participação não autorizada de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). O mesmo destino coube a operações de tamanho e impacto semelhantes, como Castelo de Areia, Chacal, Banestado e Boi Barrica, todas relacionadas a crimes de colarinho branco e todas anuladas após anos de investigação, num histórico que assombra a Operação Lava Jato. Não há garantias de que a Lava Jato venha a ter um destino diferente dessas outras operações, mas o grande trunfo da investigação que levou os maiores empreiteiros do país para a cadeia pode estar exatamente no seu tamanho monumental. Com pouco mais de um ano de existência, a Lava Jato já recuperou 570 milhões de reais, abriu 20 ações criminais contra 103 pessoas e baseou tanto a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre a Petrobras quanto a de uma apuração sobre os recursos da campanha de reeleição da presidenta Dilma Rousseff no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Pela amplitude, a operação teria se tornado “too big to fail”, ou grande demais para ser anulada. Como voltar atrás após tantos executivos assumirem culpa no cartório? Mas não falta vontade aos advogados de defesa que atuam no caso de tentar derrubar toda a Lava Jato. Criminalistas como Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que defende três senadores no caso, enxergam abusos nas prisões preventivas decretadas pelo juiz Sergio Moro e na forma como foram negociadas as delações premiadas de 19 dos acusados até agora. Doutora em Direito Penal pela Universidade de São Paulo (USP), Marina Coelho Araújo explica que, por ser tão grande, a Lava Jato disseminou vários processos, que podem tomar rumos diferentes, mas acredita que “alguma coisa vai ser anulada”. A advogada criminalista, que atuou em casos como o da Operação Satiagraha, lembra que, na época da investigação sobre o dono do grupo Opportunity, também se imaginava que o caso era grande demais para ser anulado. Sobre a Lava Jato, ela acredita que “os procuradores não tomaram todos os cuidados para evitar a anulação” e que o futuro da operação vai depender da interpretação das cortes superiores sobre a forma como o dispositivo da delação foi utilizado. “Entendo que existem algumas questões graves, mesmo de procedimentos menores. E o caso do Banco Santos, por exemplo, foi anulado por causa da audiência de interrogatório. Uma coisa pequena. A anulação não vem só de coisas muito grandes. Não seguiu a lei, tem de anular”, comenta. Em maio deste ano, a Justiça anulou a condenação a 21 anos de prisão imposta em 2006 ao ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira, do Banco Santos, pelos crimes de gestão fraudulenta de instituição financeira e lavagem de dinheiro, entre outros. “O maior escândalo de corrupção da história sangra os cofres da maior empresa estatal do país e põe à prova novamente a eficácia de um sistema processual penal de uma duvidosa eficácia e crônica benevolência com crimes econômicos que envergonham o país.” Trecho da dissertação de mestrado de Diogo Castor de Mattos, procurador da Lava Jato O ministro Marco Aurélio Mello é um dos juízes do Supremo Tribunal Federal (STF) que mais tem comentado o caso, e nem sempre de maneira abonadora. Em uma de suas últimas declarações sobre a Lava Jato, dada ao jornal Valor Econômico, Mello descartou a anulação da operação como um todo, mas criticou a colocação de escutas clandestinas na cela do doleiro Alberto Youssef na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba. O ministro lamentou a ” discrepância” que “coloca em xeque” um “trabalho que vem sendo feito com tanta seriedade”, acrescentando que “é possível separar a parte comprometida, se houver”. Política Membro da força-tarefa da Operação Lava Jato, o procurador Diogo Castor de Mattos evita comentar diretamente a investigação, mas lança até o final do ano um livro que joga luz sobre os caminhos que a Justiça brasileira tem percorrido para levar à anulação todas as grandes operações contra crimes de colarinho branco. Para ele, as decisões que levam à nulidade são essencialmente políticas. Assegurando que os investigadores da Lava Jato procuram “trabalhar sempre na legalidade”, Mattos disse ao EL PAÍS que não acredita que os responsáveis por operações como Satiagraha ou Castelo de Areia foram menos cuidadosos. Em sua dissertação A seletividade penal na utilização abusiva do habeas corpus dos crimes de colarinho branco, defendida em fevereiro na Universidade Estadual do Norte do Paraná, o procurador constata que “pela via do habeas corpus, há decretação da nulidade de provas de diversas ações penais envolvendo pessoas abastadas economicamente, autores de crimes do colarinho branco”. Segundo Mattos, “o objetivo nodal da pesquisa é demonstrar que essa utilização abusiva do habeas corpus vem reforçando o caráter seletivo do direito penal nos crimes cometidos pela elite econômica”. Em seu trabalho, o procurador lembra que “até o início do julgamento da AP [Ação Penal] n°470, também conhecido como ‘Mensalão’, a Corte Suprema do país registrava apenas quatro condenações criminais, nenhuma com trânsito em julgado, e onze absolvições”, e analisa: “Certamente, o notório assoberbamento do STF, como também a benevolência dos julgadores com as teses da defesa, admitindo a análise de inúmeros recursos manifestamente protelatórios de uma decisão que deveria ser irrecorrível, demonstra um sistema pouco eficiente”. Para embasar sua análise, Mattos destaca que, no caso da Satiagraha, crimes financeiros e lavagem de dinheiro, foram anuladas “todas as provas da operação, independentemente daquelas em que não houve a ‘suposta’ participação dos agentes de inteligência [ABIN]”. Já a Operação Castelo de Areia, que investigava subornos a agentes públicos para fraudar licitações, foi anulada por seu inquérito se basear em denúncia anônima. O procurador aponta uma incoerência, pois

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Prisão de Dirceu alimenta ofensiva contra PT e complica mês de Dilma

A prisão do ex-ministro chefe da Casa Civil José Dirceu (PT) sob a acusação de liderar o esquema de corrupção na Petrobras não foi uma surpresa. Seu nome ronda a Operação Lava Jato desde o início das investigações e seu advogado de defesa, Roberto Podval, esperava que ele fosse preso desde abril. Mas a detenção do homem-forte do Governo Lula na volta do recesso parlamentar provoca um fato político que esquenta a ofensiva da oposição para fazer o PT sangrar durante um mês que já prometia ser nebuloso. Na superfície, o acontecimento não causa consequências práticas ao Planalto: Dirceu já não integra o Governo há uma década, e nem a presidenta Dilma Rousseff nem o ex-presidente Lula estão oficialmente na mira do juiz Sérgio Moro. Operação recuperou 570 milhões de reais, mas desafia histórico de anulação na Justiça Sérgio Moro: “Quanto maior o poder, maior a responsabilidade” Eduardo Cunha cobrou propina de 5 milhões de dólares, diz delator da Lava Jato Mas na política, muitas vezes, a prática é o de menos. O ex-ministro é um dos nomes mais emblemáticos do PT e seu envolvimento em mais um escândalo (já fora condenado e preso pelo mensalão) é a munição que a oposição – e, em especial, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB) – esperavam para retomar as articulações pela abertura de um processo pelo impeachment presidencial e para inflar parte da sociedade civil que, descontente com o Governo, pretende ir às ruas novamente no dia 16, com o apoio do PSDB.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A prisão de José Dirceu é a faísca. Quem de fato é o alvo agora? Para o Eduardo Cunha e para a ala aecista [ligada ao senador Aécio Neves] do PSDB, o alvo é a Dilma. Para a maior parte da oposição, o alvo é o Lula, que é um nome forte para 2018 e que só agora começa a desmanchar. [A prisão de Dirceu] É um fato político que marca o início de uma ofensiva mais forte sobre o Lula”, avalia o sociólogo e cientista político Rudá Ricci. O desdobramento disso, porém, também depende de mais um capítulo da Lava Jato: há a expectativa em Brasília de que Cunha seja denunciado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nas próximas semanas e, se isso realmente acontecer, seria uma nova reviravolta no cenário, com o enfraquecimento do peemedebista. Outra infeliz coincidência para o partido governista é a prisão coincidir com a semana em que estreia seu programa institucional em rádio e TV, o que acaba por ofuscar os esforços do partido em recuperar sua imagem e mobilizar sua militância em torno da defesa do Governo Dilma. As acusações do juiz Sergio Moro, da Lava Jato, não só usam adjetivos fortes contra Dirceu como ligam o escândalo atual ao Governo Lula e ao mensalão, a maior crise do partido até então. Em nota, o PT foi sucinto e nem citou o nome de Dirceu. A sigla negou que “as acusações de que teria realizado operações financeiras ilegais ou participado de qualquer esquema de corrupção”. Sem mencionar o ex-ministro nem se aprofundar no tema, o texto diz apenas que “todas as doações feitas ao PT ocorreram estritamente dentro da legalidade, por intermédio de transferências bancárias, e foram posteriormente declaradas à Justiça Eleitoral”. A defesa pública de Dirceu, um dos maiores nomes da história do PT, também foi tímida. Pela manhã, apenas o líder do PT na Câmara, Sibá Machado (AC), apareceu para dizer que a prisão dele foi “abuso de poder” da Polícia Federal. Blindagem do Governo No Governo, a determinação clara foi fazer contenção de danos e blindar Dilma Rousseff, o que começou a ser posto em prática nas declarações dos ministros que participaram da reunião semanal de coordenação política com a presidenta na manhã desta segunda. “[A prisão de Dirceu] é uma questão de investigação. Todos nós confiamos na presidenta Dilma e em nenhum momento passa por nós nenhuma expectativa que se aproxime dela e de seu Governo”, disse o ministro das Cidades, Gilberto Kassab. Coube ao petista Jacques Wagner, da Defesa, tentar separar a crise política da economia, sob ameaça das agências de análise de riscos, que sinalizam que podem retirar a recomendação para investimento no Brasil. “Precisamos ter dois canais paralelos: as investigações seguem e o país também segue com suas empresas funcionando e com a economia funcionando. O ambiente é que a gente tem que tentar melhorar para estimular investidores e a própria economia a crescer”, disse Wagner. Há uma semana, o próprio Planalto estimou que a Lava Jato já provocou um impacto negativo de 1% do Produto Interno Bruto (PIB). A tarefa de evitar que o escândalo respingue na Presidência não é das mais simples. Uma das principais especulações é que Dirceu estaria ressentido por não ter sido defendido publicamente por Lula no auge do caso do mensalão. Segundo reportagem do jornal O Estado de S.Paulo, de junho, o ex-ministro atribuiu à omissão de Lula e Dilma o fato de o PT ter ganhado a pecha de corrupto e disse que estão todos, agora, “no mesmo saco”. Entre os políticos da base de Rousseff em Brasília, o temor é que algum dos outros presos ligados a Dirceu faça um acordo de colaboração com a Justiça e resolva contar como funcionava o suposto esquema dentro da JD Consultoria e Assessoria, a empresa criada por Dirceu que movimentou quase 40 milhões de reais entre 2006 e 2013. Entre seus clientes estavam empreiteiras investigadas pela Lava Jato. Além do ex-ministro, foram detidos o irmão dele, Luiz Eduardo Oliveira e Silva, sócio na JD, e um ex-assessor chamado Roberto Marques. O cientista político Rudá Ricci, porém, avalia que as chances de que Dirceu revele outros nomes supostamente conectados ao esquema são ínfimas.

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Requião: o grande capital não quer derrubar a Dilma

O senador Roberto Requião (PMDB-PR) participou nessa segunda-feira 02/08, em São Paulo, no Instituto Barão de Itararé, do lançamento do livro “Cultura do silencia e democracia no Brasil – ensaios em defesa da liberdade de expressão (1980-2015)”, do professor Venício A. de Lima.   PT votou a urgência urgentíssima para vender o pré-sal à Chevron!​ Requião tinha acabado de denunciar o caráter pigal da prisão do prisioneiro José Dirceu, que acabou devidamente transferido para o jornal nacional. Diante de uma plateia de blogueiros sujíssimos e do professor Fábio Konder Comparato, Requião soltou o verbo com desenvoltura que não se vê num petista (no Senado ou fora dele). Alguns trechos do pronunciamento de Requião (a transcrição não é literal): – Eu acreditava que o Lula era um intelectual orgânico. Mas descobri que não é. Ele foi um representante dos sindicatos para intermediar os interesses do povo com o grande capital. – Um dia eu contei para o Lula como tratei a Comunicação no Paraná. Cortei todas as verbas de publicidade. Investi na tevê estatal, a TV Educativa, e fiz um acordo com Hugo Chávez para distribuir o sinal pela Telesur.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] – Lula ouviu, pareceu muito interessado, e me disse: vai ali e diga ao Dirceu. – Dirceu ouviu e disse, mas, Requião, o Governo já tem uma tevê: é a Globo. – Eles achavam que com o velho esquema do FHC, das verbas publicitárias do Governo, eles iam conquistar a Globo. – Essa mídia técnica do Lula (e da Dilma – PHA) só favorece os grandes grupos de mídia ! – Através do Fernando Henrique (que entende muito de corrupção na China e da compra de reeleição – PHA) a banca já disse que a Dilma é honrada e séria. – E é ! – O capital financeiro quer é operar os espaços para seu projeto – não quer derrubar a Dilma. – Quer é espaço para o Cerra entregar o pré-sal. – Como é que a Petrobras não tem competência para explorar o pré-sal ? Aquilo ali em cada dez furos você acha petróleo em dez ! – O projeto do Cerra de entregar o pré-sal à Chevron, como está no WikiLeaks, só não passou no Senado porque eu, o PCdoB e o Lindberg Farias  instalamos no Senado um clima de terror ! – E o líder do PT Senado, o Delcídio Amaral, o Delcídio !, assinou o projeto de urgência urgentíssima para votar e aprovar o Cerra, para vender o pré-sal à Chevron ! – O líder do Governo assinou ! E muitos petistas se recusaram a assinar um documento para derrubar a urgência urgentíssima do Delcídio ! – Eles entregaram a Petrobras a homens do mercado. Que vão fazer com a Petrobras o que São Paulo fez com a Sabesp e o Jaime Lerner (e o Daniel Dantas) fez com a Sanepar. – Diminuir os investimentos, e entregar ! – A Petrobras está sendo administrada com a lógica do mercado. – E o Levy proibiu o BNDES de emprestar dinheiro à Petrobras ! – Essas empresas da Lava Jato … o Governo deveria estatizar elas todas. Prende os corruptos e deixa as empresas de pé ! – Eu também sou a favor da estatização completa da Petrobras. – O grande capital não quer a ruptura com a Dilma. Eles querem fazer ela sangrar ! – E nós não podemos defender os erros da Dilma. Ajuste ? Sim, era necessário. Mas, isso aí é arrocho e arrocho, não ! – O jogo do grande capital não é prender o Lula nem derrubar a Dilma. E eu ponho a minha mão no fogo por ela. – A base de apoio ao Eduardo Cunha é supra-partidária. E ele só foi eleito por culpa do PT, que resolveu adotar uma posição fisiológica, hegemônica. – Governo de coalizão ? Sem essa ! Não vou defender o PMDB, mas o que está aí não é culpa de coalizão nenhuma. – A coalizão do Governo é com o grande capital ! – O Fernando Henrique vendeu o Bamerindus ao HSBC por R$ 1. E o Bradesco comprou o Bamerindus por US$ 5 bilhões ! – Quer melhor que isso ? – A coalizão não escolheu o Levy ! Quem escolheu foi ela ! – O que ganhou a eleição foi o discurso da Dilma contra o que o Aécio ia fazer. E ela chega lá e faz o que o Aécio ia fazer ! – O objetivo não pode ser derrubar a Dilma. – Mas mudar a política da Dilma. – O Ibope dela está em 7,16% ! – Precisa explicar mais ? – A tese que unifica os brasileiros progressistas hoje é a defesa da Petrobras, o nacionalismo ! – Quem quer quebrar a Petrobras hoje é seu novo Conselho de Administração. – Que quer administrar a Petrobras como se fosse uma empresa privada ! – O Serra tem cobertura do Levy e do Governo – senão, o Delcídio não votava com ele ! – Eu quero o monopólio absoluto da Petrobras !

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Pedro Simon: ‘É impressionante que Dirceu, mesmo processado, tenha continuado’

Ex-senador teme que aconteça no setor elétrico o que ocorreu na Petrobras: ‘será um Deus nos acuda’. O ex-senador Pedro Simon em entrevista por telefone ao Jornal do Brasil, comentou a nova prisão de José Dirceu na manhã desta segunda-feira em Brasília, na 17ª fase da Lava Jato. O petista é suspeito de ter idealizado o esquema de corrupção na Petrobras, além de recebimento de propina da estatal para sua empresa de consultoria. “É um momento muito importante. Nós sabemos que o José Dirceu já está caminhando para ser reincidente”, disse o ex-senador pelo PMDB. “Ele já é réu e se for condenado novamente, não tem dedução de pena, não tem absolutamente nada. O que me surpreende são as perspectivas, não sei se verdadeiras ou não, de que alguns desses fatos que estão sendo apurados agora já são de depois do mensalão, numa hora em que José Dirceu já estava respondendo a um processo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É impressionante. Dá uma angústia ver que Dirceu mesmo sendo processado, num processo caro onde era considerado a figura principal, tenha continuado”, afirmou Simon. Simon prevê momentos turbulentos na política nacional: “Este processo está indo por um caminho muito delicado. E se repetir agora na energia elétrica o que aconteceu com a Petrobras, vai ser um ‘Deus nos acuda’. Realmente é uma situação que fica, eu diria, quase que insustentável”. O ex-senador defendeu o trabalho que vem sendo conduzido pelo juiz Sérgio Moro: “Hoje está provado que esse juiz Moro não só é muito competente, e muito sério, mas está agindo com uma extraordinária capacidade. Ele está seguindo no ritmo como deve ser feito, respeitando o Supremo. Isso é muito bom. Não está havendo um confronto dele com o Supremo, Pelo contrário. Ele está indo e as coisas que ele está fazendo estão sendo confirmadas no Supremo”. Para Simon, o Brasil está vivendo um momento histórico e inédito: “Eu acho que uma coisa muito importante nessa hora do Brasil é que as coisas vêm funcionando no sentido da apuração e é algo que nunca aconteceu na história do Brasil”.

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