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Olka Korbut: campeã vende medalhas olimpicas para sobreviver

Estrela das Olimpíadas de Munique em 1972, Olga Korbut vende medalhas olímpicas devido a dificuldades financeiras Olga Korbut, nas Olimpíadas de Munique, em 1972, conquistou três medalhas de ouro e uma de prata. Ex-ginasta da União Soviética vendeu medalhas e outros prêmios por US$ 333.500 em um leilão nos EUA; conhecida como ‘o pássaro de Minsk’, atleta conquistou três medalhas de ouro e uma de prata em Munique.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Olga Korbut, campeã olímpica em ginástica nas Olimpíadas de Munique de 1972, leiloou suas medalhas e troféus, além de outros prêmios, por 333.500 dólares, segundo informações da casa de leilões Heritage Auctions. Duas medalhas de ouro e uma de prata fazem parte dos 32 lotes vendidos pela ex-ginasta bielorrussa, que, aos 61 anos, vive no Arizona, nos Estados Unidos, desde 1991. Segundo Korbut, a terceira medalha de ouro conquistada em Munique havia sido roubada anteriormente. Outros itens vendidos incluem roupas de competições, o prêmio de Personalidade Esportiva do Ano oferecido pela BBC, e outras medalhas de campeonatos soviéticos e mundiais. O item mais caro foi a medalha de ouro por equipe, que arrecadou US$ 66 mil, seguido pelo ouro no solo, vendido por US$ 52,8 mil. Embora Korbut não tenha comentado sobre os motivos para leiloar os prêmios, segundo o meio de comunicação russo Gazeta.ru, a atleta estava “praticamente na miséria” nos últimos anos. A reportagem ainda destaca outros problemas da ex-ginasta em 2002, quando foi detida acusada de roubar um mercado. Seu filho, Richard Bortkevich, também foi preso em 2002 sob acusões de falsificação de dinheiro. Reprodução/Heritage Auctions Conhecida como “o pássaro de Minsk”, Korbut conquistou nas Olimpíadas de Munique três medalhas de ouro – por equipe, na trave e no solo – e uma medalha de prata nas barras assimétricas, em que executou um movimento que ficou conhecido como “Salto Korbut”, atualmente proibido por razões de segurança. Carismática e espontânea, ajudou a desmantelar imagem de povo soviético frio e robotizado. Quatro anos depois, em Montreal, ganhou uma medalha de ouro e outra de prata. Aos 17 anos, Korbut também foi a primeira ginasta a executar um mortal de costas na trave, até então um movimento realizado apenas no solo. Olga Korbut se aposentou definitivamente em 1977, e se mudou em 1991 para os Estados Unidos, onde dá aulas de ginástica. Via OperaMundi

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NYT’ destaca ameaça de terrorismo na Rio 2016

Reportagem também fala da criminalidade em ascensão na cidade  O jornal norte-americano The New York Times traz na edição desta quinta-feira (4) uma matéria sobre a Olimpíada Rio 2016, que começa nesta sexta (5). O editorial analisa que os líderes locais e a sociedade brasileira estão mal preparados para uma ameaça de ataque terrorista como aqueles em Munique, em 1972, e Atlanta, em 1996. Eles não têm experiência com o problema e não têm recursos humanos e financeiros suficientes. Além disso, a estrutura da segurança pública no país é fraca.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A cooperação internacional está ajudando, mas o Brasil deve enfrentar o desafio e melhorar as suas instituições no futuro. O texto do New York Times lembra que no dia 21 de julho a Polícia Federal prendeu 12 suspeitos sob a acusação de tentativa de estabelecer conexões com o Estado islâmico. As prisões foram realizadas sob uma nova lei antiterrorismo que entrou em vigor este ano. Os suspeitos, que se chamavam “Defensores da Shariah”, têm sido ridicularizados na mídia social por falta de armas militares ou de formação, e por nem sequer saber um do outro, além da utilização de serviços de mensagens móveis como WhatsApp e Telegram. Mas homens com perfis semelhantes cometeram massacres em Nice e Munique. > > The New York Times No Game: The Olympics, Rio and Terror The New York Times afirma que homens presos no Brasil por suposta combinação de ameça terrorista tem perfis semelhantes aos que cometeram massacres em Nice e Munique Há uma razão histórica que torna difícil até mesmo discutir a questão do terrorismo no Brasil. Entre os anos 1964 e 1985 a ditadura usou a palavra “terroristas” para classificar grupos pacíficos que se opunham a ele. Desde então, sob o regime democrático, a liderança política tem evitado usar esta palavra. Os grupos fundamentalistas, como a Al Qaeda ou o Estado islâmico, estão longe de ser a realidade dos brasileiros, que há mais de um século convivem com uma grande comunidade árabe – de sete a dez milhões, incluindo o presidente interino, Michel Temer, um filho de imigrantes libaneses – próspera e bem integrada, comenta o The New York Times. Os brasileiros estão lidando não só com a inexperiência das autoridades com o terrorismo, mas também com a falta de recursos de segurança. O Rio de Janeiro está passando por um colapso financeiro; bombeiros, médicos, policiais e professores ficam sem receber seus salários. Às vezes, não há dinheiro para suprimentos básicos, como a gasolina para carros da polícia. O New York Times acrescenta que a atual crise política, incluindo o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, e a pior recessão econômica em 25 anos fez com que um maioria da população se colocasse contra ou indiferente aos Jogos Olímpicos – apenas 40 por cento dos brasileiros acreditam que tal evento seja bom para o país. O governo está focado no risco de lobos solitários, inspirado por grupos fundamentalistas, que pode se direcionar a delegações estrangeiras. Apesar da forte cooperação internacional, a polícia brasileira e os serviços de inteligência não têm agentes e especialistas com experiência sobre o modus operandi do Estado Islâmico, diz o The New York Times. Há também uma preocupação com a taxa de homicídios em ascensão no Rio de Janeiro. O governo informou 2.100 assassinatos de janeiro a maio deste ano, um aumento de 13 por cento sobre o mesmo período em 2015. A cidade é dominada pelo crime, com a circulação descontrolada de armas automáticas e policiais despreparados. A Força Nacional, que é encarregado de proteger instalações desportivas durante os Jogos Olímpicos, está sendo coagida pelos grupos paramilitares em áreas pobres, restringindo os movimentos dos oficiais e estabelecendo regras para o seu comportamento – por exemplo, proibindo-os de ir a bares nestes comunidades. Para a maioria dos brasileiros, crime todos os dias é uma ameaça muito mais iminente do que o terrorismo. Mas isso não faz a ameaça do terrorismo menos perigoso ou real, finaliza o The New York Times. JB

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Por dentro da estratégia do Estado Islâmico em redes sociais no Brasil

Uma adolescente brasileira pede dicas pelo Twitter para participar de um grupo ligado ao autodenominado “Estado Islâmico” (EI) no aplicativo de mensagens Telegram. A resposta chega horas depois, publicada em português por um perfil anônimo que escreve em árabe, turco e inglês: “Clique neste link e entre em nosso canal”. Perfil ligado ao EI no Twitter publica hashtags em português e chama atenção por uma enorme fotomontagem que mostra o Congresso Nacional, em Brasília, em chamas – Image copyrightTWITTER Assim, com poucos cliques, a jovem e uma rede invisível de brasileiros têm seu primeiro contato com grupos de propaganda extremista recém-criados em língua portuguesa. Nestes ambientes, encontram fotos, vídeos e textos religiosos publicados a cada 3h ou 4h – imagens de cadáveres e decapitações são frequentes, intercaladas a homenagens a “mártires” mortos em combate e a detalhes sobre territórios conquistados pelo grupo no Oriente Médio.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Aplicação de punição das chibatadas a um adúltero solteiro no acampamento de Yarmouk”, diz uma das postagens de um dos grupos do EI no Telegram, vista por 123 seguidores. O texto é seguido por um vídeo impublicável e fotos em alta resolução do rosto do homem espancado. Em 8 pontos: O que já se sabe sobre os suspeitos de planejar ataques no Brasil ‘Extremistas defendem seus egos, não lei islâmica’, diz líder muçulmano brasileiro Outras publicações registram detalhes da guerra pelo controle de territórios na Síria e no Iraque – tudo em português. “Pela graça de Allah, os Soldados do Califado conseguiram destruir dois veículos BMP e danificar um veículo Hummer, além de queimar dois quartéis das aglomerações do exército da milícia Rafidi, matando todos que estavam lá dentro.” Membros do EI divulgam vídeos, fotos e notícias em tempo real em grupos online em português – Image copyrightTELEGRAM Além dos grupos de propaganda, onde apenas os administradores podem fazer postagens, o Telegram também hospeda “salas de bate-papo” gerenciadas por membros do EI. É nestas últimas que articulações práticas sobre ataques seriam realizadas, segundo agências internacionais de inteligência que monitoram riscos de atos terroristas no Brasil. Na última quinta-feira, dez brasileiros supostamente simpatizantes do extremismo foram presos pela Polícia Federal, sob suspeita de planejar ataques na Olimpíada do Rio de Janeiro. Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, os detidos estavam distribuídos em 10 Estados e não se conheciam pessoalmente. Assim como os perfis mapeados pela reportagem, eles se comunicavam por redes sociais – e alguns teriam feito um juramento de lealdade ao EI. “Aparentemente, era uma célula absolutamente amadora, sem nenhum preparo”, disse o ministro em entrevista coletiva no fim da manhã de quinta-feira. De acordo com ele, a probabilidade de um ataque na Olimpíada é “mínima”. Essa investigação identificou apenas brasileiros envolvidos em supostas atividades preparatórias para ataques durante os Jogos. No Twitter e no Telegram, entretanto, a maioria dos conteúdos extremistas voltados ao Brasil é publicada por estrangeiros, que alimentam uma máquina de “notícias positivas” sobre o Estado Islâmico, 24 horas por dia, sete dias por semana. Do Twitter para o Telegram Imagens de confrontos divulgadas em alta resolução em grupo do EI em português no Telegram – Image copyrightTELEGRAM Entre todas as redes sociais pesquisadas pela reportagem – Facebook, Twitter, Instagram e Telegram -, a principal porta de entrada de brasileiros a páginas que exaltam o grupo extremista é o Twitter. Dezenas de perfis efêmeros, sem fotos, excluídos e recriados diariamente, exaltam atividades do Estado Islâmico e publicam links para notícias e informações recentes ligadas ao grupo. A forte estratégia midiática dos vídeos violentos divulgados internacionalmente pelo EI – muitos feitos com equipamento de última geração e efeitos especiais – também é notada, em menor escala, na atividade voltada ao público brasileiro. Um dos perfis no Twitter, que se baseia na Síria e publica seguidamente hashtags em português ligadas ao grupo, chama atenção por uma enorme fotomontagem que mostra o Congresso Nacional, em Brasília, em chamas. Para especialistas consultados pela BBC Brasil, o objetivo principal destes articuladores é popularizar o grupo entre pessoas que vivem longe do Oriente Médio e estimular os chamados lone wolves (em inglês, lobos solitários, ou pessoas que simpatizam com ideias do grupo, mas não fazem parte de sua estrutura formal) a entrarem em ação isoladamente em seus países. Um importante artigo publicado em março do ano passado ressalta a percepção sobre a importância do Twitter para os jihadistas. Em The ISIS Twitter Census(Censo do Estado Islâmico no Twitter, em tradução livre), pesquisadores do Brooking Institute mapearam 46 mil contas ligadas ao EI na rede social em 2014. Segundo os autores, três em cada quatro dos perfis usam o árabe como idioma principal; um em cada cinco preferem o inglês. A grande maioria das contas mapeadas pelo estudo estava hospedada no Iraque, na Síria e na Arábia Saudita. Houve poucos registros no Ocidente – três contas na França, uma no Reino Unido, uma na Bélgica e, um detalhe que passou despercebido na época, duas no Brasil. “O uso da rede social visa espalhar propaganda e recados para todo o mundo, além de pescar pessoas vulneráveis ao radicalismo”, diz o artigo, que destaca ser difícil identificar provas concretas de recrutamento pelo microblog. “O recrutamento não é evidente no Twitter. Ele acontece em ferramentas como Kik, WhatsApp e Skype, que são usadas de ‘um para um’. O que eles fazem publicamente no Twitter é pescar interessados.” No Brasil, segundo o governo e consultorias internacionais de inteligência, o Telegram se tornou um dos principais espaços para estas conversas “um a um”. Mas quem são os brasileiros que embarcam nestes bate-papos? Vulnerabilidade e aceitação Uso do Telegram se divide entre grupos de propaganda, onde apenas os administradores podem fazer postagens, e “salas de bate-papo”, onde articulações práticas sobre ataques seriam realizadas – Image copyrightTELEGRAM Os principais alvos de recrutadores de organizações extremistas costumam ser jovens e membros de setores mais vulneráveis da sociedade, explica o especialista Vladimir de Paula Brito, agente da Polícia Federal e pesquisador dothink tank Inasis (sigla em inglês para Associação Internacional para Estudos de Segurança

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Olimpíadas: Austrália exige reforço de segurança para Rio 2016

Após atleta australiana ser assaltada na cidade, país envia carta com exigências ao prefeito Eduardo Paes e diz que estuda levar segurança privada para os Jogos e impôr toque de recolher a seus esportistas. Kitty Chiller anuncia envio de carta a Paes e comitê organizador pedindo mais segurança Após uma atleta paralímpica da Austrália ter sido assaltada no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Australiano exigiu nesta terça-feira (21/06) que a cidade reforce imediatamente a segurança antes que algo mais grave aconteça. “Exigimos que o número das forças de segurança seja revisto e que elas sejam destacadas antecipadamente, especialmente perto das instalações de treinos e competições”, disse a chefe de missão da equipe olímpica australiana, Kitty Chiller. Os pedidos foram enviados em uma carta para o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e para o comitê organizador da Rio 2016.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A velejadora paralímpica australiana Liesl Tesch e a fisioterapeuta Sarah Ross foram assaltadas no domingo no Aterro do Flamengo, uma zona turística do Rio e local de treinamento de vários atletas. As duas foram abordadas por dois homens armados, que levaram suas bicicletas. Em entrevista a uma emissora de televisão australiana, Tesch disse que o assaltante apontou a arma em sua direção e a empurrou. A atleta chegou a cair no chão. “Foi absolutamente horrível. Nós estamos abaladas, mas fisicamente bem”, relatou. “Não foi um incidente isolado. Chegou o momento de tomar medidas para garantir a segurança a todos os membros de nossas equipes que forem ao Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos”, ressaltou Chiller. Além de Tesch, o velejador espanhol Fernando Echavarri foi assaltado na cidade por homens armados no mês passado e, no início de junho, a atleta de tiro brasileira Anna Paula Desborusses foi baleada na cabeça ao tentar fugir de um assalto. Medidas extras Após o incidente, o Comitê Olímpico Australiano decidiu ainda contratar empresas de segurança privadas e está cogitando ampliar a proibição imposta a atletas de visitar favelas para outras áreas da cidade e impor um toque de recolher. Chiller disse que os atletas foram orientados sobre como agir em casos de assalto. Entre as recomendações, está entregar os pertences e não reagir. “Se estamos levando 750 pessoas no nosso time, queremos que as 750 pessoas voltem a salvo e em segurança”, reforçou Chiller. Os organizadores dos Jogos Olímpico no Rio de Janeiro planejaram 85 mil policiais para patrulhar a cidade, o dobro do número usado em Londres no evento de 2012.

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Senado aprova sigilo para obras da copa e da olimpíada

Senado aprova sigilo para obras dos jogos Oposição fala em ‘indústria de vazamentos’ e promete recorrer ao STF a menos que o PGR entre com a Adin. Em meio à crise no Ministério dos Transportes, o plenário do Senado aprovou na noite de quarta-feira, 6, a Medida Provisória 527, que institui o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. Foi uma vitória do governo no Senado, num dia em que a bancada de seis senadores do PR perdeu o comando da pasta dos Transportes. A MP foi aprovada por 46 votos contra 18 contrários da oposição, e seguirá à sanção presidencial. A oposição prepara recurso ao STF – só não entrará com a ação se o procurador geral impetrar a Adin. O plenário aprovou o relatório do senador Inácio Arruda (PC do B-CE), que manteve o texto aprovado pela Câmara dos Deputados. Uma das principais mudanças feitas pelos deputados foi a garantia do acesso “permanente” de órgãos de controle (como Tribunal de Contas da União, Controladoria Geral da União e Ministério Público) aos orçamentos iniciais para as obras dos megaeventos esportivos. A proposta mantém o sigilo dos preços das obras durante a licitação para tentar evitar conluio entre os concorrentes, mas garante o acesso pleno aos órgãos de fiscalização. A MP também retirou a possibilidade de a Fifa e o COI (Comitê Olímpico Internacional) exigirem mudanças nos projetos de obras dos eventos esportivos sem limites para aumento do orçamento. Da tribuna, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) previu que, se entrarem em vigor, as normas propostas pela MP 527 “resultarão numa dor de cabeça para o governo”. “Vamos ter uma indústria dos vazamentos altamente remunerados, além da facilitação dos conluios”. O líder do PSDB, Álvaro Dias (PR), usou as denúncias de corrupção no Ministério dos Transportes como exemplo de práticas que podem ser incentivadas com a simplificação do regime de licitações para as obras da Copa e das Olimpíadas. “A MP abre portas e janelas para a corrupção desenfreada”, disse o tucano. As principais críticas da oposição miram a dispensa de projeto básico, a liberação dos aditivos contratuais e critérios subjetivos para escolha dos vencedores. A oposição anunciou que protocolará uma ação direta de inconstitucionalidade contra a MP no Supremo Tribunal Federal (STF). No STF. Dias e o colega Demóstenes Torres (GO), líder do DEM, afirmaram que só desistirão da ação no STF se o Ministério Público decidir impetrar a Adin. O presidente do DEM, senador José Agripino (RN), lembra que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, já anunciou que recorrerá ao STF. Andrea Jubé Vianna e Rosa Costa/Agência Estado

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Tecnologia da Informação, Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil

2011: um marco para o setor de TI Luiz A. Sette ¹/O Estado de S.Paulo O Brasil está vivendo uma euforia em quase todos os setores da economia e muito se tem falado nas áreas de consumo, petróleo e de infraestrutura, em razão do crescente mercado consumidor brasileiro, das descobertas do pré-sal e dos grandes investimentos que serão necessários para a realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016. Pouco se comenta, porém, sobre o setor de Tecnologia da Informação (TI) e quanto este será crucial no nosso desenvolvimento. O País é, hoje, o sexto maior mercado em vendas de computadores pessoais do mundo, tendo alcançado um total de quase 14 milhões de unidades vendidas somente em 2010, entre desktops e notebooks – estes representando mais da metade das vendas. Estima-se que, neste ano, o mercado brasileiro absorva mais de 15 milhões de novos computadores. Em apenas dois anos, projeta-se que o Brasil possa alcançar o terceiro lugar no ranking mundial de vendas de PCs, ficando atrás apenas da China e dos Estados Unidos. Vale notar que a China deverá alcançar, pela primeira vez na história, o topo das vendas ainda este ano, deixando em segundo lugar o país que democratizou o uso da tecnologia.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Este fenômeno não é recente. Desde o fim da famigerada reserva de mercado de informática, o consumidor brasileiro sempre mostrou um forte apetite para tecnologia. Com a popularização dos meios eletrônicos, o advento da internet e da comunicação móvel, o consumidor passou a fazer uso do PC em casa, no trabalho e na escola, transformando-o em instrumento essencial de acesso ao conhecimento. Essa transformação foi de extrema importância para o País, que passou a capacitar melhor sua classe média e a fomentar o desenvolvimento econômico sustentável e de qualidade. Vê-se essa mudança, por exemplo, com a criação de cursos de graduação virtuais; a expansão do e-commerce e o consumo por novos meios, como os sites de compras coletivas; a criação de milhares de blogs pessoais e a mobilização pela internet para eventos diversos, inclusive políticos e sociais. Esse avanço na utilização da internet e da comunicação móvel tende a aumentar ainda mais no Brasil após a implementação do Plano Nacional de Banda Larga – PNBL, que foi instituído pelo Decreto 7.175/10. O PNBL terá investimentos de cerca de R$ 13 bilhões, sendo certo que grande parte desses recursos deverá ser direcionada para os indispensáveis serviços de TI – e para a infraestrutura do País. Mas, apesar do enorme volume de PCs vendidos no mercado brasileiro, do acesso à tecnologia de quase metade da população, e, agora, do lançamento do PNBL, ainda vivenciamos um baixo nível de investimento em TI por parte do mundo corporativo. A empresa brasileira ainda investe muito pouco em tecnologia da informação e, por isso, o mercado caracteriza-se por uma ampla diversidade de pequenas e médias empresas do segmento, pulverizadas regionalmente e direcionadas para setores específicos. Pulverização Um recente estudo publicado pela auditoria KPMG mostra que o setor de TI movimentou 72 operações de fusões e aquisições no ano passado. O número representa quase o dobro do registrado no ano anterior, mas o valor médio das aquisições foi inferior a R$ 10 milhões, o que é muito pouco se comparado a outros grandes mercados mundiais. Este volume modesto é o espelho da grande pulverização do segmento no Brasil. Até 2008, o mercado de TI foi sempre marcado pelas grandes aquisições internacionais lideradas pelos gigantes mundiais como Oracle, IBM, HP, SAP, Microsoft e outras. Diante da freada de investimentos nos países europeus e nos Estados Unidos, é natural que as empresas mundiais se voltem para o Brasil. Nos últimos anos, no entanto, uma nova tendência tem sido observada: a consolidação de empresas brasileiras, com destaque para a Stefanini e Totvs e, recentemente, para as aquisições da Tivit e da CPM Braxis. Existe um movimento natural de união de empresas brasileiras para ganho de escala e posicionamento estratégico, como resposta à atenção que as empresas estrangeiras passaram a dispensar ao País. As companhias menores estão se capacitando e se preparando não só para uma explosão de demanda no mercado brasileiro, bem como para concorrer com as multinacionais que buscam no Brasil a solução para a crise enfrentada nos mercados tradicionais. As empresas nacionais devem unir forças para encarar um mercado mais competitivo e buscar, por meio das fusões e das aquisições, uma estratégia de crescimento e, principalmente, de defesa contra os grandes players mundiais. Além do movimento natural de coalizão, muitas empresas brasileiras de TI retomaram seus projetos de abertura de capital que, em muitos casos, somente se concretizarão com algumas aquisições bem sucedidas. Diante do quadro de estagnação de alguns mercados e da transformação de outros, novas empresas passam a concorrer pela liderança no mundo e no Brasil. Existem, ainda, muitos entraves para aquisições de empresas de TI no Brasil, especialmente quando tratamos de um segmento repleto de pequenas e médias empresas. Na maioria dos casos, a governança corporativa é o maior limitador para uma aquisição. Os custos de transação, no Brasil, representam um limitador igualmente forte. Mas, tendo em vista a expansão do mercado e a necessidade de união entre os small players, podemos esperar, com certeza, que o ano de 2011 registre o maior número de fusões e aquisições de empresas de TI da história do Brasil. ¹ Luiz A. Sette é sócio da Azevedo Sette Advogados

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CPI da Petrobras e o Esporte

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! por – Peter Wilm Rosenfeld – pwrosen@uol.com.br Senti-me compelido a escrever a presente edição extra de meu Artigo da Semana expedido ontem (21/05/09) por dois fatos de que tomei conhecimento pela televisão ainda ontem, que me deixaram indignado, ou mais, furioso. Vamos lá: 1 – Nosso melhor ginasta de todos os tempos, Diego Hypólito, declarou que se não tiver alguma ajuda especial será obrigado a abandonar o esporte. Diego mencionou quantas medalhas de ouro já tinha conquistado em competições olímpicas e mundiais no corrente ano. E não tenho dúvida de que nenhum ginasta antes dele tenha tido tanto êxito. Não sei mas posso imaginar quanto esforço, quanta dedicação, quanto sofrimento, Diego teve que despender, dedicar e sofrer, para obter esses resultados. Seu patético desabafo de ontem me pôs a pensar: – O que será que o ministro da pasta dos esportes (aquele da tapioca de R$ 8,00 pagos com o cartão corporativo!), Sr. Orlando Silva de Jesus Júnior, está fazendo além de comprar tapioca e de viajar pelo mundo, supostamente tratando dos problemas do esporte brasileiro? – Será que o ministro, que está no ministério dos esportes desde o início do atual governo, em várias posições até ser nomeado titular do ministério há 3 anos, não pensou ainda nos problemas que os esportes não-populares, como a ginástica, enfrentam? Nenhum ginasta tem um cartão de crédito corporativo para pagar suas despesas de manutenção e de treinamento. – O que o Presidente, Sr. da Silva está fazendo com relação aos esportes? Será que pensa que basta ser torcedor do Corintians de S. Paulo e com isso todos os problemas dos esportes estarão resolvidos? Como diria um conhecido locutor de televisão, isso é uma vergonha! 2 – Em um debate ontem tarde da noite, entre o Presidente do PSDB, Senador Sérgio Guerra e o Senador Aloizio Mercadante, debate mediado por Monica Waldvogel, tendo como tema a CPI da Petrobrás, o Sen. Mercadante, a exemplo do que tinha dito quando o assunto eram as despesas da Presidência da República pagas com cartão corporativo, que não podiam ser reveladas por razões de segurança nacional, invocou o mesmo argumento para justificar que não deveria ser instalada uma CPI no Senado para verificar as maracutaias bilionárias cometidas pela empresa. Ora, é sabido de muito longa data que não há negócio na Petrobrás sem que uma comissão seja paga a alguém da empresa; também é sabido que muita gente da Petrobrás enriqueceu repentinamente (o exemplo mais notório, de muitos anos atrás, foi o do Sr. Shigeaki Ueki, que presidiu a empresa e foi Ministro de Minas e Energia no regime militar, durante a Presidência do Gal. Ernesto Geisel. Terminado seu mandato, se auto-exilou nos Estados Unidos). Sendo uma empresa estatal, ainda mais de capital aberto, com milhares de acionistas, entre eles muitos governos estaduais e municipais, a Petrobrás não pode ser o que a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) sempre quiseram que fosse, um feudo totalmente fechado, que não devia satisfações a ninguém. Pois estão enganados. O lema “A Petrobras é nossa” não significa que ela seja de seus funcionários, com esses querem que seja. Ela é majoritariamente (e controlada) do Brasil, representado por seu governo. E sendo do Brasil, não pode ser uma caixa preta; sendo do Brasil, tem que se sujeitar às leis brasileiras, o que significa que pode e deve ser permanentemente analisada pelo Tribunal de Contas da União, órgão assessor do Poder Legislativo. Não é aceitável que seja um poço sem fundos de irregularidades, como vem sendo detectado pelo TCU. É uma vergonha monumental o que está acontecendo na empresa (e sempre aconteceu). Causa-me uma tristeza profunda! Eram os dois assuntos que me impeliram a escrever a presente edição extra. coluna Claúdio Humberto

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Nadador Michael Phelps fumou maconha e foi suspenso

E como disse o tio do  Homem-Aranha, Ben Parker, “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades” [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Federação de Natação dos EUA diz que foi mais uma repreensão pelo mau exemplo que o nadador deu ao aparecer em foto fumando maconha A Federação de Natação dos Estados Unidos suspendeu sua estrela olímpica Michael Phelps por três meses, nesta quinta-feira, depois que um jornal britânico publicou uma foto, na qual ele aparece fumando maconha. Além de não poder competir, o nadador também ficará sem receber o apoio financeiro da entidade pelo mesmo período. – Esta não é uma situação em que qualquer regra antidoping foi violada, mas foi decidido enviar uma forte mensagem para Michael porque ele desapontou muitas pessoas, especialmente as centenas de milhares da natação dos Estados Unidos, especialmente as crianças que o vêem como um modelo e um herói. Michael aceitou voluntariamente esta repreensão e comprometeu-se a ganhar de volta a nossa confiança – informou a Federação, que tem sede em Colorado Springs. Nesta quinta-feira, o astro da natação mundial já havia sofrido um golpe pelo mesmo motivo. Foi anunciado que seu contrato publicitário com um fabricante de cerais que se encerra no fim deste mês não será renovado. – O comportamento dele não é compatível com a imagem da empresa – dizia a nota oficial divulgada nesta quinta. Phelps, de 23 anos, e recordista de medalhas de ouro em uma só Olimpíadas, ao conquistar oito em Pequim, voltou a treinar em Baltimore, mas seu planejamento terá de ser modificado por causa da suspensão. Ele pretendia voltar a competir no início março em um Grand Prix em Austin Texas. Como ficará sem poder disputar uma competição oficial até o início de maio, Phelps só voltará em julho para a etapa de Roma do Mundial de piscina curta. do Globo Esporte

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