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Três motivos para o criador do Facebook rir à toa – e um para se preocupar

Em 2004, um universitário americano de 20 anos, ainda desconhecido do público, foi chamado para participar de uma entrevista em uma grande emissora dos Estados Unidos para explicar um site que havia lançado alguns meses antes. Mark Zuckerberg passou de desconhecido a um dos mais jovens bilionários do mundo em 11 anos – Image copyrightAFP “O que é o Facebook exatamente?”, perguntou uma jornalista a ele. Hoje, pouco mais de uma década depois, esta pergunta não faz mais qualquer sentido – assim como chamar Mark Zuckerberg de um universitário desconhecido. Neste período, o Facebook se tornou a rede social mais popular do planeta, presente em centenas de países, e um dos sites mais acessados na internet como um todo. A empresa não só cresceu por conta própria como também comprou outras menores, como o serviço de mensagens WhatsApp e a rede social Instagram, e tornou-se uma corporação bilionária. Mark Zuckerberg tornou-se um empreendedor bilionário de sucesso, o equivalente ao Bill Gates ou Steve Jobs de sua geração, e uma das vozes mais influentes do mundo. Leia mais: Facebook desenvolve ferramenta que pode te reconhecer mesmo sem mostrar o rosto Este feito bastaria para que ele tivesse um sorriso estampado em seu rosto todos os dias, mas, no último mês, o Facebook atingiu marcos importantes na sua autodeclarada missão de “conectar o mundo”. No entanto, mesmo diante destas boas novas, as ações da companhia perderam valor, um sinal de alerta enviado por analistas de mercado e investidores. Veja a seguir três motivos pelos quais Zuckerberg está rindo à toa e um para se preocupar: ____________________________________________________________________ Metade dos internautas do mundo usam o Facebook todo mês Image copyrightGetty Images Em julho, a rede social anunciou que o número de pessoas que a usa pelo menos uma vez por mês cresceu 13% de abril a junho, para 1,49 bilhão de pessoas. Isso equivale a metade dos 3 bilhões de internautas estimados em todo o mundo. Junto a este aumento no número de usuários mensais veio um crescimento da receita de 39% neste trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado, para US$ 4,04 (R$ 14,2 bilhões). Leia mais: Um ano após o desafio do balde gelo, o que aconteceu? ____________________________________________________________________ Uma em cada sete pessoas do planeta acessaram o Facebook em apenas um dia Image copyrightReuters Na última segunda-feira, o Facebook atingiu um outro marco importante: pela primeira vez, 1 bilhão de pessoas o acessaram em um único dia. Na prática, isso significa que uma em cada sete habitantes do planeta entrou no site num período de 24 horas. Este número dá uma noção do crescimento acelerado do Facebook nos últimos anos, pois há pouco tempo, em 2012, a empresa celebrava a marca de 1 bilhão de usuários por mês. Leia mais: Polícia caça grupos que pregam intolerância no Facebook ____________________________________________________________________ Isso pode ser só o começo Image copyrightGetty Images Ao anunciar a marca de 1 bilhão de usuários em um só dia, Zuckerberg disse: “Este é só o começo (de nossa missão) de conectar o mundo”. O repórter de tecnologia Dave Lee, da BBC News, concorda com ele. “É claro que, nos Estados Unidos e na Europa, está quase atingindo seu limite de crescimento, mas há muitos lugares onde ainda pode crescer, como África, a maioria da Ásia e parte da América Latina”, escreve Lee em um artigo recente. “Muito em breve, ter 1 bilhão de pessoas usando o Facebook em um dia não será algo extraordinário. Vamos olhar para este dia e rir de como insignificante este marco terá se tornado.” Leia mais: Filtro arco-íris do Facebook é criticado na Rússia e no Oriente Médio ____________________________________________________________________ Mas este crescimento tem um preço Image copyrightAFP Pouco depois do anúncio dos resultados financeiros do último trimestre, quando a empresa anunciou que metade dos internautas do mundo o usam todo mês, as ações da empresa caíram 5%. A queda em si não é expressiva, mas, segundo analistas, sinaliza uma preocupação do mercado com a estratégia da empresa. O Facebook informou que seus gastos no último trimestre aumentaram 82%, para US$ 2,8 bilhões, o que fez seu lucro cair 9%, um sinal de que o aumento de sua receita não está acompanhando o ritmo de crescimento dos gastos. Segundo Zuckerberg, isto reflete os “investimentos e melhorias” promovidos pela rede social, como um novo data center aberto para evitar que o site fique fora do ar e novas formas das pessoas se conectarem a ele. Mas ficou claro que a forte expansão do Facebook tem um alto preço, e isso deixa seus investidores ligeiramente preocupados em relação ao futuro da empresa. Leia mais: Facebook constrói drone que viabiliza acesso à internet em locais remotos BBC

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Por que o Facebook mantém no ar páginas que pregam morte a políticos?

Na falta de explicações objetivas da rede social, a BBC Brasil decidiu investigar as possíveis explicações atrás da recusa imediata à exclusão das páginas. Segundo a lei brasileira, Facebook não tem obrigação legal de retirar o conteúdo do ar sem ordem judicial. (Foto: BBC) Após uma série de apelos do ex-presidente Lula, o Facebook mantém no ar páginas que pedem a morte do petista há pelo menos quatro meses. Ele não é o único político brasileiro alvo de páginas do tipo: grupos abertos cujos títulos pregam a morte de Dilma Rousseff e José Sarney também estão na rede. As publicações geram controvérsia: quem defende a página “Morte ao Lula”, que até o fechamento desta reportagem reunia 5,8 mil pessoas, alega liberdade de expressão e argumenta que se trata da “morte política” do ex-presidente. Os críticos, de outro lado, dizem que postagens que mostram fotos do cadáver ensanguentado do líder líbio Muammar al-Gaddafi, junto à legenda “Final do Lula tem que ser assim”, não têm nada de “simbólico”. As centenas de publicações do grupo mesclam os dois lados: conteúdos simbólicos e também literais relacionados à morte do ex-presidente. Nesta semana, como retaliação à existência da página, usuários decidiram criar a página “Morte a Zuckerberg”. Novo grupo que pede morte de Zuckerberg surgiu como retaliação à existência da página contra Lula. (Foto: BBC) A ideia não é promover um atentado contra o criador do Facebook, mas testar os critérios da rede e pressioná-la a excluir o grupo “Morte ao Lula”. Procurado diversas vezes, o Facebook se recusou a comentar especificamente sobre a página contra o petista e não respondeu às perguntas enviadas pela reportagem sobre o tema. “Desenvolvemos um conjunto de padrões para manter nossa comunidade segura e levamos a segurança das pessoas a sério. Analisamos cuidadosamente as denúncias de linguagem ameaçadora para identificar potenciais danos à segurança pessoal e removemos ameaças reais de danos físicos a indivíduos”, limitou-se a dizer a rede social, em nota. Na falta de explicações mais objetivas, a BBC Brasil decidiu investigar as possíveis explicações atrás da recusa imediata à exclusão das páginas. Está na lei A principal é jurídica: segundo o Marco Civil da Internet, lei que regula o uso da rede no país, o Facebook não tem mesmo obrigação legal de retirar imediatamente o conteúdo do ar. “O Facebook tem respaldo para se comportar assim”, diz o professor Luiz Moncau, especialista em direito digital da Fundação Getulio Vargas (FGV). “Para assegurar a liberdade de expressão, a plataforma só pode ser responsabilizada por danos de correntes de conteúdos postados por terceiros se, após ordem judicial específica, não tomar atitudes para tornar o conteúdo indisponível.” A regra existe para evitar que redes sociais ou blogs sejam obrigados a apagar conteúdos que simplesmente desagradem a alguém, mas não necessariamente representem crimes, o que configuraria censura. Se a regra não vigorasse, por exemplo, um político teria direito de tirar do ar uma frase que lhe prejudicasse ─ e ela só poderia voltar ao ar após um processo na Justiça. Equipe entrou em contato com o Facebook duas vezes, sem sucesso; terceiro apelo foi feito a seguidores na rede social. (Foto: BBC) Há duas exceções: fotos de nudez reclamadas pelas próprias pessoas expostas e pedofilia devem ser excluídas, mesmo sem a ordem de um juíz. “Nestes casos, as imagens e fotos não são expressão, nem poderiam ser relativizadas. São registros de crimes”, explica Thiago Tavares, criador da Safernet ─ entidade que atua no combate a crimes cibernéticos e um dos articuladores na criação do Marco Civil da Internet. À BBC Brasil, porta-vozes do Instituto Lula disseram que estudam “medidas jurídicas” para retirar do ar o que consideram “ameaça a integridade física do ex-presidente”. A equipe de Lula diz ter entrado em contato com o Facebook duas vezes pedindo a retirada da página. O segundo pedido ocorreu logo após o lançamento de uma bomba de fabricação caseira na sede do instituto do ex-presidente, em São Paulo, no último dia 30. Sem sucesso, Lula fez um apelo em sua página no próprio Facebook ─ também sem resposta. Morte X Morte Em 2009, um homem foi preso nos Estados Unidos após dizer em uma sala de bate-papo no internet que tinha decidido “assassinar Barack Obama (…) pelo bem do país”. Nas publicações presentes na página contra Lula, há diferentes modalidades de “morte”. “Quero ser o primeiro da fila para executar o que tenho direito”, diz um dos membros da página que pede a morte do petista. “Eu quero participar do enterro desse político vagabundo, embusteiro, mentiroso”, comentou outro. De outro lado, um usuário chamou atenção dos demais: “Não gosto do Lula, quero vê-lo na cadeia, mas nunca desejaria a morte dele. Ele é um ser humano como outro qualquer e torço para que ele se arrependa do mal que fez ao país. Não é desejando a morte de uma pessoa que nos livraremos dela”, disse. Como resposta, recebeu: “O que faz aqui, comunista f***?”. Há quem fique num macabro meio termo: “Nós brasileiros realmente queremos a morte dele ou, se possível, fazer seu sepultamento mesmo vivo (enterro político)”.   Críticos dizem que fotos do líder líbio Muammar al-Gaddafi não têm nada de “simbólico”. (Foto: BBC) Muitas postagens pregam não só a queda do presidente, mas também a quebra da ordem democrática, por meio de intervenção militar. “Precisamos da ajuda do Exército para nos livrarmos do mal”, disse uma usuária. “Militares são honestos e não roubam”, disse outra. “Comunista tem que morrer de bala de fusil”, completou um terceiro. ‘Efeito colateral da lei’ Nos casos em que não ocorre processo judicial ─ como acontece até agora nas páginas que pregam a morte dos políticos ─, cabe ao próprio Facebook decidir se considera ou não os conteúdos ofensivos, de acordo com seus termos de uso. E estas regras são bastante claras: assim como nudez e pornografia, ameaças, ataques a figuras públicas e “atividades criminosas” são expressamente proibidos, segundo o site. Seriam estes termos suficientes para o Facebook apagar as páginas que pregam a morte

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Ascensão dos aplicativos de mensagens desafia Facebook

Cinco anos atrás, Justin Pak usava o Facebook para manter contato com amigos e parentes. Agora, o estrategista de marcas, que tem 28 anos e mora em Nova York, prefere usar um dos seis aplicativos de mensagens instalados no seu celular. “Quando mando uma mensagem para alguém, há uma expectativa maior de que eles vão responder”, diz Pak. “Postar no Facebook é como pregar um bilhete na porta de um amigo e torcer para que eles vejam.” O Facebook Inc. popularizou o conceito de rede social dez anos atrás. Agora, a rápida ascensão dos serviços de mensagens está transformando as redes sociais à medida que usuários se comunicam cada vez mais de um para um, em vez de um para muitos, como é a norma no Facebook. Seis dos dez apps mais usados do mundo são serviços de mensagens, segundo a “startup” de dados Quettra. Apps de mensagem são usados, em média, quase nove vezes por dia, comparado com a média de 1,9 para todos os aplicativos, segundo a Flurry, unidade de análise de dados do Yahoo Inc. Os usuários do Facebook recorrem aos aplicativos de mensagens WhatsApp e Messenger entre 25 a 30 vezes por dia, comparado com 15 vezes em que escrevem no “feed” principal do site, segundo estimativa do Deutsche Bank. Analistas preveem que o WhatsApp alcance 1 bilhão de usuários no início de 2016, sete anos depois de ter sido lançado – e dois anos menos que o próprio Facebook levou para atingir essa marca.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Conversas pessoais Estudiosos da comunicação dizem que o crescimento dos aplicativos de mensagens é natural porque conversas pessoais diretas refletem mais fielmente a maneira como as pessoas interagem. Os usuários não estão abandonando o Facebook, mas a função da rede social está mudando. “O WhatsApp está atendendo a uma necessidade mais primária que os [sites] de redes sociais como o Facebook e o Twitter, diz Scott Campbel, professor de comunicações móveis da Universidade de Michigan. “Talvez haja algo de evolucionário nisso, algo que tenha a ver com clãs.” O próprio Facebook aderiu à tendência. Além de ter comprado o WhatsApp por US$ 22 bilhões no ano passado, a empresa americana também desenvolveu e promoveu o Messenger, que conta hoje com mais de 700 milhões de usuários. “Acreditamos que mensagens sejam uma das poucas coisas que as pessoas realmente usem mais do que as redes sociais”, disse no ano passado o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, durante uma sessão pública de perguntas e respostas. Ainda assim, a mudança traz desafios para o Facebook, que ganha dinheiro inserindo anúncios próximos aos posts dos amigos que os usuários veem nas suas páginas do site. Muitos apps de mensagens não as exibem da mesma forma sequencial, o que torna mais difícil acrescentar anúncios. Receitas Alguns serviços de mensagens da Ásia geram receita de outras maneiras. Cerca de 550 milhões de pessoas na China usam o WeChat todo mês para se comunicar com amigos, jogar videogames móveis ou assistir a esportes. A Tencent Holdings Ltd., dona do serviço, recebe uma fração das vendas de mercadorias reais ou virtuais para os usuários. O WeChat também coloca anúncios na sua lista de “Momentos”, que é semelhante ao “feed” de notícias do Facebook. Já o Line, que é popular no Japão, Taiwan e Tailândia, gera receita com compras efetuadas dentro do app e ao vender pacotes de “stickers” on-line, as ilustrações e caracteres que as pessoas se enviam, por cerca de US$ 1,99 cada, para seus 205 milhões de usuários ativos. Até agora, a receita proporcionada por essas iniciativas não chega nem perto do faturamento do Facebook com anúncios. O Line, WeChat e o sul-coreano KakaoTalk cobram de US$ 1,50 a US$ 3,00 por ano de seus usuários ativos mensais, enquanto o Facebook fatura, em média, US$ 9,45 por usuário ativo mensal. Em março, o Facebook deu mostras de seus planos futuros ao abrir o Messenger para que desenvolvedores externos criem apps de vídeo e fotos para a plataforma de mensagens. A empresa também adicionou ao app uma função que permite aos usuários monitorar seus pedidos a varejistas on-line. Esses recursos, porém, ainda não geram receita. David Marcus, responsável pelo Messenger no Facebook, diz que a empresa está consciente do desafio e que precisa superar os apps asiáticos. “No momento, não ganhamos dinheiro com o Messenger”, diz. “Mas estamos esperançosos que, com o tempo, vamos encontrar um modelo de negócios realmente bom e sustentável.” Certamente, o Facebook está longe de desaparecer. Cerca de 1,44 bilhão de pessoas visitam o site pelo menos uma vez por mês. A rede social ganha dezenas de milhões de usuários todo mês, muitos de países em desenvolvimento onde o Facebook é considerado “a internet”. Na média, entretanto, os usuários do Facebook estão compartilhando menos. Perto de 42% dos usuários da rede social dizem que atualizaram seu status ou postaram um comentário no primeiro trimestre – ante 69% no mesmo período de 2013, segundo a firma de pesquisa de mercado GlobalWebIndex. Marcus, do Facebook, diz que o uso da rede social está mudando, mas que tanto o número de usuários do Facebook quanto o tempo que eles passam no site estão crescendo. “Então, isso não é problema.” Há usuários experimentando um modelo híbrido que usa apps de mensagens em comunicações com uma única pessoa ou muitas. A escola de ensino médio Luther Burbank, em Sacramento, Califórnia, por exemplo, usa o WhatsApp para ensinar inglês a alunos não nativos. Todos os dias, os professores fazem uma pergunta à classe por meio de mensagens de texto ou áudio. Os alunos têm até a manhã seguinte para responder. Por Deepa Seetharaman/Valor Econômico

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Facebook e o futuro da Imprensa

Deus e o diabo na terra da mídia Os artigos instantâneos, recurso lançado pelo Facebook, podem representar uma grande oportunidade para a mídia. Entretanto muitos temem que, ao adotar a novidade, os veículos de comunicação estejam abraçando o diabo. Para quem não sabe do que se trata, a nova funcionalidade da rede de Mark Zuckerberg permite que os veículos publiquem seu conteúdo efetivamente nas suas linhas do tempo, ao invés de criar posts que remetam aos conteúdos em seus sites. Pode parecer uma sutileza tola, mas não é: a experiência do usuário com o conteúdo começa já na linha do tempo. Ao clicar no post, o conteúdo é aberto diretamente no Facebook, e não no site do veículo, de uma maneira muito mais rápida. Além disso, a plataforma oferece recursos editoriais interessantes, que podem tornar a experiência ainda mais envolvente. Como o recurso por enquanto está disponível apenas no aplicativo do Facebook para iPhone, você pode ver como ele funciona no vídeo abaixo, do TechCrunch: O conteúdo publicado no novo formato não ganhará nenhuma relevância adicional, portanto a chance de aparecer no seu feed de notícias será a mesma de qualquer outro post do mesmo veículo. Em compensação, por ser mais envolvente, em tese ele será muito mais compartilhado pelos próprios usuários, aumentando consideravelmente sua audiência.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como os veículos ficarão com toda a receita dos anúncios que venderem para os artigos instantâneos (se o Facebook vender, ele fica com 30%), é uma maneira interessante de monetizar o conteúdo promovido na rede, algo de que os veículos de comunicação sempre reclamam por não ter bons resultados. Parece bacana, não é? Então qual é o problema? Há alguns pontos importantes a se considerar. Primeiramente, ao colocar o conteúdo efetivamente dentro do Facebook, o veículo de comunicação deve entender que o indivíduo não mais consumirá tal conteúdo em seu site ou aplicativo. Receita e audiência podem ser mantidos (e até ampliados) pelo compartilhamento de números com o Facebook, mas é um fato que o usuário estará fora do “ambiente” do veículo, o que pode limitar sua capacidade de incentivar o indivíduo a consumir mais conteúdo ou outros produtos da casa. Outro medo é que, ao adotar as novidades, os veículos estejam alimentando um monstro que depois os engolirá. O Facebook hoje já é mais relevante na vida das pessoas que qualquer veículo de comunicação. Mas, apesar de ser um canal de distribuição formidável (para alguns grandes veículos, chega a responder por um terço de sua audiência), ele não produz nenhum conteúdo. Se começarem a publicar diretamente no Facebook, por mais que o material esteja dentro das páginas dos veículos, há um temor de que o usuário diga, cada vez mais, “vi no Facebook” ao invés de “vi no Estadão”, por exemplo. E, nesse caso, quem será o “dono” do conteúdo? Por fim, mas não menos importante, hoje o modelo de negócios oferecido é francamente favorável aos veículos. Mas qual é a garantia que, lá na frente, quando a mídia estiver despejando toneladas de “artigos instantâneos”, o Facebook não mude as regras do jogo, tornando-o (muito) mais interessante para si? Fazendo um paralelo com jornais e revistas, é como se todos os caminhões da cidade decidissem cobrar o dobro para entregar os impressos. Noiva cobiçada Apesar de tudo isso, alguns dos principais nomes da mídia abraçaram a novidade em seu lançamento: The New York Times, National Geographic, BuzzFeed, NBC News, The Atlantic, The Guardian, BBC News, Spiegel Online e Bild. Alguns deles, veículos com muita estrada, já têm boas iniciativas online, como The Guardian e The New York Times. E há também o BuzzFeed, digno representante da mídia nativamente digital e que já tem íntima relação com o Facebook. É muita gente boa abraçando o diabo! Será que os truques do Coisa-Ruim enganaram todos eles? Quero crer que não. Qualquer um poderia dizer: “se o negócio ficar ruim depois, o veículo pode simplesmente abandonar o formato”. Isso é verdade. Mas talvez o Facebook já terá se transformado do jacaré atual em um tiranossauro. E pular fora de seus domínios poderia eventualmente diminuir ainda mais a relevância de qualquer veículo. Nesse jogo de xadrez, o novo recurso foi uma jogada de mestre de Zuckerberg. Agora é a vez dos veículos jogarem. Talvez o Facebook nunca use esses “lances do mal” descrito acima. Talvez os “artigos instantâneos” não cheguem a fazer sucesso com os usuários. Quem sabe? Isso é tudo especulação afinal. O que é certo é que os veículos batem cabeça há 20 anos na mídia digital, sem conseguir criar um modelo realmente vencedor que garanta a sua continuidade. Pelo contrário: continuamos vendo veículos, alguns centenários, fechando suas portas. E o culpado por isso não é o Facebook, o Google ou, em um sentido mais amplo, a Internet. Os culpados são os próprios veículos, que parecem ter esquecido como ser relevantes para seu público. Estão tão preocupados com sua minguante receita publicitária, que não dão tanta importância para ele, sua razão de existir. A maioria dos veículos que hoje agonizam nasceram nos séculos 19 e 20 para atender a comunidade onde estavam, um grupo social ou um ideal. Cresceram fieis a isso. Mas acabaram se tornando máquinas muito bem azeitadas de fazer dinheiro, que já não vinha tanto de seu público, e sim da publicidade. Não estou condenando a publicidade de forma alguma, mas isso só funcionou (e funcionou por muitas décadas) enquanto esse público não tivesse algo com o que se sentisse mais bem representado. Isso aconteceu com o fortalecimento da mídia digital. Para desgraça dos veículos, seus concorrentes deixaram de ser os outros veículos, uma batalha que eles conheciam, para ser qualquer site ou aplicativo que lhes roube o tempo que seu antigo público lhes dedicava. Com o declínio da audiência, a publicidade arrumou as malas e os deixou. Parte da relevância perdida pode estar no conteúdo, que muitas vezes já não atenda mais às expectativas das pessoas, e até mesmo ao alinhamento político e econômico dos

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Dono do Facebook volta a criticar os brasileiros: “Criarei um manual de comportamento na rede”

O ‘mau comportamento’ dos brasileiros é conhecido mundialmente e está gerando discussões, esta semana foi comentada pelo dono do Facebook, Mark Zuckerberg. O canal de notícias CNN disse que Mark Zuckerberg está triste com o comportamento dos brasileiros na rede social Facebook. “Se por um lado, os brasileiros fazem o Facebook crescer, por outro estragam tudo”, disse. Os engenheiros do Facebook estavam pensando em permitir a inserção de imagens no formato gifs animados (imagens com movimento), mas Mark impediu a ideia por causa do Brasil. Segundo Mark, se o Facebook abrir espaço para os Gifs, o compartilhamento entre os usuários brasileiros ficará igual ao Orkut, cheio de letrinhas coloridas, se mexendo, com mensagens de carinho e amor. Sobre a possibilidade de fechar o Facebook no Brasil, Mark descarta. “Não irei censurar os brasileiros de usarem a rede, mas criarei um manual de comportamento”. Ao ser interrogado sobre o Facebook está se transformando em um Orkut, no Brasil, Mark disse que não existe diferença entre as redes sociais, a diferença está em quem usa. “Qualquer serviço na Internet que tenha usuários brasileiros, em grandes proporções, vira um problema”, disse. Gazeta Online [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Zuckerberg lança app para internet de graça

Criador do Facebook apresentou a novidade na Colômbia O criador do Facebook, Mark Zuckerberg, visitou a Colômbia para presenciar o lançamento no país do “Internet.org”, um aplicativo que permite acessar gratuitamente vários sites e serviços sem pagar pela conexão de uma rede wi-fi ou de pacotes de dados. Com o app, que poderá ser utilizado por qualquer dispositivo com sistema Android, será possível acessar, sem custos, 15 serviços que utilizam internet, como Facebook, Messenger, Wikipedia, 24 Symbols, UN Woman, Mama e Girl Effect. Divulgada por Zuckerberg e pelo presidente colombiano, Juan Manuel Santos, a iniciativa vai “unir os nossos esforços e desenvolver aplicações e conteúdos que contribuirão para consolidar um país pacífico, mais igualitário e educado”, disse Santos. O projeto “Internet.org” nasceu há dois anos graças a uma aliança entre grandes sites e serviços da web com o criador do Facebook. O primeiro país a receber o aplicativo foi a Zâmbia, em julho do ano passado. (ANSA) Fonte: Agência Ansa

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Hackers do Anonymous e criador do Facebook reagem a ataque em Paris

O grupo de hackers Anonymous anunciou que irá combater extremistas islâmicos após o ataque ao escritório da revista satírica “Charlie Hebdo”, em Paris, na quarta (7). Em vídeo publicado no YouTube e noticiado pelo site da emissora “CNN”, o grupo promete espionar a atividade de grupos terroristas na internet e derrubar seus sites e contas nas redes sociais. A mensagem é endereçada à “al Qaeda, ao Estado Islâmico e outros terroristas”. “Nós, Anonymous de todo o mundo, decidimos declarar guerra contra vocês terroristas”, diz no vídeo uma pessoa com a máscara de Guy Fawkes, símbolo do grupo. No Twitter, a conta @OpCharlieHebdo, atribuída à ação do Anonymous no caso da “Charlie Hebdo”, pede auxílio de seus seguidores. “Você quer nos ajudar? Encontre perfis no Twitter de terroristas e denuncie-os”. Em outra mensagem, o perfil diz: “A #FreePress (imprensa livre, em tradução) nos liberta da ignorância. Extremistas, nos aguardem”. Essa não foi a primeira manifestação do Anonymous após o ataque em Paris. Na quarta (7), o grupo divulgou um manifesto em vários idiomas anunciando uma “reação maciça” por parte do grupo, que já atacou diversos sites governamentais e de operadoras de cartões de crédito. “Enojados e chocados, não podemos recuar, é nossa responsabilidade reagir. (…) Ameaçar a liberdade de expresão é um ataque direto à democracia”, diz o texto. Recado de Zuckerberg Criador do Facebook, o norte-americano Mark Zuckerberg se manifestou nesta sexta-feira (9) a respeito do ataque à sede da “Charlie Hebdo”. Em seu perfil na rede social, Zuckerberg afirmou que é preciso rejeitar que “um grupo de extremistas tente silenciar as vozes e as opiniões de todos mundo” e que não irá deixar que isso aconteça no Facebook.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Alguns anos atrás, um extremista no Paquistão me sentenciou à morte porque o Facebook se recusou a banir um conteúdo sobre Maomé que o ofendeu. Nós defendemos isso porque diferentes vozes – mesmo que ofensiva em algumas vezes – podem fazer do mundo um lugar melhor e mais interessante”, afirma Zuckerberg. “Estou comprometido em construir um serviço onde você pode falar livremente sem medo de violência. G1

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Facebook “não vai permitir” que os extremistas nos silenciem

Mark Zuckerberg assegura que a diferença de opinião terá sempre lugar na rede social, “mesmo que por vezes sejam ofensivas”. Zuckerberg solidarizou-se com quem partilha os seus pontos de vista, sobretudo quando isso exige coragem. Ilustração JOSH EDELSON/AFP Mark Zuckerberg juntou-se a todos os que por estes dias se dizem Charlie, em homenagem às vítimas do ataque de quarta-feira ao Charlie Hebdo. Com uma diferença substancial: o empresário de 30 anos dirige a maior rede social do planeta, com 1300 milhões de utilizadores, e tem capacidade para impor uma maior abertura na Internet. “O Facebook sempre foi um espaço onde as pessoas de todo o mundo partilham os seus pontos de vista e as suas ideias. Seguimos as leis em cada país, mas nunca deixamos que um país ou um grupo de pessoas dite o que se pode partilhar em todo o mundo”, escreveu Mark Zuckerberg, no Facebook, quando em São Francisco a noite de quinta-feira se aproximava do fim (dada a diferença horária, em Lisboa era já manhã de sexta-feira – 7h13). “À medida que reflito sobre o ataque de ontem [quarta-feira] e sobre a minha própria experiência com o extremismo, isto é o que todos temos de rejeitar – um grupo de extremistas a tentar silenciar as vozes e as opiniões de toda a gente em todo o mundo”, defende. “Eu não permitirei que isso aconteça no Facebook. Estou comprometido em construir um serviço onde se pode falar livremente sem medo da violência.” A posição assumida por Zuckerberg contrasta com a de parte dos órgãos de informação mais respeitados nos EUA, como o New York Times, o Washington Post, o Wall Street Journal e a CNN, que decidiram não publicar os cartoons que causam polêmica entre os muçulmanos. E contrasta ainda com a censura que a própria rede faz de fotografias com nudez (sobretudo feminina) e com relatos de convocatórias para eventos contracorrente a serem apagadas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O co-fundador do Facebook começa a publicação lembrando o processo de que foi alvo no Paquistão, onde um cidadão pretendia que Zuckerberg fosse sentenciado à pena capital por se recusar a banir da rede social todo o conteúdo sobre Maomé que ele, o queixoso, considerasse ofensivo. “Batemo-nos por isto porque as vozes diversas – mesmo que por vezes sejam ofensivas – podem fazer do mundo um lugar melhor e mais interessante.” O comentário mais popular no post é de um utilizador que se identifica como paquistanês e que, segundo o perfil, vive e trabalha no seu país, em Carachi – em seis horas, ultrapassou os 5 mil “curtir” (por essa altura, a publicação de Zuckerberg amealhava 277 mil). “Mark, sendo paquistanês, prezo as suas reflexões, mas gostaria de esclarecer aqui uma coisa: nem todos os ‘paquistaneses’ têm uma mentalidade semelhante e não pode culpar toda a nação com base no ato de uma pessoa”, observa Umar Khan, aplaudindo o trabalho do Facebook no que diz respeito ao “material religioso” ali publicado. Zuckerberg sentiu necessidade de responder ao comentador, recorrendo até ao exemplo da vida pessoal: “Está correcto. Sou amigo de vários paquistaneses e sei que a maioria dos paquistaneses não é como a pessoa que quis ver-me condenado à morte.” O empresário solidarizou-se ainda com “as vítimas, as suas famílias, o povo de França e as pessoas de todo o mundo que optam por partilhar os seus pontos de vista e ideias, mesmo quando isso exige coragem.” Por Hugo Torres, de Portugal

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Graph Search: A ferramenta de buscas do Facebook

Facebook lança ferramenta para busca interna ‘social’, a ‘Graph Search’ De acordo com a rede, mecanismo facilitará descobrir os gostos e lugares frequentados pelos amigos dos usuários; sistema não concorre com o Google. O Facebook anunciou nesta terça (15) o lançamento de um sistema de busca interno, que pesquisa a base de amigos do usuário para oferecer respostas como “quem mora em São Paulo e gosta de futebol”, ou “quantas pessoas solteiras moram no Itaim e gostam de Star Wars”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Chamado de ‘Graph Search‘ (ou Busca Social), a ferramenta não é concorrente do Google, como se esperava que o Facebook fosse anunciar, e sim um mecanismo para filtrar os gostos dos amigos e/ou de quem o disponibilizou publicamente. O sistema começará a ser oferecido gradualmente, a partir desta semana. Durante o anúncio, o CEO da rede, Mark Zuckerberg, disse que o sistema ajudará a interligar as pessoas que usam o Facebook. “Acreditamos nesse conceito para ajudar as pessoas de todo mundo a se conectarem”, disse. É uma das coisas mais legais que já fizemos, mas quero deixar claro que ainda está na fase beta (testes)”, afirma. “Nossa base de dados é grande e crescente. São 1 bilhão de pessoas, 240 bilhões de fotos e trilhão de conexões”, disse. “Mas não estamos indexando a web”, explicou. Os executivos deixaram bem claro que não se trata de uma pesquisa por palavras-chave, como a dos motores de busca tradicionais. O sistema funciona por perguntas e filtros, e exibe pessoas e marcas, em vez de links – por exemplo, quem gosta de um determinado seriado e/ou um filme, ou quais as páginas desses seriados/filmes. O conteúdo disponível para busca global será aquele que o usuário marcar como público. Se for fechado para amigos, somente eles encontrarão aquelas informações, disseram os executivos. A Busca Social também permite buscar fotos tiradas em um determinado lugar – em Paris ou em um parque, por exemplo – ou por data. Elas serão exibidas por ordem de ‘popularidade’ (com mais likes, comentários e compartilhamentos). “É como o Google Image Search, mas somente com  fotos de amigos e imagens disponíveis publicamente”, disse Tom Stocky, diretor de produtos da Facebook. Parceria com Bing Zuckerberg disse que a ferramenta será útil também para empresas recrutarem usando o FB. “Buscar quem são amigos dos meus funcionários é um bom começo”, disse. Um uso apontado é o descobrir restaurantes ou profissionais recomendados pelos amigos. Uma busca por “restaurantes indianos que meus amigos curtem” irá exibir uma página com os mais populares dentro da base de amigos do usuário, por exemplo. O mesmo vale para “médicos que eles frequentam”. Outra função do sistema é que o usuário “descubra o mundo”, disse Zuckerberg. Um exemplo é “músicas preferidas de pessoas que gostam de teatro”, por exemplo. A ideia é formar conexões a partir de gostos em comum, explica o CEO. A empresa também disse que o sistema tradicional de buscas (o instant search), por pessoas, grupos e marcas, está mais rápido. A rede social disse ter reforçado a parceria com o mecanismo da Microsoft, o Bing, para exibir resultados que não estão disponíveis na base de usuários – a pesquisa na web. Zuckerberg disse que, antes de o sistema ficar disponível globalmente, o usuário será alertado para revisar o conteúdo que está disponível publicamente – desmarcando fotos ou “check-ins”, por exemplo. IDGNow

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Facebook cobra US$ 100 para envio de mensagem a Zuckerberg

Os usuários que quiserem enviar uma mensagem para o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, por meio do seu perfil na rede social, podem fazer com que seu recado tenha prioridade na caixa de entrada do executivo. Mas isso tem um preço: US$ 100. Segundo o site de tecnologia americano Mashable, o preço cobrado pelo Facebook faz com que a mensagem caia na caixa de entrada principal do executivo, em vez da pasta “outros”. O Facebook anunciou em dezembro que iria começar a testar o envio de mensagens pagas na rede social, ao custo de US$ 1. Atualmente, se um usuário que não é seu amigo lhe enviar uma mensagem pelo Facebook, ela cai na pasta “outros” – para onde são mandados recados que o Facebook acredita que o usuário não quer ler com urgência. Com o sistema de pagamento, esta mensagem irá para a sua pasta principal. O recurso ainda não está sendo testado no Brasil.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Segundo o Mashable, o Facebook já havia anunciado que tentaria ampliar os testes de envio de pagamentos de mensagens com preços maiores que US$ 1. Sobre a mensagem para Zuckerberg, um porta-voz da companhia afirmou simplesmente que está testando “preços extremos” para ver o que funciona para filtrar spam. JB on line

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