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Israel bombardeia hospital em Gaza – 200 mortos

Alguém “çábio”, pode me apresentar uma explicação irretocável que justifique um bombardeio a um hospital com a morte de cerca de 200 vidas? PS. A meu sentir Israel está caindo na armadilha tramada pelos terroristas do Hamas, armados pelo Irã. Com esses bombardeios indiscriminados, Israel vai perdendo a simpatia da comunidade, não catequisada, internacional.

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Tecnologia, guerras e desinformação

Existe uma frase que diz: “Nenhum motivo explica as guerras”. E apesar de forte, é uma frase frágil. Pois mesmo vindo de forma afirmativa. Quem vive algum tipo de guerra, sabe que ela é mais um mantra, um desejo, ou mesmo um grito desesperado de socorro, do que uma realidade. Os grandes avanços nas tecnologias de comunicação, principalmente da internet, nos possibilitam acompanhar com mais velocidade a dura e brutal realidade da guerra, algumas delas, como a situação do controle de Israel sobre Gaza, com mais de longos 70 anos de história. Essa evolução nos leva também para uma guerra do controle da narrativa, onde a construção da informação direciona leituras e reflexões sociais. Em cenários de desigualdade, quem tem mais ferramentas, sai na frente e cria o imaginário que deseja, mobilizando maiorias desinformadas. Talvez eu sempre tenha sido um ativista, mas passei a existir e ter voz, quando a internet chegou, aqui. Antes, a imprensa padrão e distante da minha realidade, narrava também à distância, inverdades que viravam fatos e ajudaram por anos, a criminalizar meu lugar na sociedade. No presente disputamos essa memória e futuros, onde haja equidade da narrativa que continua desigual, mas que porém, já conseguimos confrontar e ao menos mobilizar alguns, para desconstruir injeções homeopáticas de informações sem nossa voz e narrativa ao longo de tantos anos.

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Brasileiros resgatados em Gaza

Governo brasileiro alugou uma casa em Gaza para os brasileiros se abrigaram até o “corredor humanitário” para o Egito ser liberado. Lá não haverá brasileiros morrendo com falta de ar. Desenho?

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Terceiro avião parte de Israel para o Brasil

Terceiro avião, com 69 brasileiros, deixa Israel rumo a Guarulhos. Terceiro voo com brasileiros resgatados tem previsão de fazer duas paradas técnicas, uma em Lisboa e outra em Cabo Verde, antes de chegar ao seu destino final.

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Netanyahu é criticado pela imprensa de Israel

Lá ele é tratado assim. Aqui festejam cada bomba. Nem a mídia de um Estado terrorista é tão bárbara quanto a nossa. “Um líder de gangue que não pode servir a Israel como Primeiro-ministro”, diz maior jornal israelense.

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Israel e Hamas

“Normalmente, Israel tem grande medo. A gente tem medo porque a gente gosta da vida, e entrar na Faixa de Gaza é última solução do governo e, também, dos soldados. Eu quero ir a festas, à praia, eu não quero lutar. A gente ora pela paz, também pela paz em Gaza, e eu mando daqui a paz para o povo inocente de Gaza que está sofrendo por causa da liderança do Hamas”, disse o soldado israelense Dan Rushanski sobre a iminência de uma invasão por terra à Faixa de Gaza. Jerusalem Post

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Libertário desmonta Obama e seus assassinatos seletivos

O libertário Rand Paul, do Partido Republicano, desmontou os argumentos da administração de Barack Obama para lançar ataques com Drones. E alertou também para os riscos de americanos serem alvejados dentro dos EUA pelos bombardeios com estes aviões não-tripulados, cada vez mais comuns. Como exemplo, Paul cita um exemplo de um árabe-americano de Detroit, onde há uma comunidade grande. Suponha que este jovem troque um email com um primo no Oriente Médio para contar as notícias da vida da família nos EUA. O primo quer saber apenas isso. Mas, por outro lado, integra uma entidade considerada terrorista pelo Departamento de Estado. Isso torna o americano de Detroit terrorista só porque se comunica com o primo do Hamas? E o governo teria o direito de ataca-lo dentro do território americano sem direito a julgamento? O senador, que é filho de Ron Paul, pré-candidato à Presidência, perguntou ao governo americano e não obteve uma resposta satisfatória do Departamento de Justiça. Na prática, o governo de Obama deixou aberta esta possibilidade de matar um americano sem julgamento. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Em defesa do presidente, surpreendentemente, saiu o editorial do Wall Street Journal. Segundo o jornal, o governo deve agir contra combatentes inimigos dentro dos EUA se eles oferecerem um risco. Paul não discorda. Apenas acha que o presidente não pode determinar quem é um combatente terrorista. O rapaz de Detroit pode ser acidentalmente suspeito por trocar e-mails com primo do Hamas. E, como lembra Paul, mesmo no exterior os EUA matam suspeitos. Ninguém garante que determinada pessoa seja realmente terrorista. Simplesmente o governo disse que são. Conheço o Yemen e sei que muitos habitantes podem ser equivocadamente suspeitos de terrorismo. Além disso, existem radicais que oferecem ameaças locais, não a interesses americanos. É preciso diferenciar. Israel, com todas as informações em Gaza e realizando assassinatos seletivos em uma escala infinitamente menos do que os EUA, cometeu alguns erros, como na ação que matou Salah Shehada, líder do Hamas, segundo disseram os próprios líderes do Shin Bet (serviço de segurança interna de Israel) no documentário Gatekeepers. Ele era um terrorista que ameaçava Israel. Mas, junto com ele, morreram 15 inocentes, incluindo crianças. Como era na Palestina e o premiê israelense era Ariel Sharon, houve gritaria. Já nas dezenas de bombardeios do Nobel da Paz Obama no Yemen há um silêncio, especialmente da esquerda. Para ficar claro, Paul não discorda de uma ação contra alguém a caminho de realizar um atentado. Mas não nos outros casos. As pessoas, como diz ele, tem direito a julgamento. Mesmo serial killers podem se defender nos EUA. O mesmo se aplica a estupradores. Suspeitos de terrorismo americanos que não estejam envolvidos em uma ação imediata também devem ter este direito. Quem sabe estejam apenas enviando email para o primo. As declarações foram dadas ontem quando ele adotou um filibuster. Isto é, bloqueou momentaneamente a votação para confirmar ou não a indicação de John Brennan, “pai dos Drones”, para o cargo de diretor da CIA, onde ele continuará a prática do governo Obama de assassinatos seletivos de suspeitos de terrorismo. Em seguida, discursou por 13 horas para condenar estas ações do atual presidente. No fim, mesmo com o filibuster, que exige 60 dos 100 senadores para aprovar uma nomeação, em de maioria simples, o indicado tende a ser aprovado. Obs. Paul afirmou que certamente o senador Obama, de 2007, estaria ao seu lado ontem se fosse George W. Bush realizando as ações com Drones. Guga Chacra/Estadão

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Egito e o declínio do extremismo

‘O extremismo está em declínio’, diz historiador O historiador e cientista político francês Jean-Pierre Filiu, professor visitante na Universidade Columbia, em Nova York, afirma que vitória de revoluções pacíficas e democráticas em países árabes como Egito e Tunísia é a derrota da al-Qaeda e do movimento jihadista. “É uma catástrofe para a al-Qaeda. Todas as coisas pelas quais os manifestantes lutam são anátema para os jihadistas: eleições livres, transparência, poder para o povo”, diz Filiu, autor dos livros “O apocalipse do Islã” e “As fronteiras da jihad” (Editora Fayard). Para o historiador, especialista em jihadismo, a ideia de que o Oriente Médio é refém da alternativa entre as últimas ditaduras e regimes extremistas islâmicos é completamente equivocada. Segundo ele, o extremismo está em declínio. Filiu acredita que a “pedagogia do pluralismo” de uma coalizão será benéfica para a Irmandade Muçulmana. “Ser minoria faz muito bem à cabeça e ao coração de gente que é um pouco rígida”, diz. Professor do Instituto de Estudos Políticos de Paris, Filiu, de 49 anos, viveu durante 20 anos no Oriente Médio. Em Nova York, ele trabalha no seu próximo livro, “A revolução árabe: 10 lições sobre o levante democrático”, e atende com um sorriso de alívio os alunos. “Quando esses meninos me procuravam, eu sentia tanta pena deles, iam passar 20 anos com Mubarak, com a polícia secreta, o medo; agora eles participam da festa nas ruas do Egito.”[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] A outra diferença é que seus colegas não torcem mais o nariz quando Filiu manda os alunos pesquisarem no Facebook. O que o senhor espera ver no Oriente Médio nas próximas semana e meses? O senhor acredita que o exemplo dado pelo Egito tenha ressonância e se repita em outros países da região rapidamente? O que acontece sempre que você está diante de um momento histórico é que nada do passado pode ser usado para interpretar ou analisar o que é radicalmente novo. Não acredito em efeito dominó. A comparação com a queda do Muro de Berlim em 1989 não é válida, porque ali havia um comando central, a União Soviética, e o fato de que a União Soviética estava se desmantelando levou mecanicamente à liberação de todos aqueles países. No caso atual, temos a sociedade civil confrontando o regime, com uma coragem incrível, e temos um processo de emulação. As duas revoluções, na Tunísia, e no Egito, têm um enorme poder de emulação porque o medo foi derrotado, e o povo descobriu que aquilo com o que sonhava é possível. São eventos de uma magnitude tal que serão sentidos em toda a região, mas isso não significa que a cada semana, ou a cada mês outro regime cairá. O que é certo é que se trata de uma nova era, e nesta nova era os governantes sabem que o tempo de impunidade absoluta acabou. Olhando para o futuro, o senhor vê candidatos a presidente surgindo com força, como Amr Moussa, que anunciou sua renúncia da presidência da Liga Árabe ou o prêmio Nobel Mohamed ElBaradei? O senhor acha que os partidos de oposição conseguirão se organizar a tempo para a eleição? Não devemos olhar para isso com olhos do passado. A era dos líderes salvadores terminou. Esses jovens não querem um líder, um modelo. Mas alguém terá que assumir o poder, não? Este problema é nosso, não deles. Nosso problema, nossa ansiedade, é ver alguém no lugar de Mubarak. Os egípcios não estão nem aí. Eles não fizeram esta revolução para substituir um Mubarak por outro. Se não entendermos esta mensagem, estaremos interpretando o movimento de uma maneira totalmente errada. Se houver pressa em chegar a uma conclusão de que agora é ElBaradei ou Moussa, corre-se o risco de cair nos mesmos erros do passado. Temos que entender que essa geração é jovem não apenas porque usa o Facebook ou o Twitter, ela é jovem porque não quer um pai que diga a ela o que é certo e o que é errado. A questão mais importante, para eles, certamente não é ter um líder. Tudo tem que ser reconstruído. Vai levar muito tempo, não se constrói um partido político ou um sindicato num piscar de olhos, nem mesmo uma ONG. Eles querem imediatamente o fim do estado de emergência, que gera vulnerabilidade a todos. Mas não estão correndo para encontrar um salvador. Eles estão sendo muito maduros, querem antes desmanchar esse aparelho de repressão. Para eles, o mais importante é a eleição para o Parlamento, não o voto para presidente. É fascinante ver como essa pressa vem de fora, não de dentro do Egito. Um dos motivos pelos quais os países ocidentais têm pressa é o medo que o extremismo cresça no Oriente Médio. Mas o senhor escreveu que a vitória de movimentos pacíficos na região vai desestabilizar a al-Qaeda, certo? Fernanda Godoy/O Globo É uma catástrofe para a al-Qaeda. Em primeiro lugar, porque o movimento pela democracia é um sucesso, e eles são um fracasso. O que a al-Qaeda conseguiu em 20 anos? Nada. Pior do que nada: conseguiu guerra civil no Iraque, guerra civil no Paquistão, ocupação prolongada no Afeganistão. Do outro lado, um movimento pacífico, sem motivação islâmica, sem bandeira verde, e, em menos de um mês, o ditador caiu. Em segundo lugar, todas as coisas pelas quais os manifestantes lutam são anátema para os jihadistas: eleições livres, transparência, responsabilidade dos governantes, poder para o povo. A al-Qaeda está tão chocada que não consegue dizer uma palavra, e, quando diz algo, é terrível. O braço iraquiano da al-Qaeda divulgou um comunicado no dia 8 de fevereiro insultando os manifestantes egípcios, por “adorar os ídolos podres do patriotismo e da democracia infiel”. Eles não podem estar mais fora de contato com a realidade. Eles sempre disseram que esses regimes não importavam, que eles tinham que atacar o inimigo distante, o World Trade Center, para desestabilizar o Egito ou outros países. E aqui temos uma revolução feita pelo povo, genuinamente local, dizendo ao Ocidente: “Não interfiram, não

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O ponto de vista do governo de Israel

O conflito do Hamas em cores Giora Becher, Embaixador de Israel no Brasil “O mundo livre ficou chocado quando terroristas explodiram trens e um ônibus em Londres e Madri, e transformaram os dois prédios mais altos do mundo em uma pilha de detritos, em Nova York. Todos concordaram que deveria existir uma cooperação internacional conjunta dirigida a ataques terroristas perpetrados por fanáticos islâmicos. A operação de Israel na Faixa de Gaza faz parte da luta mundial contra o terror. Os israelenses têm o mesmo direito básico dos cidadãos de São Paulo, Rio de Janeiro ou Brasília de viverem em segurança em suas cidades e lares, sem estarem expostos aos perigos de foguetes que possam “cair sobre eles” a qualquer momento. Onde quer que os israelenses estejam, têm meros 15 segundos para correr com suas familias até o abrigo mais próximo e salvar suas vidas. Por oito longos anos, a cidade de Sderot, localizada a apenas 4 km de Gaza, tem vivido assim. Um quarto da população da cidade já saiu. Vocês estariam dispostos a viver sob estas condições, dia e noite, por oito anos, alvos de projéteis lançados pelo Hamas? O povo palestino não é nosso inimigo. Eles são nossos vizinhos. Queremos realmente “construir pontes” de diálogo e esperança de um futuro melhor com os palestinos. O Hamas é nosso inimigo. Esta é uma organização terrorista islâmica violenta, membro do eixo radical Teerã-Hezbolá. Com sua linha dura de aderência a uma doutrina religiosa extremista, eles não querem fazer nenhum compromisso e não respeitam nenhum acordo. Seu objetivo declarado é o de eliminar o Estado de Israel e assassinar todos os seus cidadãos. O Hamas já explodiu ônibus lotados de passageiros em Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. O Hamas enviou terroristas suicidas para assassinar centenas de israelenses em muitos locais. Como vocês agiriam se uma organização terrorista brutal fosse enviada para matar civis e crianças em seus restaurantes e ônibus? Além do mais, o Hamas não é apenas inimigo de Israel, mas inimigo de todos os árabes moderados. Pouco tempo atrás, quando o Hamas tomou Gaza à força, seus homens não se importaram quando jogaram seus opositores políticos, que apoiavam a Autoridade Palestina, do alto de prédios. Muitos foram mortos pelo fogo do Hamas, enquanto o poder era tirado das mãos do presidente Abbas. Os palestinos moderados conhecem a amarga verdade sobre o Hamas. Eu gostaria que vocês soubessem a verdade também.

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