Tecnologia, guerras e desinformação

Existe uma frase que diz: “Nenhum motivo explica as guerras”. E apesar de forte, é uma frase frágil. Pois mesmo vindo de forma afirmativa. Quem vive algum tipo de guerra, sabe que ela é mais um mantra, um desejo, ou mesmo um grito desesperado de socorro, do que uma realidade.

Os grandes avanços nas tecnologias de comunicação, principalmente da internet, nos possibilitam acompanhar com mais velocidade a dura e brutal realidade da guerra, algumas delas, como a situação do controle de Israel sobre Gaza, com mais de longos 70 anos de história.

Essa evolução nos leva também para uma guerra do controle da narrativa, onde a construção da informação direciona leituras e reflexões sociais. Em cenários de desigualdade, quem tem mais ferramentas, sai na frente e cria o imaginário que deseja, mobilizando maiorias desinformadas.

Talvez eu sempre tenha sido um ativista, mas passei a existir e ter voz, quando a internet chegou, aqui. Antes, a imprensa padrão e distante da minha realidade, narrava também à distância, inverdades que viravam fatos e ajudaram por anos, a criminalizar meu lugar na sociedade.

No presente disputamos essa memória e futuros, onde haja equidade da narrativa que continua desigual, mas que porém, já conseguimos confrontar e ao menos mobilizar alguns, para desconstruir injeções homeopáticas de informações sem nossa voz e narrativa ao longo de tantos anos.

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