Arquivo

Eleições 2014, bolsa família e o Padre Antonio Vieira

Quando assisto o empenho dos que chafurdando na lama de lá querem contaminar a tudo e a todos, lembro de Seronato, um personagem do Padre Antonio Vieira sobre o qual comenta Sidônio Apolinar: “Seronato está sempre ocupado em duas coisas: em castigar furtos e em os fazer. Não era zelo de justiça senão inveja. Queria acabar com todos os ladrões do mundo para roubar ele só”. Nada como um dia atrás do outro! E do outro também! Ah!, o “pragmatismo” dos políticos brasileiros! Eis aí algo que impressiona, e torna os Tupiniquins mera massa de manobra para os mais rasteiros interesses eleitoreiros. Esse tipo de embromação panfletária é prática de toda a corja. De todos, eu disse de todos, os partidos políticos. Na tribuna, vestais, sempre apontado a falta dos outros. Nos bastidores Mefístoles cozinhando no mesmo caldeirão a receita do engôdo para manter o domínio dos currais eleitorais. Olhem só que “pragmáticas” declarações tucanas que encontrei vasculhando uma hemeroteca: “Vamos assumir o que fizemos e discutir o que queremos. Vamos desmistificar essa questão de que o partido é contra essas políticas”, disse, poucos dias antes de falecer o então presidente do PSDB,  deputado Sérgio Guerra (PE). Os tucanos, no entanto, destacarão que Lula merece “aplauso” por manter e ampliar o Bolsa-Família. [ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]

Leia mais »

Petrobras e Fernando Henrique Cardoso

Do site da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET) Para refrescar a memória dos entusiastas da CPI da Petrobras – eu acho necessário que a CPI seja instalada –  o presidente da AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobras), Fernando Leite Siqueira, selecionou dez estragos produzidos pelo Governo FHC no Sistema Petrobrás, que seguem: 1993 – Como ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso fez um corte de 52% no orçamento da Petrobrás previsto para o ano de 1994, sem nenhuma fundamentação ou justificativa técnica. Ele teria inviabilizado a empresa se não tivesse estourado o escândalo do orçamento, envolvendo vários parlamentares apelidados de `anões do orçamento`, no Congresso Nacional, assunto que desviou a atenção do País, fazendo com que se esquecessem da Petrobrás. Todavia, isto causou um atraso de cerca de 6 meses na programação da empresa, que teve de mobilizar as suas melhores equipes para rever e repriorizar os projetos integrantes daquele orçamento; 1994 – ainda como ministro da Fazenda, com a ajuda do diretor do Departamento Nacional dos Combustíveis, manipulou a estrutura de preços dos derivados do petróleo, de forma que, nos 6 últimos meses que antecederam o Plano Real, a Petrobrás teve aumentos mensais na sua parcela dos combustíveis em valores 8% abaixo da inflação. Por outro lado, o cartel internacional das distribuidoras derivados teve aumentos de 32%, acima da inflação, nas suas parcelas. Isto significou uma transferência anual, permanente, de cerca de US$ 3 bilhões do faturamento da Petrobrás, para o cartel dessas distribuidoras. A forma de fazer isto foi através dos 2 aumentos mensais que eram concedidos aos derivados, pelo fato de a Petrobrás comprar o petróleo em dólares, no exterior, e vender no mercado em moeda nacional. Havia uma inflação alta e uma desvalorização diária da nossa moeda. Os dois aumentos repunham parte das perdas que a Petrobrás sofria devido a essa desvalorização. Mais incrível: a Petrobrás vendia os derivados para o cartel e este, além de pagá-la só 30 a 50 dias depois, ainda aplicava esses valores e o valor dos tributos retidos para posterior repasse ao tesouro no mercado financeiro, obtendo daí vultosos ganhos financeiros em face da inflação galopante então presente. Quando o plano Real começou a ser implantado com o objetivo de acabar com a inflação, o cartel reivindicou uma parcela maior nos aumentos porque iria perder aquele duplo e absurdo lucro.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] 1995 – Em fevereiro, já como presidente, FHC proibiu a ida de funcionários de estatais ao Congresso Nacional para prestar informações aos parlamentares e ajudá-los a exercer seus mandatos com respaldo de informações corretas. Assim, os parlamentares ficaram reféns das manipulações da imprensa comprometida. As informações dadas aos parlamentares no governo de Itamar Franco, como dito acima, haviam impedido a revisão com um claro viés neoliberal da Constituição Federal. Emitiu um decreto, 1403/95 que instituía um órgão de inteligência, o SIAL, Serviço de Informação e apoio Legislativo, com o objetivo de espionar os funcionários de estatais que fossem a Brasília falar com parlamentares. Se descobertos, seriam demitidos. Assim, tendo tempo para me aposentar, solicitei a aposentadoria e fui para Brasília por conta da Associação. Tendo recursos bem menores que a Petrobrás (que, no governo Itamar Franco enviava 15 empregados semanalmente ao Congresso), eu só podia levar mais um aposentado para ajudar no contato com os parlamentares. Um dos nossos dirigentes, Argemiro Pertence, mudou-se para Brasília, às suas expensas, para ajudar nesse trabalho; Também em 1995, FHC deflagrou o contrato e a construção do Gasoduto Bolívia-Brasil, que foi o pior contrato que a Petrobrás assinou em sua história. FHC, como ministro da Fazenda do governo Itamar Franco, funcionou como lobista em favor do gasoduto. Como presidente, suspendeu 15 projetos de hidrelétricas em diversas fases, para tornar o gasoduto irreversível. Este fato, mais tarde, acarretaria o `apagão` no setor elétrico brasileiro. As empresas estrangeiras, comandadas pela Enron e Repsol, donas das reservas de gás naquele país só tinham como mercado o Brasil. Mas a construção do gasoduto era economicamente inviável. A taxa de retorno era de 10% ao ano, enquanto o custo financeiro era de 12% ao ano. Por isto pressionaram o Governo a determinar que Petrobrás assumisse a construção. A empresa foi obrigada a destinar recursos da Bacia de Campos, onde a Taxa de Retorno era de 80%, para investir nesse empreendimento. O contrato foi ruim para o Brasil pelas seguintes razões: mudança da matriz energética para pior, mais suja, ficar dependente de insumo externo dominado por corporações internacionais, com o preço atrelado ao do petróleo e valorada em moeda forte; foi ruim para a Bolívia que só recebia 18% pela entrega de uma de suas últimas riquezas, a mais significativa. Evo Morales elevou essa participação para 80% (a média mundial de participação dos países exportadores é de 84%) e todas as empresas aceitaram de bom grado. E foi péssimo para a Petrobrás que, além de tudo, foi obrigada a assinar uma cláusula de `Take or Pay`, ou seja, comprando ou não a quantidade contratada, ela pagaria por ela. Assim, por mais de 10 anos, pagou por cerca de 10 milhões de metros cúbicos sem conseguir vender o gás no mercado nacional. Em 1995, o governo, faltando com o compromisso assinado com a categoria, levou os petroleiros à greve, com o firme propósito de fragilizar o sindicalismo brasileiro e a sua resistência às privatizações que pretendia fazer. Havia sido assinado um acordo de aumento de salário de 13%, que foi cancelado sob a alegação de que o presidente da Petrobrás não o havia assinado. Mas o acordo foi assinado pelo então Ministro das Minas e Energia, Delcídio Amaral, pelo representante do presidente da Petrobrás e pelo Ministro da Fazenda, Ciro Gomes. Além disto, o acordo foi assinado a partir de uma proposta apresentada pelo presidente da Petrobrás. Enfim, foi deflagrada a greve, após muita provocação, inclusive do Ministro do TST, Almir Pazzianoto, que disse que os petroleiros estavam sendo feitos de palhaços. FHC reprimiu a greve fortemente, com tropas do exercito nas refinarias, para acirrar os

Leia mais »

PSDB se recusa a investigar a Alstom

Minha sábia avó já dizia: “todo mundo é bom mais à lua falta uma banda”. O dito mostra-se cada vez mais atual, bem como também o popular “nada melhor que um dia após o outro, ou o infalível “faça o que eu digo mas não faça o que eu faço”. Todos esses, e mais alguns outros axiomas, vestem o figurino dos tucanos, que a exemplo dos petistas, estão aí para o exercício da enganação. O que o PSDB quer que seja feito contra o PT não permite que seja feito quando o alvo é um emplumado partidário. O escândalo do suborno nos financiamentos do metrô de São Paulo, “buraco” corruptor que reside nos subterrâneos desde o governo de Mário Covas, até o do tucano Alckmin, permanece soterrado pela maioria do PSDB na Assembléia Legislativa da paulicéia desvairada. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Cavendish e o livro da Delta

É entre fraldas, chupetas e muitos problemas que o dono da Delta tem passado os dias. O livro da Delta Paula Cesarino Costa/Folha de S.Paulo O empresário Fernando Cavendish, 49, está sendo estimulado a publicar a “única verdade que conhece”. Escreveu um livro, mas ainda não decidiu se vai publicá-lo. Foi depois da queda de um helicóptero que levava amigos para sua festa de aniversário na Bahia, em junho de 2011, que se tornou uma figura conhecida. Na ocasião, morreram sete pessoas, entre elas a mãe de seus dois filhos gêmeos, de dois anos, e ficou exposta a amizade com Sérgio Cabral, governador do Rio, Estado que tem vários contratos com a Delta. Mas foi só com a CPI do Cachoeira -que investigou as ligações do banqueiro do jogo do bicho com políticos, empresários e órgãos públicos, no ano passado- que seu mundo começou a ruir. Em especial com a revelação das ligações do diretor Cláudio Abreu, acusado de ser parceiro de Cachoeira. No livro, Cavendish distancia-se de Cachoeira, diz que não ia a Goiás havia cinco anos e que seu estilo sempre foi o de delegar poder. Demitiu 22 mil funcionários. Hoje, são 6.500. A Delta, considerada inidônea, está atolada em dívidas. O empresário narra sua história. O pai, pernambucano, tinha uma empresa pequena. Em 94, Cavendish montou uma sala no Rio. Ambicioso, queria fazer a empresa acontecer. Percebeu que o meio era recheado de vícios, e cresceu na contramão, aceitando ganhar menos. Bate na tecla de que o complicado no seu ramo de negócio é que, a cada dois anos, tem campanha eleitoral, e o cliente tem necessidade de “apoio empresarial”. Mas o que pode ser mais explosivo -e que resiste a colocar em detalhes no livro- é sua avaliação de que a CPI acabou porque bateu no lugar errado, as grandes empresas. “Ou acabava o Brasil e fechava para balanço. Ou acabava a CPI”, costuma falar. O que restará no livro? [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Mensalão Paulista: a mídia continuará ignorando?

O deputado estadual paulista Roque Barbiere (PTB), conhecido como Roquinho, concedeu entrevista ao programa “Questão de Opinião”, no site do Jornal “Folha da Região” de Araçatuba, e soltou a seguinte bomba: Entrevistador: – É verdade que tá cheio de deputado que vende emenda, trabalha para empreiteira, faz lobby com prefeitura vendendo, inclusive, projetos educacionais? Deputado: – É! Não que tá cheio, tem bastante que faz isso. Não é a maioria, mas tem um belo de um grupo que vive, sobrevive e enriquece fazendo isso. Entrevistador: – De 100%, você chutaria um tanto? Deputado: – 25 a 30%. Entrevistador: – 25 a 30%… você pode citar um? Deputado: – Poderia, mas não vou ser dedo-duro e não vou citar. Mas existe! Existe ao meu lado, existe de vizinho, vejo acontecer, falo para eles, inclusive, para parar. Aviso que se um dia vier cassação do mandato deles, não vir me pedir o voto que eu vou votar para cassá-los, mas não vou dedurar. Em 2004, Roberto Jefferson fez denúncia semelhante e resultou em três CPI’s, na maior cobertura midiática promovida pela imprensa dia-e-noite, sem parar, da história do Brasil. E agora, governador Alckmin (PSDB/SP)? Vai deixar a ALESP (Assembléia Legislativa) abrir uma CPI só que seja, para os supostos 70% “honestos”, investigarem os “supostos 30%” corruptos denunciados pelo deputado Roquinho? Ou tem medo desse mensalão bater na porta do Palácio dos Bandeirantes? [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]E agora, Globo? E agora, Veja? E agora, Folha (¹)? Vão ficar caladas, protegendo a corrupção tucana, jogando a sujeira para baixo do tapete, só porque o governador Alckmin comprou com dinheiro público do contribuinte paulista R$ 9 milhões de assinaturas de seus jornais e revistas? Na gestão anterior de Geraldo Alckmin no governo do Estado, já houve uma grave denúncia de um mensalão da Nossa Caixa (o banco do governo do estado de SP na época, depois vendido) para comprar apoio de deputados estaduais mediante anúncios superfaturados em jornais e rádios pertencentes aos deputados. Foi tudo abafado e engavetado. Dessa vez será diferente? Por sinal, cadê a OAB? Cadê a indignação do Ophir Cavalcanti? Em tempo: Essa denúncia do deputado já virou alvo de investigação do Ministério Público Estadual. Pizza de xuxu expressa: Geraldo Alckmin (PSDB) já correu na imprensa amiga para engavetar as denúncias.O deputado Roquinho é da base aliada do governador tucano (e não é dissidente). ¹ O Estadão, por enquanto, se dignou a publicar a notícia, apesar de já estar aceitando as “explicações” de Alckmin de forma acrítica. Fonte: Minuto Notícias

Leia mais »

Governo protege as ONGs corruptas

A minha modesta, eu sei, capacidade semiológica de decodificar a comunicação entre emissor/receptor, é insuficiente para compreender por que algo intitulado Organização Não Governamental – ONG – recebe dinheiro do governo. Tais organizações que em um passado longínquo recebiam a admiração do brasileiros, agora têm, na maioria, suas siglas associadas a fraudes. Há dormitando no Senado Federal uma CPI para apurar as peraltices das ONGS, mas até hoje não houve força capaz de fazer decolar a chamada CPI das ONGS, apesar de haver sido colhidas o número regimental de assinaturas parlamentares para sua instalação. O Editor Governo protege as ONGs corruptas, reconhece que não tem o menor controle sobre elas, mas continua a lhes repassar recursos públicos.  A admissão do fracasso do governo em relação às ONGs (Organizações Não-Governamentais) acaba de ser feita pelo próprio ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que é responsável pela interlocução do Planalto com os movimentos sociais. Carvalho participou do seminário “Fóruns do Planalto”. Falando para uma plateia de servidores, disse que o governo tem trabalhado para evitar “a picaretagem que infelizmente também grassa e cresce” entre as ONGs, reconhecendo que nesse setor é difícil separar “o joio do trigo”. O ministro reconheceu o fracasso no controle sobre as ONGs e disse ser necessário criar “um departamento-monstro para dar conta de nota por nota, nessa questão de manter fiscalização para evitar a picaretagem que infelizmente também grassa e cresce nessa área. Ao lado de tantas entidades beneméritas, nós sabemos de ONGs e entidades que são criadas para auferir recursos para as próprias pessoas, que são fraudes”.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Paradoxalmente, o ministro defende que o governo continue a sustentar essas ONGs fraudulentas. Alega que a alternativa não é simplesmente bloquear a transferência de recursos públicos, e revela que tem defendido essa tese junto à própria Dilma Rousseff. “A presidente fica preocupada com os processos de corrupção e apropriação indébita, ela tem sensibilidade. Mas se a gente parar hoje de fazer financiamento para muitas entidades, quem vai sofrer são menos as entidades e mais o povo da ponta”, justifica Carvalho. Traduzindo: as ONGs picaretas não somente continuarão impunes por tempo indeterminado, mas permanecerão beneficiadas e favorecidas com repasses de verbas públicas do governo federal, conforme defende o ministro Gilberto Carvalho. O ministro apenas propõe que o governo retome a ideia da Consolidação das Leis Sociais. E argumenta que uma saída seria incluir nessa Consolidação mecanismos de controle mais rígidos para essas entidades. “Esse trabalho foi interrompido pelo clima eleitoral, mas é necessário que retomemos, porque você pode acoplar nesse processo dispositivos que permitam essa relação com as entidades com o governo com estabilidade e segurança jurídica”, afirmou, deixando claro que o governo não pretende tomar qualquer medida imediata contra as ONGs corruptas. Newton Carlos/Tribuna da Imprensa

Leia mais »

Petrobras usa blog para vazar reportagens

Alvo de uma CPI no Congresso, a Petrobras decidiu tornar públicos, em um blog que criou na internet, os e-mails enviados por jornalistas que procuram a assessoria de comunicação da empresa, no Rio, para obter informações e esclarecimentos para reportagens que ainda estão em andamento. A empresa colocou o blog no ar no último dia 2, como parte da estratégia da comunicação lançada pela estatal após a abertura da CPI. Na noite de ontem, o objeto de reportagens que a Folha ainda apura – com questões endereçadas à empresa, para que possa oferecer a sua versão dos fatos- foi publicado no blog pela Petrobras. A Folha fez perguntas a respeito da contratação de advogados sem licitação, sobre os custos de um gasoduto no Amazonas e, por último, acerca de gastos com patrocínios de festas no Nordeste. Questionado pela Folha, o gerente de imprensa da estatal, Lúcio Pimentel, disse que a Petrobras vai manter a decisão de divulgar e-mails de reportagens ainda em andamento. Disse que se trata de uma “política de transparência” adotada pela direção da empresa. A atitude da Petrobras motivou os jornais “O Estado de S. Paulo” e “O Globo” a indagar se a empresa havia pedido autorização à Folha para divulgar seus e-mails. A Petrobras respondeu: “Não houve divulgação do e-mail, e sim das perguntas e respostas dadas ao jornal [Folha]. No entendimento da Petrobras não há ilegalidade, pois o conteúdo divulgado é público”. Folha de São Paulo

Leia mais »