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Yoani Sánchez no Brasil

As e os “castrestes” montam acampamento em todos o lugares por onde passa no Brasil, a blogueira cubana Yoani Sánches, famosa por opor resistência à ditadura dos irmãos Castro em Cuba. Após longo batalha a blogueira conseguiu finalmente que a ditadura comandada por Raul Castro lhe concedesse o passaporte para que ela pudesse viajar para fora do “paraíso” caribenho. Melhor divulgação ela não poderia ter. Sem os “protestos” dos ‘esquerdoides’ – adoram Cuba, mas não querem ir viver lá – 80% dos brasileiros não tomariam conhecimento da existência da blogueira que resiste aos “Castros”.

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Censura: blogs na Itália ameaçados por projeto de lei

Contra a censura. Sempre! Do ponto de vista do direito dos cidadãos, a cidadania está ameaçada com a existência de qualquer tipo de censura, pois ofende direitos fundamentais do ser humano, entre eles, a liberdade de opinião, de crítica ou da maneira de pensar e de viver. O Editor  Blogueiros protestam contra projeto de lei Blogueiros italianos farão um protesto nesta quinta-feira, 29, em Roma, contra um projeto de lei que o líder da oposição Paolo Gentiloni, do partido Democrata, chamou de “medida fascista”, que os tornará passíveis de multas de até 12 mil euros (o equivalente a quase 30 mil reais). A proposta quer impedir o direito da mídia italiana de publicar transcrições de telefonemas reunidos durante investigações criminais. Críticos alegam que o projeto foi criado pelo governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi para protegê-lo de escândalos. No começo do mês, a mídia fez uma extensa cobertura sobre um relatório de promotores que investigavam um empresário que teria, supostamente, enviado prostitutas para diversas festas de Berlusconi. O relatório incluía transcrições nas quais o primeiro-ministro discutia a quantidade e qualidade das mulheres, e se gabava de ter tido relações sexuais com oito em uma única noite. A proposta, que deve começar a ser votada no parlamento na próxima semana, tem uma cláusula que coloca blogs no mesmo nível de sites de notícias. Além disso, estipula que qualquer um que acredite ter sido difamado ou mal representado em um blog possa ter direito de resposta – que deverá ser cumprido em um prazo de 48 horas. Em caso de recusa, o blogueiro pode ser multado. No ano passado, o governo de Berlusconi fez uma proposta semelhante, mas que não foi aprovada. Para Antonio Di Pietro, líder do partido anti-corrupção Itália de Princípios, o projeto é um insulto à liberdade e à democracia. Informações de John Hooper/The Guardian Tradução de Larriza Thurler/edição: Leticia Nunes

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Internet: nova lei dificulta combate à pedofilia e facilita a censura

O projeto de lei 2126/2011 enviado ao Congresso pela Casa Civil da Presidência da República é uma mãe para as empresas de internet e uma dor de cabeça para a polícia. O artigo 11, o mais polêmico, determina que o provedor deve guardar os dados de conexão “pelo prazo de um ano”, tempo considerado curto em se tratando de cerco a crimes cibernéticos como o de pedofilia, o maior mal da rede. Conexão de risco Há deputados loucos para estabelecer controle da internet, a pretexto de evitar os supostos “crimes contra a honra”. Olho nos ‘posts’ O artigo 14 do projeto prevê punição dos sites por “danos decorrentes de conteúdo gerado por terceiros”, ou sejam, seus leitores. Gaveta virtual A Lei de Crimes Cibernéticos foi esquecida no Congresso. Aprovada no Senado, dorme numa gaveta da Câmara. Foi protocolada há 11 anos. Coluna Cláudio Humberto [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Crise também afeta grandes portais da web

O que está sendo praticado pelos grandes portais está contribuindo para a perda de credibilidade, e consequentemente de público. Mais preocupados em quantidade que em qualidade. Isso transparece na parcialidade com que esses portais veiculam notícias que são claramente de seus interesses corporativos. Nas redes sociais, assim como em nossas relações sociais cotidianas, o que vale é o poder de influência e a veracidade explícita dos fatos, e não a quantidade. O Editor O mesmo fenômeno responsável pela crise no modelo de negócio dos jornais impressos começou agora a atingir também os produtores de conteúdo na internet, segundo dados que acabam de ser divulgados pelo insuspeito setor da publicidade online. As revistas Slate e Salon, as mais bem sucedidas publicações do gênero da internet, estão perdendo anunciantes num ritmo que oscila em torno dos 12% ao mês. Fenômeno idêntico afeta os sites Yahoo! e American Online (AOL), cujo modelo de negócios passou a ser alavancado pela produção de conteúdos informativos, após os insucessos na área de buscas e correio eletrônico pago, respectivamente. Segundo a empresa norte-americana de marketing eMarketer a participação da AOL no bolo publicitário dos grandes portais na web caiu de 6,8% em 2009 para magros 4,4% em 2011, e tende a bater nos 3,7% em 2012. Enquanto isso, o portal Yahoo! patina nos 16% no mesmo período, enquanto o mecanismo de buscas Google saltou de 3,6% em 2009 para previstos 16,7% do faturamento global em 2012. Outro site que cresceu vertiginosamente é a rede social Facebook, que foi de 7,3% há dois anos para 21,6% em 2011 e deve chegar aos 23,8% no ano que vem, segundo o eMarketer . Valor alto A empresa de consultoria financeira Mcquarie Group confirmou queda de faturamento publicitário da AOL num informe divulgado na primeira semana de setembro, no qual faz previsões pessimistas para os portais que tradicionalmente se apóiam o hard news.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Tanto as revistas Slate e Salon como o Yahoo e a AOL estão pagando o preço de não terem dado a devida atenção a uma regra básica do capitalismo: o excesso de oferta provoca a queda de preços. Todo o produto ou serviço com abundante oferta no mercado tende a custar cada vez menos, e foi justamente o que aconteceu com a informação desde que a internet passou a fazer parte do dia a dia de quase dois bilhões de seres humanos. A avalancha informativa baixou a quase zero o preço da informação bruta e da notícia jornalística primária. O que os americanos chamam de hard news pode ser acessado hoje em milhares de páginas e blogs da internet, sem falar nas redes sociais e fóruns. O resultado é uma desvalorização inédita no preço cobrado pelos transmissores de informações e notícias. Em compensação, os usuários da internet passaram a dar cada vez mais atenção aos sites que os ajudam a encontrar a notícia que procuram e que, quase sempre, está perdida no meio do chamado entulho informativo. Toda a informação que não serve ou não é do interesse de uma pessoa é considerada lixo, conforme a polêmica Lei de Sturgeon, segundo a qual 90% do que está publicado na web é considerado lixo informativo. Acontece que o que para uns é lixo para outros é informação útil. E quem separa o joio do trigo em matéria de informação são sites como o sistema de buscas Google, cujo valor estimado no mercado corporativo chega perto dos 200 bilhões de dólares, segundo uma avaliação da revista norte-americana Forbes. O valor pode ser exagerado, mas é verossímil, pois o Google nos ajuda a achar a agulha no palheiro da internet, portanto não podemos viver sem ele. Olho no futuro Além disso, o mercado dos sistemas de busca na web, mesmo em expansão, está muito longe, mas muito longe mesmo da saturação em matéria de oferta de serviços. Portanto, a sua tendência é a valorização, enquanto as empresas jornalísticas perdem cada vez mais espaço diante da multiplicação frenética de sites ofertando o chamado hard news. Há uma enorme perspectiva de valorização dos sites que oferecem informação qualificada, mas o problema aí é financeiro. Produzir informação contextualizada custa caro e, no momento, o mercado consumidor ainda é reduzido. Quem quiser apostar nesse nicho tem que pensar no futuro e descobrir uma fórmula como a da Google, que não cobra nada pelos resultados de buscas na web mas usa a fidelidade dos usuários para faturar em publicidade online. Carlos Castilho é jornalista e professor universitário Reproduzido do Código Aberto, 13/9/2011, titulo original “Crise de receitas financeiras começa a afetar também os grandes portais na Web”

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A culpa é do telefone

A discussão avança. Blogs, Twitter, internet, mensagens de textos, estão contribuindo e/ou acelerando a capacidade de mobilização das massas para se operem aos regimes? A Tecnologia da Informação tem papel político relevante no que vem acontecendo no oriente médio? Redes sociais derrubam ditadores? Aos que se interessarem pelo assunto há uma interessante matéria publicada na revista Foreign Affairs, entre Malcolm Gladwell e Clay Shirky. Clay Shirky é professor de novas mídias na Universidade de Nova York e entusiasta do livro ‘Here Comes Everybody’, publicado em 2008. Shirky entende que “ferramentas da web, como o WordPress, o Twitter ou a Wikipedia, alteram a forma como grupos podem se organizar e se comunicar.” O Editor Nada como buscar no passado episódios grotescos para justificar situações análogas no presente. Dividia-se radicalmente a população, na Espanha anterior ao golpe fascista do general Francisco Franco. As elites, os donos da terra, os militares e a própria Igreja organizavam-se para enfrentar a onda de reivindicações sociais que comunistas, socialistas, anarquistas e sindicalistas desencadeavam, muitas vezes com extrema violência. Foi quando surgiu, nos andares de cima, o diagnóstico fulminante para explicar a ebulição no porão: a culpa era do telefone, recém-implantado no país! A moderna tecnologia gerava a rebelião das massas, queixavam-se os privilegiados em seus convescotes, sermões e até órgãos de comunicação. Pois não é que entre nós a farsa se repete? Com o advento do telefone celular e sua utilização maciça pelas camadas menos favorecidas, aumentou o grau de consciência social do cidadão brasileiro. [ad#Retangulo – Anuncios – Direita]Ficou mais difícil enganar o povão com ilusões, mentiras, editoriais e falsa propaganda. O cidadão comum, em maioria pobre, carrega sua maquininha não apenas para buscar trabalho, biscates e oportunidades. Também aprendeu, com rara competência, a acionar sites e blogs que espalham notícias on-line, além de poder trocar opiniões variadas com o vizinho, o parente, o amigo e o companheiro de infortúnios. Recebe montanhas de informações e sente-se capaz de processá-las, acima e além dos pratos-feitos distribuídos pela mídia ortodoxa, pelos governantes e pela voz das elites. Assim, está o trabalhador brasileiro consciente de que a realidade é bem diferente da ficção. Um salário-mínimo de 540 reais atropela qualquer propaganda de sermos o país-maravilha, sem desemprego, alçado ao patamar das grandes potências. “Não é nada disso”, ouvirão cruzar os ares, aos montes, os tecnocratas hoje empenhados em estabelecer a censura nos celulares. Se conseguirem, é claro. Quanto aos artífices da ilusão, depois que ela for desfeita só lhes restará repetir os espanhóis daqueles tempos: a culpa foi do telefone (celular)… Carlos Chagas/Tribuna da Impensa

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Popularidade do Twitter dá origem à arte da hashtag perfeita

Com a crescente popularidade do site de microblogs Twitter, existe hoje uma busca por maneiras de se resumir tópicos quentes com a inclusão, na mensagem, da chamada “hashtag” perfeita. Na Grã-Bretanha, algumas das hashtags mais populares dos últimos tempos foram #hackgate, uma referência ao escândalo das escutas telefônicas que resultou no fechamento do tabloide News of the World, e #oneyeartogo (em tradução livre, falta um ano), marcando a contagem regressiva de um ano até as Olimpíadas de 2012 em Londres. Leia Mais Constituinte da Islândia testa limites da política pela internet Hackers invadem Twitter de emissora e anunciam morte falsa de Obama O símbolo #, conhecido no Brasil como “jogo da velha” e cujo nome em inglês é hash, é usado como um marcador para palavras-chave ou tópicos dentro de uma mensagem (ou tweet). Seu uso foi criado de forma espontânea pelos usuários do site para categorizar as mensagens. Quando o usuário clica em uma hashtag em qualquer mensagem, obtém acesso imediato a todos os outros tweets enviados sobre aquele assunto. Digitar a hashtag no mecanismo de buscas do Twitter também permite ao usuário localizar mensagens que a incluem, possibilitando um agrupamento de notícias sobre um mesmo tema. Campeãs de Popularidade Entre as hashtags mais populares do Twitter está #thingswelearnedontwitter (coisas que aprendemos no Twitter). Essa hashtag tende a ser incluída em tweets contendo micro-lições de sabedoria, como, por exemplo, “escrever de forma coerente usando 140 caracteres ou menos é uma forma de arte”. Outra favorita é #getsonmynerves (isso me irrita), incluída, por exemplo, no tweet “people really like to take pictures of their food” (as pessoas realmente gostam de fotografar sua comida). Entre os britânicos, a hashtag #stayonyourfeet está entre as favoritas do ano. A frase, que quer dizer “fique em pé” em tradução livre, foi usada por um comentarista de futebol inglês durante um jogo da Liga dos Campeões entre o time espanhol Real Madrid e o inglês Tottenham Hotspur. O comentarista pedia aos jogadores que não se atirassem no chão para simular faltas. Mas repetiu a frase tantas vezes que a expressão acabou virando piada. Incorporada pelo jogador inglês Rio Ferdinand em um dos seus tweets – Ferdinand tem mais de um milhão de seguidores no Twitter – a hashtag tornou-se um super hit. O serviço de monitoramento de tweets Topsy.com disse que, desde o jogo, em abril, a expressão foi incluída em 42 mil tweets e o número continua subindo. Ferdinand está agora vendendo camisetas com a hashtag. O site registra hoje 200 milhões de tweets por dia – no ano passado, eram 95 milhões Mais política e, possivelmente, mais ofensiva, foi a hashtag contendo um palavrão usada pelo blogueiro americano Jeff Jarvis para desabafar sua raiva contra os congressistas dos Estados Unidos durante as negociações para a elevação do teto da dívida americana. “Hashtags são abertas e profundamente democráticas”, escreveu Jarvis em seu blog após a hashtag ter se tornado viral. “As pessoas se agrupam em torno de uma hashtag.” “Hashtags permitem que nos reunamos em torno de tópicos, eventos e ações em várias plataformas. (…) É singular que algumas pessoas tenham feito lobby para que eu mude a hashtag, como se eu pudesse controlá-la.” O site Topsy.com disse que a hashtag já foi incluída em 120,000 tweets. Sarcasmo Do seu quarto na cidade inglesa de Luton, a estudante Sanum Ghafoor, de 19 anos, criou a hashtag #blamethemuslims (a culpa é dos muçulmanos) após observar a cobertura feita pela mídia dos ataques ocorridos recentemente na Noruega. “Primeiro, era um ataque terrorista da Al-Qaeda”, disse Ghafoor à BBC. “Depois, quando descobriram que (o responsável) era um norueguês, os comentaristas decidiram que se tratava de um plano originado no próprio país, porém inspirado na Al-Qaeda. Quando ficaram sabendo que o assassino era louro e tinha olhos azuis, decidiram que ele era um muçulmano convertido, inspirado pela Al-Qaeda. A culpa era automaticamente dos muçulmanos, então criei a hashtag”. A intenção de Ghafoor era, sarcasticamente, culpar os muçulmanos por absolutamente tudo. A hashtag circulou o planeta, sendo incluída em mais de 165 mil tweets – segundo dados do Topsy.com. Muitos se ofenderam, mas muitos simplemente aderiram à piada. Por exemplo: “A bateria do meu telefone está acabando #blamethemuslims”. Twitter Hoje, o site Twitter gera mais de 200 milhões de tweets por dia. Em dezembro do ano passado, o índice era de 95 milhões. O site monitora o volume de termos mencionados constantemente. Tópicos cujo uso sobe de forma dramática são incluídos nos “trending topics” (uma lista de tendências). E embora o site não tenha hashtags favoritas, revela os tópicos que geraram o maior número de tweets por segundo. O recorde mais recente foi estabelecido na final da Copa do Mundo Feminina da Fifa, em julho. O volume de tweets enviados atingiu 7.196 mensagens por segundo. Eram seis horas da manhã no Japão e as japonesas venceram. Um evento como esse requer a atenção do público. Mas para a pessoa que cria a hashtag, o desafio é chamar a atenção das pessoas com um uma frase criativa e bem feita. E não é fácil. Catrin Nye/BBC News

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Internet não é terra de ninguém

Um caso “exemplar” : quem disse que Internet é Terra de Ninguém ? Quem disse que internautas podem publicar agressões gratuitas ? A Justiça diz que não ! por Geneton Moraes Neto/G1  Guardei silêncio durante dez meses sobre uma ofensa intolerável que me foi feita no Twitter, um dos territórios livres da Internet. Eu poderia sair atirando petardos virtuais contra quem me agrediu, mas preferi recorrer à Justiça. Queria criar um precedente que considero importante: não, ninguém pode usar a Internet ( nem que seja um mero tweet – uma frase de míseros 140 caracteres) para atacar os outros impunemente. Não pode. No pasarán ! A boa notícia é que a Justiça, afinal, se pronunciou – a meu favor. Respiro aliviado. Fiz a minha parte: queria provar que não, Internet não é lixeira. Se alguém escreve um absurdo  ( não importa que seja numa página lida por três gatos pingados ) , deve responder por ele. Por que não ? Eu não poderia ficar calado. Resolvi adotar como  lema o verso bonito de “Consolo na Praia”, aquele poema de Carlos Drummond de Andrade : “À sombra do mundo errado, murmuraste um protesto tímido”. É o que tentei fazer – em 99% dos casos, sem qualquer resultado.  Neste caso, ao murmurar meu “protesto tímido”, tentei, na verdade, defender o bom Jornalismo na selva da Internet. O bom Jornalismo ! Tão simples: é aquele que, entre outras virtudes, não comete calúnia nem injúria nem difamação. Diante do pronunciamento da Justiça,  tive vontade de gritar: é gol !  O Jornalismo venceu. Pequeno esclarecimento aos caríssimos ouvintes :  ao contrário do que o grito de gol imaginário possa sugerir, minha relação com o Jornalismo é profundamente acidentada. Detalhes no final do texto (*) O fato de me julgar um perfeito alienígena no Planeta Jornalismo não me impede de defender o Jornalismo na hora em que as tropas inimigas se aproximam. Bem ou mal, é a atividade que, já por tanto tempo, consome minhas parcas energias. Lá vou eu, então, para a Sala de Justiça. A Internet é a maior invenção dos últimos séculos ? É provável que seja. Quem imaginaria a vida sem um terminal de computador ? Quase ninguém. Hoje, qualquer um pode criar, em um minuto, uma conta no Twitter ou no Facebook ou no Orkut ou num hospedeiro de blogs para se manifestar sobre o que bem entender. Em questão de segundos, qualquer texto, qualquer imagem, qualquer frase,qualquer pensamento podem ser replicados incontáveis vezes. Eis a oitava maravilha do mundo![ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Em meio a tantas maravilhas, uma dúvida vibra no ar : que proteção existe contra o internauta que usa o Twitter, por exemplo, para atingir a honra alheia ?  Agora, posso dizer: a Justiça. Há uma dificuldade: nem sempre é fácil localizar o autor da ofensa. A autoridade judiciária me disse  – com razão – que a Justiça talvez não tenha como localizar e intimar um agressor que se esconde sob pseudônimo na imensa floresta da Internet.  Se o autor é “encontrável”, pode acabar “nas barras dos tribunais”, como se dizia. Em resumo: abri um processo por calúnia, injúria e difamação contra o autor de um comentário ofensivo publicado no Twitter. O que dizia o comentário estúpido ? Que eu simplesmente tinha “roubado” de um trabalho de conclusão de curso de alunos  de Jornalismo as perguntas que fiz a Geraldo Vandré, o compositor que resolvera quebrar o silêncio depois de passar trinta e sete anos sem dar entrevista para TV. É óbvio que, diante da chance raríssima, fui – voando – ao encontro do enigmático Vandré. Que jornalista não teria a curiosidade de ouvir um grande nome que sumira do mapa por tanto tempo ? Mas a última coisa que eu faria, na vida, seria “roubar”  perguntas de quem quer que seja. A entrevista foi ao ar na Globonews, em setembro de 2010 ( aqui, o link para o vídeo completo: http://goo.gl/qp4v7 ). Diante da ofensa publicada no Twitter, parti para a briga. O juiz remeteu o processo ao Ministério Público. O passo seguinte: uma audiência preliminar no Quarto Juizado Especial Criminal, no Leblon, às 14:45 da terça-feira, vinte e seis de julho do ano da graça de 2011. Não tinha sido difícil achar o autor da ofensa publicada no Twitter: é um jornalista que trabalha numa emissora de rádio importante de São Paulo. Imagino que tenha poucos anos de formado. Salvo algum desvio, deverá ter uma carreira pela frente. Vou, aqui, ter um gesto de “magnanimidade” que o autor da agressão não teve para comigo:  não vou citar nomes, para não prejudicá-lo nem deixar rastros na Internet. Idem com a mulher que repetiu a ofensa e chamou a entrevista de “farsa” num comentário enviado a um site ( neste caso, a dificuldade citada pela autoridade judiciária se confirmou: não foi possível localizá-la). Também não vou citar, aqui, o nome desta pobre coitada. Tenho perfeita noção de como funciona este circo: qualquer referência que “caia na rede”  virá sempre à tona a cada vez que alguém fizer uma busca no Google… A citação dos nomes envolvidos no processo 0336624-21.2010.8.19.0001, em última instância, nem é indispensável. O que vale, neste caso, é o exemplo, a situação, a tentativa ( bem sucedida !) de abrir um precedente. Chegou a hora da audiência. O sistema de alto-falantes do Quarto Juizado Especial Criminal chama os envolvidos no caso. Sou citado como vítima. Dentro da sala, o clima era de constrangimento absoluto. O autor da agressão no Twitter tinha vindo de São Paulo, acompanhado de um advogado : estava sentado do outro lado da mesa, diante de mim.  Ao meu lado, estava o advogado Marcelo Alfradique. Sem falsa modéstia, sou um orador que, num julgamento generoso, poderia se situar na tênue fronteira entre o ruim e o péssimo. Não me arriscaria a falar de improviso, mas não queria de maneira alguma  perder a chance de marcar posição. Rabisquei, então, o que eu gostaria de dizer diante de uma autoridade da Justiça e de quem usou o Twitter para cometer uma agressão intolerável. Pedi a palavra. Já engoli sapos monumentais, gigantescos, monstruosos ao longo da vida. Mas, ali, era hora de soltar os cachorros: “Quero dizer que, para mim, o fato de estar aqui é constrangedor. É a primeira vez que processo alguém. Fiz questão absoluta de recorrer

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Internet e eleições: Disputa presidencial de 2010 foi mais acirrada, aponta Ibope

Estudo elaborado a partir de pesquisas realizadas na eleição mostra diferença menor entre candidatos. A disputa eleitoral foi mais acirrada na internet que no eleitorado em geral, mostra estudo divulgado pelo Ibope nesta segunda-feira, 25. O estudo, elaborado pelos pesquisadores João Francisco Resende, do Ibope Inteligência, e Juliana Sawaia Cassiano Chagas, do Ibope Mídia, cruzou dados das pesquisas eleitorais realizadas pelo instituto entre 30 de junho e 30 de outubro de 2010. O trabalho apontou que a diferença na intenção de votos entre os principais candidatos à Presidência da República – Dilma Rousseff (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV) – era menor entre os eleitores conectados que entre o eleitorado em geral. Dilma, que venceria a disputa, aparece em todas as pesquisas realizadas com porcentuais mais baixos que os apresentados no eleitorado geral. Já o tucano José Serra e a então candidata do PV apareciam com números mais altos. No início do período, os dois apareciam empatados entre os conectados – em 30 de junho os dois somavam 36%, em 29 de julho e em 15 de agosto, 37% -, enquanto no eleitorado geral, Dilma já começava a abrir dianteira, em função do maior conhecimento que as pessoas passaram a ter sobre ela – 39% a 34% em 29 de julho, 43% a 32% em 15 de agosto. No início do segundo turno, Serra se aproximou de Dilma no eleitorado geral, chegando a 43%, ante 49% de Dilma. Entre os conectados, Serra assumiu a liderança, com 50% a 41% em 13 de outubro. Em 20 de outubro, o tucano tinha 48% contra 42% e no dia 28 de outubro, Dilma virava o resultado: 49% a 43% entre os conectados e 52% a 40% no eleitorado geral. A alteração no cenário eleitoral entre o final do no início do segundo turno se deve a boatos que passaram a circular pela internet, dando conta que Dilma apoiaria a legalização do aborto e criticando sua participação em grupos armados que lutaram contra o regime militar e o seu suposto ateísmo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Ainda no primeiro turno, uma declaração de Monica Serra, mulher do presidenciável tucano, contribuiu para o acirramento da guerra virtual entre PT e PSDB. Em campanha na Baixada Fluminense, Monica afirmou que Dilma “é a favor de matar as criancinhas”, referência ao fato de que a petista seria a favor do aborto. Em resposta, blog ligado ao PT divulgou documento assinado por Serra quando ministro da Saúde que regulamenta a realização do aborto em casos previstos na legislação, como estupro e em casos de risco de morte da mãe e indicou que a versão do Plano Nacional de Direitos Humanos feito na gestão FHC “defende a ampliação da legalização do aborto”. Jair Stangler/O Estado de S.Paulo

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Facebook prepara surpresa para o Google+

Facebook planeja lançar ‘algo fantástico’, afirma Zuckerberg Novo recurso para celulares será apresentado na próxima semana. Na terça (28), Google lançou rede social em resposta ao Facebook. Zuckerberg falou sobre novo recurso do Facebook em entrevista a jornalistas nos Estados Unidos. (Foto: R. Galbraith/Reuters) O fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, anunciou que a rede social irá lançar um novo recurso na próxima semana, possivelmente para celulares ou tablets. Zuckerberg disse para repórteres que visitavam o escritório do Facebook em Seattle (EUA), na quarta-feira (29), que a empresa pretende “lançar algo fantástico” na próxima semana. Ele disse que o projeto foi desenvolvido pelas 40 pessoas que compõe o escritório de Seattle, o centro de engenharia mais importante do Facebook depois da sede de Palo Alto, na Califórnia. Na terça-feira (28), o Google anunciou sua nova rede social, chamada Google+. O objetivo é transformar os serviços da empresa em uma grande rede, além de ser uma resposta ao Facebook. A rede ainda está em fase de testes e não há data de lançamento prevista. Hoje, o site criado por Zuckerberg tem quase 600 milhões de usuários. Nas últimas semanas, blogs de tecnologia especularam sobre o lançamento de um novo produto para a área de celulares que estaria em desenvolvimento no Facebook. Sites especializados também comentaram o lançamento de um aguardado aplicativo da rede social para iPhone, e um programa específico para compartilhamento de fotos. Um porta-voz do Facebook se recusou a fornecer mais detalhes sobre os comentários de Zuckerberg. Reuters/G1 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Homossexualidade: Bispo monta blog para combater gays

Sem ligar para a decisão homoafetiva do Supremo, o bispo de Guarulhos montou um blog na internet para lutar contra os gays. “A ditadura gay não vai poupar ninguém, nem mesmo nossos filhos”, adverte o bispo Dom Luiz Gonzaga Bergonzini, da diocese de Guarulhos, que montou um blog na internet para lutar contra o movimento gay. Num dos artigos, por exemplo, o bispo explica os “riscos” que as famílias correm com o “kit gay”, que seria distribuído em escolas pelo ministério da Educação. O blog do religioso (www.domluizbergonzini.com.br) foi criado em 2010, quando ele resolveu intervir para valer na campanha presidencial, na esperança de evitar a vitória de Dilma Rousseff.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Aos 75 anos, ferrenho adversário do PT, que ele chama de “partido da morte”, Dom Luiz atua em três frentes: no púlpito da diocese; no blog, que considera “um instrumento da voz do Reino de Deus”; e nas páginas do jornal “Folha Diocesana”, do qual é fundador e diretor-responsável, na condição de jornalista profissional, com registro conquistado por atuar na função desde os tempos de padre, quando a profissão ainda não era regulamentada. Misturando fé e política, o bispo é declaradamente homofóbico e costuma alertar que “uma conspiração da Unesco transformará metade do mundo em homossexuais”. Sobre o chamado kit-gay que o ministro Haddad tentou distribuir e não conseguiu, diz Dom Luiz: “Se [o kit] não é assédio, aliciamento e molestamento sexual pró-sodomia, então o que é?”, indaga o bispo católico, que não tem problemas em se unir aos pastores evangélicos nessa luta contra os gays, sem se importar também com a recente decisão homoafetiva do Supremo Tribunal Federal. Se quer lutar contra os gays, na própria Igreja Católica não faltam adeptos dessa opção sexual, conforme é público e notório. Melhor faria se lutasse contra o celibato. Para arrefecer o radicalismo do bispo, agora circula na internet uma petição contra ele, a ser encaminhada ao Vaticano. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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