Violetas brancas Bárbara Lia * Sigo teus passos, feito asteca, sonhando a terra eterna e rica — tua pele. Pele de diários, onde leio a lua. A maré suave que me enlaça nua, écharpe de brisa e aurora, corais gris. Adeus soledade de pedra. Paloma triste em vôo riste, ao longe. O deus-do-sol-do-meio-dia, colibri azul da era atômica, é um sopro de luz e sons. Sonhos delineados na tela fria. O mundo sangra e transforma a garça em íbis rubro. Leio um salmo antigo, acordo em manhãs violetas. Tenho por companhia um pequeno vaso de violetas brancas. * Bárbara Lia Assai, PR. Bárbara Lia é professora de História e escritora. Nasceu em Assai, norte do Paraná, e vive em Curitiba-PR, com os filhos Paula, Tahiana e Thomas. Publicou poemas no jornal Rascunho, Garatuja, Mulheres Emergentes, Revista Etcetera, Revista Coyote, Ontem choveu no futuro. Na Internet, tem textos publicados na Zunái, Cronópios, Blocosonline, Editora Ala de Cuervo, entre outros. Finalista do Prêmio Sesc de Literatura 2004, com o romance Cereja & Blues e, em 2005, com o romance Solidão Calcinada. Em 1997, recebeu menção honrosa no Projeto Orpheu da UBE-RJ (crônica). Finalista dos concursos de poesia Leminski (2000) e Pinheiro do Paraná (2002). Publicou os livros de poesia O sorriso de Leonardo (Curitiba: Kafka Edições Baratas, 2004); Noir (Curitiba: Ed. independente, 2006) e O sal das rosas (São Paulo, Lumme Editor, 2007). Publicou os livros de poesia O sorriso de Leonardo (Curitiba: Kafka Edições Baratas, 2004); Noir (Curitiba: Ed. independente, 2006) e O sal das rosas (São Paulo, Lumme Editor, 2007). Fonte Germina.