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Artur Eduardo Benevides – Versos na tarde 12/04/2016

Innamorato Artur Eduardo Benevides ¹ I O som de tua voz é um ramo a nascer da árvore da vida. Com medo de perder-te, sempre que chegas sinto o travo da partida. E quero ficar à tua margem — Ó rosa e Mar! — e ver tua leveza de pássaro a voar. II Estar sem ti é estar em silêncio de montanha sem existir montanha. É ficar em desterro, ou regressar, calado, de um enterro e tomar lentamente um copo de vinho, sozinho. III Estar contigo é sempre amanhecer. É sentir que o sol de repente toca em mim com a doçura do que se põe no azul a florescer. IV Ai, tecelã da eterna poesia, um pouco mais de ti em mim e eu voaria! Nem me dês teus frutos. Basta que sorrias. Não mereço mais. ¹ Artur Eduardo Benevides * Pacatuba, CE. – 1923 d.C + Fortaleza, CE. – 21 de setembro de 2014 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Versos na tarde – Artur Eduardo Benevides – 26/12/2012

Inanamorato Artur Eduardo Benevides¹ I O som de tua voz é um ramo a nascer da árvore da vida. Com medo de perder-te, sempre que chegas sinto o travo da partida. E quero ficar à tua margem – Ó rosa e Mar! – e ver tua leveza de pássaro a voar. II Estar sem ti é estar em silêncio de montanha sem existir montanha. É ficar em desterro, ou regressar, calado, de um enterro e tomar lentamente um copo de vinho, sozinho. III Estar contigo é sempre amanhecer. É sentir que o sol de repente toca em mim com a doçura do que se põe no azul a florescer. IV Ai, tecelã da eterna poesia, um pouco mais de ti em mim e eu voaria! Nem me dês teus frutos. Basta que sorrias. Não mereço mais. ¹Artur Eduardo Benevides * Pacatuba, CE. – 1923 d.C Poeta, ensaísta e contista brasileiro, com mais de quarenta livros publicados.

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Artur Eduardo Benevides – Versos na tarde

Soneto de indagação Artur Eduardo Benevides ¹ Será tarde, Senhora, será tarde? A vida, igual ao dia, encontra ocaso. Termina, pouco a pouco, o nosso prazo E o frio olhar da morte já nos carde. Que tua luz me salve ou me resguarde. Tuas chamas me queimam. Já me abraso. Estamos bem além de um simples caso. A alma, outrora errante, em ânsias arde. Tenho estranho fulgor de adolescência, Mas, ao notar que tudo pede urgência, Sinto que amar me traz um certo alarde. E ao ver o tempo inexorável, lento, Escravo de teu grande encantamento Aflito te pergunto — será tarde? ¹ Artur Eduardo Benevides * Pacatuba, CE. – 1923 d.C Poeta, ensaísta e contista brasileiro, com mais de quarenta livros publicados. Foi eleito, em 1985, o Príncipe dos Poetas Cearenses, título já detido pelo Padre Antônio Tomás, por Cruz Filho e por Jáder de Carvalho. Bacharel em Direito e em Letras, foi professor titular da Universidade Federal do Ceará e presidente da Academia Cearense de Letras. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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