Eleições no Senado. PSDB abandona Sarney e declara apoio a Tião Viana

Reunidos em “petit comité”  na noite passada em Recife os emplumados caciques tucanos declararam apoio explícito a candidatura do petista Tião Viana à presidência do senado.

Com essa virada de posição, o PSDB deixou José Sarney em maus lençóis,” maranhenses?”, e  sem marimbondos de fogo suficientes para as urnas.

Pesou na decisão, o compromisso de Viana de fazer uma assepsia na casa. Veremos!!!

Após anúncio do apoio à candidatura de Tião Viana (PT-AC) à presidência do Senado, decisão tomada esta noite em reunião na casa de Sérgio Guerra, os comandantes tucanos jantaram no elegante Wiella Bristot, também na Zona Sul do Recife.

Dividiram a mesa com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB), ferrenho cabo eleitoral do petista, que também esteve no encontro.

Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, quase não conseguiu comer por conta dos telefonemas de jornais de todo o país.

Jarbas também: “Recebi ligações de São Paulo, mas passei para ele”.

do blog do César Rocha

Tasso Jereissati (CE) não soube precisar se o apoio do PSDB a Viana iria provocar a adesão de senadores de outros partidos, inclusive do DEM, que fechou com Sarney.

Aliás, Jereissati fez questão de apontar as diferenças entre tucanos e ex-pefelistas:

“Não sei se pode ter adesão (de integrantes) do DEM. Somos aliados dentro da política nacional, no Congresso Nacional, mas somos dois partidos muito diferentes. Temos visões bastantes diferentes em algumas coisas”.

Jeressatti disse que o apoio do PSDB ao petista equilibra as forças e torna a candidatura de Tião Viana viável:

“A nossa posição é que é imprescindível uma reforma profunda no Senado Federal. E era esse o grande compromisso que estávamos tentando conseguir dos candidatos. E Tião foi muito claro numa carta enviada ao Sérgio Guerra. Ele coloca com muita clareza e explicitando esse seu compromisso de fazer essa reforma. Essa foi a diferença. E o DEM já tem uma visão diferente do problema”.

O senador cearense disse ainda que a eleição no Senado não terá rebatimento em 2010.

“Não tem relação. Tanto que estamos votando num provável adversário nosso em 2010. Mas aqui, agora, o que está em jogo é a instituição, é o Senado Federal. Isso não é eleição presidencial, mas a eleição daquele que pode, nesse momento, fazer pelo Senado o que o Senado precisa”.

Sérgio Guerra explicou que a reunião ocorreu no Recife porque já havia um encontro marcado entre ele, Jarbas e Tasso previsto para hoje.

“E então Arthur decidiu vir”.

do blog do César Rocha

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