Opinião do outros – O voto com consciência

O NOSSO VOTO COM CONSCIÊNCIA
¹ Professor Marcos Spagnuolo Souza.

No final do século XVIII, iniciou o capitalismo que passou por três fases distintas: primeira revolução industrial, segunda revolução industrial e na década de setenta entrou no período denominado revolução tecnológica de informação. O capitalismo, pela passagem das três fases, vai se caracterizando por ser um sistema onde predomina o domínio de uma minoria sobre a maioria visando a produção, consumo e finalmente o lucro.

O lucro no sistema capitalista, em sua última fase, é obtido pelo aumento da produtividade que provoca o aumento da produção, a diminuição dos preços e o aumento progressivo do desemprego seguido pela diminuição do salário, ou seja, o aumento da mais valia. Não podemos deixar de salientar que, o capitalismo está diretamente ligado à destruição do meio ambiente provocando um caos ecológico de proporções que afetam diretamente a vida em nosso planeta.

Sabemos também, que a industria armamentista é o setor básico e fundamental do sistema responsável pela ampliação das fronteiras comerciais e imposição do espírito capitalista em regiões que se opõem à expansão da máquina de exploração.

Na última fase do sistema capitalista observamos a aplicabilidade do capital em ações que possuem os seus preços valorizados ou desvalorizados em decorrência das estratégicas de mercado especulativo desvinculando totalmente do meio produtivo, o que acarreta maior desemprego e diminuição dos salários, cujos únicos prejudicados, em princípio, serão os assalariados.

O capitalismo em si é uma bolha que em seu interior existe um mundo virtual.

Quando a bolha explodir o homem elaborado pelo sistema também desaparecerá, pois, todos os valores e crenças que possuímos foram inseridos em nossa consciência pelos meios de sustentação do sistema. Somos homens e mulheres elaborados pelo sistema preocupados com a produção e consumo, que são valores prioritários do capitalismo. Desaparecendo o sistema desaparece também o homem e a mulher construída pelo capitalismo.

Opondo ao capitalismo temos o socialismo, que é um sistema híbrido, aceitando o jogo dos grupos monopolistas e a manutenção da propriedade privada dos donos do capital. O sistema socialista obedece a burguesia nacionalista e procura acalmar os desempregados ou marginalizados, pelo sistema capitalista, com programas sociais neutralizando o potencial dos desesperados ou famintos.

O socialismo beneficia os burgueses nacionalistas e joga aos famintos um pouco de pão e circo, mantendo-os em seus lugares. A grande problemática do socialismo é a criação de um Estado autoritário, centralizado na nacionalização de empresas viáveis ao sistema e não preocupado em solucionar as causas reais da pobreza, sendo denominado atualmente de capitalismo de Estado.

Socialismo e capitalismo são dois sistemas inviáveis e antidemocráticos devido à sustentação de grupos minoritários e elevado índice de corrupção. O capitalismo é sustentado pela burguesia internacionalista e o socialismo apoiado pelos sindicatos e burgueses nacionalistas.

Especificamente no Brasil, atualmente, temos o Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) que de social somente possui o nome, vinculado ao capitalismo internacionalista e o Partido dos Trabalhadores (PT) vinculado ao capitalismo de Estado.

O primeiro grupo procura beneficiar os grandes monopolistas internacionalistas e o segundo grupo sustenta a burguesia nacionalista e a liderança sindical ou grupos marginalizados existentes no interior do nosso território que procura sobreviver com determinada margem de poder.

Agora temos que escolher para governar o Brasil um presidente do PSDB ou do PT, retirando toda nossa perspectiva de uma nova sociedade para o povo brasileiro. Acredito que uma nova sociedade exige em primeiro lugar uma diminuição da distância entre ricos e pobres, fato que os dois partidos não estão compromissados.

Os dois partidos não estão vinculados aos valores democráticos. Não queremos ser indiferentes ao capitalismo e ao socialismo, mas desejamos construir um meio de convivência onde exista menos pobreza e mais solidariedade humana.

¹Mestre em História na Universidade Federal de Goiás – UFG, Doutorando em Filosofia da Educação na American World University –AWU em Mississipi/EUA e Professor de Economia Política e Sociologia Jurídica do Curso de Direito e História da Medicina do Curso de Medicina da Faculdade Atenas/Paracatu/MG.
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