Mercosul & Bases Americanas.

Élio Gáspari – O Globo On Line.

O Mercosul deve ser fechado com chave. Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai conversam bilateralmente e acabou-se. Sobrariam Fidel Castro e Hugo Chávez, que poderiam contracenar aos domingos com Mary Montilla (Carmem Verônica) e Guida Guevara (Iris Bruzzi).

A Comunidade Européia foi produzida por mais de trinta anos de paciência e seriedade. Conhecem-se os nomes dos grandes homens que a conceberam (o francês Jean Monnet ou o belga Paul Henry Spaak ) mas ninguém lembra quais foram os governantes que tentaram faturar o trabalho alheio.

Ninguém lembra porque nenhum governante europeu deu-se a essa demagogia.

No Mercosul aconteceu o contrário. Montou-se um fandango contrariando os pareceres técnicos e transformou-se um projeto comercial num programa de circo.

Para o Brasil, quanto mais cedo se acabar com essa fantasia, mais espaço haverá para se cuidar dos problemas regionais verdadeiros. O pior deles está no Paraguai.

Noves fora as fumaças que vêm de Itaipu, a diplomacia americana, com muita paciência, articula a reciclagem de suas relações com Assunção.
Querem um enclave policial-militar em Marechal Estigarribia, a 300 quilômetros da fronteira com o Brasil.

Sabendo-se que a base americana de Manta, no Equador, é hoje um dos mais bem equipados aeroportos do continente, percebe-se que George Bush está integrando a América do Sul com muito mais sucesso do que Nosso Guia.
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