Os dias normais
Karmelo C. Iribarren¹
Chegam
e vão-se
sem deixar rasto,
e tu ficas a vê-los
a afastarem-se sobre os telhados
– e com eles, os anos –
e apenas sentes nada
ou sentes algo, vago,
que não sabes
decifrar.
São os dias
normais, os de sempre,
os que parece que passam
à distância,
os assassinos
do amor.
¹Karmelo C. Iribarren
*San Sebastian, Espanha – 19 de setembro de 1959 d.C
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