Os emplumados tucanos, senhores da verdade e vestais da moralidade das campanhas políticas, quando são flagrados com a mão, quer dizer, o bico em falcatruas, permanecem na comodidade do poleiro.
No caso do inventor do valerioduto mineiro, o atual senador Eduardo Azeredo, os tucanos o apearam da presidência do partido, e “não se fala mais nisso”. Só quem faz mensalão e utiliza “recursos não contabilizados” são os ladravazes do PT.
PT saudações!
Novamente aparecendo com sujeiras nas penas, no caso da Governadora Yeda Crusius do Rio Grande do Sul, os cardeais do PSDB optaram pela escapista solução do “toma que o filho é teu”!
A governadora é abandonada e vaga pelo planalto buscando apoio até, acreditem, com a ministra Dilma Roussef. Para completar o advogado da governadora é o mesmo que defendeu o boiadeiro senado Renan Calheiros.
Uáu!
Abaixo um resumo do “imbroglio”, bem como um exemplo de com que desfaçatez o Presidente tucano, senador Sérgio Guerra, tira o braço da seringa.
Só faltou o inefável “eu não sabia de nada”!
A petralha penhoradamente agradece, senador!
O editor
Sérgio Guerra: “Defesa sobre acusações é de Yeda”
Para presidente tucano, “PSDB no RS é um e nacional outro”
Às voltas com denúncias de caixa dois, a governador gaúcha Yeda Crusius (PSDB) encontra-se nesta quarta (13), com líderes do tucanato nacional.
Yeda veio a Brasília à procura de apoio. Porém…
Porém, a julgar pelas manifestações do presidente da legenda, Sérgio Guerra, encontrará, no máximo, “solidariedade”.
O senador esforça-se para circunscrever a encrenca que ronda a governadora à seara gaúcha. Eis o que disse Sérgio Guerra:
“A operação nacional é uma; a operação local é outra. O partido no RS é um; o partido nacional é outro…”
“…Nós temos solidariedade, temos reconhecimento pelo trabalho da governadora e temos confiança nela…”
“…Mas a tarefa da defesa sobre as acusações que são feitas é da governadora e de seus auxiliares. Nós apostamos que essa defesa será bem feita”.
O mandachuva do PSDB acha que “não faria o menor sentido” que o diretório nacional se ocupasse da defesa de Yeda. Por quê?
“Nós não estamos sendo acusados. A gente não está sendo vitimado por nenhum tipo de denúncia…”
“…O fato é que essas denúncias são contra a governadora, nós acreditamos nela e temos certeza de que ela vai se defender”.
Nesta terça (12), Yeda tentara falar, pelo telefone, com a chefe da Casa Civil de Lula, Dilma Rousseff. Não conseguiu.
Dilma viajara com Lula para São Paulo. Na passagem por Brasília, Yeda pretende visitar a ministra.
A governadora planeja encontrar-se também com parlamentares da bancada gaúcha e com o advogado Eduardo Ferrão.
É o mesmo que defendeu Renan Calheiros (PMDB-AL) nos malogrados processos processos de cassação que ele arrostou no Senado.
De resto, deputados tucanos tentam intermediar um encontro de Yeda com o colega do DF, José Roberto Arruda (DEM).
Ela vai pedir a Arruda que apresse a conclusão do inquérito que apura a morte de seu ex-assessor Marcelo Cavalcante.
O corpo dele foi encontrado boiando nas águas do Lago Paranoá, em fevereiro passado. A investigação, a cargo da polícia civil de Brasília, aponta para suicídio.
Na Assembléia Legislativa gaúcha, o petismo amealhou, no primeiro dia de coleta, apenas dez assinaturas de apoio ao pedido de CPI contra Yeda. Precisa de 19.
Subemetida hierarquicamente ao ministro gaúcho Tarso Genro, um dos pré-candidatos do PT à sucessão de Yeda, a Polícia Federal cogita abrir uma investigação contra a governadora.
Aguarda um pronunciamento do STJ, o foro em que são processados e julgados os governadores de Estado.
De antemão, o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, delegado Ildo Gasparetto, disse ao diário Zero Hora o seguinte:
“Os indícios nos mostram que as investigações têm de ser aprofundadas…”
“…Toda investigação tem de ter começo e fim, com autorização do poder competente para evitar nulidade”.
blog do Josias de Souza