Arquivo

Criação da CPI da Petrobras tem bate-boca entre senadores

Tucanos exigiam leitura de requerimento para criação da CPI. Sessão foi encerrada por senadora do PT com aval de secretária. A disputa pela instalação da CPI da Petrobras provocou uma grande confusão no plenário do Senado nesta quinta-feira (14). O PSDB não aceitou o acordo anunciado durante o dia e exigiu em plenário a leitura de requerimento protocolado na quarta-feira (13). O pedido não foi atendido, e a sessão foi encerrada de modo abrupto pela senadora Serys Shlessarenko (PT-MT), que ocupa a segunda vice presidência da Casa. A confusão começou a ser armada por volta das 18 horas, quando o PSDB disse que não concordava com o entendimento anterior dos líderes, que previa uma audiência pública com o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, antes da decisão da instalação da CPI. O líder do partido não havia participado da reunião anterior e ao lado do presidente da sigla, Sérgio Guerra (PE), e do senador Tasso Jereissatti (PSDB-CE) exigiu a leitura do requerimento para criar a CPI. O pedido, no entanto, não foi atendido nem pelo terceiro secretário, Mão Santa (PMDB-PI), nem pelo primeiro secretário, Heráclito Fortes (DEM-PI), apesar de ambos serem signatários do requerimento da CPI.  Eles argumentaram que a decisão do colégio de líderes de adiar a leitura não poderia ser desrespeitada. Os tucanos convocaram, no entanto, o senador Marconi Perillo (PSDB-GO), primeiro vice-presidente da Casa, que já estava em seu estado. Ele teria chegado até a pegar um avião de volta a Brasília para fazer a leitura. Uma ação do PT, no entanto, impediu a leitura. A senadora Serys subiu ao plenário e disse não haver mais nenhum orador inscrito, apesar de os senadores Tasso e Virgílio terem pedido momentos antes a palavra. Serys mostrou um documento da secretária Cláudia Lyra dizendo que não havia nenhuma inscrição registrada. “Agora sim temos que ter a CPI. Ela [Serys] não sabe o que fez. Ela se presta a qualquer papel”, disse o líder do PSDB aos jornalistas. Revoltado, ele pediu a demissão da secretária-geral do Senado, Cláudia Lyra. Os senadores do PSDB partiram para cima de Serys e da secretária. Irritado, Virgílio subiu à cadeira de presidente no instante seguinte e assumiu o “comando” da sessão, chamando Tasso para falar. Sem a transmissão oficial e sem valor legal, Tasso começou a falar, e o primeiro secretário determinou que os microfones fossem cortados. “Isso é péssimo para a nossa biografia. Eu não concordo com o que foi feito, mas a sessão foi encerrada”, disse Heráclito. Tasso rebateu o colega dizendo que a atitude dele que era péssima para a biografia e que “esta gente do governo não quer ser investigada”. A secretária-geral do Senado foi alvo dos tucanos no momento seguinte. Virgílio prometeu transformar “a vida de [José] Sarney [presidente do Senado] um inferno” se ele não demitir secretária-geral. “Essa história de viúva do Agaciel vai ter que acabar. A Cláudia Lyra vai ter que sair porque a vida do Sarney vai virar um inferno se ela não sair”, disse o líder tucano. A referência feita por Virgílio deve-se à queda do ex-diretor-geral do Senado, Agaciel Maia, que deixou a função após a denúncia de que teria ocultado de sua declaração de bens uma mansão de R$ 5 milhões em Brasília. Para o tucano, Cláudia faz parte do grupo de Agaciel. A secretária deixou o Senado sem falar dar desclarações. Após a confusão, Serys disse que estava no carro ouvindo o debate e decidiu voltar à Casa para assumir a presidência. Ela disse estar tranquila com sua decisão. “Não fiquei em posição ruim. Eu segui o regimento. Houve um acordo de líderes que decidiu adiar a leitura e eu agi dentro do regimento. Como não tinha inscritos, eu encerrei a sessão”. Ela ironizou o fato de o PSDB ter mandado chamar Perillo. “Ninguém me mandou buscar de jatinho.” do Saiu no Jornal

Leia mais »

Procurador-geral arquiva denúncia contra Dilma Rousseff

O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, afirma que não há prova, “mínima que seja”, de que a ministra Dilma Rousseff tenha ordenado a elaboração de dossiê com despesas do ex-presidente Fernando Henrique. Parecer de Antônio Fernando de Souza livra Dilma e outros ministros de culpa pelo vazamento de dados sigilosos de Fernando Henrique Cardoso. O procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, arquivou processos feitos com base em representações formuladas pelo PSDB e por parlamentares da oposição que atribuíam à ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a autoria de crimes de violação de sigilo, crime de responsabilidade e ato de improbidade administrativa. De acordo com o procurador, “não há prova, mínima que seja, de que partiu da primeira (Dilma) a ordem para a elaboração do dossiê ou para a divulgação dos dados, nem da omissão das demais autoridades na apuração dos fatos ou na sua divulgação”. O episódio ficou conhecido no início do ano passado como o escândalo do dossiê, em que a Casa Civil vazou informações referentes a despesas do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e de sua mulher Ruth Cardoso. Segundo informações obtidas por ÉPOCA, o relator do caso no Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski, acolheu o parecer do procurador-geral. Segundo o parecer de Souza, “não consta dos autos sequer indícios da participação da ministra Dilma Rousseff e dos ministros Tarso Genro, Paulo Bernardo e Jorge Hage nos fatos noticiados”. No parágrafo final do parecer Souza afirma que “não havendo elementos que indiquem a participação das autoridades referidas nos fatos, determino o arquivamento dos autos. A ministra Dilma Rousseff, quando ouvida pela Procuradoria Geral da República, segundo o parecer de Souza, informou que a partir de 2004 foi constituído, no âmbito da Casa Civil, um sistema com as informações relativas aos processos de concessão de suprimento de fundos da presidência da República. Segundo a apuração do Ministério Público Federal, todos os que colaboraram na confecção da planilha com as despesas do ex-presidente declararam que os processos analisados para a alimentação do documento não tinham qualquer restrição de sigilo. “Nenhum deles (depoentes) apontou qualquer indício de ciência da ministra da Casa Civil Dilma Rousseff ou do ministro da Justiça Tarso Genro na produção desse trabalho”. Murilo Ramos –  revista ÉPOCA

Leia mais »

PSDB e o caixa 2 de Yeda Crusius

Os emplumados tucanos, senhores da verdade e vestais da moralidade das campanhas políticas, quando são flagrados com a mão, quer dizer, o bico em falcatruas, permanecem na comodidade do poleiro. No caso do inventor do valerioduto mineiro, o atual senador Eduardo Azeredo, os tucanos o apearam da presidência do partido, e “não se fala mais nisso”. Só quem faz mensalão e utiliza “recursos não contabilizados” são os ladravazes do PT. PT saudações! Novamente aparecendo com sujeiras nas penas, no caso da Governadora Yeda Crusius do Rio Grande do Sul, os cardeais do PSDB optaram pela escapista solução do “toma que o filho é teu”! A governadora é abandonada e vaga pelo planalto buscando apoio até, acreditem, com a ministra Dilma Roussef. Para completar o advogado da governadora é o mesmo que defendeu o boiadeiro senado Renan Calheiros. Uáu! Abaixo um resumo do “imbroglio”, bem como um exemplo de com que desfaçatez o Presidente tucano, senador Sérgio Guerra, tira o braço da seringa. Só faltou o inefável “eu não sabia de nada”! A petralha penhoradamente agradece, senador! O editor Sérgio Guerra: “Defesa sobre acusações é de Yeda” Para presidente tucano, “PSDB no RS é um e nacional outro” Às voltas com denúncias de caixa dois, a governador gaúcha Yeda Crusius (PSDB) encontra-se nesta quarta (13), com líderes do tucanato nacional. Yeda veio a Brasília à procura de apoio. Porém… Porém, a julgar pelas manifestações do presidente da legenda, Sérgio Guerra, encontrará, no máximo, “solidariedade”. O senador esforça-se para circunscrever a encrenca que ronda a governadora à seara gaúcha. Eis o que disse Sérgio Guerra: “A operação nacional é uma; a operação local é outra. O partido no RS é um; o partido nacional é outro…” “…Nós temos solidariedade, temos reconhecimento pelo trabalho da governadora e temos confiança nela…” “…Mas a tarefa da defesa sobre as acusações que são feitas é da governadora e de seus auxiliares. Nós apostamos que essa defesa será bem feita”. O mandachuva do PSDB acha que “não faria o menor sentido” que o diretório nacional se ocupasse da defesa de Yeda. Por quê? “Nós não estamos sendo acusados. A gente não está sendo vitimado por nenhum tipo de denúncia…” “…O fato é que essas denúncias são contra a governadora, nós acreditamos nela e temos certeza de que ela vai se defender”. Nesta terça (12), Yeda tentara falar, pelo telefone, com a chefe da Casa Civil de Lula, Dilma Rousseff. Não conseguiu. Dilma viajara com Lula para São Paulo. Na passagem por Brasília, Yeda pretende visitar a ministra. A governadora planeja encontrar-se também com parlamentares da bancada gaúcha e com o advogado Eduardo Ferrão. É o mesmo que defendeu Renan Calheiros (PMDB-AL) nos malogrados processos processos de cassação que ele arrostou no Senado. De resto, deputados tucanos tentam intermediar um encontro de Yeda com o colega do DF, José Roberto Arruda (DEM). Ela vai pedir a Arruda que apresse a conclusão do inquérito que apura a morte de seu ex-assessor Marcelo Cavalcante. O corpo dele foi encontrado boiando nas águas do Lago Paranoá, em fevereiro passado. A investigação, a cargo da polícia civil de Brasília, aponta para suicídio. Na Assembléia Legislativa gaúcha, o petismo amealhou, no primeiro dia de coleta, apenas dez assinaturas de apoio ao pedido de CPI contra Yeda. Precisa de 19. Subemetida hierarquicamente ao ministro gaúcho Tarso Genro, um dos pré-candidatos do PT à sucessão de Yeda, a Polícia Federal cogita abrir uma investigação contra a governadora. Aguarda um pronunciamento do STJ, o foro em que são processados e julgados os governadores de Estado. De antemão, o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, delegado Ildo Gasparetto, disse ao diário Zero Hora o seguinte: “Os indícios nos mostram que as investigações têm de ser aprofundadas…” “…Toda investigação tem de ter começo e fim, com autorização do poder competente para evitar nulidade”. blog do Josias de Souza

Leia mais »

Guerrilheiros do Sendero: da droga da ideologia à ideologia da droga

O ressurgimento do grupo que espalhou o terror pelo Peru nos anos 80 e 90 ameaça desatar um novo conflito em algumas regiões do país. Fortalecidos pela associação com o narcotráfico, remanescentes da guerrilha Sendero Luminoso voltaram a agir principalmente no Vale dos Rios Apurimac e Ene – conhecido como VRAE . Seu objetivo não é mais substituir as “instituições burguesas” por um regime comunista camponês, como no passado. Nos últimos meses, porém, seus líderes estão tentando revalorizar o componente ideológico do grupo para dar ares de “guerra popular” ao que hoje não passa de uma luta pelas rotas da droga. O nome da operação que o governo peruano pôs em prática para combater o novo Sendero no VRAE é “Excelência 777”. Trata-se da maior operação militar da última década no Peru. Ela começou em agosto, mas nos últimos meses ficou clara a necessidade de mais investimentos. Desde janeiro, 32 militares já morreram em 11 emboscadas na região. Na sexta-feira, no mais recente ataque, dois militares foram mortos por senderistas nas selvas do Peru. O chefe do Exército, Otto Guibovich, admitiu que o número de integrantes do Sendero pode chegar a 600 – o dobro do que as autoridades reconheciam até então. “O Sendero Luminoso conseguiu mudar sua relação com a população e está avançando tanto que lembra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc)”, disse Guibovich em abril. “Não descarto que haja uma relação com esse grupo, as técnicas empregadas são muito parecidas.” De inspiração maoista, na esteira da proliferações de guerrilhas na região durante a Guerra Fria, o Sendero ganhou fama como a mais feroz e sanguinária organização revolucionária da América Latina. Chegou a ter 10 mil integrantes e foi responsável por mais de 35 mil mortes entre 1980 e 1999 – uma média de 5 assassinatos por dia. por Ruth Costas –  O Estado de São Paulo

Leia mais »