Arquivo

Michel de Montaigne – A Hipocrisia do Ser

Para que servem esses píncaros elevados da filosofia, em cima dos quais nenhum ser humano se pode colocar, e essas regras que excedem a nossa prática e as nossas forças? Vejo frequentes vezes proporem-nos modelos de vida que nem quem os propõe nem os seus auditores têm alguma esperança de seguir ou, o que é pior, desejo de o fazer. Da mesma folha de papel onde acabou de escrever uma sentença de condenação de um adultério, o juiz rasga um pedaço para enviar um bilhetinho amoroso à mulher de um colega. Aquela com quem acabais de ilicitamente dar uma cambalhota, pouco depois e na vossa própria presença, bradará contra uma similar transgressão de uma sua amiga com mais severidade que o faria Pórcia. E há quem condene homens à morte por crimes que nem sequer considera transgressões. Quando jovem, vi um gentil-homem apresentar ao povo, com uma mão, versos de notável beleza e licenciosidade, e com outra, a mais belicosa reforma teológica de que o mundo, de há muito àquela parte, teve notícia. Assim vão os homens. Deixa-se que as leis e os preceitos sigam o seu caminho: nós tomamos outro, não só por desregramento de costumes, mas também frequentemente por termos opiniões e juízos que lhes são contrários. Michel de Montaigne, in ‘Ensaios – Da Vaidade’

Leia mais »

O homem universal

Pintura de Fritz Wagner – O que é o homem universal? Os mosteiros, com suas grandes bibliotecas, eram o centro do saber na Europa antes do surgimento das universidades. Na verdade, foi a partir deles que algumas das primeiras universidades surgiriam. O que torna o monge medieval um homem universal? Por influência da Antiguidade Clássica, na Idade Média ensinava-se as Sete Artes Liberais, aprimoradas nesse período, que eram a base do saber: o Trivium (lógica, gramática e retórica) e o Quadrivium (aritmética, música, geometria e astronomia). O clero era educado nelas, principalmente os padres. Era um requisito indispensável para os padres aprender o latim e algumas vezes também o hebraico e o grego, para um estudo aprofundado da Bíblia. Além de padres e muitos monges terem essa base nas Sete Artes Liberais e conhecimento de idiomas, eles estudavam filosofia e teologia. Nos mosteiros, os monges repetiam, e repetem até hoje, os salmos na Liturgia das Horas tantas vezes por dia que alguns sabem os 150 salmos de cor. É comum que citem de cor muitas passagens dos Evangelhos ou mesmo algumas do Velho Testamento. Houve vários monges que também foram cientistas. Um dos exemplos mais óbvios é Gregor Mendel, o pai da genética: biólogo botânico e monge agostiniano. E um padre e físico belga, Georges Lemaître, criou a teoria do Big Bang. Mas voltemos aos monges. Além de muitos terem inúmeros conhecimentos intelectuais em diversas áreas do saber, todos eles possuem uma categoria muito especial de conhecimento: o manual. Assim como os pintores renascentistas, vários monges, frades e padres se destacaram na habilidade com a pintura, a exemplo de Fra Angelico, frade dominicano. Nos mosteiros sempre foi muito comum que os monges aprendessem as artes da pintura e da caligrafia e preparassem as belas iluminuras dos pergaminhos medievais. Mas os conhecimentos do monge medieval não acabam aí. Eles aprendiam a cozinhar, preparavam as próprias comidas e até vendiam artigos como pães, biscoitos, geleias e cervejas artesanais, tudo feito por eles mesmos. E fazem isso até hoje. Isso é tudo? Não, alguns monges fazem esculturas, costuram, dentre outras habilidades manuais, dependendo dos artigos que vendem nas lojas dos mosteiros. E além disso, eles também fazem sua própria limpeza: varrem e lavam o chão, lavam os pratos. Lavam a própria roupa. Os filósofos da Antiguidade Clássica colocavam os trabalhos intelectuais acima dos manuais porque tinham escravos. Aristóteles e outros filósofos da Antiguidade Clássica colocavam os trabalhos intelectuais acima dos manuais porque tinham escravos para fazer para eles trabalhos como cozinhar, lavar e limpar. Na Idade Média e com o cristianismo houve uma valorização de trabalhos do campo como a agricultura. E aqui encontramos mais uma habilidade de muitos monges medievais: plantar, já que muitos plantavam e colhiam a própria comida. E cortavam a própria lenha para se aquecer no inverno. Além disso, sempre foram excelentes anfitriões, recebendo e hospedando viajantes que chegassem. Portanto, o monge medieval, além dos conhecimentos intelectuais em várias áreas, também sabia pintar, esculpir, fazer caligrafia (os monges copistas), costurar, cozinhar, limpar, plantar e tudo mais que fosse necessário à sobrevivência, pois eles não tinham nenhum empregado para fazer isso para eles. Num mosteiro todos devem fazer um pouco de trabalho intelectual, manual e braçal. Será mesmo que o homem urbano renascentista, que conhece a fundo filosofia, ciência e engenharia, sabe pintar e esculpir, mas talvez não saiba plantar, cozinhar, costurar e limpar, é mais universal que o homem medieval, principalmente se falamos de um monge medieval? E será que não é particularmente interessante que todos saibam um pouco dos trabalhos braçais e auxiliem com eles, como ocorre em mosteiros, ao invés de considerá-los em segundo plano, como inferiores, enquanto o homem universal renascentista se coloca num pedestal com seus trabalhos intelectuais e artísticos superiores?

Leia mais »

Arthur Schopenhauer – A Felicidade pertence aos que se bastam a si próprios

Cada um deve ser e proporcionar a si mesmo o melhor e o máximo. Quanto mais for assim e, por conseguinte, mais encontrar em si mesmo as fontes dos seus deleites, tanto mais será feliz. Com o maior dos acertos, diz Aristóteles: A felicidade pertence aos que se bastam a si próprios. Pois todas as fontes externas de felicidade e deleite são, segundo a sua natureza, extremamente inseguras, precárias, passageiras e submetidas ao acaso; podem, portanto, estancar com facilidade, mesmo sob as mais favoráveis circunstâncias; isso é inevitável, visto que não podem estar sempre à mão. Na velhice, então, quase todos se esgotam necessariamente, pois abandonam-nos o amor, o gracejo, o prazer das viagens, o prazer da equitação e a propensão para a sociedade. Até os amigos e parentes nos são levados pela morte. É quando, mais do que nunca, importa saber o que alguém tem em si mesmo. Pois isso se conservará por mais tempo. Mas também em cada idade isso é e permanece a única fonte genuína e duradoura da felicidade. Em qualquer parte do mundo, não há muito a buscar: a miséria e a dor preenchem-no, e aqueles que lhes escaparam são espreitados em todos os cantos pelo tédio. Além do mais, via de regra, impera no mundo a malvadez, e a insensatez fala mais alto. O destino é cruel e os homens são deploráveis. Num mundo com tal índole, aquele que tem muito em si mesmo assemelha-se ao iluminado recanto de Natal, aquecido e aprazível no meio da neve e do gelo da noite de dezembro. Por conseguinte, ter uma individualidade meritória e rica e, em especial, muita inteligência, é sem dúvida a sorte mais feliz sobre a terra, por mais diversa que possa ser da sorte mais brilhante. Arthur Schopenhauer, in ‘Aforismos para a Sabedoria de Vida’

Leia mais »

Walt Whitman – Poesia – Literatura

A Base de Toda Metafísica Walt Whitman E agora, senhores, Uma palavra eu lhes dou para permanecer em suas memórias e mentes, Como base, e fim também, de toda metafísica. (Também, para os alunos, o velho professor, No final de seu curso apinhado.) Tendo estudado o novo e o antigo, os sistemas grego e alemão, Kant tendo estudado e exposto – Fichte e Schelling e Hegel, Exposto o saber de Platão – e Sócrates, maior que Platão, E maior que Sócrates buscado e exposto – Cristo divino tenho muito estudado, Eu vejo reminiscentes hoje aqueles sistemas grego e alemão, Vejo as filosofias todas – igrejas cristãs e princípios, vejo, Sob Sócrates claramente vejo – e sob Cristo o divino eu vejo, O caro amor do homem pelo seu camarada – a atração de amigo por amigo, Do marido bem-casado e a esposa mãe de crianças e os pais, De cidade por cidade, e terra por terra.

Leia mais »

4 ideias de Karl Marx que seguem vivas apesar do fracasso da URSS e do comunismo

Karl Marx, o ideólogo da Revolução Russa, cujo centenário é marcado nesta terça-feira, é relevante hoje em dia?  Estátua de Marx em Moscou; pensador alemão teve papel de peso em história do país – Direito de imagem FOTO FRED ADLER/BBC Karl Marx, o ideólogo da Revolução Russa, cujo centenário é marcado nesta terça-feira, dia 7 de novembro, é relevante hoje em dia? Ainda que o filósofo alemão tenha vivido e trabalhado no século 19, uma época bem diferente da nossa, é indiscutível que dois de seus textos, O Manifesto Comunista (1848), redigido junto com o também filósofo alemão Friedrich Engels, e O Capital (1867), tiveram em um momento determinado da história uma grande influência política e econômica em muitos países e sobre milhões de pessoas. O surgimento da União Soviética (URSS) após a Revolução Russa foi um exemplo disso. Ninguém nega que o bloco socialista marcou boa parte do século 20, no entanto, também é um fato que ele desmoronou e que o comunismo não se materializou tal qual propuseram Marx e Engels, com o capitalismo vigorando em quase todo o planeta atualmente. Mas podemos dizer que todas as ideias de Marx estão obsoletas? Ou é possível elencar algumas que se tornaram realidade e seguem vigentes até hoje? A seguir, selecionamos quatro exemplos. 1. O ativismo político Marx descreve a luta de classes na sociedade capitalista e como o proletariado acabaria tomando o poder das elites dominantes em todo o mundo. O Capital, sua principal obra, é uma tentativa de indicar essas ideias por meio de fatos que podem ser verificados e de análises científicas. Foi uma mensagem poderosa em um mundo pleno de opressão e desigualdade. “A experiência pessoal de Marx, que viveu na pobreza, conferiu uma grande intensidade à sua análise, que recorreu à Filosofia contra o monstro capitalista que escravizava os seres humanos”, explica à BBC um dos seus mais renomados biógrafos, o britânico Francis Wheen. Marx questionou a ideia de que o capitalismo se autorregulava Direito de imagemGETTY Durante o século 20, as ideias de Marx inspirariam revoluções na Rússia, China e Cuba e em muitos outros países onde um grupo dominante foi derrubado e os trabalhadores se apoderaram da propriedade privada e dos meios de produção. O marxismo foi além e tornou-se uma maneira de interpretar o mundo: a simples ideia de que a história é marcada pela luta entre classes antagônicas também influenciou a literatura, a arte e a educação. “Hoje em dia, Marx segue relevante como filósofo político. Geração após geração, muitos buscam inspiração nele para suas próprias lutas”, diz Albrecht Ritschl, historiador alemão especializado em marxismo e chefe do Departamento de História Econômica da London School of Economics, no Reino Unido. “Continua-se a falar sobre os temas tratados por Marx. Por exemplo, a globalização. Marx foi um dos primeiros críticos da internacionalização dos mercados. Também se referiu à desigualdade ao alertar que ela estava aumentando no mundo. Poderia se dizer que Marx continua sento atraente e faz parte do discurso político atual.” Ainda que a queda da URSS, em dezembro de 1991, tenha sido um forte golpe contra a teoria marxista (por algum tempo, partidos de esquerda e universidades deram a ela menos importância), a crise financeira global de 2007/2008 voltou a torná-la relevante. Esse colapso foi um exemplo clássico das recorrentes crises do capitalismo que haviam sido previstas pelo pensador alemão. Desde então, as vendas de O Manifesto Comunista e O Capital crescem em todo o mundo. 2. A recorrência de crises econômicas Marx questionou a ideia de que o capitalismo se autorregulava. Para ele, não havia uma “mão invisível” que trazia ordem às forças do mercado, como havia postulado o economista e filósofo escocês Adam Smith, considerado o “pai” do capitalismo, em A Riqueza das Nações (1776). Marx argumentava que o sistema capitalista estava condenado a períodos de crises recorrentes inerentes a eles – hoje, os economistas falam em recessões. “Ainda que ele não tenha sido o único a falar disso, sua ideia original era que cada turbulência levaria a outra pior e assim sucessivamente até a destruição do capitalismo”, explica Ritschl. No século 20, as ideias de Marx inspiraram revoluções na Rússia, China e Cuba e em outros países Direito de imagemGETTY A grande depressão econômica de 1929 e as outras subsequentes alcançaram seu auge em 2007/2008, quando o mundo viveu um colapso financeiro inédito em termos de gravidade, impacto e persistência. “É certo que os aspectos mal resolvidos do capitalismo levam a novas crises, mas a ideia determinista de Marx, de que o sistema desmoronaria por causa de defeitos intrínsecos, foi desacreditada”, diz Ritschl. “Mas hoje estamos mais alertas do que nunca diante das turbulências e somos mais cuidados com elas, em parte graças a ele.” Ainda que, ao contrário do que previu Marx, as crises não tenham ocorrido nas indústrias pesadas, mas no setor financeiro, esclarece o especialista. 3. Ganhos desmedidos e monopólios Um aspecto importante da teoria de Marx é a chamada mais-valia: o valor criado pelo trabalhador com sua força laboral. O problema, segundo o pensador alemão, é que os donos dos meios de produção se apropriam da mais-valia e tentam maximizar seus ganhos às custas do proletariado. Assim, o capital tende a concentrar-se e centralizar-se em poucas mãos e, em contrapartida, isso leva ao desemprego e a uma depreciação dos salários dos trabalhadores. É possível ver isso hoje em dia. Marx dizia que o sistema capitalista estava condenado a enfrentar crises recorrentes até de autodestruir Direito de imagemGETTY Por exemplo, uma recente análise da revista britânica The Economist mostra que, enquanto nas últimas décadas o salário dos trabalhadores em países como Estados Unidos se estabilizou, o salário máximo de executivos aumentou significativamente: em vez de ganhar o equivalente a 40 vezes o salário médio dos trabalhadores, passaram a ganhar 110 vezes ou mais. “A crítica de Marx à acumulação é válida ainda hoje, porque continua a ser um dos pontos fracos do capitalismo”, diz Ritschl. “Atualmente, vemos claramente a acumulação desmedida de poder por parte das grandes empresas internacionais e também a formação de monopólios e

Leia mais »

Fascista, eu?

Alunos canhotos alegam ser inadmissível em uma Universidade Federal a realização de um evento em que alguém use uma camiseta de Jair Bolsonaro.Michel Foucault foi filósofo, historiador, teórico social e crítico literário. Foto: Hemeroteca Digital Pais e mães destros mobilizam-se na tentativa de impedir a vinda de uma professora americana ao país. Tais ações, além de explicitarem a retidão das intenções de seus executores (notificamos ao leitor que uma ironia foi usada nesta frase), nos deixam diante de um fato inconveniente: somos ambidestramente fascistas. A palavra fascista aqui, sublinha uma vontade, expressa em pensamentos, atos e palavras, de impedir que o diferente exista. Definir como inadmissível implica negar o direito de existência de algo.Impedir que alguém venha ao país falar de ideias que eu discordo, é tentar negar o direito de existência dessa ideia. Meu palpite teórico é que esse fascismo todo é fruto de muito medo, mas, para não dizerem que estou “psicologizando” o problema, falo que o fascismo virou o arroz de festa dos nossos protestos. Para protestar, usamos os comportamentos que estão disponíveis na nossa cultura; mas, nem todo comportamento serve pra isso. Os atos escolhidos para protestar hoje são aqueles que se mostraram úteis e eficientes para protestar no passado. Aprendemos com, na e pela história, quais comportamentos servem, e quais não. Há quem chame isso de repertório de protesto. Em uma cultura que naturaliza a violência e a agressividade como é o caso da nossa, é fácil identificar a existência de um repertório de protesto fascista alicerçado na intolerância, na incapacidade de diálogo, e na falta de empatia para com o outro. Esse modo de protestar útil e eficaz (notificamos ao leitor que uma segunda ironia foi usada neste texto) está sempre disponível e tende a ser empunhado como bandeira sempre que aparece alguma oportunidade. O fascismo nosso de todo dia, essa atitude cada vez menos escondida pela nossa capa de povo cordial, não tem nenhuma predileção moral por ser agarrado com a mão direita, ou com a esquerda. Nos anos setenta do século passado, em um cenário de ebulição semelhante ao que vivemos hoje, Michel Foucault recomendava atentar para o fascismo em nossas melhores intenções. Com seu estilo preciso e afiado, ele nos lança a seguinte questão: “como fazer para não se tornar fascista mesmo (e sobretudo) quando se acredita ser um militante revolucionário?”. Exposições fechadas, postagens em redes sociais denunciadas, regras mínimas de decoro e civilidade quebradas: tudo isso em nome da retidão das causas que defendemos. Estamos disputando a tapas, golpes de Estado, austeridade econômica e rearranjos institucionais duvidosos, o direito de falar em nome do bem do Brasil. Stalinismo e Nazismo também foram produzidos em nome do bem nacional. É prudente desconfiar do princípio de que os fins justificam os meios. Afinal, toda ação gera uma reação, e, se essa reação passar a ser uma resposta automática, é muito provável que ela seja emitida com a mesma intensidade e frequência da ação inicial. O Fla-Flu grenalizado atual na cena pública brasileira tem se mostrado danoso para todos e traz o risco de institucionalizar a opressão a diferença como nova paixão nacional. Apontar o fascismo alheio é sempre mais fácil que reconhecê-lo em nós. Que tal criar um intervalo no grenal e pararmos de chamar os outros de facistas e anti-democráticos, enquanto estamos batendo neles e negando-lhe direito de existir? ** André Luis Leite é psicólogo. Pesquisador visitante na Universidade da Cidade de Nova Iorque. Mestre em Psicólogia. Doutorando pelo Programa de Pós Graduação em Psicologia da Universidade Estadual Paulista, na Faculdade de Ciências e Letras de Assis.

Leia mais »

Fatos & Fotos – 16/10/2017

A Marcha da Insensatez – Somália Atentado terrorista: 230 mortos ***** Livro de Tacla Duran revela os subterrâneos da delação premiada na Lava Jato. Sra. Justiceiro é protagonista chave. ***** FALANDO EM DINHEIRO, perguntamos para a Polícia Federal, para o supremo e para o Moro, “afinal de onde veio o dinheiro do Geddel?. De qual bando veio odinheiro do Geddel?. O dinheiro do Geddel era para quem?. Esconderam tudo e não dizem ao Brasil. Isto cheira coisa podre, por isto que escondem. Uma país fraudulento. Imagine um país cujo presidente é derrubado por um criminoso que cobrou dinheiro para dar seguimento a um processo fraudulento. ***** Pinturas Clássicas,Rembrandt Lição de Anatomia,1632,Detalhe Çocorro! Açacinaru indioma purtuques ***** Hana Blažiková – Philippe Herreweghe Blute nur, du liebes Herz Straus St. Matthew Passion, BWV 244: Part I: Blute nur, du liebes Herz (Soprano)” por Das Kleine Konzert, Monika Frimmer, Hermann Max & Veronika Winter ***** Eduardo Cunha tem Porsche em nome de Jesus.com ***** Mafalda não perdoa ***** Adoro aquele som que você faz quando cala a boca. ***** Apesar de 0bter 47% dos votos na eleição pa Presidente da República em pesquisa da Falha de SP, somente apareceram 27 eleitores que confessaram ter votado no “Eletroluquis das Alterososas” ***** ***** Ah!, como eu gostaria de ser uma pato. E desmemoriado. Lembram né? “Associação de aéreas: com cobrança de bagagem preço deve cair. Avaliação é que desregulamentação feita pela Anac aumenta a concorrência” O Globo; 14/12/2016 Ps. Segundo o IBGE, entre junho e setembro de 2017, a alta das passagens chegou a 35,9%. ***** Piores que intervenção militar são as viúvas da ditadura, e piores que elas são os jovens conservadores que faltaram às aulas de história. ***** Agrotóxicos, Alimentos &Meio Ambiente ***** Assistimos impassíveis o aumento exponencial de ratos e baratas saindo dos esconderijos e do esgoto e o povo só observando, será a paralisia estado de choque? Haverá susto? ***** Gambiarras – Sofá ***** Esse é realmente, e infelizmente, um país de cabeça pra baixo.Em qualquer outro país minimamente democrático, com ao menos 1% de políticos honestos – sem uma população de patos inertes e revolucionários de panelas – com essa delação do Funaro, o povo já estaria aos “zilhões” nas ruas e o Congresso já teria feito uma Sessão Extraordinária e “impinchado” esse rato postiço da presidência do Bananil – “a negativa de um acusado de corrupção, quase sempre, é o maior indício de que ele é culpado”. Aí me sussurra aqui ao pé do ouvido, um diabinho; “mas delação não é prova”! Hã? Como assim? O ladrão da OAS delatou o outro ladrão de São Bernardo no rolo do Triplex, e mesmo sem provas materiais, mas com a “jurisprudência” inovadora do “eu tenho convicção”, a excelência sapecou 9,5 anos de prisão no lombo do “lunfa” de nove dedos. Parafraseando Montesquieu – sim, sou pretensioso sim! – “A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus eleitores.” Temos o perverso hábito de sermos parvos ante a corrupção e à preguiça cívica. ***** Constato a nova articulação para desmentir notícias de corrupção no governo do Postiço; Eles já aprenderam a lidar com isso. Falam que é “Fake news” e seguem relinchando. ***** Apenas R$ 2,979 milhões pagos, pelo Senac, a jornalistas, comentaristas e analistas, todos ligados à Globo. Quando tais elementos escreverão ou dirão algo que não seja do agrado do SENAC? Repito; essa é uma imprensa de m*rda. ***** Cunha, o dono de “Jesus” na internet. O Corrupto tem 212 domínios de cunho religioso na internet, 154 com “Jesus” Cunha no plenário da Câmara. LUIS MACEDO CÂMARA DOS DEPUTADOS Pense em qualquer variação de um domínio de internet .br que misture as palavras “facebook” e “jesus”. Nenhum deles leva a qualquer conteúdo, mas todos pertencem ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “jesusfacebook.com.br”, “facebookjesus.com.br”, “facejesusbook.com.br” e “portaljesusfacebook.com.br” estão entre os 287 endereços para sites registrados no nome de Cunha, como expôs no início deste mês o site Pastebin (os dados são públicos e revelados por uma simples pesquisa por CPF). Do total, 212 têm cunho religioso — 154 deles mencionam “Jesus”. A militância religiosa do evangélico Eduardo Cunha não é segredo para ninguém. O deputado peemedebista frequenta com assiduidade cultos religiosos, suas redes sociais publicam com frequência mensagens bíblicas e seus críticos condenam posições como a oposição à liberação do aborto, de base religiosa, mas o grande número de domínios ligados ao tema chamou a atenção e virou notícia. Questionado sobre o assunto pelo EL PAÍS por meio de sua assessoria de imprensa, Cunha não se manifestou até  A posse de um domínio custa 30 reais por ano (se o dono fechar 10 anos de uma vez, o preço total fica 273 reais). O Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br) não tem informações sobre a quantidade de domínios religiosos registrados no país, explica Frederico Neves, diretor de Serviços e Tecnologia do NIC.br. Portanto, não é possível ter uma ideia da representatividade dos endereços detidos por Cunha. Mas uma conversa com quem atua na área pode ajudar a esclarecer os motivos de tantos domínios. Diretor de internet na Rede Novo Tempo de Comunicação, Carlos Magalhães explica que a primeira preocupação de uma instituição religiosa ou de uma empresa é conseguir garantir seu nome em um domínio. A maioria das igrejas evangélicas até incentiva seus fiéis a comprar os endereços, como forma de colaboração, para partilhar custos — segundo Magalhães, apenas grupos como os mórmons ou as testemunhas de Jeová tendem a concentrar entre os membros da cúpula da igreja a responsabilidade por preservar o nome na internet. Outra preocupação é evitar que terceiros façam uso inadequado de nomes que aludam à entidade. Mas há também quem mantenha domínios inativos à espera de quem queira comprá-los. A Rede Novo Tempo, por exemplo, teria de pagar 80.000 dólares se quisesse publicar seu site em espanhol, com o endereço nuevotiempo.com. É o preço que o dono desse domínio registrado na Espanha cobraria se a Novo Tempo quisesse utilizar a terminação .com. Para evitar o gasto, ele utiliza um domínio com

Leia mais »

Fatos e & Fotos – 16/10/2017

“A inteligência é o único meio que possuímos para dominar os nossos instintos.” Freud ***** Pintura de Jarek Puczel ***** O terrorista Battisti e o Asilo Político na legislação Brasileira. Por que o Ministro Fux mandou a detenção de Batistti para a 1ª Turma do STF? Ele não quis ficar mal sozinho com os esquerdinhas. Há que realmente determinar se o assassino estava transpondo a fronteira, o que quebraria o acordo, safado, de asilo político que o Lula deu a esse elemento. Embora o STF decida, a palavra final é do presidente da República, que goza dessa prerrogativa nos casos de asilos políticos. Creio que, como da vez anterior, o STF determinará a extradição, uma vez que a doutrina já pacificou que: “O asilado que desejar se ausentar do país e nele, posteriormente, reingressar, sem renúncia de sua condição, deverá solicitar autorização prévia do Ministro da Justiça. Igualmente, compete ao Ministro da Justiça a prorrogação dos prazos de estada do asilado.” O Asilo Político é conceito firmado como Direito das Gentes. Heródoto em seus “Nove Livros da História” narra que Dario da Pérsia já concedia asilo aos espartanos prisioneiros após a conquista de Esparta. Artigo 13°1. da Declaração Universal dos Direitos do Homem, do qual o Brasil é signatário: “Toda a pessoa tem o direito de livremente circular e escolher a sua residência no interior de um Estado. 2. Toda a pessoa tem o direito de abandonar o país em que se encontra, incluindo o seu, e o direito de regressar ao seu país.” Na CF: Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes princípios: X: concessão de asilo político. Ps. Não Confundir “Asilo Político” com “Refúgio” ***** Tudo que a “mundiça” que se apresenta como canditato à presidência do Bananil quer, é palanque. Portando metáfora para os identificar nas postagens, nem nada de fotos das caratonhas. Tudo que a “mundiça” que se apresenta candidatura à presidência do Bananil quer, é palanque. É uma trentativa para escapar da tesoura da censura e driblar algoritmos. Eu, d’agora em diante agirei assim. O “Reichsführer-Br” recusado pela corpos discentes e docentes para fazer campanha em universidades acima do Grande Rio. ***** ***** Só dói quando eu rio ***** De que adianta esse tal de Funaro delatar o Postiço e gangue, se o PSDB, aboletado em ministérios, salva toda bandidagem nas votações no congresso? *****    

Leia mais »

Fatos & Fotos – 12/10/2017

Não julgue minha história pelo capítulo que você conheceu agora. Trump retira USA da UNESCO Stefano Landi – Passacaglia della vita È un sogno la vita che par sì gradita, è breve gioire, bisogna morire. Non val medicina, non giova la China, non si può guarire, bisogna morire. RIP Peter Smith, 1944-2016.  O STF é um desserviço ao Estado Democrático de Direito, pois o que mais dizer de uma corte onde um ministro – o inefável sr. Gilmar Mendes não julga uma ADI, mas, sem entrar no mérito, defende um amigo? Ps. A decisão está correta. Por mais que considere o sr. Aécio um pútula, vale a CF sobre todas as outras leis. O art.53 não recepciona hermenêutica diversa. Da série fotos que não permito que criem poeira. O magistrado pode fazer a interpretação da ADI conforme a Constituição usando princípios teleológico. É admissível, mas não concordo com essa elasticidade da hermenêutica. Por convicção sou um legalista, e defendo no meu curso de pós graduação em Direito Constitucional o impedimento do STF legislar, poder que o Constituinte Originário não lhe concedeu. Que se faça uma PEC e se lhe confira tal prerrogativa. O voto do ministro Alexandre, por natureza um plagiador, foi um esdrúxulo e desconectado recorte de citações truncadas. Não seria tal parvo aprovado para exercer uma cátedra. Os demais, à cujas possíveis intenções terceiras não análiso o mérito, votaram com consistência. Excetuando-se GM, como sempre, que fez do voto uma defesa do Aécio, e a presidente que não sabe em qual planeta habita. Almirante Othon e o reator nuclear embarcado, geração de energia para o submarino nuclear brasileiro e navios. Alvo dos EUA. Às vivandeiras. Eis o que vocês almejam. À época da ditadura, cultos censores apreenderam da biblioteca da universidade livro sobre o Cubismo. Acreditavam que era sobre Cuba. Haaaaaaahahahahahaha. “Quiuspa!” O infame cearense, Armando Falcão – que o demo o esteja fritando no inferno no mesmo caldeirão no qual esteja Lenin e Che – proibiu uma exibição do Balé Bolshoi, porque dizia que era da Rússia e induziria aos parvos tapuias ao comunismo.  O “Depufede Federoso Bonifácil” de Andrada, esse patético senil envergonha todas as gerações dos Andrada, desde o Patriarca da Independência. O “Quadrilhão” está novamente unido. O PSDB acabou. Castro Alves: “Andrada, arranca este pendão dos ares!” Não substituo meu cérebro e o conhecimento adquirido, nos livros e na academia, ao longo de décadas, pelo fígado. A decisão do STF foi correta. Dentro do que grafa o art.53 da CF. Além do que, uma lei infraconstitucional jamais poderá se sobrepor a CF. Recomendo aos “doutos” uma leitura sobre a pirâmide de Kelsen. Proceder a uma interpretação de caráter teleológico no sentido de privilegiar o princípio ou norma mais justa, fere de morte o Estado Democrático de Direito. Ao STF compete interpretar a Constituição e não inventar firulas no Direito. O aspecto mumificado de pânico da sra. Carmem Lucia ao proferir o voto de Minerva foi emblemático a quem falta pulso, conhecimento e decisão. Por mais que eu considere o senador um crápula corrupto e elemento nocivo à civilização, fora da lei, estaremos, todos, à mercer do arbítrio. O que parece ser difícil de entender – a indignação é compreensível – é que a Constituição é clara. Quem manda no país é a sagrada vontade do eleitor. Só a ele e/ou seus representantes cabe colocar ou remover políticos de seus cargos. Ps. Preâmbulo da Constituição Federal; “Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembleia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte Constituição da República Federativa do Brasil.” 1 – Pelo exposto fica claríssimo a importância da consideração do povo como titular da Constituição. 2- Para quem estranhar a expressão “sob a proteção de Deus”, quando a própria CF declara que o Estado é laico, essa mesmo CF garante a Liberdade de Manifestação Religiosa. Entendo, assim, que os constituintes originários usaram o direito dessa livre manifestação. 3 – O STF já pacificou essa questão na ADI2076 ao entender que o “Preâmbulo Não Possui Força Normativa”. A juíza que autorizou busca e apreensão na casa do Lulinha II, baseada, pasmem, unicamente em denúncia anônima sobre consumo de drogas ilícitas – a seguir isso, poucos domicílios no Brasil estariam a salvo – colocou mais alguns pontos na preferência do eleitor para a eleição do Lula. As otoridades levaram os incriminatórios Cds de músicas e livros. A continuar, no próximo passo estaremos na fogueira de Torquemada. Farenheit 451 está logo ali. Elementar meu caro Watson! As FFAA não intervirão. Estão com Temer para conter o Lula.

Leia mais »