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Sandro Ornellas – Versos na tarde – 16/03/2016

Impurezas da pele Sandro Ornellas¹ Essa pele impura roça a sua, roça e sua a experiência mais crua. Você não entende como essa pele se estende contente por entre anelos, lhe faz cavar covas em vil segredo, sentar e sentir o susto do medo de sempre fugir da dura impureza, sem a qual, num encontro, inexiste beleza. Nessa pele impura se ergue um estilo que não possui par com isso ou aquilo, que não recusa a contaminação que a cidade suja impõe à paixão, pois não se alinha à sua lavada blusa, de nobreza branquíssima e incorrupta. Assim se esquece o quanto escrita é rastro, risco, rabisco escuro em branco casto de páginas incertas com a sua tinta, da impressão sem meta das nossas vidas. ¹Sandro Ornellas * Brasilia-DF, 1971 d.C Professor de liteatura na Universidade Federal da Bahia. Publicou: Simulações e Tanta poesia, poemas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Como roubo de US$ 110 milhões foi descoberto graças a erro de ortografia

Foi um dos maiores roubos a banco da história – e realizado sem uso de qualquer arma ou violência. Dinheiro foi roubado por meio do Banco da Reserva Federal de Nova YorkImage copyright Getty Hackers extraíram, em fevereiro, US$ 110 milhões (R$ 412,5 milhões) das reservas de divisas internacionais do Banco Central de Bangladesh, na Ásia, que estavam depositadas na unidade de Nova York do Banco do Federal Reserve, o Banco Central americano. Entre os dias 4 e 5 do mês passado, criminosos conseguiram entrar no sistema do Banco Central de Bangladesh e transferir o dinheiro da sua conta nos Estados Unidos para entidades nas Filipinas e no Sri Lanka, também na Ásia.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O roubo não veio à público por um mês, porque o diretor do banco de Bangladesh, Atiur Rahman, não o informou ao governo do país. Ele pediu demissão após ser chamado de incompetente pelo ministro da Economia. “Foi quase como um ataque de extremistas, como um terremoto. Não sei como aconteceu, onde se originou nem quem o realizou”, disse Rahman. “Quando fui informado, fiquei perplexo.” Credenciais roubadas Diretor do Banco Central de Bangladesh se demitiu após o caso. Image copyright Getty Segundo notícias publicadas na imprensa que citam autoridades bancárias, os hackers usaram credenciais roubadas para que os pedidos de transferência do dinheiro parecessem legítimos. Foram feitas ao menos 35 solicitações de transferência, de um total de US$ 951 milhões, a partir desta conta, que era usada para fazer pagamentos internacionais. Um erro de ortografia no nome de uma suposta ONG que deveria receber uma das transferências levantou suspeitas no banco alemão Deutsche Bank, intermediário das transações, que pediu esclarecimentos ao Banco Central de Bangladesh – que interrompeu as transferências. A esta altura, o Banco Central americano em Nova York também alertou o Banco Central de Bangladesh sobre uma série de pedidos considerados suspeitos, por serem muitos e destinados a contas privadas e não às de outros bancos. Operações suspeitas Parte do dinheiro roubado foi recuperado no Sri Lanka – Image copyright Getty Os ladrões já haviam conseguido transferir US$ 110 milhões para contas no Sri Lanka e nas Filipinas quando as autoridades de Bangladesh foram alertadas. Cerca de US$ 20 milhões foram recuperados no Sri Lanka. O governo de Bangladesh responsabilizou publicamente a unidade de Nova York do Banco Central americano por não ter descoberto antes as operações. Um porta-voz do banco americano, entretanto, negou que seus sistemas tivessem sido invadidos e disse que as transferências foram feitas usando protocolos existentes. “Não há evidência de nenhuma tentativa de hackear nossos sistemas que tenha relação com estes pagamentos nem de que nossos sistemas tenham sido comprometidos.” Com dados da BBC

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Grupo GEN lança ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem

Autores apresentam conceito de ensino em que estudante é o protagonista Grupo GEN lança ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’. Autores apresentam conceito de ensino em que estudante é o protagonista. Estudiosos da área de educação defendem há décadas que um outro tipo de ensino é possível, no qual o aluno é o protagonista e aprende de forma mais autônoma, com o apoio de tecnologias. O GEN (Grupo Editorial Nacional), através da Editora LTC, lança no Brasil o livro ‘Sala de Aula Invertida – Uma Metodologia Ativa de Aprendizagem’, dos autores e criadores do método Jonathan Bergmann e Aron Sams, com tradução de Afonso Celso da Cunha. A chamada “metodologia ativa” ou “sala de aula invertida” é uma forte tendência de ensino reconhecida e aplicada nas melhores universidades do mundo e que está chegando rapidamente às instituições brasileiras. Tudo começou quando os autores Jonathan Bergmann e Aaron Sams criaram o livro ‘Flip Your Classroom’, publicado inicialmente nos EUA e traduzido na Itália, França, Espanha, Dinamarca, México, China, Japão, Coreia do Sul, entre outros. E, agora, finalmente, a Editora LTC proporciona o privilégio ao leitor brasileiro de conhecer esta metodologia única e inovadora.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Jonathan Bergmann recebeu o Presidential Award for Excellence in Mathematics and Science Teaching, em 2002, e foi semifinalista no certame Teacher of the Year, no Estado do Colorado, em 2010. Atualmente, é facilitador em tecnologia de ponta da Joseph Sears School, em Illinois. Já Aaron Sams é educador desde 2000. Recebeu o Presidential Award for Excellence in Mathematics and Science Teaching, em 2009, e foi copresidente do Colorado Science Academic Standards. Tem bacharelado em Bioquímica e mestrado em Educação pela Biola University, nos Estados Unidos. Atualmente, é professor de Ciências em Woodland Park, no Colorado. Ao longo de gerações, o perfil e a forma de assimilar os conteúdos por parte dos estudantes foram se modificando completamente. E o conceito de “sala de aula” passa por transformações para continuar atendendo às necessidades e expectativas dos alunos. O processo educativo que se baseia na “sala de aula invertida” consiste na utilização de recursos atuais como áudio, vídeo, Internet e outras ferramentas interativas, que favorecem o empenho e a participação do estudante durante os ensinamentos. “O aluno estuda os conteúdos básicos antes da aula, com vídeos, textos, arquivos de áudio, games e outros recursos. O encontro presencial, em sala de aula, com o professor, passa a ser a oportunidade para esclarecer dúvidas, realizar atividades, trocarconhecimentos e fixar a aprendizagem”, explica a diretora do GEN Educação e doutora em educação Andrea Ramal. Em ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’, esse conceito é explicado a partir de experiências realizadas pelos autores Jonathan Bergmann e Aaron Sams. Com a gravação de palestras para trabalhos de casa, eles perceberam que houve uma compreensão mais profunda por parte de seus estudantes, o que, segundo eles, nunca aconteceu com o sistema tradicional de ensino. Daí surgiu toda a concepção dessa nova proposta de aprendizagem e a estrutura da obra. A metodologia também é reconhecida e utilizada por algumas das mais importantes instituições de ensino como o MIT (Massachusetts Institute of Technology), Universidade de Michigan e a Universidade de Harvard. O método é adotado ainda em escolas da Finlândia e vem sendo testado em países de alto desempenho em educação, como Singapura, Holanda e Canadá. “Em Harvard, por exemplo, nas classes de cálculo e álgebra, os alunos inscritos em aulas invertidas obtiveram ganhos de até 79% a mais na aprendizagem do que os que cursaram o ensino tradicional”, aponta Andrea Ramal. Através do livro, o leitor terá acesso à evolução de uma pesquisa empreendida pelos autores, com os resultados positivos e negativos de toda essa experiência. O livro-texto apresenta muito mais do que um olhar filosófico; oferece a descrição e o passo a passo para implementar a “sala de aula invertida”. ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’ tem lançamento no dia 17 de março e estará disponível nas principais livrarias físicas e online de todo o país e, posteriormente, em versão e-book. Ficha técnica: ‘Sala de aula invertida – uma metodologia ativa de aprendizagem’ (‘Flip your clasroom – reach every student in every class every day’)  Autores: Jonathan Bergmann e Aaron Sams, com tradução de Afonso Celso da Cunha Preço: R$35,00 (livro físico) e R$28,00 (e-book) Mais informações: www.grupogen.com.br  

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Celular: um dos vilões da infertilidade masculina?

Qualidade do sêmen masculino piorou desde o início do século XX, e a justificativa pode ser a radiação emitida pelos celulares, dizem estudos. Ondas de radiofrequência de celulares oferecem risco para qualidade do sêmen masculino e podem causar esterilidade (Foto: Pixabay)  Mais do que um simples meio de comunicação, o celular se tornou uma ferramenta de trabalho para uma grande parte da população. Essa ferramenta, que tem se tornado cada vez mais indispensável, precisa ser transportada em um local que seja fácil de guardar e de ter acesso. O bolso da calça parece perfeito, mas na verdade, pode ser um local perigoso. Um estudo realizado por uma equipe do Centro Médico Carmel e do Instituto Technion de Haifa, em Israel, aponta que a qualidade do sêmen masculino piorou desde o início do século XX, e a justificativa pode ser a radiação emitida pelos celulares. O estudo foi publicado na Reproductive BioMedicine Online.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os aparelhos celulares são responsáveis por emitir ondas eletromagnéticas de radiofrequência, provenientes do sinal do aparelho junto à frequência energética que a bateria dos celulares emite. De acordo com os cientistas, a frequência emitida por esses aparelhos é responsável por piorar a qualidade do sêmen masculino. “Essa radiação que os celulares emitem é considerada a grande vilã na fertilização e na qualidade seminal dos homens”, afirma a doutora Jacira Ribeiro Campos, biomédica da clínica de reprodução assistida Pró Nascer, no Rio de Janeiro, em entrevista ao Opinião & Notícia. A pesquisa aponta que guardar o celular a menos de 50 cm da região pélvica interfere na qualidade do esperma. O estudo feito com 106 homens revela que a qualidade do esperma era pior entre os homens que guardavam o aparelho celular no bolso da calça (47% deles). O estudo reforça uma tendência que vem se apresentando em diversas pesquisas anteriores que relacionam o uso do celular com a qualidade do esperma masculino. “Existem 579 estudos relacionando a qualidade do espermatozoide com os hábitos de vida moderna”, afirma Jacira. “A maioria dos estudos relaciona a queda na qualidade seminal ao celular estar posicionado a menos de 50 cm da área genital”, acrescenta. Jacira explica que o contato direto ou muito próximo com a região genital oferece risco de esterilidade pelo aumento da temperatura que os aparelhos celulares provocam. “A bolsa escrotal é externa ao corpo, porque a produção de espermatozoides acontece entre 35,5°C e 36,5°C, geralmente 1°C a menos que a temperatura corporal. Quando você superaquece essa área, você aumenta a produção de radicais livres no sêmen”. Além da proximidade dos aparelhos com a área genital, a pesquisa aponta que falar ao celular por mais de uma hora ou utilizá-lo enquanto está ligado à corrente elétrica são fatores que também prejudicam a qualidade seminal masculina. “Quando o celular está no bolso, ele está em repouso. A partir do momento que você usa para conversar ou carregar, ele entra em atividade e a bateria do aparelho começa a esquentar. Nessas horas, eles estão emitindo muito mais radiação eletromagnética”, explica Jacira. Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), a piora na qualidade do sêmen significa a perda da motilidade dos espermatozoides (capacidade de se moverem), viabilidade (espermatozoides vivos) e queda na concentração de espermatozóides. De acordo com dados de 2010, houve uma redução de 80% na motilidade, 9% na viabilidade e uma pequena queda na concentração de espermatozoides no ejaculado de homens que passaram a conviver com o celular junto ao corpo. A OMS aponta que para um homem ser considerado fértil, ele precisa apresentar em seu espermograma uma concentração mínima de 15 milhões de espermatozoides. Desta quantidade presente no esperma masculino, 40% deles devem estar móveis e 60% precisam estar vivos. Estudo indica tendência mundial Apesar dos resultados que o estudo apresenta, Jacira reforça que ele não é conclusivo e o celular não pode ser considerado o único responsável pela queda na qualidade do sêmen masculino nos últimos anos. “Podemos dizer que está ocorrendo uma tendência da piora da qualidade do esperma, mas nenhum cientista pode garantir que é o celular que está provocando isso”. Jacira também afirma que o público pesquisado pelo estudo israelense não pode representar o total da população mundial, e com isso, os resultados não podem traçar um ponto final. “Cento e seis é um número muito pequeno para bilhões de habitantes”. Para Jacira, o celular é um fator a ser somado a outros na relação com a infertilidade masculina. “O que a literatura mundial diz é que de 30 a 40% dos casos de infertilidade masculina são causados pela rotina estressante que o homem leva na vida moderna”, explica. Fatores como a exposição à poluição, alimentação ruim, diminuição do tempo de sono, além do contato com outros aparelhos que emitam ondas eletromagnéticas – como tablets, notebooks, roteadores de internet, entre outros – contribuem negativamente para as divisões celulares. “O homem tem uma produção diária de espermatozoides, diferentemente da mulher, que nasce com todos os óvulos prontos e vão sendo liberados a cada mês no ciclo da menstruação. A cada três meses, a população de espermatozoides é renovada. Quando você é submetido a todas essas interferências que são potenciais pra piorar a produção, você tem uma queda da qualidade do sêmen”, explica Jacira. No entanto, Jacira não descarta a importância dos resultados de estudos recentes acerca da qualidade seminal estar aliada às ondas eletromagnéticas dos celulares. “Esse tipo de estudo sobre a qualidade do esperma pode ajudar a esclarecer porque aumenta a população infértil mundial ao longo dos anos”. Manter os aparelhos celulares a uma distância considerada segura – pelo menos 50 cm longe da região pélvica –, transportando-os em bolsos de camisa, por exemplo, e reduzir o uso são formas de limitar o impacto de ondas eletromagnéticas de radiofrequência na produção seminal. Mas a principal recomendação de Jacira vai além dos celulares. “Manter uma boa qualidade de vida e reduzir a rotina estressante ajudam a melhorar a qualidade do esperma” Por Nycolas Santana

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