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Exemplo típico da manipulação da informação

Não é de hoje que a mídia conservadora age como nos últimos dias e meses. Lembrei de um fato que fui protagonista, em 1987. Um programa na rádio Roquette Pinto, emissora do governo do Estado, todo sábado ao meio dia debatia política internacional. Nome: Tome Ciência Internacional. Num desses programas fiz uma entrevista em Montevidéu com o ex-capitão Jeronimio Cardoso, que sobrevoava a fazenda de Jango no Uruguai, durante a época inicial do exílio do Presidente deposto. Pois bem, o programa foi ao ar diretamente de Montevidéu, via telefônica. Fazíamos jornalismo. Findo o governo Brizola, o jornal O Globo acusou o ex governador de ter feito ligações pessoais de Montevidéu creditadas na radio Roquete Pinto.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O Globo sabia que era mentira, mas insistiu na cascata com o visível objetivo de incriminar Brizola. Falamos de 1987, deu até inquérito administrativo e ficou comprovado que Brizola não tinha nada a ver com a mentira assacada pelo jornal de Roberto Marinho. Escrevi para o jornal O Globo esclarecendo tudo, mas o democrático jornal ignorou. Ou seja, não lhe interessa a verdade, mas sim fatos para incriminar quem não reza pela cartilha reacionária da elite brasileira que abomina o povo. Achei por bem lembrar este fato no momento que que visivelmente se tenta linchar um ex-presidente. Agora, pensem bem, antes de 1979, quando houve a anistia em setembro, os golpistas tentaram de todas as formas incriminar Brizola, mas não conseguiram. Nem por isso desistiram e uma semana antes de Brizola morrer, o Ali Kamel, diretor executivo de jornalismo da Rede Globo, o mesmo que publicou um livro dizendo que no Brasil não há racismo, escrevia em O Globo que o culpado pela violência no Rio era Brizola. Agora, os jornalões e telejornalões repetem o mesmo estilo histórico de sempre, que vai do mar de lama ao triplex do Guarujá, passando por um pedalinho em um sítio em Atibaia. Insistem nas cascatas ao estilo Goebels, o cara da propaganda nazista (uma mentira repetida inúmeras vezes acaba virando uma verdade). Quando tudo se esclarecer e as cascatas caírem por terra, como no caso a Rádio Roquette Pinto em 1987, o esquema Globo vai ignorar. É o jornalismo “imparcial”, que tem seguidores fiéis, do gênero senso comum, repetindo as  mentiras de O Globo e outros jornalões e telejornalões nas filas de bancos e de supermercados. São os tais que se comportam como papagaios de pirata. Não raciocinam, não refletem e só reproduzem as baboseiras  de O Globo e da Rede do mesmo nome. Mas a bem da verdade, não é só O Globo que delira no esquema da perseguição. Outro dia, no portal UOL  Notícias foi divulgada uma mentira absurda que dizia que a Ministra da Saúde da Venezuela, Luziana Melo, afirmara que os venezuelanos escovam os dentes em demasia, três vezes ao dia, o que provocava a falta de pasta de dentes no país. Pouco depois a mentira caiu por terra. E pior, foi revelado claramente a quantas anda o jornalismo naquele portal associado ao Grupo Folha. Foi eclarecido que a “informação”(entre aspas, claro) não só era mentirosa como foi colhida em um site humorístico venezuelano. Só que na ânasia de queimar o governo venzuelano, UOL Notícias divulgou a piada do site intitulado “Um mundo triangular”, como se fosse uma verdade absoluta. A mediocridade jornalística não parou aí. Desmentida oficialmente a notícia, o portal publicou o erro meio escondido, talvez com vergonha do jornalismo xinfrim. Os leitores que tomaram conhecimento da “informação” não tiveram conhecimento na mesma proporção do erro confirmado. Em suma, assim caminha, ou vomita,  a mídia conservadora, que ainda por cima diz a todo momento que faz jornalismo imparcial. E para finalizar: sugere-se aos que estão tentando apresentar na academia teses de mestrado, doutorado ou pós-doutorado que pesquisem com profundidade o que vem sendo feito pelo chamado jornalismo da mídia conservadora. Eis um tema que os brasileiros minimamente conscientes aplaudirão quem fizer isso. Mario Augusto Jakobskind/Tribuna da Imprensa

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Carro do Google causa primeiro acidente

Um automóvel não tripulado do Google bateu em um ônibus em Mountain View, California, localidade onde se encontra a sede da empresa de buscas na internet. Não é a primeira vez que ocorre um acidente com um veículo seu, mas, segundo os registros do Departamento de Veículos Motorizados (DMV), é a primeira vez que o gigante de tecnologia admite que a culpa foi de seu carro. Com a batida, ele teve a sua lateral esquerda amassada, mas não houve danos humanos. O ônibus, em que viajavam 15 pessoas, sofreu pequenos estragos. O Google declarou que o carro circulava a uma velocidade inferior a cinco quilômetros por hora e que uma parte do problema foi que havia alguns sacos de areia bloqueando o caminho. Em declaração oficial, a empresa reconhece sua responsabilidade: “Evidentemente temos alguma responsabilidade. Trata-se de um típico mal-entendido que ocorre entre motoristas humanos todos os dias”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] No entanto, o veículo robotizado não estava sendo dirigido no momento por um humano, mas por uma máquina. MAIS INFORMAÇÕES Carro sem motorista do Google já sofreu 11 acidentes em seis anos O futuro segundo o Google: mais robôs e menos carros Google fabricará carros sem motorista O carro estava tentando desviar dos sacos de areia quando o ônibus começou a contornar uma giratória podendo optar por três pistas alternativas. Trata-se, mais especificamente, do Caminho Real, uma estrada que une as primeiras missões existentes na Califórnia. O Google afirma também que um homem que estava a bordo do carro não assumiu o controle da situação porque confiou na inteligência artificial. No relato feito pelo Google, a explicação é de que o seu carro considerou que nada aconteceria com a aproximação do ônibus: “Depois de se colocar na pista da direita e fazer um movimento para desviar dos sacos de areia, o carro deu a virada e captou a chegada do ônibus que se aproximava. Mas considerou que não o atingiria, pois vinha mais atrás. Nosso motorista de testes, que estava dentro do carro, percebeu que o ônibus estava chegando, viu-o pelo retrovisor, mas imaginou que o seu motorista iria reduzir a velocidade. O que provocou o acidente foi que as duas partes consideraram que a outra cederia espaço na mesma pista”. Com isso, o Google expõe um dos fatores mais complexos no que diz respeito à condução não tripulada de um veículo: a negociação. Desde 2009, quando começaram a transitar pelo campus do Google, esses veículos autônomos se envolveram em várias ocorrências –um total de 341, segundo a informação mais recente da empresa. Em 13 ocasiões, um acidente foi evitado graças à pessoa que estava dentro e que assumiu o volante. Esta foi a primeira vez em que se confiou na autonomia e em que ocorreu um acidente. “Evidentemente temos alguma responsabilidade. Trata-se de um típico mal-entendido que ocorre entre seres humanos todos os dias” Brad Templeton, especialista naquilo que ele próprio chama de robo-cars, automóveis automatizados, primeira pessoa que assessorou o Google para na criação desta área, avalia que este caso significa uma boa notícia no sentido da evolução desse tipo de veículo. “É o primeiro golpe sofrido dessa maneira. Em todos os anteriores, o erro havia sido nitidamente do motorista humano”, conta ao EL PAÍS. “Acabo de chegar da Índia, e só penso nisso. Entre outras coisas, porque ali todo mundo descumpre as normas. Lá é muito mais caótico do que na Califórnia”, afirma. “Em muitos casos, criamos as nossas próprias regras, como, por exemplo, quando dividimos uma mesma pista. Vamos aprender muita coisa sobre o comportamento humano, sobre negociações e normas não escritas”, acrescenta. El País

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Ecologia – Tenho sede

Sem água não se vive. Verdade tão simples, mas tão ignorada. São Paulo passou 2014 às voltas com o fantasma da seca. Poucas chuvas. Esvaziamento rápido das represas. Sinal escrito à mão na cerca de exploração agrícola durante seca no Texas. Fonte: http://keepcaliforniafarming.org/ Mas a situação não era circunscrita ao nosso Estado. Todo o sudeste enfrentou crise idêntica. Fui de carro até Santa Catarina, para um encontro do Poder Judiciário e vi um Paraná saariano. O problema é mundial e também universal, a falta de consciência. O lago Urmia, no Irã, que já foi um dos maiores lagos salgados do mundo, hoje é um campo abandonado. Há uma década, apenas, navios de cruzeiro cheios de turistas singravam suas águas e eram surpreendidos por bandos migratórios de flamingos. Agora não há sequer 5% da água original.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mudanças climáticas, práticas perdulárias de irrigação, esgotamento de lençóis freáticos, tudo junto causa a escassez hídrica. E o lago Urmia não é o único a secar no Irã. Os principais rios próximos a Isfahan, no centro do País, e Ahvaz, perto do golfo Pérsico, já secaram. Assim como já ocorreu com o lago Hamoun, na região da fronteira com o Afeganistão. Além da falta d‘água, a poeira dos leitos secos aumenta os níveis de poluição atmosférica no Irã. Aqui estão quatro das dez cidades mais poluídas do mundo, segundo a ONU. Não é diferente nos Estados Unidos. A Califórnia enfrentou em 2014 uma de suas maiores secas. O Projeto Hídrico Estadual, principal sistema municipal de distribuição, afirmou não ter água suficiente para complementar as reservas em declínio dos órgãos locais que fornecem água para 25 milhões de pessoas. A última grande seca na Califórnia foi em 1976-1977 e a deste ano é ainda pior. A seca deixou os campos inóspitos, gado em condições de penúria e bolsões de poluição. Para B.Lynn Ingram, professor de ciências da terra e planetárias da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é “a pior seca em 500 anos”. Agricultores desistem de plantar, pecuaristas venderam o gado, pesca e acampamentos foram proibidos, os incêndios se multiplicam. Aqui não se nota maior preocupação com a restauração das matas ciliares. Continuam as aulas a ensinar crianças a decorar coletivos e o nome dos afluentes de rios que desaparecerão, em lugar de fazer as crianças plantarem mudas à margem dos leitos poluídos dos cursos d‘água que matamos de forma inclemente. O que nos espera amanhã? por Renato Nalini

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Saúde: Câmara aprova projeto que autoriza produção da fosfoetanolamina a ‘pílula anticâncer’

Aprovação ocorre antes da conclusão de estudos que comprovem a segurança e a eficácia da fosfoetanolamina sintética. A substância fosfoetanolamina sintética ficou conhecida como ‘pílula anticâncer’ (Fonte: Reprodução/Agência Brasil) A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira, 8, projeto que autoriza a produção, a comercialização e o uso da fosfoetanolamina sintética, polêmica substância que ficou conhecida como “pílula anticâncer”. Leia também: Quem tem medo da ‘pílula anticâncer’? A aprovação ocorre antes da conclusão de estudos que comprovem a segurança e a eficácia da substância. Todos os partidos apoiaram a medida.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O texto agora segue para análise do Senado e, caso seja aprovado, ainda deve passar por sanção presidencial. A fosfoetanolamina sintética foi desenvolvida há mais de 20 anos por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da USP. Como não tem registro na Anvisa, a substância não pode ser considerada um medicamento. O projeto aprovado pelo plenário da Câmara prevê que a “pílula anticâncer” poderá ser utilizada por pacientes com câncer mediante laudo médico e assinatura de um termo de responsabilidade. O projeto, no entanto, não estabelece de forma detalhada como e quando será a produção da substância concomitante aos estudos clínicos. A produção da “pílula anticâncer” só poderá ser feita por “agentes regularmente autorizados e licenciados pela autoridade sanitária competente”. O texto aprovado diz ainda que “a proposta tem como pressuposto básico a autonomia humana, o direito de expressar a sua vontade, o direito que cada indivíduo tem de fazer suas próprias escolhas e assumir a responsabilidade por elas”. Fontes: Opinião&Notícia Uol – Projeto que autoriza produção e uso de ‘pílula do câncer’ avança no Congresso

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