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Shakespeare – Versos na tarde – 24/07/2015

Soneto 116 Shekespeare¹ De almas sinceras a união sincera Nada há que impeça: amor não é amor Se quando encontra obstáculos se altera, Ou se vacila ao mínimo temor. Amor é um marco eterno, dominante, Que encara a tempestade com bravura; É astro que norteia a vela errante, Cujo valor se ignora, lá na altura. Amor não teme o tempo, muito embora Seu alfange não poupe a mocidade; Amor não se transforma de hora em hora, Antes se afirma para a eternidade. Se isso é falso, e que é falso alguém provou, Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou. ¹William Shakespeare * Stratford-Avon, Inglaterra – 23 de Abril de 1564 d.C + Londres, Inglaterra – 23 de Abril de 1616 d.C ==> Biografia [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Impensável e indizível

Nossa consciência e o livre arbítrio rejeitam embargos a qualquer opção. O instinto de sobrevivência, porém, nos aconselha a evitar a utilização abusiva de certas alternativas, que com a repetição perdem o caráter nefasto e acabam por se tornar possíveis, até palatáveis. A frequência torna tudo barato, banal, admissível, natural. Suicídio e guerra, por exemplo, são soluções extremas, inapeláveis e incogitáveis. O mesmo com relação a golpes de estado. Não existem suicídios aceitáveis, a não ser em casos de doenças terminais, nem guerras justas. O golpe de estado é a ruptura da ordem constitucional, é o caos. O regime democrático admite tanto a duplicação como a interrupção de mandatos – desde que sancionadas por maiorias ou seus representantes legítimos. Nas últimas seis décadas, este observador anotou duas crises político-militares em que a paranoia, a radicalização e a reverberação desrespeitaram a imperiosa quarentena a ser imposta ao recurso do golpe. Em Novembro de 1955 e Março de 1964 as menções a golpe eram tantas e tão intensas que desgraçadamente acabaram por se auto confirmar e materializar. Em ambas como golpe preventivo, pretexto tão aberrante e estúpido como o golpe de estado sem pretexto.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Nas crises pós-ditadura — a atual é uma delas — felizmente evaporou-se o ingrediente militar, afugentado o fantasma de quartelada. Mesmo assim, mantêm-se outras assombrações igualmente aterrorizantes. A facilidade e a irresponsabilidade com que é aventada a interrupção do mandato da presidente Dilma Rousseff é um desrespeito à República e suas instituições. Acusados estão os presidentes das duas casas do Parlamento, portanto o comando do Legislativo. Isso é grave, gravíssimo, sobretudo porque ambos se servem ilegitimamente de uma amalucada reforma constitucional para distrair a sociedade com uma enxurrada de emendas desconexas, deletérias, impróprias e contraditórias. Hipótese maldita Contra a chefia do Executivo — o Governo — correm suposições, rumores, fofocas, nenhuma evidência. A tentativa de confundi-las é viciosa. Tal como a histeria do principal partido governista tentando desqualificar a imperiosa missão oposicionista com o infamante estigma de golpismo. Espremidos entre o dever de reportar os incríveis desdobramentos da Operação Lava Jato e a ansiedade que domina grande parte da sociedade com o teor das suas revelações, jornais e jornalistas são facilmente levados a vulgarizar um desfecho extremo que conviria tirar de circulação para não suscitar recorrências e imitações. O país dos golpes — incruentos ou justificados – desapareceu, não existe mais. Todos os golpes se parecem — são cruéis, injustificados. Mesmo como figura de retórica. Se o sistema político não consegue contornar impasses com a esperada agilidade, em algum momento aparecerão as condições e, sobretudo as lideranças, capazes de superá-los. Golpe é uma hipótese maldita – para não ser aventada nem mencionada. Alberto Dines/Observatório da Imprensa

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Aplicativos estilo Uber ‘barateiam’ mercado de jatos particulares

Na primeira vez que Sergey Petrossov tentou reservar um jatinho particular, em 2009, ele se viu às voltas com inúmeros telefonemas com agentes, envios de faturas e documentos por malote e ainda uma infinita troca de mensagens por e-mails e até fax. Clientes poderão economizar até 30% em relação a serviços offline Na primeira vez que Sergey Petrossov tentou reservar um jatinho particular, em 2009, ele se viu às voltas com inúmeros telefonemas com agentes, envios de faturas e documentos por malote e ainda uma infinita troca de mensagens por e-mails e até fax. “Pensei: o que está acontecendo? Parecia que eu estava comprando uma ação da Bolsa nos anos 1980”, conta. Então, em março de 2013, Petrossov, que vive em Fort Lauderdale, na Flórida, lançou o JetSmarter, um aplicativo pelo qual é possível reservar diretamente um jatinho particular em vários lugares do planeta. O setor de táxis aéreos demorou para acompanhar um mundo onde quase tudo pode ser feito com um simples toque de tela. Mas uma leva de start-ups como a Victor, a PrivateFly, a própria JetSmarter e a Ubair (uma brincadeira com o nome do serviço de motoristas Uber, que não é parte do negócio) está mudando a maneira como o mercado funciona, ao criar um espaço online para reservas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como resultado, conseguir um jatinho particular hoje é algo mais conveniente e eficiente do que jamais foi. E, apesar de não ser particularmente acessível, esses aplicativos tornaram o serviço mais barato.   Jatos (e preços) menores Aplicativo Ubair se inspira no nome e no modelo de negócios do Uber Ao aumentar a oferta de jatos menores e baratos aos passageiros, o preço de entrada já cai. Na JetSmarter, por exemplo, não-membros podem reservar um voo de Los Angeles para Las Vegas em um avião de três lugares por US$ 3,8 mil – o que significa que três colegas poderiam viajar juntos para uma reunião por cerca de US$ 1,3 mil cada, evitando o estresse dos grandes aeroportos e escolhendo o horário mais conveniente para voar. O preço ainda é alto, mesmo em comparação com uma passagem de primeira classe em um voo comercial, mas especialistas acreditam que há uma economia de 30% em relação aos antigos voos fretados com agentes ou corretores. Cada uma dessas empresas tem um modelo de negócios diferente, mas todas permitem que o cliente pesquise os preços de vários tipos de aeronaves de um ponto a outro e aí reservar instantaneamente aquela que se deseja. É um conceito semelhante ao do Uber. Mais poder ao cliente Adam Twidell, diretor-executivo da PrivateFly, sediada na Grã-Bretanha, foi piloto de uma empresa de táxis aéreos no início dos anos 2000 e notou como os clientes ficavam irritados e frustrados com a maneira como a indústria funcionava – isso porque não sabiam se estavam pagando o preço justo pelo voo. Ele e a mulher abriram a empresa em 2008, tornando-se uma das primeiras a juntar um mercado fragmentado e colocar a reserva nas mãos do cliente. Hoje a empresa aluga jatos em 19 países, incluindo a China e os Estados Unidos. Quando alguém busca por uma certa rota com o PrivateFly, o aplicativo analisa milhares de aeronaves e oferece as opções, que podem chegar a centenas. Isso também permite que todo o tipo de fornecedor entre na disputa, o que ajudou a baixar o preço. “Não fizemos nada que outros setores já não tenham feito, mas ninguém tinha aplicado o conceito na indústria dos táxis aéreos”, afirma. “Ou seja, dar ao cliente o poder de comparar os preços diretamente do fornecedor e tornar o serviço o mais eficiente possível para todos os envolvidos.” Há cinco anos, quando Twidell estava começando o negócio, muitas das empresas já estabelecidas no ramo lhe disseram que “ninguém iria reservar um jato particular online”. Mas a companhia cresceu 75% nos últimos três anos e chegou a US$ 16,2 milhões de faturamento no último ano. Transparência no ar Clive Jackson, presidente da Victor, outra empresa britânica, fundada em 2011, está convencido de que a transparência é o que conquista a confiança do cliente. Seus membros podem ver todos os detalhes das aeronaves disponíveis, inclusive o histórico de segurança de sua operadora e a tripulação a bordo. A taxa de 10% que a Victor cobra vem discriminada. Geoff Perfect, executivo de uma grande empresa de tecnologia, já vinha realizando voos particulares antes de começar a usar a Victor. Ele diz ter ficado “impressionado” com o aplicativo, principalmente por sua usabilidade e integração com outros aplicativos. “Ele quebra com essas antigas relações fazendo com que todos saiam ganhando”, afirma. Bom negócio para os donos Antes de essa nova geração de empresas surgir, as pessoas tinham três maneiras de reservar um jatinho particular. A primeira era através de um corretor, em um processo que durava dias. A segunda era compartilhando a propriedade da aeronave com outros sócios, e a terceira era comprar um cartão pré-pago com alguma operadora e ir usando seu crédito por hora de voo. A vantagem das novas companhias é a rapidez com que o cliente pode fazer uma reserva e viajar – a PrivateFly detém o recorde de 43 minutos. Além disso, o cliente não precisa fazer nenhum pagamento adiantado. A Ubair começou a operar em abril e tem a “cara nova de uma empresa antiga”, segundo seu presidente, Justin Sullivan. Donos de jatinhos podem oferecer seus aviões pelo site, e a empresa opera, gerencia e mantém os aparelhos. Segundo Sullivam, o proprietário de um jato de oito lugares pode faturar US$ 20 mil por mês pelo Ubair. Ou ele pode optar por voar de 12 a 15 horas por mês de graça. Conforme os táxis aéreos se tornam mais acessíveis, Sullivan prevê uma clientela mais jovem e com alto poder aquisitivo. A conveniência, a facilidade e o conforto do serviço atrai muitas pessoas e é possível até que comece a ganhar clientes das classes executiva e primeira das companhias aéreas regulares. “Queremos criar uma fonte

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Frida Kalo

“Pinto a mim mesmo porque sou sozinha e porque sou o assunto que conheço melhor.” [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Eduardo Cunha: Folha assume oposição contra o melífluo

Agora? Por quê? Quem criou Mateus que o crie! Esse elemento nocivo está na câmara não é pelo fato de se evangélico, ele lá está pelo dinheiro que correu e pela enganação que ele os ditos pastores usaram com os crédulos catequizados com ajuda, subliminar, da própria chamada grande mídia. Ele é parte do crescente contingente de falsos evangélicos que usam a bíblia para se eleger, e eleitores alienados à igreja votando neles. O criador se voltando contra a própria criatura. José Mesquita <==Orson Welles em Cidadão Kane Num duríssimo editorial, a Folha de S. Paulo, da família Frias, protesta contra condução da Câmara dos Deputados por Eduardo Cunha (PMDB-RJ); “Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição brasileira”, diz o texto; jornal também critica a forma como se faz a reforma política; “o cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado”; na era Cunha, Câmara se transforma em “picadeiro pseudorreligioso”, diz a Folha. Prática rara na Folha de S. Paulo, o editorial de página inteira foi utilizado neste domingo para que o jornal explicitasse sua posição contra o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). No texto Submissão, a Folha, conduzida por Otávio Frias Filho, bate duro no parlamentar fluminense. “O ativismo legislativo que se iniciou com a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, e que Renan Calheiros (PMDB-AL) não deixou de seguir no Senado, possui o aspecto louvável de recuperar para o Parlamento um padrão de atuação e de debate por muito tempo sufocado”, diz o texto. “Essa aparência de progresso institucional se acompanha, porém, dos mais visíveis sintomas de reacionarismo político, prepotência pessoal e intimidação ideológica.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição constitucional brasileira”, avança a Folha. O jornal também questiona a forma como se tem feito a reforma política. “Eduardo Cunha atropelou as próprias instâncias institucionais ao impor ideias como a do distritão na pauta de votações”, diz o texto. “A toque de caixa, questões intrincadas como a do financiamento às campanhas eleitorais sofreram apreciações seguidas, e nada comprova mais a precipitação do processo do que o fato de que, em cerca de 24 horas, inverteram-se os resultados do plenário.” Numa frase que resume o circo, a Folha afirma que o “cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado”. Qual é o resultado disso? “No meio dessa febre decisória, há espaço para que o Legislativo comece a transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais duras e sabidamente ineficazes”, diz o texto. “Os inquisidores da irmandade evangélica, os demagogos da bala e da tortura avançam sobre a ordem democrática e sobre a cultura liberal do Estado; que, diante deles, não prevaleça a submissão.” 247

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