Soneto 116
Shekespeare¹
De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.
¹William Shakespeare
* Stratford-Avon, Inglaterra – 23 de Abril de 1564 d.C
+ Londres, Inglaterra – 23 de Abril de 1616 d.C
==> Biografia
[ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]