Agora? Por quê? Quem criou Mateus que o crie!
Esse elemento nocivo está na câmara não é pelo fato de se evangélico, ele lá está pelo dinheiro que correu e pela enganação que ele os ditos pastores usaram com os crédulos catequizados com ajuda, subliminar, da própria chamada grande mídia.
Ele é parte do crescente contingente de falsos evangélicos que usam a bíblia para se eleger, e eleitores alienados à igreja votando neles.
O criador se voltando contra a própria criatura.
José Mesquita
<==Orson Welles em Cidadão Kane
Num duríssimo editorial, a Folha de S. Paulo, da família Frias, protesta contra condução da Câmara dos Deputados por Eduardo Cunha (PMDB-RJ); “Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição brasileira”, diz o texto; jornal também critica a forma como se faz a reforma política; “o cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado”; na era Cunha, Câmara se transforma em “picadeiro pseudorreligioso”, diz a Folha.
Prática rara na Folha de S. Paulo, o editorial de página inteira foi utilizado neste domingo para que o jornal explicitasse sua posição contra o atual presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
No texto Submissão, a Folha, conduzida por Otávio Frias Filho, bate duro no parlamentar fluminense.
“O ativismo legislativo que se iniciou com a gestão de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Câmara dos Deputados, e que Renan Calheiros (PMDB-AL) não deixou de seguir no Senado, possui o aspecto louvável de recuperar para o Parlamento um padrão de atuação e de debate por muito tempo sufocado”, diz o texto.
“Essa aparência de progresso institucional se acompanha, porém, dos mais visíveis sintomas de reacionarismo político, prepotência pessoal e intimidação ideológica.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]
“Nos tempos de Eduardo Cunha, mais do que nunca a bancada evangélica se associa à bancada da bala para impor um modelo de sociedade mais repressivo, mais intolerante, mais preconceituoso do que tem sido a tradição constitucional brasileira”, avança a Folha.
O jornal também questiona a forma como se tem feito a reforma política.
“Eduardo Cunha atropelou as próprias instâncias institucionais ao impor ideias como a do distritão na pauta de votações”, diz o texto. “A toque de caixa, questões intrincadas como a do financiamento às campanhas eleitorais sofreram apreciações seguidas, e nada comprova mais a precipitação do processo do que o fato de que, em cerca de 24 horas, inverteram-se os resultados do plenário.”
Numa frase que resume o circo, a Folha afirma que o “cidadão assiste a tudo sem sentir que foi consultado”.
Qual é o resultado disso?
“No meio dessa febre decisória, há espaço para que o Legislativo comece a transformar-se numa espécie de picadeiro pseudorreligioso, onde se encenam orações e onde se reprime, com gás pimenta, quem protesta contra leis penais duras e sabidamente ineficazes”, diz o texto.
“Os inquisidores da irmandade evangélica, os demagogos da bala e da tortura avançam sobre a ordem democrática e sobre a cultura liberal do Estado; que, diante deles, não prevaleça a submissão.”
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