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Eleições – Campanha na TV.

Candidato no Rio Grande Norte, pertencente a um dos chamados partidos nanicos: – “… quando eleito vou construir uma ponte ligando Natal à Fernado de Noronha…” Não sei se por delírio, ignorância, vingança a imbecilidade geral contra os políticos, pesquisas feitas no dia seguinte ao programa, dectaram um aumento de 100% na opção de voto para tal figura. Estaremos diante de um novo “cacareco” ou de um provavável bodo Ioió redivivo?

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Saiu na mídia – Carlos Chagas – Tribuna da Imprensa.

Sociedade de cócoras. Além da flagrante humilhação da autoridade pública e da saia curta em que colocaram a Globo, os bandidos saíram vitoriosos no propósito de aterrorizar a sociedade. Se deu certo a tentativa de levar uma emissora a divulgar o que não estava na programação, quem garante não recair a próxima investida do PCC sobre um banqueiro, obrigando-o a distribuir alguns milhões em uma favela? Ou um político sanguessuga a confessar que roubou recursos da saúde pública? Essas coisas estraçalham a ordem de um estado posto de cócoras. Em 1969 aconteceu coisa parecida, quando os seqüestradores do embaixador Burke Elbrick, dos Estados Unidos, obrigaram a Junta Militar que havia usurpado o poder a libertar presos políticos, distribuir comida nas comunidades pobres do Rio e a Rede Globo a divulgar manifesto de repúdio à ditadura. O resultado foi uma repressão dos diabos aos terroristas e ao cidadão comum, mas, mesmo condenando-se com veemência os excessos, a moda não pegou. Agora parece diferente. A impotência do poder público e das autoridades estaduais e federais transformou São Paulo num campo de batalha onde o crime organizado sai vencedor em todos os embates. Tomara que o PCC não se transforme num partido e que, depois de seqüestrar alguns integrantes das mesas da Câmara e do Senado, não imponha ao Congresso a legalização do tráfico…

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Saiu na mídia – Tribuna da Imprensa – Hélio Fernandes

Não se negocia com bandidos.Mas têm existido exceções, e continuarão existindo. Alguns casos estão fora de qualquer restrição, como esse de agora, dos repórteres da TV Globo. A Organização não podia deixar o repórter ser assassinado, o que na certa aconteceria. Agiram com rigorosa correção, consultando até mesmo órgãos internacionais. O episódio deveria concentrar a atenção geral, afinal os bandidos não são invencíveis.

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Humor, ajuda!

Na estrada pra Xoroxó. – Pai? – Sim? – Ferrari é um carrinho vermelho com um cavalinho? – É. Porque? – Tem um aqui do lado.

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Eleições 2006 – Alckmin, o opaco.

Geraldo Alckmin, depois Geraldo e, agora, Dr. Geraldo, passa a ser a alegria dos outros candidatos. Com uma oratória insípida, capaz de ao falar “provocar a mesma emoção de uma velhinha colocando fronha em um travesseiro”, tem a desfaçatez de propor políticas de segurança pública. Diz, em relação às pesquisas, que “espera o horário de televisão”. Ao longo de todos esses anos de campanha política, ainda não aprendeu que a mesma televisão que dá, tira votos. No caso, Dr. Geraldo, só tira.

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A Mulher.

Por – C. Roberto – croberto@orion.med.br “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente… E disse o SENHOR Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma ajudante idônea para ele”. E que ajudante! Para o homem, glória e perdição. Joguete de seus hormônios e de suas percepções, mais aguçadas que as do homem, experimenta tudo antes que o homem, descobre tudo antes que ele e vive tudo primeiro. Sua sensibilidade é excepcional. Por causa disso já foi bruxa e assim foi queimada. Sua sensualidade, temida, já fez com que fosse considerada artífice do mal. Por isso reprimida e oprimida. Anjo e demônio, fada e bruxa. Fria e calculista, o é melhor que o homem. Não fira nunca uma mulher, pois ela sabe como revidar, conhece as fraquezas do homem e se vinga de uma forma magistral. Não as fira nunca… Não sabe você do que uma mulher ferida é capaz.Entre alegrias, dores e sangue leva a sua vida, experimentam as mudanças, seus ritos de passagem. “Bicho esquisito, todo mês sangra”. Como fada e mágica, com um beijo e um afago curam todas as dores, ou pelo menos nos fazem esquecer delas temporariamente, até que nos levem a um médico. São agentes de cura incansáveis, sempre cuidando, sempre observando, sempre olhando. Cuidam dos pais, cuidam dos filhos, cuidam dos amigos, cuidam das relações, cuidam, cuidam, cuidam… Mas não as fira nunca… São extremamente frágeis. Gostam de ser protegidas, gostam de ser cuidadas, gostam de falar e serem ouvidas, gostam de ser consideradas. Adoram quando seus parceiros são firmes, adoram quando seus parceiros lhe roubam um beijo e se desmancham quando acariciadas e tocadas. São pétalas delicadas e como tais devem ser tratadas, pois só assim serão fiéis ajudantes. Mas necessitam crescer, sentirem-se independentes e livres. Não suportam opressão e muito menos controle. Não as fira nunca… Frágeis? Paradoxalmente frágeis em sua resistência, com forças que vencem a todos, com coragem suficiente para descobrir o novo, rompem paradigmas e sempre estão por trás de todos os supostos grandes homens. Os homens não têm idéia do que ela é capaz de suportar ou conquistar. Ela é a única que suporta viver de sobras: sobras de amor, sobras de comida, sobras de vida… e seguem trabalhando, donas da vida e escravas dela.São antes de tudo fiéis, mas não as fira nunca… Seu poder está, amiúde, em sua lágrima. Instrumento divino, anúncio da dor, do medo, da incerteza, do desapontamento, da solidão, do arrependimento, do desespero, da tristeza, do remorso, da culpa, do abandono, do luto, da renúncia e da humildade. Grito do amor, a lágrima é a prova de alegria que brota do coração feminino, de seu prazer, de sua felicidade, de suas conquistas e de seu orgulho. Só com lágrimas consegue suportar as ofensas, a calúnia, a traição, a maldade, a inveja e o ódio. Chorar é coisa de mulher, sua força…Mas não as fira nunca… E que força! Suportam as dificuldades com um sorriso, até alegres ficam. “Amélia…”Sorriem quando querem gritar, sorriem quando nervosas e cantam quando querem chorar. Mas quando choram ganham novas forças e combatem as injustiças e os “nãos” inaceitáveis dados como resposta. Trazem força nova, compaixão, alegria e esperança em novos ideais.E assim apóiam a todos, têm prazer com o sucesso dos amigos, choram pelo sucesso dos filhos. Toleram. E como são tolerantes.Mas não as fira nunca… São capazes de amar incondicionalmente, aliás, é o seu coração que move o mundo. Não pensam, não precisam muito da lógica, pois têm um instrumento de percepção muito superior: sua intuição. Agem guiadas por ela, sentem por ela: sabem tudo. Mas freqüentemente esquecem-se de si mesmas. Mas não as fira nunca…Não bata nunca nelas, nem com uma flor.São como cristais, uma vez partidos nunca serão mais as mesmas. De suas feridas brotam espinhos. De seus medos surgem amarguras. Suas defesas são ataques. Seu amor vira ciúme. Sua abertura vira controle. O incondicional se condiciona. Então se pintam para a guerra, e que guerreiras… Têm que morrer e renascer e assim brotam novas e imaculadas e rejeitam tudo o que for velho e ultrapassado. Não as fira nunca, nem com uma flor. A mulher: para o homem a sua maior glória, mas se não for capaz de tê-la, será a sua maior perdição.Não as fira nunca…

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Língua Portuguesa – Semântica

Diferença entre justo e correto. Dois advogados encontram-se no estacionamento de um motel e reparam que um está com a mulher do outro.Logo após alguns instantes de saia justa, um diz ao outro, em tom solene e respeitoso… – “Caro colega, creio eu, que o correto seria que a minha mulher venha comigo, no meu carro, e a sua mulher, volte com Vossa Senhoria, no seu.” – “Concordo plenamente, caro colega, que isso seria o correto”, responde o outro, “mas não seria justo, levando-se em consideração que vocês estão saindo e nós estamos apenas chegando”… Enviado pro Sérgio Franco – Salvador

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Duas palavras ao ilustre companheiro.

Por – A. Zarfeg, poeta e jornalista baiano.azarfeg@yahoo.com.br Parodiando Voltaire, poderíamos até discordar do ponto de vista do ilustre companheiro; no entanto, como dois mais dois são quatro, estamos de pleno acordo que o nobre companheiro tem o sagrado direito à liberdade de expressão e pensamento. Portanto, o companheiro pode ficar à vontade para expressar suas convicções e opiniões, por mais paradoxais e absurdas que sejam, estando certo de que será respeitado enquanto ser que pensa diferentemente de outrem. Da mesma maneira, o companheiro pode escolher a denominação política ou religiosa que melhor lhe aprouver (ou mesmo se abster de fazê-lo), independente das razões que motivaram tal escolha. Este, aliás, é um princípio legal que permeia a nossa cultura: que cada um faça de sua vida o que achar melhor, desde que não prejudique o outro, contando com a garantia prévia de que jamais será perseguido por isso. Do contrário, sem o exercício de tal liberdade, não haverá razão para nos considerarmos superiores às alimárias. De maneira categórica e solene, queremos reafirmar a nossa disposição de respeitar a opinião do companheiro, ainda que ela não passe de um juízo de valor sem pé nem cabeça, próprio de um bípede arrogante que se julga dono da verdade e acima do bem e do mal; bem como que tal juízo fuja ao convencional e beire o contra-senso. Até porque estamos convencidos de que todo e qualquer cidadão está munido do direito inalienável de dar o sentido que quiser à sua existência, quer seja um católico, budista, umbandista, marxista, peemedebista ou um petista metido a sabichão. Só não podemos aceitar (sequer admitir) que, por conta das conquistas do liberalismo e da boa educação, o ilustre companheiro ignore as mais elementares noções de razoabilidade e decência e passe a prejudicar o outro, o outro, o outro, de maneira vil e mentirosa. Segundo a definição aristotélica levemente adaptada, todo político é animal. Sei que isso não passa de uma obviedade. Afinal, via de regra, os políticos são mesmo uma classe de gente desprezível e pouco confiável. No entanto, existe um político cá entre nós que conseguiu sobressair graças ao fato de trair a confiança de milhões de eleitores, apropriando-se da esperança (bem mais valioso que o sufrágio universal) deles e, depois, ainda teve a ousadia de vir a público negar tudo na maior desfaçatez do mundo, dizendo-se inocente, vítima de traição, a despeito das evidências que apontam sua culpa no cartório. Trata-se do mesmo político que, um belo dia, se apresentou ao país como o único capaz de comandar um espetáculo de desenvolvimento (acabou virando o “desenvolvimento do espetáculo”) em prol da coletividade. Até porque nos julgávamos diante de alguém que, aliás, havia popularizado o bordão “não rouba nem deixa roubar” e, também, mostrado que seu forte era a decência e a hombridade na arte da política. Ledo engano, companheiros. No fundo, ele não passava de um ladrão de ilusões que havia feito da política um trampolim para, mais facilmente, enganar e lesar a esperança de milhões de brasileiros que acreditaram nas suas promessas vazias de campanha. De sorte que, uma vez eleito, ele passou a decepcionar aqueles que lhe deram um voto de confiança, privando-os do pão-de-ló da esperança e do maná da alegria. Biltre, facínora, sapo cururu de colarinho branco, cuja maior realização continua sendo espalhar o sentimento de frustração pelos palanques da nossa precariedade eleitoral. O pior de tudo isso é que o filho da mãe ainda tem a ousadia de tentar negar o óbvio, rindo o riso mais cínico de que se tem notícia, enquanto somos obrigados a engolir a nossa indignação, calados, enlutados e (de certa forma) coniventes.

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