Marketing digital e as estratégias de posicionamento na web
Quando falamos em presença digital, temos que falar de posicionamento, ranking e credibilidade
Quando falamos em presença digital, temos que falar de posicionamento, ranking e credibilidade
Investigação de jornal apontou que YouTube veiculava anúncios de vídeos extremistas, o que gerou tensão com anunciantes Direito de imagem GETTY IMAGES O Google, “rei” das ferramentas de busca na internet, não passa pelo melhor momento após algumas das maiores marcas do mundo decidirem retirar a publicidade que faziam no YouTube, a plataforma de vídeos do gigante da tecnologia. A baixa mais recente foi a da rede de supermercados britânica Marks & Spencer, que seguiu a decisão de outras cerca de 250 empresas, como Audi, L’Oreal, Volkswagen, Toyota, McDonald’s, os bancos Lloyds, HSBC e RBS e clientes do Havas Group UK – braço britânico da sexta maior agência de propaganda do mundo -, e a própria BBC.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] A razão comum tem a ver com uma investigação do jornal britânico The Times, que concluiu que anúncios publicitários dessas e de outras empresas eram promovidos em vídeos extremistas de conteúdo político e religioso, o que provocou tensão entre os anunciantes e a companhia de tecnologia. O Google, no entanto, já se movimenta para tentar reverter os danos. Nesta segunda-feira, o diretor do Google na Europa, Matt Brittin, participou da Advertising Week Europe, um dos principais encontros do setor do continente, e anunciou que a empresa assumiu o desafio de tentar reparar prejuízos à reputação após esse caso. “Lamentamos que algo assim tenha ocorrido. Não queremos deixar passar e assumimos a responsabilidade”, disse ele logo no início de sua palestra. Matt Brittin, diretor do Google na Europa, afirmou que a empresa irá buscar reparar danos à reputação Direito de imagemGETTY IMAGES O executivo disse ainda que os anúncios em questão não tiveram visualização significativa. Afirmou que o Google leva o assunto a sério e está investindo milhões de dólares e empregando milhares de pessoas para garantir que a “má publicidade” fique longe da plataforma. Apesar disso, Brittin foi evasivo ao ser questionado se a empresa iria contratar funcionários para a tarefa específica de eliminar vídeos extremistas. Afirmou que a melhor opção é combinar tecnologia inteligente e alertas de usuários sobre conteúdos abusivos. O caso expõe dois problemas difíceis para o Google: identificar vídeos ilegais que deveriam ser removidos do YouTube e determinar quais são legais, mas não adequados para veiculação de publicidade. Segundo o Times, as empresas estavam financiando, por meio de propaganda, não apenas vídeos de conteúdo extremista, religioso e político, como também conteúdo homofóbico, antissemita e apologia ao estupro. O maior desafio será proporcionar mais transparência aos clientes sobre o processo de classificação de vídeos como “seguros para oferecer anúncios”. E delimitar isso não será tarefa fácil. O Google insiste que é uma plataforma de tecnologia, e não uma empresa de mídia Direito de imagemGETTY IMAGES Mas Brittin parece estar seguro de que o Google será capaz de recuperar a confiança das marcas, fazendo uma análise exaustiva de suas políticas e mostrando aos anunciantes como podem controlar o destino de suas mensagens publicitárias. O Google insiste em se firmar como uma plataforma de tecnologia e não uma empresa de mídia, e encontra cada vez mais dificuldade em manter essa distinção. Os meios de comunicação enfrentam normas estritas com relação à publicidade, e tais regulações poderiam chegar ao próprio Google caso a empresa não consiga resolver os problemas atuais. Rory Cellan-Jones/BBC News
O uso de vídeos para documentar incidentes entre cidadãos e policiais ganhou um impulso decisivo depois da viralização das imagens da morte de dois norte-americanos negros em confusos incidentes com agentes da lei. Trata-se de um novo padrão de conduta capaz de ter enormes repercussões não apenas no que se refere ao papel dos responsáveis por redes sociais ou sites noticiosos mas, principalmente, no comportamento das pessoas. Os casos dos dois norte-americanos executados por policiais mostrou dois tipos antagônicas de conduta pessoal. Enquanto a maioria dos brancos buscava motivos para evitar a propagação dos vídeos em redes sociais e lamentava a viralização de cenas de violência, uma boa parte dos negros adotou a tese de que os equipamentos de filmagem e fotografia se tornaram uma eficiente arma de defesa contra arbitrariedades policiais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A divulgação maciça de imagens mostrando como o racismo ainda impregna sociedades como a norte-americana e a brasileira envergonha os segmentos sociais com maior poder aquisitivo e onde os brancos são geralmente maioria. Em compensação, a visibilidade ampla geral e irrestrita passou a ser uma reivindicação dos setores mais pobres e discriminados. Começa a se tornar clara uma inversão de discursos em função de uma nova realidade criada pelas novas tecnologias de comunicação e informação. Outro comportamento novo surgido em função das facilidades de documentação geradas por equipamentos portáteis como celulares e tablets com câmeras é uma especie de guerrilha visual promovida por grupos de pessoas, como mostrou o jornal The Washington Post, no dia 7 de julho. Não são vídeos feitos ao acaso por transeuntes ou motoristas, mas ações planejadas com base em informações obtidas no sistema de rádio da polícia, como ocorreu na cidade de Baton Rouge, Louisiana, quando um grupo chamado Stop the Killing (Parem a matança) filmou a morte de Alton Sterling, por um tiro disparado por um policial quando já estava imobilizado no chão. Curiosamente, Stop de Killing, criado em 2001, não pretende denunciar a violência policial mas sim as execuções entre gangs rivais. Mas o fundador do grupo, Arthur Reed, 43 anos, acha que a violência, especialmente no sul dos Estados Unidos, deixou de ser um problema policial para se transformar num dilema social e politico. Segundo Reed, os negros não confiam mais no sistema legal e descobriram que a comunicação e a informação são mais eficientes para forçar novas atitudes nos governos municipais, estaduais e federal, nos Estados Unidos. As principais redes sociais, como Facebook, passaram a enfrentar um problema complicado que é o de determinar como e quando um vídeo com imagens impactantes deve ou não ser veiculado. Trata-se de uma linha divisória extremamente tênue e fluida porque uma cena pode ser justificável para um grupo de pessoas e injustificável para outro. Pode ser vista como jornalisticamente válida em determinadas circunstâncias e justo o contrário noutro contexto. A decisão de jornalistas e curadores de notícias torna-se extremamente complexa porque seus responsáveis terão que enfrentar inevitáveis repercussões que circularão em tempo real dentro das redes gerando reações sociais que podem facilmente tornar-se incontroláveis. Este não é um problema apenas dos norte-americanos porque nós aqui no Brasil também estamos expostos às mesmas circunstâncias e seus desdobramentos. A rede Facebook criou uma equipe especial encarregada de vigiar a circulação de mensagens de texto, audio e video durante 24 horas, sete dias da semana. Mas a própria rede admite que é impossível uma vigilância 100% efetiva porque ela vai depender da informação, experiência e agilidade de quem for tomar a decisão de liberar ou retirar o vídeo, áudio ou texto. É mais um sintoma de como aumentou extraordinariamente a diversidade de problemas sociais na era digital e como o papel dos jornalistas, bem como dos policiais e governantes torna-se cada dia mais complexo. Por Carlos Castilho/Tribuna da Imprensa
Internet: as novas mídias sociais estão cada dia mais populares. O crescimento da população global da internet pode ter aumentado pouco de 2015 para 2016 – de 3,2 bilhões para 3,4 bilhões. Contudo, a obsessão por emojis, GIFs e vídeos só cresceu ao longo deste ano. De acordo com o estudo Data Never Sleeps da empresa de software Domo, o conteúdo multimídia está dominando a internet. Como resultado da pesquisa, a empresa mostra tudo que acontece em apenas um minuto na internet.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Na rede social Snapchat, os usuários assistem a mais de seis milhões de vídeos nesses 60 segundos. No ano passado, a cada minuto, eram visto “apenas” 284 mil snaps — o que mostra um crescimento considerável. Outro exemplo é o Giphy, site que serve como buscador e repositório de GIFs. Segundo o estudo, os usuários da plataforma compartilharam 569.217 GIFs por minuto neste ano. No quesito apps e sites de relacionamento, o Tinder pode ser considerado um modelo de sucesso. Neste ano, os usuários deslizaram seus dedos no aplicativo 972.222 vezes por minuto, um aumento de 65% em comparação com o estudo do ano passado. Mídias sociais mais antigas também tiveram um crescimento considerável. Os usuários do YouTube, por exemplo, assistiram a 400 horas de vídeo por minuto em 2016 e apenas 300 horas de vídeo por minuto em 2015. Já a Netflix, em apenas 60 segundos, faz streaming do equivalente a mais de 86 mil horas de vídeo. O Google, por sua vez, traduz 69,5 milhões de palavras nesse meio tempo. Abaixo, está o infográfico (infelizmente em inglês) gerado pela empresa com todos os números. Veja: Domo Marina Demartini/Exame
Bloqueio do aplicativo de troca de mensagens em todo o Brasil foi ordenado duas vezes em 2015 e voltou a acontecer nesta segunda-feira. A decisão de um juiz de Sergipe de bloquear o aplicativo de mensagens WhatsApp por 72 horas em todo o Brasil causou um alvoroço nas redes sociais – e não pela primeira vez no país. Desde 2007, quando o YouTube ficou fora do ar após se recusar a retirar um vídeo da modelo Daniela Cicarelli em momento íntimo com o então namorado em uma praia da Espanha, políticos e a polícia fizeram diversos pedidos para derrubar empresas de tecnologia no Brasil.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Veja outros sete casos em que empresas de internet travaram uma queda de braço com a Justiça brasileira: Executivo do Facebook preso em março de 2016 Em março deste ano, o vice-presidente do Facebook para a América Latina, Diego Dzodan, ficou preso por um dia no Centro de Detenção Provisória de Pinheiros, na zona oeste de São Paulo. Dzodan foi detido após mandado expedido pelo mesmo juiz que bloqueou o WhatsApp nesta segunda, Marcel Montalvão. O motivo da prisão é a desobediência a uma decisão judicial que exigia a quebra do sigilo de mensagens no aplicativo WhatsApp durante uma investigação de tráfico interestadual de drogas, a pedido da Polícia Federal. O Facebook, no entanto, não liberou as conversas. WhatsApp bloqueado em dezembro de 2015: Em dezembro passado, a Justiça de São Bernardo do Campo (Grande São Paulo) determinou que as operadoras de telefonia fixa e móvel bloqueassem o aplicativo de mensagens WhatsApp por 48 horas. A decisão ocorreu após a empresa negar a quebra de sigilo de mensagens trocadas por investigados por meio do aplicativo. Na época, a Justiça autorizou o retorno do funcionamento do WhatsApp em todo o país após 11 horas de bloqueio. WhatsApp bloqueado em fevereiro de 2015: Um juiz do Piauí determinou o bloqueio do WhatsApp em todo o Brasil em fevereiro de 2015, com o objetivo de forçar a rede social a colaborar com investigações policiais de casos de pedofilia no Estado. A decisão foi suspensa por um desembargador do mesmo Estado após analisar o mandado de segurança contra representantes da empresa. Diretor-geral do Google preso por desobediência em 2012: O diretor-geral do Google foi detido pela Polícia Federal em São Paulo sob suspeita de desobediência em setembro de 2012. A ordem ocorreu após a empresa desrespeitar uma decisão da Justiça para retirar vídeos com ataques ao então candidato a prefeito de Campo Grande pelo PP, Alcides Bernal, de canais do YouTube e sites do Google. Ele foi ouvido e liberado no mesmo dia após a polícia entender que se tratava de um crime com baixo potencial ofensivo. Executivo do Google com mandado de prisão em 2012: Também em setembro de 2012, um juiz de Campina Grande (PB) mandou prender outro executivo do Google no Brasil. O motivo foi a empresa ter se negado a retirar do ar e excluir todos os compartilhamentos de um vídeo contra o candidato à prefeitura Romero Rodrigues, do PSDB. O Google recorreu e conseguiu reverter o pedido de prisão. Facebook retirado do ar em agosto de 2012: Em agosto de 2012, um juiz eleitoral do Estado de Santa Catarina determinou que o Facebook fosse tirado do ar no Brasil durante 24 horas. A determinação ocorreu após a empresa descumprir ordem para remover uma página com “material depreciativo” contra o vereador candidato à reeleição Dalmo Deusdedit Menezes (PP). Também foi aplicada uma multa diária de R$ 50 mil porque o Facebook descumpriu decisão liminar (temporária). A decisão foi suspensa dois dias depois pelo mesmo juiz. YouTube fora do ar em 2007: O YouTube ficou temporariamente fora do ar em janeiro de 2007 após a apresentadora Daniela Cicarelli ganhar uma ação judicial contra a empresa. O motivo foi a rede social ter se negado a tirar do ar um vídeo no qual a apresentadora aparece em momentos íntimos com o então namorado Renato Malzoni em uma praia espanhola. Após a decisão, Cicarelli foi alvo de protestos de grupos que pediram a saída da apresentadora da MTV. Em 2015, a Justiça determinou que a empresa pagasse uma indenização de R$ 500 mil à apresentadora. Esta reportagem foi originalmente publicada originalmente em 1º de março de 2016 e atualizada. Felipe Souza/BBC
Depois de ser testada com usuários selecionados, a ferramenta Facebook Live é liberada para todos os usuários da rede social, que, assim, espera concorrer com aplicativos populares que têm o mesmo recurso. Segundo o Facebook, transmissões ao vivo recebem mais comentários do que vídeos normais (Foto: iStock) Quer publicar no Facebook um álbum com 148 fotos de sua última viagem à praia? Pense de novo. Porque provalvelmente a rede social vai lhe sugerir que é melhor fazer uma transmissão ao vivo pra contar aos seus amigos o nome da praia, se as ondas estão muito fortes e o que você está planejando almoçar. Os responsáveis pelo site se surpreenderam ao notar que este tipo de vídeo, conhecido como Facebook Live, vem se tornando cada vez mais popular entre seus 1,6 bilhão de usuários desde que foi lançado, em janeiro deste ano.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “As pessoas costumam receber dez vezes mais comentários do que em vídeo normais. Não esperávamos esta reação”, diz o vice-presidente de gestão de produtos do Facebook, Will Cathcart, à BBC Mundo. Na quarta-feira da semana passada, o Facebook disponibilizou a ferramenta para todos os seus membros no mundo. Até então, só celebridades, empresas de mídia e usuários americanos podiam usá-la. O fundador da empresa, Mark Zuckerberg, fez um Facebook Live no mesmo dia para falar das novidades da ferramenta, que só está disponível para acessos por meio de tablets e celulares. Em uma transmissão de 16 minutos, ele respondeu a perguntas que os usuários enviavam em tempo real e garantiu que este tipo de vídeo gera “momentos verdadeiramente espontâneos e pessoais”. De você para você O vídeo já é um tipo de conteúdo popular no Facebook. Em janeiro, foram assistidas a 100 milhões de horas por dia, segundo a companhia. Desde que o Facebook Live começou a ser testado publicamente, uma equipe da rede social se dedica a melhorar a experiência dos usuários. Agora, por exemplo, dá para publicar reações às transmissões com emoticons, além de comentários. Também há novos filtros de cor para as imagens e é possível desenhar sobre elas. E também passou a ser possível fazer transmissões para um grupo ou evento específico. Essas atualizações são parecidas com recursos do aplicativo Snapchat, cada vez mais popular entre os jovens. No entanto, Cathcart diz que elas têm menos a ver com a concorrência e mais em aproveitar os recursos dos celulares mais modernos. “À medida que mais pessoas têm câmeras melhores no celular, temos buscado fazer do vídeo um ponto central do Facebook.” O Periscope não faz o mesmo? O Facebook Live pode se tornar ainda uma ameaça ao Periscope, um aplicativo lançado peloTwitter no ano passado com características bem semelhantes. Seus fundadores disseram em agosto do ano passado que tinham 10 milhões de contas registradas, um número ínfimo em comparação com o número de usuários do Facebook, que poderão agora fazer transmissões em vídeo. “Sempre correspondemos às preferências manifestadas por nossos usuários. Por exemplo, quando começamos, o destaque era para fotos. Mas, agora, estamos vendo muita gente adotar as transmissões de vídeo”, afirma Cathcart. Por sua vez, Zuckerberg fez questão de esclarecer que “esses não são os mesmos vídeos que você pode assistir na TV ou no YouTube”. “É uma nova experiência social”, disse o criador da rede social. BBC
Ao impor limites de consumo de dados em planos de banda larga fixa, operadoras prejudicam os seus clientes e o desenvolvimento do país na era digital. Consumidores serão prejudicados e justificativa das operadoras não cola (Foto: Thinkstock / Getty Images) As operadoras de telefonia e banda larga já carecem de boa reputação no Brasil. Basta ver o ranking em sites como o Reclame Aqui. A reclamação geral é que pagamos um valor relativamente alto por um serviço de qualidade questionável e um atendimento que deixa a desejar. Em teoria, essas companhias deveriam estar investindo em produtos melhores e no bom relacionamento com o cliente. Na prática, um grupo delas está se unindo para tornar essa relação ainda pior.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Vivo, GVT, NET e Oi planejam estabelecer um limite de consumo de dados mensal para os assinantes de banda larga fixa. Ou melhor, Vivo e GVT planejam, já que NET e Oi já adotam a prática. É uma limitação similar à que temos no celular. Em alguns casos, ao atingir a franquia, a velocidade da banda larga cai a níveis dos tempos do Altavista (não sabe o que é? Joga no Google). Em outros, a conexão será interrompida. Em ambas as situações, o serviço só será restabelecido integralmente com o pagamento de um pacote adicional de dados ou após a virada do mês – e a experiência do mundo dos smartphones mostra que esses pacotes são caros. A Vivo diz que seguirá sem cobrar até o fim de 2016, mas esclarece que é uma cortesia. Uso alguns exemplos que já saíram em outras reportagens, como esta do site Tecnoblog. A partir de 2017, a Vivo, por exemplo, terá franquias de internet fixa que vão de 10 Gb de consumo mensal (para assinantes de velocidade até 2 Mbps — ou 2 megas, como preferir) a 130 Gb de consumo mensal (para assinantes do plano de 25 megas). Traduzindo isso para o uso no dia a dia: os 10 Gb de consumo, para um mês inteiro, equivalem a … – Umas 20 sessões de 15 minutos cada assistindo a vídeos no YouTube (cada sessão consome cerca de 500 Mb); – Uns 10 episódios, no máximo, de séries no Netflix (cada episódio, dependendo da duração, tem entre 1 Gb e 2 Gb); – Menos de 5 jogos de futebol vistos em HD pelo aplicativo Globo Play (cada jogo pode consumir pouco mais de 2 Gb); – 3 filmes ou menos (cada um, dependendo da duração, costuma consumir 3 Gb a 6 Gb). Isso sem contar a sua navegação diária, em sites que têm vídeos, além do uso de serviços de armazenamento online, como o Dropbox. Se ainda não se convenceu, pensa num jogo desses mais avançados, que você compra pela internet e deixa armazenado no HD do console ou do computador. São cerca de 40 Gb. Se, portanto, você usa a internet fixa da sua casa todos os dias para tarefas assim, é bem provável que a sua franquia dure pouco mais de uma semana. Isso se você tiver dinheiro para pagar o pacote mais rápido. Guerra ao streaming O discurso das operadoras é comovente, mas não para em pé. A primeira justificativa é que ao adotar o modelo de franquia de dados, as operadoras poderão gerenciar melhor as demandas de cada cliente, cobrando, por exemplo, menos de quem usa pouco e mais de quem usa muito. Mas quem está mais próximo de se tornar um padrão de usuário de internet no futuro? A pessoa que só acessa e-mail e lê sites (sem clicar nos vídeos) ou alguém que, além de ler, assiste aos vídeos de notícias, navega pelas redes sociais, passeia pelo YouTube, compra ou baixa conteúdo digital, assina serviços como HBO Go, Netflix, Globosat Play? Pensando um pouquinho lá na frente, desconfio que seja o segundo grupo. Então, em longo prazo, todos estaríamos pagando mais por estourar nossas franquias. Em algumas entrevistas, representantes das operadoras comparam o acesso à internet com a eletricidade. A ideia é que o consumo de dados seja tratado como uma conta de luz, em que o cliente paga apenas o que precisar. A comparação é infeliz. Ao consumir mais eletricidade, ou água, ou gasolina, o cidadão ou empresa ameaça o abastecimento para os demais, provoca impacto ambiental e exige a construção de novas grandes obras – por isso, é preciso incentivar todo mundo a consumir menos desses recursos. E se você compra uma geladeira nova de um modelo parecido com a antiga, ela provavelmente irá gastar bem menos energia. O mundo dos dados e da informação digital é diferente. Um computador novo, com acesso a serviços de internet avançados, tende a consumir mais dados. Ele tem mais velocidade para processar gráficos mais pesados e tela com resolução capaz de assistir a vídeos em 4K. E nem estou colocando na conta que teremos dezenas de aparelhos conectados em casa. A começar pelo smartphone e para o tablet e, mais à frente, todos os eletrodomésticos. A gente só aceita essa franquia miúda dos nossos planos de dados no celular porque normalmente usamos o Wi-Fi quando estamos em casa. E aqui, vale a pergunta: estamos pagando menos por nossos planos de dados nos smartphones por que as operadoras praticam o limite? Ao olhar na minha conta só posso crer que a resposta é não. Agora, imagine quando o Wi-Fi deixar de ser limitado? E imagine que este efeito não será apenas na sua casa, mas nos cafés, restaurantes e outras áreas que oferecem uma conexão aberta a clientes. Será que esses estabelecimentos continuariam a oferecer Wi-Fi de graça? Nesse texto (e falaremos outras vezes desse assunto) priorizei exemplos que pegam no bolso de nós, consumidores comuns. Mas o impacto negativo de uma medida como essa vai muito além. Uma das formas de medir o desenvolvimento de uma nação é analisar o volume de dados trafegados por cada habitante. É um indicador que mostra que mais gente está tendo acesso a conhecimento, educação a distância, serviços
Fundador do BuzzFeed, aposta nos conteúdos de vídeos e nos ‘apps’ Em 2011, ele deixou o The Huffington Post, que havia ajudado a criar, quando a AOL o comprou por 315 milhões de dólares (1,25 bilhão de reais), mas logo criou o BuzzFeed, que cresceu até se tornar o maior portal de conteúdos virais do mundo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Jonah Peretti (Nova York, 1974) visitou o Mobile World Congress de Barcelona para apresentar o novo app de seu portal, falar da pujança do vídeo e fazer ressalvas à crescente percepção de que os jovens estão abandonando o Facebook e o Twitter. MAIS INFORMAÇÕES Gigantes da tecnologia investem em leitor de notícias ‘NYT’, ‘Guardian’ e BBC começam a publicar diretamente no Facebook “O Facebook e o Google conhecem nossos leitores melhor do que nós” Pergunta. Neste Mobile tem se falado muito de realidade virtual, mas a única realidade que no momento parece estar se consolidando é a do vídeo na Internet. Concorda? Resposta. Sim. Isso me surpreende muito porque o que sempre me interessou é o conteúdo das redes sociais, saber como fazer com que as pessoas compartilhem com seus amigos um conteúdo que tenha um impacto significativo na vida de alguém. E o vídeo sempre foi uma coisa difícil de compartilhar porque era lento. O que se passou é que os celulares já são muito rápidos para mostrá-los e o vídeo se tornou um elemento-chave para a experiência nas redes sociais. P. Então, o único motivo para não terem triunfado até agora era somente técnico? R. Sim, a demora para baixar. A internet para celular nunca foi grande coisa na visualização de vídeos. O que se passou é que cada vez mais o consumo de informação foi sendo deslocado para os apps, que facilitam a visualização do conteúdo de vídeos. Uma vez que o problema técnico foi solucionado, as pessoas começaram a criar conteúdos. P. O BuzzFeed é especialista em conteúdo viral. Você enxerga uma data de validade para os eternos vídeos de gatinhos? R. Houve uma época em que os animais fofos se conectavam facilmente com os sentimentos das pessoas, você os compartilhava e te diziam “ohhhh, que lindo”. Era suficiente uma imagem simples, de resolução muito baixa…, mas agora vemos que, embora as pessoas continuem se encantando com os animais e até assinem ‘newsletters’ especializadas, os gostos se ampliaram e as pessoas querem ver notícias e entretenimento. P. Você tem a impressão de que nos tornamos mais seletivos com o tipo de vídeo que consumimos? R. Bom, eu diria que sim. Por exemplo, os vídeos de receitas de comida estão crescendo porque são práticos. Estamos gravando de modo profissional vídeos virais em nossos estúdios de Los Angeles porque as pessoas não querem simplesmente um conteúdo que pareça levado da televisão para os celulares, mas que o que contemos seja mais curto, mais fácil de compartilhar e esteja vinculado com sua intimidade. Embora as pessoas continuem se encantando com os animais e até assinem ‘newsletters’ especializadas, os gostos se ampliaram, e as pessoas querem ver notícias e entretenimento” P. Acha que os conteúdos vinculados com a intimidade são importantes numa época de exposição pública nas redes sociais? R. Sim, o celular é um dispositivo muito pessoal. E as redes sociais giram em torno da identidade, de quem você é. Quando você pensa em divulgar na televisão ou na mídia impressa, é diferente: você tem em mente algo que será destinado a uma infinidade de pessoas. P. O criador e líder do Facebook, Mark Zuckerberg, demonstrou ser um grande entusiasta da realidade virtual ao longo deste MWC. Considera ser essa uma aposta segura? R. Já experimentamos produzir material na realidade virtual [algumas reportagens sobre os incêndios da Califórnia] e usando drones. É algo muito interessante, mas está em um estágio no qual a tecnologia, embora tenha interesse, não desfruta ainda de uma boa distribuição. Por isso, para os criadores de conteúdo ainda não é uma boa plataforma. Falávamos antes dos vídeos, que há um par de anos eram algo promissor, e aí estão o Facebook e outras redes acolhendo-os. Mas isso ainda não era algo factível para os criadores de conteúdo. Comprovamos que enquanto uma tecnologia não funciona bem e se expande de verdade, não interessa realmente aos criadores de conteúdo. P. E neste caso, considera que haverá uma explosão ou será um fenômeno gradual? R. É algo genial, e claro que as pessoas dizem “uau, isto é algo diferente e muito legal”, mas, bem, as pessoas também diziam o mesmo do Segway [andador elétrico que é comumente usado por seguranças privados no Brasil], e veja só. Enfim, parece que a [a realidade virtual] é algo maior do que se esperava. O caso do Segway dá o que pensar, de todo modo: era uma tecnologia genial, mas as pessoas se sentiam ridículas usando-a. A questão era: como você consegue criar um dispositivo de realidade virtual que as pessoas se sintam orgulhosas de usar? P. Falávamos de formatos muito populares. Qual sua opinião sobre os listicles, os artigos que incluem uma lista de recomendações, esses títulos do tipo “10 lugares do mundo que você não pode perder”? Ainda têm caminho pela frente? R. As listas são um fenômeno muito duradouro na mídia: você tem aí Os Dez Mandamentos (ri). A Bíblia está cheia de listas, está em nossa cultura. Recordemos a imprensa feminina e suas reportagens do tipo “ cinco conselhos para…”, muito tempo antes que a internet existisse. Acho que a lista é um meio útil de escanear informação, mas é preciso engendrá-las para renovar o formato e não cair na preguiça. Com os questionários e os testes acontece algo parecido. P. Mas não acredita que estejam em decadência? R. Não são tão potentes como foram em certa época, quando toda uma geração as descobria ao mesmo tempo que a Internet. É curioso porque em seguida o mesmo se passou com a primeira geração que usou pela primeira vez o Facebook. Mas é preciso que seja uma boa
Think Blue a bicicleta elétrica da Volkswagen A Volkswagen apresentou o seu primeiro veículo de duas rodas e o conceito “Think Blue”. Por incrível que possa parecer, a bicicleta da Volkswagen chamou mais atenção das pessoas do que os seus próprios carros, além disso gerou no mundo inteiro curiosidade. A empresa tem se referido a ela como a obra de arte da mobilidade. A VW Bik.e não tem pedais, é dobrável, freio a disco nas duas rodas e funciona a bateria que pode ser recarregada no próprio carro, em corrente contínua ou numa tomada AC Comum. Foi concebida para se encaixar perfeitamente no compartimento do pneu estepe da carro. O Conceito de mobilidade deste equipamento é para que a bicicleta seja um complemento do carro. Assim, o motorista poderia deixar o carro num estacionamento fora dos grandes centros congestionados e trafegar em zonas com tráfego elevado com sua bicicleta elétrica. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
Se fosse possível “salvar” sua memória como fazemos com informações no disco rígido de um computador, você faria isso? Essa é uma questão que alguns cientistas esperam poder nos fazer em breve. Projetos científicos tentam descobrir maneiras de ‘salvar’ memória humana Se fosse possível “salvar” sua memória como fazemos com informações no disco rígido de um computador, você faria isso? Essa é uma questão que alguns cientistas esperam poder nos fazer em breve. Desde os primeiros desenhos riscados em paredes de cavernas na Pré-História, o homem vem tentando transcender a inexorável esvanecimento da memória. História oral, diários, livros de memórias, fotografias, filmes e poesia são alguns dos instrumentos usados nessa busca. Mais recentemente, passamos a arquivar nossas memórias nos enigmáticos servidores da internet. Sites como Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e provedores de e-mails guardam registros de eventos importantes de nossas vidas, além de imagens e correspondências que trocamos com outras pessoas. Coletamos nossas memórias com um grau de detalhamento nunca antes possível.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] E, na fronteira entre o possível e o impossível, equipes de cientistas trabalham para criar tecnologias capazes de fazer cópias de nossas mentes – e, portanto, de nossas memórias – que possam viver muito além de nós. Leia mais: Instituto britânico alerta para riscos de extinção da raça humana Se atingirem esse objetivo, as consequências serão profundas. Conheça alguns desses projetos e entenda o que eles pretendem alcançar e de que forma. Equipes de cientistas trabalham para descobrir tecnologias que ‘eternizem’ nossas mentes Eterni.me O californiano Aaron Sunshine, de 30 anos, perdeu sua avó recentemente. “Me dei conta de quão pouco dela ficou”, disse. “São apenas alguns pertences, entre eles, uma camisa velha que às vezes visto quando estou em casa.” A morte da avó levou Sunshine a procurar os serviços do site Eterni.me, um serviço que preserva as memórias de uma pessoa, após sua morte, na internet. Funciona da seguinte maneira: em vida, o cliente dá ao Eterni.me acesso a todas as suas contas em sites como Facebook, Twitter e provedores de e-mail. E também faz uploads de fotos, de históricos geográficos de locais onde esteve e até de coisas que viu usando a ferramenta Google Glass. As informações são coletadas, filtradas e analisadas antes de serem transferidas para um avatar (uma pessoa virtual que tenta imitar a aparência e personalidade do usuário). O avatar aprende mais sobre a pessoa à medida que interage com ela ao longo da vida. O objetivo é que o avatar possa, no decorrer do tempo, refletir com cada vez mais precisão a personalidade desta pessoa. “A ideia é criar um legado interativo, uma forma de evitar (que a pessoa) seja totalmente esquecida no futuro”, disse Marius Ursache, um dos criadores doEterni.me. Leia mais: Stephen Hawking: Inteligência artificial pode destruir a humanidade “Seus bisnetos usarão (o site) – em vez de uma ferramente de buscas ou uma linha do tempo – para acessar informações sobre você, desde fotos de eventos da família até suas opiniões a respeito de certos assuntos, ou mesmo canções que você escreveu, mas nunca mostrou a ninguém.” Sunshine diz que poder interagir dessa forma com um avatar de sua avó lhe traria conforto. “Ela não estaria tão longe de mim”, diz. Ursache tem planos ambiciosos para o Eterni.me. “(O serviço) poderia ser uma biblioteca virtual da humanidade”, sugere. Mas a tecnologia ainda é incipiente. Ele calcula que os assinantes do serviço terão de interagir com seus avatares durante décadas para que a simulação se torne tão precisa quanto for possível. Ele conta que já recebeu muitas mensagens de pacientes terminais que querem saber quando o serviço estará disponível e se eles poderiam fazer registros de si próprios antes de morrer. “É difícil responder a essas pessoas, porque a tecnologia pode levar anos para atingir um nível adequado, até que seja utilizável e tenha algo real a oferecer.” Cérebro ‘back up’ E, se em vez de simplesmente escolhermos o que queremos capturar em formato digital, pudéssemos gravar tudo, absolutamente tudo o que uma mente contém? Isto não é ficção científica. Em teoria, exigiria três avanços básicos. Os cientistas teriam de descobrir como preservar o cérebro de alguém após sua morte. Depois, a informação contida nesse cérebro precisaria ser analisada e arquivada. Finalmente, a mente da pessoa precisaria ser “recriada” em um outro cérebro, construído artificialmente. Cientistas de todo o mundo já trabalham para tentar criar um cérebro humano artiticial. Nele poderia ser feito o upload de um arquivo de segurança da memória de um ser humano – ou, pelo menos, essa é a ideia. O Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, oferece um curso de conectomia – um campo ainda emergente da ciência onde pesquisadores tentam criar um mapa contendo todas as conexões existentes em um cérebro humano. Especialistas trabalhando em outro projeto, o “US Brain”, tentam registrar a atividade cerebral de milhões de neurônios. E, na Europa, o projeto “EU Brain” tenta construir modelos integrados capazes de simular esta atividade. O pesquisador Anders Sandberg, do Instituto Futuro da Humanidade, da Universidade de Oxford, no Reino Unido, descreve esses projetos como importantes passos rumo a um ponto onde seremos capazes de copiar um cérebro humano em sua totalidade. “O objetivo é copiar a função do cérebro original. Se for colocada para funcionar, a cópia será capaz de pensar e agir como o original”, diz Sandberg. Ele explica que o progresso tem sido lento, porém contínuo. “Já somos capazes de mapear pequenas amostras de tecido cerebral em três dimensões. (Os modelos) têm um índice de resolução maravilhoso, mas os blocos têm apenas alguns microns de largura”. O especialista diz que, à medida que os métodos melhorarem, a informação contida no tecido “escaneado” será convertida automaticamente em modelos que poderão ser lidos e “rodados” pelo simulador. “Já temos as partes, mas ainda não temos a tubulação conectando os cérebros e as cópias”. Corrida do Ouro O desafio é grande, mas não parece haver escassez de investimentos nesse campo. O Google, por exemplo, vem