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Eleições 2018: Globo faz jogo de Alckmin e Serra e corta asas de Aécio?

Globo faz jogo de Alckmin e Serra e corta asas de Aécio? Bem, eu imitaria o amigo Paulo Nogueira, do Diario do Centro do Mundo, e parodiaria o general Wellington: quem acredita que a Globo não será mais golpista, acredita em tudo. Entretanto, a Globo é muito inteligente. Sabe a hora de recuar, de adular, de posar de isenta. Quando Lula ganhou a primeira vez, em 2002, a Globo passou os primeiros meses mais lulista do que qualquer petista, sobretudo porque o presidente passou o primeiro ano fazendo um duro “ajuste fiscal” na economia. A mídia dá três milhões de pancadas no ferro (PT), e um peteleco suave na fechadura (PSDB). Denúncia contra o PT vai para o Jornal Nacional, sem direito à defesa. Denúncia contra o PSDB pode até aparecer às vezes, escondida no miolo de um jornal, mas é abafada na TV e dão mais tempo à defesa do que à acusação. Dito isso, não me surpreenderia se, com o esvaziamento das marchas golpistas, e a repercussão negativa causada por um bando de retardados pedindo intervenção militar (e até mesmo um doente pedindo, do alto de um carro de som, o fim do sufrágio universal e atacando Montesquieu), a Globo decida recuar do apoio ao impeachment, que é a bandeira de Aécio. Talvez pegue mal fazê-lo este ano, aos 50 anos da empresa. Ou não. Talvez a Globo queira comemorar seus 50 anos de golpismo com mais um golpe. Enfim, o fato é que saiu a notícia de mais uma estrepolia aérea de Aécio Neves. A análise do 247, de que a Globo está fazendo o jogo de Alkcmin e Serra, que tentam abater Aécio Neves agora para virem como candidatos a presidente em 2018, não me parece absurda. * No Brasil 247. GLOBO DENUNCIA NOVO ESCÂNDALO AÉREO DE AÉCIO Segundo nota do jornalista Leandro Loyola, da revista Época, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) utilizou gratuitamente aeronaves do governo de Minas Gerais entre 2011 e 2012, com a finalidade de escapar de engarrafamentos; “Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele”, pontua a nota, escrita com uma ironia que pode ter significados maiores; um deles pode ser o desembarque da Globo do golpismo liderado por Aécio no presente e também de seu projeto presidencial em 2018, ano em que a disputa pela vaga do PSDB se dará entre Geraldo Alckmin, José Serra e Marconi Perillo. O site da revista Época, das Organizações Globo, publica, neste sábado, uma irônica nota sobre o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Assinada pelo jornalista Leandro Loyola, ela informa que Aécio voou de graça, em aeronaves do governo de Minas, entre 2011 e 2012, para escapar de engarrafamentos. Leia abaixo a nota que faz menção ao Aeroporto de Cláudio, construído pelo governo mineiro, numa área próxima a uma das fazendas do senador: Senador Aécio usou helicóptero do governo de Minas para escapar de engarrafamento O senador tucano Aécio Neves voou em helicópteros do governo de Minas Gerais por cinco vezes para se deslocar em Belo Horizonte e pegou carona num avião – também do governo – para viajar da capital mineira até Brasília. Os passeios começaram logo após Aécio deixar o governo de Minas e se estenderam até 2012. Aécio diz que está tudo dentro da normalidade. Ao menos ele não voou até o aeroporto em Cláudio – aquele que foi desapropriado em seu governo nas terras do tio dele. O tom irônico da nota pode ter significados maiores. O mais imediato, o desembarque da Globo do projeto golpista de Aécio, que, na última semana, sugeriu três motivos diferentes para eventual impeachment da presidente Dilma Rousseff (leia mais sobre isso em artigo sobre a coluna de André Singer deste sábado). Voando de graça, em aeronaves públicas, “para escapar de engarrafamento”, Aécio perde completamente a autoridade moral para falar em impeachment da presidente Dilma Rousseff. O recado da Globo também pode ter significados a médio prazo. Um processo de impeachment não interessa nada a três postulantes do PSDB à presidência da República: os governadores Geraldo Alckmin, de São Paulo, e Marconi Perillo, de Goiás, além do senador José Serra (PSDB-SP). Ao que tudo indica, Aécio foi abatido em pleno voo na trama do impeachment e também em seu projeto presidencial de 2018.

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A TV e a nova mídia

Henry Jenkins é professor de Ciências Humanas e coordenador do Programa de Estudos de Mídia Comparada do prestigiado MIT – Massachusetts Institute of Technology. Em seu livro Cultura da Convergência, ao contrário de Bill Gates e Rudolph Murdoch, não imagina o mundo sem televisão em seus estudos e pesquisas. Acredita mesmo que todas as mídias permanecerão, apesar da Internet. E profetiza a tal da convergência onde as velhas e novas mídias sobreviverão complementando-se e a interatividade será o combustível de todas. É difícil discordar do mestre. Mas a busca por um modelo de comunicação, com interatividade, é frenética e alucinante na TV. O problema é o modelo, ou os modelos. Nos EUA, as experiências vão do Survivor ao Aprendiz. Todo dia surge uma ideia, porém insuficiente. Todas moduladas na velha fórmula das TVs, um falando para todos. Pelo tipo de veículo é difícil estabelecer um modelo de interação que satisfaça ao telespectador, até mesmo por questões tecnológicas. Mas o tempo dirá. Aqui entre nós no Brasil as experiências são primárias, insuficientes ainda. Causa espanto aos que desejam atribuir ao programa Big Brother a marca de interação. Sucesso de venda e faturamento, ele nada tem de interação. É o último suspiro de sucesso da velha fórmula. No Brasil a experiência mais realista foi o Fala Que Eu Te Escuto, um programa evangélico, na Rede Record. No começo era muito interessante. E a interação era via telefone. Aliás, a área evangélica, na TV, é a que mais se permite experiência de interatividade. Já vimos de tudo, mas nada que supere o Fala Que Eu Te Escuto no seu início. Ali, os fiéis colocavam suas dúvidas, sugestões e críticas, sem edição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A experiência deu tão certo que rendeu até um senador para a igreja universal, no Rio de Janeiro. Daqui para frente veremos cada vez mais a TV buscando a participação do telespectador. No jornal, bem, o jornal parece era mais dificuldades para sobreviver. Assim sinaliza o mercado. Mais a frente veremos o porquê.

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COMO A NETFLIX ESTÁ SANGRANDO A GLOBO

Silvio Santos fez uma piada há duas semanas que virou notícia pelos motivos certos e pelos errados. Em seu dominical, admitiu: “Eu não vejo televisão. Só assisto cinema”, disse. “Eu tô vendo uma série muito boa, ‘Bíblia’. Assista, tem na Netflix”.  Pediu uma assinatura, ganhou, virou manchete. Mas foi a primeira vez, provavelmente no planeta, em que um dono de TV confessa o óbvio: como cada vez mais gente, ele não liga o aparelho. Uma pesquisa do final do ano passado do instituto Nielsen constatou que o uso tradicional da TV nos EUA caiu 10,6% entre pessoas de 18 a 34 anos. No Brasil, um levantamento do Google com homens e mulheres entre 14 e 55 anos concluiu que 24% delas passam metade do tempo na internet assistindo vídeos. A tendência é de alta. Basta ver o que ocorre na sua casa. O Brasil está entre os cinco mercados mais importantes para a Netflix. A empresa não revela os números daqui. Em julho de 2014, o total mundial era de 50 milhões de assinantes. Destes, 37 milhões nos Estados Unidos. Recentemente anunciaram uma operação em Cuba. É um caminho sem volta, especialmente para a Globo. Um amigo jornalista americano, radicado em São Paulo, contou que uma das coisas que mais o impressionaram aqui foi o tamanho da Globo com relação à concorrência (ou falta dela). “Isso não é capitalismo”, disse. “É uma aberração”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Por suas dimensões, o tombo tende a ser pior. Audiências em queda livre — quem imaginou o Fantástico com 17%? –, tentativas inúteis de reverter uma situação irreversível. Em 2014, numa visita ao Rio, o principal executivo da Netflix comentou sobre a ausência de atrações da Globo no canal. “É uma situação única no mundo. É a única grande rede de televisão que não negocia com a gente”, afirmou Ted Sarandos. “Acho que eles têm medo de que vamos canibalizar o negócio deles”. A emissora carioca optou por uma plataforma chamada Globo TV+, que ninguém sabe, ninguém viu. Com diversas opções no cardápio nos serviços por streaming, ficou evidente também o baixo nível da produção da Globo. Qualquer cidadão medianamente educado que veja um seriado — e não precisa ser algo de primeira classe como “House of Cards” ou “Breaking Bad” — tem um choque com uma telenovela (não precisamos entrar no lixo de “Big Brother” ou “Esquenta”). Dia desses um colega quis assistir a um capítulo de “Império” para checar se, de fato, era tão ruim. O que se passou na tela: um sujeito chamado “Comendador” está num carro alegórico. Um mascarado vai armado atrás dele. O mascarado sobe no carro e atira. Uma moça se joga na frente do Comendador. Fala umas besteiras e morre. Na cena seguinte, nenhum personagem está no hospital ou numa delegacia. Todos no Sambódromo, falando do acontecido. Atores ruins, texto vagabundo, falta de nexo… Sempre foi assim, você se pergunta? “O Astro” era isso? “Gabriela Cravo e Canela” era isso? “O Bem Amado” era isso? Janete Clair era isso? Provavelmente, sim, embora sua memória afetiva insista que naquele tempo era melhor. Na verdade, como ninguém tinha condições de comparar com nada, engolia-se a papagaiada embrulhada no tal “padrão de qualidade”. Se tivessem juízo, elencos, diretores e autores globais veriam um único episódio de “Better Caul Saul” e ajoelhariam no milho até parir algo decente. Como o negócio é tentar manter o Ibope — inutilmente –, parte-se para o vale tudo. É uma queda lenta, mas inexorável. Como gosta o grande senador Aloysio Nunes, a internet está sangrando a Globo. A-aaeee, Silvio. Kiko Nogueira/DCM

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Os sapatos do William Bonner

William Bonner, do Jornal Nacional, costuma dizer que todas as noites sua equipe tenta colocar um elefante dentro de uma caixa de sapatos. Sempre conseguem. Trata-se da configuração do jornal de maior audiência na TV brasileira. Significa que grande quantidade das notícias produzidas é jogada na lata do lixo e outras tantas somente são divulgadas após lapidar edição que envolve a escolha de enquadramentos, incidências e aparas. Por ficarem de fora, não serão discutidas pelo público: o “lixo”, outros enquadramentos, outras incidências, outras maneiras de ver e de apresentar os temas. É o que se denomina agendamento (agenda setting), teoria bastante conhecida em todo o mundo por qualquer estudante de comunicação, desde os anos 70, que revela como os meios de comunicação determinam a pauta (agenda) para a opinião pública. Ou seja, resolvem o que e de que forma – de que ângulo, de que ponto de vista, sob que aspecto ou profundidade – nós, indefesos leitores/ouvintes, devemos discutir a história de cada dia. Pois, para muitos, o que não deu no Jornal Nacional, a caixa de sapatos de Bonner, não aconteceu. Tem-se no agendamento o instrumento de impor ao leitor/ouvinte uma carga de opiniões político-ideológicas ou culturais que interessam às instâncias de poder vinculadas aos donos do veículo de comunicação. Dito de outra forma, a linha ideológica nasce de modo “espontâneo”, das necessidades dos profissionais da comunicação de manter uma relação de boa convivência e conforto em seus postos de trabalho. Ou seja, a linha ideológica da notícia nasce não só do perfil intelectual e cultural do jornalista, de suas relações e afinidades ou do seu compromisso social, mas também e sobretudo do tipo de (in)dependência profissional com seu veículo empregador.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] De qualquer forma, para a unanimidade dos estudiosos não há isenção na produção de qualquer matéria jornalística, mesmo a que não é rotulada como opinativa. E assim, o ouvinte/leitor recebe o “benefício” do agenda setting para não precisar pensar. Já na década de 20, dizia o Estadão: “Um verdadeiro jornal constitui para o público uma verdadeira bênção. Dispensa-o de formar opiniões e formular ideias. Dá-lhes já feitas e polidas, todos os dias, sem disfarces e sem enfeites, lisas, claras e puras” (Editorial do O Estado de São Paulo, de 14/01/1928). Pode-se inferir então que um mergulho no “lixo” e nas aparas, e um exame por ângulos e critérios ideológicos diversos no noticiário jornalístico, certamente produziriam caixas de sapatos diferentes da de Bonner. Um mergulho e um exame que serão facultados a qualquer ouvinte/leitor quando o veículo de comunicação lhe oferecer os diversos ângulos e a totalidade dos fatos, para que exerça criticamente sua análise e sua escolha. Será, enfim, a oportunidade de poder formar sua opinião, sua versão dos fatos. Para que isso aconteça, a sociedade precisa se dar conta de que existe um direito que a Constituição lhe garante: o Direito à Informação. Informação em sua integralidade, que permita acesso a uma leitura crítica, personalizada, liberta das amarras opinativas unidirecionais viciadas. Democraticamente aberta a múltiplas interpretações e juízos. Múltiplas caixas de sapatos…

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Jornais e Internet. Mídia impressa perde leitores

Por aqui, nas tabas Tupiniquins, os jornais, jornalões, jornalecos e revistões ainda se acham os donos da bola. Pesquisas, não divulgadas às claras, demonstram que o número de leitores da mídia impressa definha continuamente. E a audiência da TV vai de carona ladeira abaixo. Até quem lê revista de fofocas sabe que a Internet, nos USA, já supera os grandes jornais como fonte de notícias e informação. Pesquisas da Pew Research Center for the People & the Press concluíram que a Internet ultrapassou os jornais. O reino do papel vai sendo entregue às traças. No intervalo de uma ano o percentual dos que buscam na Web notícias e informações, aumentou de 24% para 40%, enquanto o percentual dos quer buscam os jornais como fonte principal de notícias, manteve-se na faixa de 35%. A televisão, segundo as pesquisa ainda se mantem em primeiro lugar com 70% do percentual dos que buscam notícias. Passou, sem qualquer surpresas, os jornais. Em um ano, a fatia dos que recorrem à internet por notícias subiu de 24% para 40%, enquanto os jornais se mantiveram praticamente estáveis em 35%. A TV continua como fonte líder, com 70% dos entrevistados declarando que quando querem procurar por notícias ligam seus televisores. Mas essa liderança da TV não se mantém quando se trata do público jovem. Entre esses há um empate – 59% – entre a busca por notícias entre a internet e a televisão. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Internet – Tenha um Jornal Nacional também.

Com a popularização da banda larga e a proliferação exponencial de câmeras de vídeos, uma aposta segura é feita pelos “Google’s Boys”, nos vídeosblogs. A possibilidade de você ser seu próprio William Bonner ou Patricia Poeta, é que certamente fez a dupla Sergei Brin e Larry Page pagarem a “mincharia”de US$ 1,65 bilhão pelo YouTube. Essa dupla comprovadamente está sempre de olho no futuro – lembram que eles estiveram no Brasil, à alguns anos “xeretando”o bio-diesel? – pois é. Para eles os vídeoblogs fincaram pé na rede, com a mesma força que os blogs têm. Os grandes conglomerados de comunicação que se cuidem. A democratização, total e irreversível, da informação, inclusive a jornalística, é só questão de tempo e, consequentemente a perda de poder dos Murdochs e quejandos. Mais dia menos dia, a TV via IP, ou IPTV, fincará sua força aqui em Pindorama. Assim como os blogs, os videoblogs, pela independência de editoria e imediatismo de publicação, estãofazendo um estrago considerável na audiência e poder das grandes redes de Tv. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Internet e audiência da TV

Internet provoca queda de audiência na TV. Não é a toa que até o “Cançastico” anuncia no encerramento do programa, que mais atrações, como “chats” prosseguem na Internet. A mesma estratégia os noticiosos globais utilizam, guiando o espectador para o portal G1. Com a tecnologia 3G/4G e as redes WiMax, a internet também vem em socorro dos que estão presos nos monumentais engarrafamentos. Cada vez mais as televisões deslocam o foco para seu portais na Web e/ou procuram redirecionar os espectadores para a Internet. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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União civil de pessoas do mesmo sexo, rede Globo e preconceito

Rede Globo continua destilando preconceito, e claro, esgrimindo, com a habitual maestria, o hábil florete da desinformação. Um órgão formador de opinião, no meu entender, essencialmente em noticiários, deve usar a linguagem mais culta. Não existe na nomenclatura jurídica “casamento gay”, mas sim união civil de pessoas do mesmo sexo. Deve haver uma audiência tão preconceituosa quanto. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Globo e preconceito

Jornalismo da Globo continua destilando preconceito. Trata a união civil de pessoas do mesmo sexo como “casamento gay”.

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