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Vigilância e privacidade: Smartphone terrorista?

O Estado de S.Paulo informou que a NSA, a agência de segurança nacional dos Estados Unidos, está preocupada com a criptografia do novo celular da Apple, o iPhone 6. O aparelho é capaz de neutralizar todas as medidas invasivas usadas pelo governo americano para bisbilhotar o mundo inteiro. Seu novo sistema operacional superou o arsenal de espionagem virtual dos americanos. Da tecnologia da Apple veio “um algoritmo complexo” que grava um código criado pelo dono do aparelho, que fica com o poder total de proteção de seus dados. Nem mesmo a Apple tem acesso às senhas de seus mais modernos celulares. A megacompanhia criada pelos “Steves” (Jobs e Wosniak) acabou de criar um problemão para a agência de segurança americana, que acredita em seu direito divino de espionar a quem quiser em qualquer tempo. O medo maior é que o aparelho caia em mão de terroristas ou estados inimigos da política externa norte-americana. A matéria foi um extrato de outra postada no dia anterior pelo New York Times. O Estadão faz um pequeno comentário online e não escondeu a fonte: sinalizou para o jornal americano, que publicou uma reportagem levantando questões importantes e preocupações atuais dos agentes estatais da agência de segurança norte-americana. “Terroristas vão decifrar a coisa, junto com criminosos espertos e ditadores paranoicos”, previu uma fonte. Outra disse: “É como exibir um anúncio que diz: ‘Aqui está: como evitar a vigilância – mesmo a vigilância legal’”. Agentes da lei agora não podem mais obrigar a Apple a entregar dados de usuários de seus aparelhos. O usuário “tranca” tudo dentro do aparelho, e ninguém mais tem acesso a nenhum dado a não ser ele mesmo. Como deveria ser desde o início.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em alerta Isso irritou bastante as autoridades da segurança de Estado norte-americana. Eles não aprovam a ideia de uma empresa produzir qualquer objeto tecnológico que não esteja ao alcance de seus meios atuais de vigilância. Mas não há muito que possa ser feito. Até 1994, havia uma legislação que obrigava a toda a indústria produtora de meios de comunicação instalar uma “porta de acesso” à vigilância estatal em cada aparelho produzido. Mas ela está desatualizada. Não cobre smartphones, para o desespero das autoridades americanas. Para piorar ainda mais a coisa, o Google anunciou um projeto semelhante para o Android. Este sistema já pode ser criptografado pelo usuário há três anos, mas não é opção padrão, e leva uma hora para o sistema alcançar um bom nível de segurança, se o usuário souber ajustar o aparelho. Tudo isso acaba em sua próxima versão a ser lançada em outubro. Tudo o que for armazenado em Android será criptografado automaticamente. A segurança do sistema operacional foi reforçada e simplificada graças ao avanço da concorrente, que desenvolveu, junto com o seu novo telefone, um sistema operacional (o iOS 8) com uma poderosa criptografia capaz de desafiar a tecnologia atual de rastreio e causar grande desconforto entre a turma da segurança americana. E agora seus concorrentes vão trilhar o mesmo caminho, para poder seguir na competição. É difícil acreditar que os supercomputadores da NSA não consigam quebrar a criptografia de um simples código alfanumérico de seis dígitos. Alguns duvidam da história toda. Ou, como sugeriu o New York Times, alguém pode superar a segurança do sistema, fazer um “hack” a partir da Apple e invadir o aparelho desejado. É possível, mas não é legal, informou o jornal. Mas o importante aqui não são as preocupações da agência de segurança norte-americana. O modo como eles veem o mundo e as tecnologias de comunicação, são. O pessoal da espionagem americana ainda não entendeu bem o papel e o impacto da tecnologia entre a população. Há um mundo inteiro interconectado e inquieto lá fora, mas eles continuam a negar a realidade maior da “era pós-Snowden” e do século 21: privacidade é tudo. A preocupação maior das empresas produtoras de meios de comunicação digitais é a segurança dos dados de seus usuários. Elas têm perdido muito dinheiro em processos judiciais baseados em falhas em proteção de dados. Ou no uso abusivo deles. Os estados nacionais também estão em alerta contra ataques virtuais e invasões indevidas de bancos de dados sensíveis, desde que o governo norte-americano reafirmou sua prática de espiar a vida e o cotidiano de seus amigos e inimigos. Sob controle Até o momento, a grande notícia sobre o iPhone 6 era sua tendência a dobrar no bolso dos usuários. Agora, tudo mudou. Ou estamos diante da maior e melhor campanha de publicidade que jamais existiu, ou os limites da segurança norte-americana são mais frágeis do que pensamos. Não por falta de equipamento ou ciência, mas por sua concepção antiquada de tecnologia. Esta não é apenas equipamento e inovação, mas também a capacidade da população em lançar mão dela em defesa de seus próprios interesses, diretamente. De apropriar-se dela sem a mediação do Estado. Não vale a pena sacrificar a liberdade em nome da segurança. No final, acaba-se vivendo no medo eterno do próximo atentado. Isso não é liberdade, é o jogo que o terror quer impor: um mundo mais assustador e desconfortável a cada dia. Quando a autoridade pública acredita que tudo e todos têm que estar dentro de seu controle, não se vive mais em um Estado democrático, mas em um regime policial. Por Sergio da Motta e Albuquerque/Observatório da imprensa

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A última invenção do gênio Steve Jobs

“Steve Jobs”, de Walter Isaacson, é como o iPad: o sujeito não sabe direito o que fará com ele, mas quer ter um. Como o iPad, essa biografia servirá para muitas coisas. Para quem gosta de novela, tem a história de uma criança entregue para adoção, que nunca quis conhecer o pai biológico e surpreendeu-se ao lembrar que, um dia, comera no restaurante de um gerente gordo e careca. (Era ele.) Esse garoto enjeitado recusou-se a reconhecer uma filha, ignorou-a por dez anos, mas deu o nome de Lisa a um de seus computadores. Para quem gosta de histórias de inventores, mostra o surgimento do computador pessoal, do iPod, do iPhone e do iPad. (Ele não inventou nenhum dos quatro.) Para quem prefere aventuras empresariais, o jovem que fundou a Apple, foi defenestrado, deu a volta por cima e transformou-a na empresa mais valiosa do mundo. Para hipocondríacos, um maníaco de dietas e jejuns, com um câncer de pâncreas e um transplante de fígado, controlando o próprio ocaso. Tudo isso num personagem genial, abstêmio, intratável, pouco higiênico e frugal. (Ele ficaria feliz ao saber que Michelangelo tinha essas características. Por intratável, um jovem pintor quebrou-lhe o nariz.) A biografia de Isaacson requer um acessório. Convém que se faça uma cópia das páginas iniciais, onde estão listados 57 personagens. Ajuda a leitura. Dentre os gênios da informática da segunda metade do século passado, Jobs foi o mais audacioso, implacável e egocêntrico. Mentiroso, controlador, argentário, despojado e, acima de tudo, narcisista. Quem criou o computador pessoal foi seu sócio, Stephen Wozniak, que sonhava com um mundo no qual eles fossem grátis. Quando Jobs fez a primeira distribuição de ações da Apple, deixou um dos parceiros de fora. Wozniak foi a ele e propôs: ‘O que você der, eu também dou’. ‘OK’, respondeu Jobs, ‘eu dou zero’. ‘Steve Jobs’ foi sua última produção, burilada até os últimos dias, quando estava desnutrido e emaciado. Isaacson escreveu o que quis e conseguiu equilibrar o retrato de duas pessoas: uma que todo mundo gostaria de conhecer, e outra com quem foi perigoso lidar”. “Steve Jobs”, traduzido, está nas livrarias, custando entre R$ 37,50 e R$ 49,90. A editora ‘Companhia das Letras‘ lançou simultaneamente o e-book, que custa entre R$ 28,90 e R$ 32,50. A edição eletrônica do original está na Amazon por US$ 16,99, ou R$ 29. Élio Gaspari/O Globo [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Steve Jobs: dez revelações da biografia

Conheça dez revelações feitas pela biografia de Steve Jobs Livro foi lançado no Brasil nesta segunda-feira (24). Biógrafo revela detalhes da vida do executivo, que morreu no início de outubro. A biografia autorizada de Steve Jobs, escrita por Walter Isaacson, foi lançada nesta segunda-feira (24) no Brasil. O livro, batizado apenas de “Steve Jobs”, é baseado em mais de mais de 40 entrevistas, feitas ao longo de dois anos, com o cofundador da Apple que morreu no início de outubro. Também foram entrevistados amigos, colegas e concorrentes do executivo considerado o “pai” do iPhone, do iPod e do iPad. Isaacson é diretor-geral do Instituto Aspen, foi presidente da CNN e editor da revista “Time”. Ele escreveu “Einstein: Sua vida, seu universo” e “Benjamin Franklin: An american life”. Confira dez revelações feitas pela biografia e pelo biógrafo de “Steve Jobs”: Filhos No livro, Isaacson fala da última vez que visitou Steve Jobs, em sua casa em Palo Alto. Diz o livro: “Como escritor, estou acostumado a manter distanciamento, mas fui atingido por uma onda de tristeza quando tentei dizer adeus. A fim de disfarçar minha emoção, fiz a pergunta que ainda me deixava perplexo. Por que ele se mostrara tão disposto, durante quase cinquenta entrevistas e conversas ao longo de dois anos, a se abrir tanto para um livro, quando costumava ser geralmente tão discreto? ‘Eu queria que meus filhos me conhecessem’, disse ele.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] ‘Eu nem sempre estava presente, e queria que eles soubessem o porquê disso e entendessem o que fiz.’” A tradução do trecho foi de Pedro Maia Soares. (leia a história completa) Cirurgia tardia Steve Jobs só aceitou fazer uma cirurgia que poderia salvar sua vida quando era tarde demais, disse Walter Isaacson, ao programa “60 Minutes”. “Eles ficaram felizes quando viram a biópsia. Era um tipo pancreático de câncer que cresce devagar e pode ser curado. Ele tentou tratar o câncer com uma mudança de dieta, ele foi a espiritualistas. Ele não queria que seu corpo fosse aberto, não queria ser violado daquela maneira”, afirma. “Ele fez a cirurgia nove meses depois e, quando operaram, viram que o câncer já havia se espalhado pelos tecidos ao redor do pâncreas.” (leia a história completa) Obama “Você está caminhando para ter apenas um mandato”, teria sido a primeira frase dita por Steve Jobs em encontro com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em 2010, segundo a biografia. Na ocasião, Jobs se ofereceu para ajudar na criação de peças publicitárias para ajudar na reeleição do presidente democrata em 2012.  Segundo Isaacson, o encontro entre Jobs e Obama quase não aconteceu. Convidado por assessores do presidente, Jobs insistiu que só iria se recebesse uma ligação do próprio presidente. Após pressão de sua mulher, Jobs concordou. Mas sua personalidade de Jobs teria se transformado no momento do encontro. (leia a história completa) Sistema educacional norte-americano Durante seu encontro com Obama, Jobs criticou o sistema educacional americano, que seria prejudicado “por regras sindicais”, diz a biografia. “Enquanto os sindicatos dos professores não forem desmantelados, não existe esperança para uma reforma educacional”, disse Jobs, que sugeriu que os diretores das escolas tivessem autonomia para demitir e contratar professores. Para ele, os alunos deveriam ter aula em período integral, até as 18h, e por 11 meses no ano. (leia a história completa) A polêmica do uniforme Steve Jobs contou ao seu biógrafo que foi vaiado ao propôr que os funcionários da Apple usassem um uniforme. Isaacson escreve que Jobs teve a ideia depois de visitar o então presidente da Sony, Akio Morita, no Japão. Ao ver que os funcionários da empresa japonesa estavam de uniformes e como aquilo os vinculava à empresa, Jobs propôs a idéia na Apple. “Voltei [do Japão] com algumas amostras e disse para todos o quanto seria legal se todos usássemos os coletes. Fui vaiado naquele palco. Todo mundo odiou a ideia”, disse Jobs à Isaacson. Foi durante esse processo que Jobs decidiu pedir que o designer japonês Issey Miyake criasse um uniforme para ele, pela conveniência e por ser uma espécie de estilo próprio. “Então eu pedi que Miyake fizesse algumas de suas blusas pretas com gola rulê para mim e ele fez uma centena delas”, disse o executivo. (leia a história completa) O início da biografia Isaacson conta de seu encontro com Jobs, em 2004, que rendeu o início da biografia. “Eu ainda não sabia que dar uma longa caminhada era a sua forma preferida de ter uma conversa séria. No fim das contas, ele queria que eu escrevesse sua biografia. Eu havia publicado recentemente uma de Benjamin Franklin e estava escrevendo outra sobre Albert Einstein, e minha reação inicial foi perguntar, meio de brincadeira, se ele se considerava o sucessor natural naquela sequência. Supondo que ele estava no meio de uma carreira oscilante, que ainda tinha muitos altos e baixos pela frente, eu hesitei. Não agora, eu disse. Talvez em uma década ou duas, quando você se aposentar”, diz o livro. Isaacson continua: “Depois me dei conta de que ele havia me chamado logo antes de ser operado de câncer pela primeira vez. Enquanto eu o observava lutar contra a doença, com uma intensidade incrível, combinada com um espantoso romantismo emocional, passei a achá-lo profundamente atraente, e percebi quão profundamente sua personalidade estava entranhada nos produtos que ele criava. Suas paixões, o perfeccionismo, os demônios, os desejos, o talento artístico, o talento diabólico e a obsessão pelo controle estavam integralmente ligados a sua abordagem do negócio, e decidi então tentar escrever sua história como estudo de caso de criatividade.” Bill Gates “Bill [Gates] basicamente não tem imaginação e nunca inventou nada, e acho que é por isso que ele se sente mais confortável fazendo filantropia do que no mercado de tecnologia. Ele apenas roubava as ideias dos outros, sem vergonha alguma”, diz Jobs no livro. (leia a história completa) Android “Eu vou destruir o Android, porque é um produto roubado. Eu vou entrar no modo ‘guerra termonuclear’ nesse caso”, disse Jobs, segundo seu

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Apple mudou jeito de ouvir música e usar telefone e computador

Sob o comando de Steve Jobs, morto nesta quarta-feira (5) vítima de câncer, a Apple lançou produtos que mudaram o rumo da tecnologia e de mercados como o de telefonia e de música. Steve Jobs, foi o fundador da Apple, idolatatrado pelos consumidores de seus produtos e por boa parte dos funcionários da empresa que fundou em uma garagem no Vale do Silício, na Califórnia, e ajudou a transformar na maior companhia de capital aberto do mundo em valor de mercado, Jobs foi um dos maiores defensores da popularização da tecnologia. Entenda como os produtos da empresa ajudaram a mudar o mercado e a maneira de nos relacionarmos com o mundo: Apple I O que é: Computador pessoal Quando surgiu: 1977 Por que foi importante: Era relativamente barato para os padrões da época (custava US$ 666,66) e utilizava televisores comuns para exibir informações. Utilizava soluções bastante criativas, desenvolvidas a partir de peças simples pelo sócio de Jobs na Apple, Steve Wozniak.     Macintosh O que é: Computador pessoal Quando surgiu: 1984 Por que foi importante: Foi o primeiro computador que utilizava os conceitos de ambiente gráfico comandada por um mouse a atingir sucesso comercial. Acabou moldando até os rivais, como o PC, padrão da IBM, que passou a utilizar o sistema Windows.     iPod O que é: Tocador de música digital Quando surgiu: 2001 Por que foi importante: Transformou a indústria da música. Fez dos arquivos digitais, como o mp3, o novo padrão, em substituição ao CD. Com ênfase no design, fez dos gadgets um objeto de moda. Ao lado do iTunes, loja virtual da Apple, criou um mercado de músicas digitais. Vendeu mais de 300 milhões de unidades.   iPhone O que é: Smartphone Quando surgiu: 2007 Por que foi importante: De uso intuitivo, mudou o mercado de celulares inteligentes. Popularizou a internet móvel e revigorou o mercado de programas, agora rebatizados como “aplicativos”. Mudou ainda o mercado de jogos eletrônicos.     iPad O que é: Computador em formato de tablet Quando surgiu: 2010 Por que foi importante: Fez dos tablets, que já existiam há pelo menos uma década, um produto de massa. Revolucionou o conceito de computação portátil, e mudou os planos de fabricantes tradicionais de computadores como HP, Lenovo e Samsung, entre outras.    G1 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Apple põe iPad e iPhone na nuvem, e cria ‘banca de revistas’ virtuais

Aparelhos portáteis terão sincronização sem fio e integração com Twitter. OS X Lion, iOS 5 e novo iCloud são destaque de evento da Apple nos EUA. Steve Jobs, da Apple, durante apresentação em San Francisco na WWDC (Foto: Paul Sakuma/AP) Com a presença de Steve Jobs, afastado da presidência da companhia por motivos de saúde, a Apple apresentou nesta segunda-feira (6) o iCloud, sistema que permite sincronizar fotos, vídeos, músicas e informações entre diversos aparelhos pela internet, e seus novos sistemas operacionais, o OS X 10.7 Lion (para computadores Mac) e o iOS 5, para iPad e iPhone. Com o iCloud, a Apple finalmente entra em um jogo que já tem em campo as rivais e gigantes Google e Microsoft, a chamada computação na nuvem. O sistema, gratuito, permite o armazenamento de arquivos como músicas compradas no iTunes, livros e documentos de texto diretamente em servidores da Apple. O usuário poderá, então, sincronizar estas informações com qualquer aparelho. O iCloud será liberado com a chegada do iOS 5, e os usuários vão receber, gratuitamente, 5 GB para armazenamento de dados. Será possível ainda comprar mais espaço caso seja necessário. Para os produtos da chamada “era pós-PC”, como iPhones, iPads e iPod Touches, a Apple vai disponibilizar novas funções no outono do hemisfério norte, entre setembro e dezembro.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Destaque para a integração com o Twitter e o novo sistema de notificações, avisos instantânos que aparecem na tela do aparelho quando o usuário recebe mensagens de texto, e-mails ou contatos em redes sociais, por exemplo. saiba mais Veja imagens da conferência para desenvolvedores da Apple O iOS 5 traz ainda o iMessage, programa para troca de mensagens pela internet para usuários da plataforma. Trata-se da resposta da Apple ao BBM, o BlackBerry Messenger, que oferece funcionalidade semelhante para donos de telefones da fabricante canadense. Também não será mais necessário ligar o aparelho a um computador para fazer upgrades no programa. Agora, eles serão feitos diretamente no iPhone ou iPad, basta estar conectado à internet. Já a sincronização com o PC ou Mac passará a ser feita sem fios, via wi-fi. O upgrade para o iOS 5 é gratuito. Já o upgrade para Mac OS X Lion, compatível com Macbooks e iMacs, vai custar US$ 30 e será feito on-line, pela loja virtual de aplicativos da Apple. O novo sistema operacional estará disponível a partir de julho. Nuvem carregada Com o iCloud, aguardado sistema de armazenamento de informações na chamada “nuvem” da internet, a Apple permitirá salvar arquivos como fotos, vídeos e músicas do iTunes em seus servidores centrais. Estas informações poderão ser compartilhadas com os diversos aparelhos do usuário que rodem o sistema operacional iOS, como iPad e iPhone. Desenvolvedores poderão testar o sistema a partir desta segunda-feira (6). Já os usuários comuns receberão o iCloud na atualização para o iOS 5, marcada para o outono do hemisfério norte, entre setembro de dezembro de 2011. Músicas compradas na loja iTunes estarão sempre disponíveis para download, armazenadas nos servidores da Apple. Por US$ 25 por ano, também será possível acessar na nuvem músicas que você tenha copiado diretamente de um CD ou baixado de outros serviços na rede. Pelo sistema “iTunes Match”, será possível relacionar os arquivos MP3 de seu computador com as músicas disponíveis nos servidores da Apple. Caso um disco ou uma música não sejam encontrados, o usuário poderá, então, fazer o upload do arquivo para o sistema na nuvem. Será possível ainda manter sua biblioteca de livros do iBook sincronizada com a nuvem. Documentos criados no iWork, suíte de aplicativos da Apple que concorre com o Microsoft Office, poderão também ser armazenados na rede. Desta forma, estarão sempre atualizados, não importa qual aparelho o usuário utilize para acessá-los. “Há dez anos trabalhamos neste sistema”, afirmou Steve Jobs durante a apresentação. A companhia anunciou também o fim do MobileMe. A rede, que custava US$ 100 ao ano e permitia a sincronização virtual de contatos e calendários, passa a ter suas funções distribuídas gratuitamente e integradas ao novo iCloud. O sistema servirá ainda como plataforma de armazenamento de dados para computadores, e será compatível com PCs e Macs. Nas máquinas da Apple, por exemplo, ele será integrado diretamente ao aplicativo iPhoto, permitindo que o usuário tenha acesso a todas as fotos tiradas nos últimos 30 dias. De novo, a função iguala a Apple a um serviço já oferecido pelo Google, dono do Picasa. Tablets e portáteis O sistema operacional para aparelhos portáteis chega à quinta versão com mais de 200 milhões de aparelhos compatíveis já vendidos. Em 3 anos, a Apple já repassou mais de US$ 2,5 bilhões aos desenvolvedores responsáveis pelos mais de 450 mil aplicativos disponíveis para download na loja virtual App Store. No total, usuários já baixaram mais de 14 bilhões de programas. A maior novidade é que agora iPads, iPhones e iPod Touches poderão funcionar independentes de um computador tradicional. Até hoje, é necessário sincronizar o aparelho a um PC ou Mac para fazer atualizações do sistema operacional e de programas baixados pelo usuário. Agora, os aparelhos poderão fazer esse upgrade sozinhos. O iOS 5 terá 200 novas funções para usuários e mais de 1.500 para programadores. O vice-presidente Scott Forstall, responsável pelo desenvolvimento do iOS, mostrou o novo sistema de notificações, que passa a ficar “empilhado” na tela até que o usuário as dispense. “O sistema atual era falho”, admitiu Forstall. O executivo mostrou um novo segmento da loja de aplicativos e conteúdo voltado apenas para publicações como jornais e revistas. O “News Stand” servirá para reunir aplicativos de notícias que até agora estavam espalhados pela App Store. O programa funcionará como o iBooks, para livros eletrônicos, reunindo em uma “prateleira eletrônica” revistas e jornais comprados pelo usuário. O novo sistema operacional também será integrado diretamente ao Twitter. Isso significa que agora é possível, por exemplo, tirar uma foto com o aplicativo básico da Apple e enviá-la para a rede social sem precisar trocar de programa. Até agora, era necessário baixar um software

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Apple confirma ‘iCloud’, na nuvem, e novas funções para iPhone e iPad

Com participação de Steve Jobs, WWDC verá ainda chegada do OS X Lion. Empresa vai revelar detalhes de produto para ‘nuvem’ na próxima semana. A Apple confirmou nesta terça-feira que vai mostrar, na próxima segunda-feira (6), a nova versão do sistema operacional iOS, utilizado no iPad, no iPhone e no iPod Touch. A empresa revelou ainda que vai lançar, no evento de abertura da Worldwide Developers Conference, em San Francisco, o iCloud. Trata-se de uma nova base de serviços hospedada em servidores da internet, ou “na nuvem”, no jargão atual da tecnologia de informação. Os detalhes sobre as funções e o custo do serviço devem ser anunciados apenas na próxima semana. Especula-se, no entanto, que o iCloud permitirá o armazenamento de arquivos de música na rede, que poderão ser acessadas de qualquer lugar. A Amazon já oferece serviço semelhante para donos de aparelhos com sistema operacional Android, e o Google começou recentemente a testar sua versão do produto. Em texto divulgado nesta terça, a empresa confirmou ainda que o evento, que reúne anualmente desenvolvedores de aplicativos para as plataformas da Apple, será aberto pelo presidente afastado da empresa, Steve Jobs. A WWDC marcará ainda a apresentação do novo sistema operacional para computadores da linha Mac, o OS X Lion. A atualização do sistema atual, o Snow Leopard, havia sido anunciada em outubro de 2010. G1 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Amazon X iTunes: briga de cachorro grande

Amazon lança serviço para armazenamento de música na nuvem e desafia iTunes A Amazon está lançando um serviço on-line que permite aos clientes armazenar seus arquivos de música e acessá-los remotamente por meio de smartphones e computadores. A maior varejista da internet saiu na frente, já que as gigantes do segmento Apple e Google ainda desenvolvem serviços semelhantes. Caso conquiste os usuários, o movimento da Amazon desafiará a supremacia do iTunes, da empresa de Steve Jobs, no setor de música digital. O Cloud Service da Amazon, anunciado nesta terça-feira, deixa os clientes utilizarem os servidores da varejista, dispensando assim a uso de HDs locais – modelo genericamente chamado de computação na nuvem, do qual a Amazon é um dos líderes. A Amazon também está lançando o Cloud Player, com o qual os fãs de música podem ouvir, baixar e criar listas de reprodução em qualquer navegador web ou em aparelhos com o sistema operacional Android, da Google. Em comunicado, o vice-presidente da divisão de filmes e música da Amazon, Bill Carr, disse que o serviço poupará o tempo dos usuários que costumavam salvar músicas em vários aparelhos. Inicialmente, os clientes terão acesso a 5 gigabytes de armazenamento gratuito.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O custo para armazenamento adicional será de US$ 1 por cada gigabyte. O cliente também pode receber um upgrade de 20 gigabytes com a compra de um álbum completo em MP3 na própria Amazon. Arquivos de música comprados a partir de agora na Amazon e gravados diretamente no serviço de nuvem não entram na cota de armazenamento. O serviço suporta os formatos MP3 e AAC, que é o padrão usado pelo iTunes, da Apple. O Globo

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Steve Wozniak: reconhecimento de voz e o fim dos teclados e mouses

Ele hipnotizou centenas de participantes da Campus Party ao contar sua trajetória no sábado, numa palestra que teve mais olhares atentos que a do ex-vice-presidente americano Al Gore, na terça-feira. Não era para menos: não bastasse ser um dos maiores nomes da história da computação, a história de Steve Wozniak, cofundador da Apple, é muito parecida com a da maioria dos participantes do evento que terminou ontem. Um nerd por excelência, o ex-parceiro de Steve Jobs falou ao público sobre a importância do bom humor e da paixão quando se quer escolher qualquer tipo de carreira enquanto contava a todos como inventou o computador como o conhecemos hoje. Antes da apresentação, Wozniak falou ao Estado sobre outro assunto: o futuro da computação pessoal. Em 2010, assistimos à entrada de dois novos aparelhos no mercado que causaram impacto na história da computação: o iPad, da Apple, e o Kinect, da Microsoft. Ambos são computadores pessoais, mas não são como o computador pessoal que o sr. Concebeu. Claro, apesar de que as maiores mudanças nos computadores normalmente acontecem em novas formas de interação entre o ser humano e eles. É a forma como nós usamos nossos corpos, nossa visão… E essas formas de interação estão ficando cada vez mais humanas do que eram anteriormente. Acho que essa tendência vai continuar para sempre. Os computadores do futuro vão permitir diálogos como se eles fossem pessoas de verdade. Eu não acho que o reconhecimento de voz já está nesse ponto, mas tenho tantos aplicativos nos meus telefones que funcionam tão bem só com a voz que eu não quero voltar a seguir determinados procedimentos ou digitar comandos… …Nem sequer usar o mouse.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Eu não quero usar o mouse, não quero usar o teclado, eu não quero ter de dizer para o computador que ele deve rodar um determinado programa. Eu só quero dizer: “Faça uma reserva para seis pessoas hoje à noite numa determinada churrascaria nesta cidade aqui”. E quando você faz as coisas de forma humana, você não faz a mesma coisa sempre do mesmo jeito, você não diz a mesma frase exatamente do mesmo jeito todas as vezes que fala. Por isso, o reconhecimento de voz deve entender que você fala a mesma coisa de várias formas diferentes. E você não precisa mais se preocupar com erros de digitação se os comandos são pela voz. Então é realmente maravilhoso poder dizer… “Bom Deus” (suspira, como se estivesse aliviado). As partes complicadas dos computadores vão ficar para trás, até chegarmos a um ponto em que ele poderá olhar no meu rosto e dizer se estou cansado. Então o sr. acha que tanto iPad e Kinect quanto os celulares atuais são estágios intermediários rumo a um outro tipo de computador ainda melhor? Sim, são ótimos estágios, como o próprio computador pessoal também foi. O PC só foi possível porque um certo tipo de tecnologia tornou-se disponível a um certo preço. E o mesmo aconteceu com outros tipos de tecnologia para que o iPad se tornasse viável: a tecnologia flash NAND para armazenamento de dados, fazendo com que não fossem necessárias peças enormes que consumiriam muita energia; a tecnologia de telas sensíveis ao toque, telas de alta resolução, baterias leves… Muitas dessas tecnologias vêm ao mesmo tempo, a um preço acessível, e permitem que determinados produtos façam sentido. Há uma frase que diz que a tecnologia funciona de verdade quando as pessoas nem sequer percebem que a estão utilizando. O sr. acha que chegaremos a um ponto em que a tecnologia não será nem vista pelas pessoas? É difícil negar isso, mas também é difícil pensar em exemplos para hoje em dia. Será que eu vou ter pequenos implantes nos meus olhos que farão que eu veja o mundo da forma como determinada tecnologia quer que eu veja? Se for assim, quem está no controle? Estamos ficando cada vez mais dependentes da nossa tecnologia de forma que nem podemos desligá-la. Se nós pudermos desligá-la, estamos no controle; mas não podemos mais. E se tivermos carros que dirigem sozinhos? Uau, cara… Nós temos de ir, temos de confiar nisso, mas podemos chegar ao ponto em que a tecnologia talvez não precise mais da gente. E aí, como vimos em filmes de ficção científica, pode ser que a tecnologia queira descartar o fator humano, pois atrapalha… É o que eu estou sugerindo – e isso já está acontecendo, mais do que podemos admitir. Quando as coisas acontecem devagar, você não as percebe acontecendo, mas quando estamos numa curva exponencial, as coisas podem mudar de uma vez só. Você consegue desligar seu computador? Consegue se desconectar da internet, desligar seu celular? Por quanto tempo? Por um ano? E se conseguir, que tipo de vida terá? E se todos resolverem fazer isso? Seria uma vida bem diferente da que levamos agora. Mas até chegarmos a esse estágio, a tecnologia terá de evoluir bastante. Que estágios deveremos percorrer nos próximos dez anos? Num futuro próximo, não muito próximo, mas também não muito distante, se tornará bem difícil saber se você está lidando com um computador ou com uma pessoa de verdade. E será tão bom: falar, entender, combinar palavras e deixar que o computador faça o reconhecimento das palavras e até crie um tipo de relacionamento com as pessoas… Mas o sr. acha que no futuro teremos amigos digitais? A ficção científica quase sempre fala em guerra entre homens e máquinas, quem será o vencedor, mas eu acho que criamos a tecnologia para melhorar nossas vidas. Estamos lidando com ela gradualmente, não há nenhuma batalha. Criamos a coisa mais próxima do cérebro humano que é a internet. Antes, perguntávamos para uma pessoa sábia quando precisávamos saber de alguma coisa, agora temos a busca do Google. Isso significa que parte de nosso cérebro já está fora de nossas cabeças, porque a internet cresceu tanto e nós não a criamos para ser um cérebro. Criamos a internet para colocar as pessoas em contato individualmente – e quando

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