A marcha da insensatez
Síria, Aleppo, Fotografia de Steve McCurry [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Síria, Aleppo, Fotografia de Steve McCurry [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
Vamos lá! Pontuando; 1. Trump mandou 59 mísseis mar/terra Tomahawks nos peitos do Assad. 2. Em dois dias o Trump desceu o “big stick” na “titela” do genocida da Síria. Ainda não estou fazendo juízo de valor, não das personas, mas, sim, dos fatos. É o que a mídia informa. 3. Nessa altura o maluco da Coreia do Norte deve estar ‘travado’. O Trump postou no Twitter que se o ‘doidin’ lançar mais foguetes em direção ao Japão, os USA irão atacar aquela ‘po**a’ sozinhos mesmo. Detalhe: durante o ataque à base aérea Síria, Trump estava jantando em sua mansão, na Flórida, com o presidente chinês.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] 4. Os malucos mundo afora haverão de começar a levar o Trumpo a sério. A ‘negada tá se ligando’ que o loirão é meio ‘po**a’ louca. Não duvido nada se surgirem vídeos nas redes sociais, mostrando ‘o paixão Assad’ servindo comida para desabrigados e beijando criancinhas. 5. Não bastasse o ‘imbroglio’ no oriente médio, um provável terrorista, hoje, na Suécia, em Estocolmo, jogou um caminhão sobre pedestres, matando três pessoas e ferindo várias outras. Trump estava certo em relação a Suécia quando comentou há três semanas, sobre o aumento dos crimes na gelada terra dos Vikings. A Suécia sofre com uma onda de crimes e violências, principalmente crimes sexuais, causados por imigrantes. E agora esse possível ataque terrorista. Quero ouvir um sueco se manifestando contra a política das muralhas. 6. Sobre os ataques do Trump na Síria; ele fez exatamente o que disse que não faria; fez exatamente o que tinha dito pro Obama não fazer; e fez exatamente o que a Hilária disse que iria fazer, se eleita. 7. Ora!, quando até a Hilária Clinton concorda com a ação do Trump em atacar o Assad, ai vê-se, os que não absorvemos informações por osmose, e aprendemos a ler o que não está escrito,que tem “alguma coisa errada” nessa “estória”. 8. Acabei ainda não, tolinhos abstraídos do decidido na Conferência de Bretton Woods – USA, New Hampshire, 1944 – , a Arábia Saudita, que no momento está bombardeando o Iêmen porque quer passar por lá, as “pipelines” de gás e óleo que veem do Iêmen pela Síria, para vender para Europa não parar, nem congelar. O Assad não quer deixar esse gasoduto/oleoduto, e chamou o Putin, o Trump de São Petersburgo, para dar “uma mãozinha” no enrosco, e ajudar a defender o cofre do Assad. Detalhe; os russos são os maiores vendedores de gás e óleo para a Europa. Hahahaha! 9. Por outro lado – não esqueçamos que o Putin nasceu na ‘humanitária’ KGB – a ‘versão’ dos russos para “ataque químico do Assad”, hahaha, é que na verdade o Assad atacou uma base dos rebeldes (estado islâmico/al-qaeda/al-nusra) e nessa base, que era um depósito de munições, eles, os grupos acima, estavam produzindo, e estocando armas químicas. Hahahahahaha. Essa é a guerra híbrida. A guerra da informação. 10. Esse cenário, de “quase-3a. guerra-mundial”, é o cenário ideal pro ‘deep-state’ (governo paralelo). Não aumenta, mas também não diminui. Aí fica todo mundo vivendo nesse cenário de tensão quase-guerra. Assim, entre outras coisas, fica mais fácil ainda de manipular a narrativa oficial e controlar a opinião pública. 11. Ao mesmo tempo tem economista que diz que a única maneira de “salvar” esse sistema financeiro atual, usado no mundo inteiro e, baseado em moeda pintada, sem lastro, só papel, é a deflagração de uma guerra mundial – ave Keynes!, e acreditam que o governo paralelo está caminhando para isso. 12. Hipocrisias à parte, milhares de crianças morrem a míngua na África e no resto do terceiro mundo, e centenas já morreram em Aleppo em bombardeios com bombas “aceitáveis”. Guerra com regras e cavalheirismo das liças, é um deslavado cinismo. Para quem perdeu os seus, a dor é a mesma, se por bombas, armas químicas, gás sarin, diarreia ou seja lá o que for. O mundinho se indigna com o uso de armas químicas, entre “cravates noir, champanhe et champion”, claro, mas queda-se silente/conivente com o genocídio pela fome.
Aleppo – Síria [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]
A vida como não deveria ser, Síria 2015 [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]
A União Europeia voltará a ser contestada nas urnas, desta vez pelos húngaros: a consulta popular sobre o sistema de cotas de imigrantes estabelecido por Bruxelas será em outubro. Premiê defende “independência do país”. Refugiados na fronteira entre a Sérvia e Hungria, que foi a principal porta de entrada do Espaço Schengen A Hungria vai realizar um referendo no próximo dia 2 de outubro sobre um possível sistema permanente de cotas de refugiados estabelecido pela União Europeia (UE), anunciou o governo do país nesta terça-feira (05/07). Segundo o gabinete do presidente, Janos Ader, a pergunta da consulta popular será: “Você quer que a União Europeia prescreva a alocação obrigatória de cidadãos não húngaros na Hungria mesmo sem o consentimento do Parlamento?”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O primeiro-ministro conservador Viktor Orbán, opositor ferrenho da imigração, afirmou anteriormente que uma vitória do “não” no referendo seria “em favor da independência da Hungria e em rejeição ao plano de alocação obrigatório”. A consulta popular já havia sido . Na ocasião, Orbán defendeu que não é possível “colocar nas costas dos povos, contra a vontade das pessoas, decisões que mudam as vidas das pessoas e das gerações futuras”, salientando que as cotas vão “redesenhar a identidade cultural e religiosa da Europa”. Cerca e multa Durante um período do ano passado, a Hungria foi a principal porta de entrada no Espaço Schengen. No entanto, após centenas de milhares de migrantes do Oriente Médio e da África cruzarem o país a caminho do norte da Europa, o governo de Orbán ergueu uma cerca de arame farpado na fronteira com a Croácia e com a Sérvia para barrar os estrangeiros. Uma série de países do sudeste da Europa seguiu o exemplo. Em dezembro do ano passado, a Hungria contestou no Tribunal de Justiça da União Europeia um plano anterior de redistribuir milhares de requerentes de asilo entre os 28 países-membros do bloco, ao longo de dois anos. O sistema foi estabelecido em setembro passado, após mais de 1 milhão de pessoas entrarem na UE, em busca de refúgio na Alemanha e em países ricos do norte do continente. Agora, o bloco discute mudanças nas regras de asilo que iriam requer que os Estados-membros aceitassem uma cota de refugiados ou pagassem uma .
Chomsky repassa as principais tendências do cenário internacional, a escalada militarista do seu país e os riscos crescentes de guerra nuclear. “Os Estados Unidos sempre foram uma sociedade colonizadora. Inclusive antes de se constituírem como Estado já trabalhavam para eliminar a população indígena, o que significou a destruição de muitas nações originárias”, como bem lembra o linguista e ativista estadunidense Noam Chomsky, quando se pede que descreva a situação política mundial. Crítico feroz da política externa de seu país, ele recorda 1898, quando ela apontou seus dardos ao cenário internacional, com o controle de Cuba, “transformada essencialmente numa colônia”, e logo nas Filipinas, “onde assassinaram centenas de milhares de pessoas”. Chomsky continua seu relato fazendo uma pequena contra-história do império: “roubou o Havaí da sua população originária 50 anos antes de incorporá-lo como um dos seus estados”. Imediatamente depois da II Guerra Mundial, os Estados Unidos se tornaram uma potência internacional, “com um poder sem precedente na história, um incomparável sistema de segurança, controlando o hemisfério ocidental e os dois grandes oceanos. E, naturalmente traçou planos para tentar organizar o mundo conforme a sua vontade”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Contudo, ele aceita que o poder da superpotência diminuiu com respeito ao que tinha em 1950, o auge da sua hegemonia, quando acumulava 50% do produto interno bruto mundial, muito mais que os 25% que possui agora. Ainda assim, Chomsky lembra que “os Estados Unidos continua sendo o país mais rico e poderoso do mundo, e incomparável a nível militar”. Um sistema de partido único Em algum momento, Chomsky comparou as votações em seu país com a eleição de uma marca de pasta de dentes num supermercado. “Nosso país tem um só partido político, o partido da empresa e dos negócios, com duas facções, democratas e republicanos”, proclama. Mas ele acredita que já não é possível continuar falando dessas duas velhas coletividades políticas, já que suas tradições sofreram uma mutação completa durante o período neoliberal. Chomsky considera que “os chamados democratas não são mais que republicanos modernos, enquanto a antiga organização republicana ficou fora do espectro, já que ambas as vertentes se moveram muito mais à direita durante o período neoliberal – algo que também aconteceu na Europa”. O resultado disso é que os novos democratas de Hillary Clinton adotaram o programa dos velhos republicanos, enquanto estes foram completamente dominados pelos neoconservadores. “Se você olha os espetáculos televisivos onde dizem debater política, verá como somente gritam entre eles e as poucas políticas que apresentam são aterrorizantes”. Por exemplo, ele destaca que todos os candidatos republicanos negam que o aquecimento global ou são céticos – não o negam mas dizem que os governos não precisam fazer algo a respeito. “Entretanto, o aquecimento global é o pior problema que a espécie humana terá pela frente, e estamos nos dirigindo a um completo desastre”. Em sua opinião, as mudanças no clima têm efeitos comparáveis somente com os da guerra nuclear. Pior ainda, “os republicanos querem aumentar o uso de combustíveis fósseis. Esse não é um problema de centenas de anos, mas sim um criado pelas últimas duas gerações”. A negação da realidade, que caracteriza os neoconservadores, responde a uma lógica similar à que impulsiona a construção de um muro na fronteira com o México. “Essas pessoas que tratamos de distanciar são as que fogem da destruição causada pelas políticas estadunidenses”. “Em Boston, onde vivo, o governo de Obama deportou um guatemalteco que viveu aqui durante 25 anos, ele tinha uma família, uma empresa, era parte da comunidade. Havia escapado da Guatemala destruída durante a administração de Reagan. A resposta a isso é a ideia de construir um muro para nos prevenir. Na Europa acontece o mesmo. Quando vemos que milhões de pessoas fogem da Líbia e da Síria para a Europa, temos que nos perguntar o que aconteceu nos últimos 300 anos para chegar a isto”. Invasões e mudanças climáticas se retroalimentam Há apenas 15 anos, não existia o tipo de conflito que observamos hoje no Oriente Médio. “É consequência da invasão estadunidense ao Iraque, que é o pior crime do século. A invasão britânica-estadunidense teve consequências horríveis, destruíram o Iraque, que agora está classificado como o país mais infeliz do mundo, porque a invasão cobrou a vida de centenas de milhares de pessoas e gerou milhões de refugiados, que não foram acolhidos pelos Estados Unidos, e tiveram que ser recebidos pelos países vizinhos pobres, obrigados a recolher as ruínas do que nós destruímos. E o pior de tudo é que instigaram um conflito entre sunitas e xiitas que não existia antes”. As palavras de Chomsky recordam a destruição da Iugoslávia durante os Anos 90, instigada pelo ocidente. Assim como Sarajevo, ele destaca que Bagdá era uma cidade integrada, onde os diversos grupos culturais compartilhavam os mesmos bairros e se casavam membros de diferentes grupos étnicos e religiosos. “A invasão e as atrocidades que vimos em seguida fomentaram a criação de uma monstruosidade chamada Estado Islâmico, que nasce com financiamento saudita, um dos nossos principais aliados no mundo”. Um dos maiores crimes foi, em sua opinião, a destruição de grande parte do sistema agrícola sírio, que assegurava a alimentação do país, o que conduziu milhares de pessoas às cidades, “criando tensões e conflitos que explodiram após as primeiras faíscas da repressão”. Uma das suas hipóteses mais interessantes consiste em comparar os efeitos das intervenções armadas do Pentágono com as consequências do aquecimento global. Na guerra em Darfur (Sudão), por exemplo, convergiram os interesses das potências ocidentais e a desertificação que expulsa toda a população às zonas agrícolas, o que agrava e agudiza os conflitos. “Essas situações desembocam em crises espantosas, e algo parecido acontece na Síria, onde se registra a maior seca da história do país, que destruiu grande parte do sistema agrícola, gerando deslocamentos, exacerbando tensões e conflitos”, reflete. Chomsky acredita que a humanidade ainda não pensa com mais atenção sobre o que significa essa negação do aquecimento global e os planos a longo prazo dos republicanos, que pretendem acelerá-lo: “se
Um ano antes do Estado Islâmico estabelecer seu califado extremista na Síria e no Iraque, Abdulmunam Almushawah notou uma mudança preocupante a mais de 1.600 quilômetros de distância, na Arábia Saudita. Homem com bandeira do Estado Islâmico em Raqqa, Síria – Foto Reuters O chefe de um programa financiado pelo governo saudita que rastreia jihadistas on-line disse que viu novas tendências crescendo entre os militantes já em 2013. Eles estavam formando grupos técnicos para ajudar radicais a enviar mensagens criptografadas.Houve uma enxurrada de atividades em francês, e os apelos à jihad na Europa estavam crescendo. Dois anos mais tarde, houve massacres em Paris, primeiro na revista Charlie Hebdo em janeiro e, em seguida, em múltiplos alvos em novembro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Entendemos que eles estiveram construindo a realidade de hoje”, disse Almushawah em uma entrevista em sua base em Riad. “O que acontece na vida real tem uma sombra anterior no mundo eletrônico”. Os EUA e seus aliados dizem que estão vencendo a luta contra o Estado islâmico, retomando território conquistado no ano passado e libertando cidades como Kobane na Síria e Ramadi no Iraque. No entanto, está perdendo terreno em uma área na qual os ataques aéreos não podem alcançar, um espaço em grande parte controlado por empresas sediadas nos Estados Unidos. Executivos da Google Inc. e Facebook Inc., junto com funcionários do governo agora estão reunindo apoio para uma resposta combinada. Território Digital As informações recolhidas por Almushawah mostram como é difícil pegar as informações atuais e transformá-las em previsão. Os jihadistas desenvolveram um nível de conhecimento técnico que permite a utilização da Internet e das redes sociais sem serem pegos por agências de inteligência, disse a Europol em um relatório divulgado na segunda-feira. A campanha de Internet do Estado Islâmico, também conhecida como ISIS, ISIL ou Da’esh, ajudou a atrair milhares de soldados estrangeiros e inspirou ataques isolados. O de San Bernardino, Califórnia, mostrou como a Internet ajuda a “fazer crowdsource de terrorismo, para vender assassinatos”, disse James Comey, diretor do Federal Bureau of Investigation (FBI). Envolveu pessoas “consumindo veneno pela Internet”, disse ele em um discurso duas semanas após o ataque de dezembro. Almushawah notou mais recentemente um aumento no diálogo envolvendo a Indonésia. Uma bomba em Jacarta reivindicada pelo Estado Islâmico deixou oito pessoas mortas este mês. Nova Dinâmica Um vídeo de 17 minutos aparentemente feito pelo Estado Islâmico no domingo mostrou imagens supostamente de um dos nove terroristas que participaram dos ataques de 13 de novembro em Paris, no território controlado pelo grupo, antes dos ataques, enquanto declarava que empresários e líderes políticos franceses são alvos da agrupação. O vídeo recebeu o título de: “Mate onde encontrá-los”. Empresas de rede social estão cooperando com as agências de inteligência ocidentais, mas caminham sobre a linha tênue entre ajudar na luta contra o extremismo e desencadear uma enxurrada de demandas de países em todo o mundo pedindo para apagar postagens. Contra ataque Com a expansão desse alcance on-line, também aumentaram os esforços das agências de segurança de combatê-la, como fizeram com a Al-Qaeda. Os EUA este mês anunciaram sua Countering Violent Extremism Task Force, um novo grupo que irá integrar o esforço em casa, e outra organização para fazer a ligação com os parceiros internacionais. A Casa Branca disse no dia 8 de janeiro, que a equipe de segurança do presidente Barack Obama se reuniu com empresas de tecnologia na Califórnia. A unidade especializada da Polícia Metropolitana de Londres remove 1.000 posts de conteúdo extremista a cada semana, em média, enquanto a Europol criou uma equipe em junho, com a missão de combater a presença do Estado Islâmico nas redes sociais. Sua missão era fechar qualquer nova conta afiliada ao Estado Islâmico duas horas depois de ter sido criada. O desafio é eliminar o recrutamento e incitamento na Internet e nas redes sociais, mantendo fontes suficientes de inteligência para diminuir o apelo e frustrar ataques. Alma extremista De volta a Riad, a unidade de Almushawah, chamada Assakina, iniciada em 2003 em um país cuja própria marca conservadora do Islã tem sido acusada de abastecer a jihad. Quinze dos 19 autores do 11 de setembro de 2001, os ataques contra os EUA, eram cidadãos sauditas. Enquanto existe um potencial para o sucesso, o esforço ainda tem como alvo apenas um punhado relativo de militantes, disse Almushawah. O que é necessário é uma abordagem global, afirma ele. “O ciberespaço é a alma do Estado Islâmico”, disse Almushawah. Donna Abu-Nasr e Jeremy Hodges, da Bloomberg
Desenho sugere que menino sírio poderia ser ‘médico, professor, pai’. Charge de revista causou polêmica ao citar criança e caso de assédio. Desenho publicado pela rainha Rania, da Jordânia, questiona o que o menino sírio Aylan poderia ser quando crescesse (Foto: Reprodução/Facebook/Queen Rania) A rainha da Jordânia respondeu com um desenho alternativo a uma caricatura do jornal satírico francês Charlie Hebdo sobre o pequeno Aylan Kurdi, um menino sírio afogado numa praia turca e cuja foto, representação explícita do drama dos refugiados, comoveu o mundo. saiba mais Charge do Charlie Hebdo sobre garoto sírio afogado causa revolta No último número do Charlie Hebdo, o diretor da revista, Riss, assina uma charge em que um homem aparece assediando uma mulher. O desenho é acompanhado da seguinte legenda: “Migrantes: no que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O próprio Riss responde, com a legenda “Apalpador de bundas na Alemanha” (tradução livre de “Tripoteur de fesses en Allemagne”), em referência às agressões sexuais registradas neste país na noite de Ano Novo. Segundo as denúncias, a maioria dos suspeitos seria de refugiados. Em suas contas do Facebook e do Twitter, a rainha Rânia da Jordânia publicou um desenho do caricaturista jordaniano Osama Hajjaj, que dá uma visão alternativa: ao lado do pequeno afogado, uma menino mais velho usando uma mochila escolar e depois, um médico. A charge foi publicada em árabe, inglês e francês com a mesma pergunta inicial da caricatura do jornal francês: “No que teria se transformado o pequeno Aylan se tivesse crescido?” A rainha respondeu: “Aylan poderia ter sido médico, professor ou pai carinhoso”. O desenho do jornal Charlie Hebdo gerou fortes críticas nas redes sociais. Questionada pela AFP na quinta-feira sobre a controvérsia, a publicação não quis se pronunciar. Da France Presse
Brick Lane é uma rua do leste de Londres, famosa por seus restaurantes bengalis, que pouco a pouco vai sendo tomada peloshipsters. No número 59 está amesquita Jamme Masjid. Esse edifício de ladrilhos vermelhos resume a complexa, dura e rica história dos movimentos de refugiados da Europa. <<= Mesquita de Brick Lane, em Londres. / HEMIS.FR Esse mesmo lugar foi fundado em 1743 como templo protestante por huguenotes, calvinistas franceses, que fugiam da perseguição de Luís XIV. Em 1898, transformou-se na grande sinagoga de Spitafields: os judeus escapavam dos pogroms na Rússia e Polônia e chegavam à Inglaterra em um ritmo de quase seis barcos por dia. Brick Lane, perto do porto de Londres, era o lugar indicado para encontrar um trabalho duro e mal pago, mas um trabalho, afinal. Quando os judeus prosperaram, chegaram os bengalis que fugiam da violência étnica. Compraram o edifício e o transformaram em mesquita em 1975. Agora domina o aroma de curry e os tours que seguem os rastros de Jack, o Estripador, que agia nesses sórdidos rincões de Londres. Os pesquisadores Ian Goldin, Geoffrey Cameron e Meera Balarajan descrevem em Exceptional people. How migration shaped our world and will define our future (Pessoas excepcionais. Como a imigração moldou nosso mundo e definirá nosso futuro, em tradução livre), publicado em 2011 pela Universidade de Princeton, a origem desta migração —“o anti-semitismo crescente no Leste da Europa”— e também a contribuição dos refugiados para a história do Reino Unido. “Ainda que em princípio muitos tenham sofrido discriminações e punições, entre os indivíduos que fugiram havia pessoas que se tornaram ícones do establishment britânico, como Michael Marks (o fundador da Marks and Spencer) e o banqueiro Samuel Montague”.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Quando a Europa se vê diante da maior onda de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial, em meio a demonstrações de solidariedade emocionante e de egoísmo indignante, é interessante lembrar o gigantesco papel que os refugiados desempenharam na construção de nosso mundo. “As populações se movem constantemente, devido à guerra, aos desastres, à fome, à pobreza; alguns são refugiados políticos, outros viajam de uma parte do país para outra, como aconteceu nos EUA, do sul para o norte”, afirma Herbert J. Gans, professor da Universidade de Colúmbia e autor nos anos sessenta de um estudo sobre ítalo-americanos que se tornou um clássico, The Urban Villagers. O próprio Gans nasceu na Alemanha no seio de uma família judaica que teve de fugir para os EUA em 1938. MAIS INFORMAÇÕES Milhares de refugiados entram na Croácia após bloqueio húngaro Viver dos refugiados Hungria usa gás lacrimogêneo para barrar os refugiados Treinadores espanhóis recebem o sírio agredido por jornalista Facebook, o grande mercado dos traficantes de seres humanos EDITORIAL | ‘Egoísmos nacionais’ Hungria fecha fronteira e criminaliza entrada ilegal de refugiados Alemanha ameaça os países que se opõem às cotas de refugiados Os exemplos são infinitos: centenas de milhares de húngaros fugiram de seu país em 1956 durante a invasão soviética, entre 2 e 3 milhões de pessoas saíram da Rússia depois da Revolução de Outubro. Os pesquisadores de Princeton estimam em 60 milhões o número de europeus que viajaram para a América entre 1820 e 1920. Desastres como a Grande Fome da Batata na Irlanda do século XIX ou os conflitos do séculos XX colocaram milhões de pessoas na estrada: aguerra civil espanhola, os enormes movimentos populacionais depois do fim da Segunda Guerra Mundial, os 3 milhões de vietnamitas e cambojanos que escaparam no genocídio nos anos sessenta, os 1,2 milhões de bósnios… A pesquisadora francesa Catherine Wihtol de Wenden, autora do Atlas das migrações, explica que apenas o retorno dos alemães étnicos a partir de 1945 movimentou 12 milhões de seres humanos. “A diferença do que acontece agora é que na época ninguém acreditava que voltaria, porque ninguém pensava na desaparição do bloco comunista. Agora a maioria tem a intenção de voltar, de voltar a sua vida quando aguerra na Síria acabar”, explica a professora de Ciências Políticas. O argentino José Emilio Burucúa, historiador do Renascimento, escreveu um maravilhoso livro sobre pessoas que atravessam mundos em uma longa fuga, Enciclopedia B-S, o relato da história de sua própria família e da de sua mulher. “É inimaginável a sociedade argentina sem as imigrações do final do século XIX e início do XX”, explica, de Buenos Aires. “Enquanto italianos e espanhóis fugiam das más condições econômicas, os judeus da Polônia, Rússia ou Bessarábia e os sírio-libaneses chegavam a nosso país fugidos dos pogroms, das guerras coloniais e dos conflitos suscitados pelo fim do Império otomano. As contribuições demográficas e culturais dessas pessoas foram um fator decisivo para que a Argentina se transformasse em uma nação moderna”. Na fachada da mesquita de Brick Lane ainda se mantém um relógio de sol de seus primeiros construtores com uma citação de uma ode de Horácio, “Umbra Sumus”. O verso completo diz “Somos sombras e pó”. Certamente os calvinistas que procuraram refúgio perto do Tâmisa não sabiam que aquele edifício e aquelas palavras se tornariam a metáfora da interminável fuga do ser humano que nos transformou no que somos. El País
Uma autoridade americana disse à BBC que os Estados Unidos já identificaram pelo menos quatro ocasiões em que o grupo autodenominado “Estado Islâmico” usou gás mostarda em ataques na Síria e no Iraque. De acordo com ele, o governo americano está cada vez mais convicto de que o grupo radical está produzindo e usando armas químicas. Segundo a fonte, o chamado gás mostarda – que, em temperatura ambiente, é líquido – está sendo usado na forma de pó. Na fronteira entre Turquia e Síria, o repórter da BBC Ian Pannell encontrou indícios que sustentam essa afirmação. Leia mais: BBC mostra destruição na Síria que refugiados deixam para trás OS EUA acreditam que o grupo tem uma célula dedicada a construir essas armas e está provavelmente adicionando-as a explosivos convencionais, como morteiros.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Eles estão usando mostarda”, disse a autoridade americana. “Sabemos que estão. Vimos eles fazendo isso em pelo menos quatro situações diferentes nos dois lados da fronteira, no Iraque e na Síria.” Quando essa armas explodem, a poeira de gás mostarda causa bolhas em quem está exposto a ela. Leia mais: ‘Espetáculo de cadáveres em praias europeias’ era previsto, diz brasileiro da ONU Militantes do ‘Estado Islâmico” controlam grandes partes do território da Síria e do Iraque – Image copyright AP O que é o agente mostarda? O termo “gás mostarda” costuma ser usado para descrever o agente, mas ele é líquido em temperatura ambiente. Ás vezes, ele tem cheiro – como alho, cebola e mostarda -, às vezes não. Pode ser amarelo claro ou marrom. As pessoas podem ser expostas através de contato pela pele, olhos e respiração, se ele for lançado no ar como vapor. Se estive em estado líquido ou sólido, além do contato com a pele pode haver consumo. A substância causa bolhas na pele e nas mucosas. Apesar de a exposição ao gás não costumar ser fatal, não há tratamento ou antídoto, o que significa que ele precisa ser removido do corpo completamente. A autoridade disse que a inteligência americana acredita que a explicação mais plausível para o uso deste tipo de arma é que os militantes estejam fabricando o gás mostarda. “Avaliamos que eles têm uma pequena célula ativa de pesquisa em armas químicas e que estão se esforçando nisso”, disse. A autoridade disse que não é difícil aprender a fabricar gás mostarda. Leia mais: ‘Que diferença faz morrer na Síria ou no mar?’, diz refugiado que tentou nadar até a Grécia É pouco provável que militantes tenham encontrado o agente químico no Iraque, de acordo com ele, porque o Exército americano provavelmente teria descoberto durante o período em que manteve presença ostensiva no país. A fonte também praticamente descartam a hipótese de os militantes terem roubado os químicos do governo da Síria antes que o regime fosse forçado a a entregá-las, após ameaça de ataques aéreos americanos em 2013. Contato com gás mostarda pode causar irritação nos olhos e bolhas na pele. Image copyright Getty Oficialmente, o governo dos EUA continua dizendo que investiga as denúncias de uso de armas químicas no Iraque e na Síria, mas a fonte disse à BBC que muitas agências de inteligência agora acreditam que há evidências suficientes para confirmar as denúncias. A fonte pediu para não ser identificada porque não está autorizada a falar sobre isso oficialmente. Acordo A Síria deveria ser um local livre de armas químicas após um acordo feito com apoio da ONU. O governo do país entregou mais de 1.180 toneladas de agentes tóxicos e químicos para a Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ). O processo começou em outubro de 2013 e terminou em junho do ano passado. Mais de 200 mil pessoas morreram de que o início da guerra civil na Síria, após protestos antigoverno no início de 2011. Uma pequena parcela teria morrido devido ao uso de armas químicas. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]