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Shakespeare – Frase do dia

“O tempo é muito lento para os que esperam, muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam, muito curto para os que festejam. Mas, para os que amam, o tempo é eternidade” Shakespeare

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Shakespeare – Frase do dia

“Enquanto houver um louco, um poeta e um amante haverá sonho, amor e fantasia. E enquanto houver sonho, amor e fantasia, haverá esperança.” Shakespeare

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Shakespeare – Frase do dia

“O amor é uma fumaça, gerada por um sopro de suspiro, atiçado ele é um fogo fascinante no olhar tormentado, um mar, enchente de lágrimas. E o que representa ainda? Sensato delírio, doce amargura e repugnante especiaria…” Shakespeare

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Oposição opta por encenar o papel de ‘sujeito oculto’

O grande personagem deste alvorecer da Era Dilma, é um sujeito oculto. Representa-o a oposição. Uma oposição que não se opõe. Sumiram o PSDB e o DEM. O tucanato desperdiça o seu tempo em duas tarefas. Ambas estenuantes. Parte dos tucanos eriça as plumas num profícuo debate em torno do significado e da serventia do vocábulo “refundação”. Outro naco do tucanato dedica-se a selecionar as ferramentas para a liça dos próximos quatro anos. Foram à mochila, por ora, argamassa para as pontes e rendas para os punhos.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] O passa-tempo dos ‘demos’ é mais simples. Contam-se os filiados que, exaustos da política longe do cofre, pendem para o bloco da ade$ão, liderado por Kassab. Corta para a peça “Júlio César”, de Shakespeare. A cena mais lembrada é a passagem em que os conspiradores, reunidos por Brutus, assassinam César. No esforço que empreende para fugir do palco, a oposição não serve nem para César nem para Brutus. Serve, no máximo, para Cinna. Cinna aparece na peça no instante em que os plebeus, açulados por Marco Antônio, saem à procura dos assassinos de César. “Matem-no, é um dos conspiradores”, grita um dos plebeus ao avistar Cinna. Alguém se apressa em informar que se trata apenas de Cinna, o poeta. E o plebeu: “Então, matem-no pelos seus maus versos!” Cinna é trucidado. Transposta para o cenário brasiliense, a encenação teria Lula no papel do plebeu exaltado: “Matem-no, é um oposicionista”. Um figurante petista gritaria: “Não, não. É apenas fulano, um tucano. Ou beltrano, um ‘demo’.” E Lula: “Então, matem-no por sua insignificância”. blog Josias de Souza

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Gilmar Mendes, Ricardo III e risadas

A risada de Ricardo III por Theófilo Silva ¹ Ricardo III é uma das personagens mais cruéis de Shakespeare. Só perde em maldade para Lady Macbeth e para Iago, em Othelo. Ricardo é mais um gangster perverso da família dos Yorks, o quarto na linha de sucessão ao trono da Inglaterra. Em sua busca pelo cetro, ele elimina um irmão e dois sobrinhos até ser coroado rei. A peça Ricardo III gozou de enorme popularidade em sua época e é, ainda hoje, uma das peças mais encenadas de Shakespeare. Ricardo é uma figura assustadora, capaz de todas as maldades para atingir seus objetivos. Feio e curvado, com um braço paralisado, alia a deformidade física à de caráter. Sua única qualidade é um traço de fino humor que permeia seu discurso. No monólogo inicial da peça, Ricardo, sem meias palavras, revela a própria personalidade. “Eu, que não fui talhado para habilidades esportivas nem para cortejar um espelho amoroso; pois bem, eu, nestes dias de serena e amolecedora paz, não acho delícia em passar o tempo, exceto expiar minha sombra ao sol e dissertar sobre minha deformidade! (…) E urdir conspirações”. Quando acusado por Lady Anne de ter matado o seu marido, ele, de espada na mão, responde ironicamente que o mandou para o céu: “Que ele me agradeça o favor que lhe prestei, enviando-o para lá! Nascera para essa mansão e não para a terra”. Cruel, mas bastante engraçado, não é mesmo? Curiosamente, Ricardo, como Macbeth tem uma espécie de torcida, pois o seu humor acaba humanizando-o, fazendo com que a platéia ou o leitor torçam em algum momento, por ele. Diferentemente de Iago, ele tem pesadelos ao final da peça. Por que estou falando de senso de humor? Estou falando porque não tenho como deixar de comentar o “affair” Joaquim x Gilmar, que mexeu com o país nos últimos dias. Para dizer que a reação do juiz Joaquim Barbosa não foi uma resposta às palavras do Juiz Gilmar, que disse: “O senhor não tem condições de dar lição de moral”. O ataque verbal teve uma importância secundária no ocorrido. O que fez com que Barbosa perdesse a postura não foram as palavras ditas, mas a risada dada por Gilmar; sarcástica, cheia de escárnio, deboche, profunda arrogância e desprezo. E isso, olhando na cara de Joaquim. Uma risada como aquela fere muito mais profundamente do que uma espada medieval iguais às que Ricardo usava para assustar seus pares, como fez com Lady Anne. A risada não atinge o corpo, como um soco recebido, mas a alma, e lá dói muito mais. É difícil não reagir a uma risada excessivamente mordaz. Assistam ao vídeo e vejam se estou enganado. Joaquim estava exaltado, no entanto, foi a gargalhada que o tirou do sério e o fez perder a serenidade de juiz. Claro que há discórdia nos bastidores, mas ninguém se segura diante de tamanho sarcasmo. E, entre pares! Isso não interessa ao Direito, mas ao Teatro e à Literatura, sim. E, se interessa ao Teatro, interessa à vida. É preciso saber sorrir. A força do senso de humor faz com que até um monarca cruel como Ricardo possa ter a simpatia de alguém. Se Shakespeare escreveu catorze comédias e pôs figuras cômicas em todas as suas peças, mesmo na sombria Macbeth, é porque ele sabia da enorme importância do riso da vida dos homens. Sorrisos amáveis, nunca sarcásticos. O sarcasmo é perverso, desprezível e desagregador. ¹ Theófilo Silva é presidente da Sociedade Shakespeare de Brasília.

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