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A parcialidae elitiosa da justiça brasileira

Justiça transformar em domiciliar a prisão da ladra, cúmplice e mulher do ladrão Sérgio Cabral,Adriana Ancelmo é um acinte. A justificativa para tamanha indecência jurídica, é que a criminosa tem filhos menores que precisam da presença da mãe.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Quantas milhares de mães, pobres e com filhos menores, apodrecem no inferno de sistema prisional brasilero, enquanto seus filhos menores são cooptados pelo narcotráfico? Nas fotos o casal de ladrões e um par de brincos comprados, pela mãe extremosa, e pagos em dinheiro vivo, por R$1,8 milhões na H Stern que, “naturalmente”, não desconfiou de nada.

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Delação Premiada: Eike X Sérgio Cabral

Quem fará Delação Premiada primeiro: Sérgio Cabral ou Eike Batista? Eu mesmo não acreditava que o ex-governador pudesse fazer delação. E cheguei a comentar que ele não tinha a quem entregar. Era o comandante de tudo, os que se acumpliciaram para roubar o dinheiro do contribuinte, estão todos presos. E apesar do vulto e do volume movimentado, são meros coadjuvantes. (Á exceção de Eike Batista, o único que não tem limite no mundo inteiro).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Mas a partir de fatos melancólicos, acontecidos em Bangu, apesar de inteiramente compreensíveis, passaram a admitir a delação do ex-governador. Continuo a ficar em duvida, mas os rumores e as conversas de bastidores, são muito fortes e repetidas de fontes diferentes. Insistem que quando governador, Sergio Cabral favoreceu muita gente que estava acima dele, não administrativamente. Mas que mobilizada na época, poderia prejudicar a sua carreira política. Assustados, têm feito o possível para melhorar as condições de sua permanência forçada. Só isso não chega, diante dos favores, privilégios e até promoções recebidas. Sem comentários. Mas como todos têm íntimos e não podem ficar eternamente em silencio, sussurros passam a ser interpretados como verdades. Jornais, rádios e televisões, já noticiaram com destaque: “Sergio Cabral será condenado a 50 anos de prisão”. Não escrevi uma linha sobre o assunto. A DELAÇÃO DO ASSUSTADO EIKE Esse pretende enfrentar Delegados e Ministério Publico, como quem entra num confessionário. Os olhos fechados, e o silencio rompido apenas pelo volume de suas confissões. Três fatos surpreendentes, mas rigorosamente verdadeiros, e que podem até não demorar. 1- Eike começará contando lances de sua própria carreira. Dirá: “Eu era apenas um empresário normal, abri um restaurante chinês, ficava lá gerenciando esse negocinho”. Vai contar que comprou um hotel, e negociava títulos off shore . E perguntará: “Como é que dessa forma  eu podia chegar a ser o homem mais rico do Brasil e do mundo?”. 2- Entrará então no que interessa, e que possivelmente explodirá provocando mais repercussão até mesmo do que disseram os “77 da Odebrecht”. Pois sua lista só tem primeiríssimo time. Dará detalhes e nomes dos que patrocinaram sua ASCENÇÃO FINANCEIRA E POLITICA. Contará como cresceu o relacionamento com o mundo político, e de onde veio a fabula de dinheiro que o projetou. Publico e privado. Acredita que convencerá a todos que tomarão seu depoimento, pois irá falar usando a primeira pessoa, como fez o delator da Odebrecht, Claudio Melo. Dirá que no inicio foi muito pressionado, mas que depois gostou. Chegou a ser o homem mais rico do Brasil, Com números falsos e manobrados. Sabia disso e ficou EMPOLGADO. Ser o homem mais rico do MUNDO, isso o fascinou realmente. E com as operações de Bolsa, PROTEGIDO, acumulou ganhos que ninguém conseguiu. E ai era dinheiro verdadeiro, mas jamais imaginou que os políticos fossem tão vorazes. E mais revelações. 3- Para quem dizia, “não farei DELAÇÃO”, o que o apavora é a possibilidade de não aceitarem seu depoimento. O que o aterroriza: delação de Sergio Cabral. Exigência que pode impedir a delação de Eike: ele quer ser solto assim que acabar o depoimento. Não será aceito.  Ele volta atrás

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Lava Jato: O fator Carmem Lucia

Cada vez aumenta mais o vexame do comportamento da mulher do então governador do Rio, Sergio Cabral A cada nova revelação, a cada passo da Lava-Jato, lá vem mais uma bomba como os R$69,7 milhões movimentados pelo escritório de advocacia de Adriana Ancelmo, quantia incompatível com a capacidade financeira declarada.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Ou as transferências milionárias da cadeia japonesa Manekineko para o escritório da ex-primeira  dama carioca. A Lava-jato também flagrou 2100 imagens postadas  nas redes sociais pela mulher do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, com exibições de anéis de ouro, sapatos Louboutin, bolsas Louiz Vuitton e perfumes Chanel. “Neste momento gastando uma grana no Fashion  Mall.” Ou, do hotel Four Seasons de Florença, “Deus! O hotel aqui é um palácio.” O casal passou uma semana torrando dinheiro nas lojas Prada, Ermenegildo Zegna, Salvatore Ferragamo. Propinas de R$5,2 milhões vinham do Petrolão derivadas de um contrato na África. Até a ex-Primeira-Dama do Peru, Nadine Heredia, tirou uma casquinha de US$ 3 milhões da Odebrecht de caixa dois para campanha do marido. Agora a Lava-Jato corre o risco de sofrer um revertério depois da morte, encomendada ou não , do relator Teori Zavaski. E quem pode impedir o atraso das investigações é a presidente do Superior Tribunal Federal, Carmem Lucia, com a indicação de um novo relator para o caso entre os ministros do  STF. Carmem Lucia, sempre ela, sóbria, distinta, direta, precisa, culta , que chama atenção pela postura e decisões acertadas mas, principalmente, se sobressai no terreno minado das mulheres que ascenderam ao poder nesse período de vacas gordas, à tiracolo dos maridos. Carmem Lúcia nos enche de orgulho , como Michelle Obama , que deixou a Casa Branca sem provocar um escândalo, uma gafe, um vexame sequer. Autênticas, estão cotadas para a presidência, Michelle depois da desastrosa entrada em cena do falastrão Donald Trump, Carmem Lucia em meio a esse mar de lama ético que cobre o país de vergonha. Com a Globeleza pela primeira vez vestida neste Carnaval pela estilista e artista Rita Comparato, temos uma chance de tornar as mulheres do Brasil menos vendidas pelas carnes e mais pelo caráter. Que se espelhem em Michelle e Carmem Lucia. *** Alberto Dines é jornalista, escritor e cofundador do Observatório da Imprensa

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A crise no Rio, os porcalhões responsáveis e os guardanapos

Os responsáveis pela crise no Rio de Janeiro, que fez com que o governador em exercício decretasse estado de calamidade pública – o que já repercute na imprensa internacional -, são aqueles porcalhões que se sujaram dos pés à cabeça em uma festa milhardária no exterior, e tiveram que lavar a cabeça com guardanapo, enquanto riam e gargalhavam do sofrimento do povo fluminense. Em entrevista, o governador destacou que se o Estado do Rio de Janeiro fosse uma empresa, iria ser fechada. Mas, e o povo, como fica com isso? O jornal inglês The Guardian deu destaque na noite desta sexta-feira (17) ao decreto de calamidade pública, destacando que a medida ajuda a engrossar a lista de outros problemas que o país já precisava enfrentar, como impeachment da presidente Dilma, Zika, investigações sobre corrupção e dificuldades econômicas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A maior preocupação para os 500 mil visitantes esperados para os Jogos é o corte no orçamento da segurança pública, o que contribui para os problemas enfrentados pela ‘pacificação’ de favelas e para um ressurgimento de crimes violentos. Isto em meio a advertências de que terroristas teriam o evento como alvo”, diz o jornal inglês. >> ‘The Guardian’: Calamidade pública no Rio é embaraço para anfitrião da Olimpíada Entre os personagens daquela festa milhardária estava o antigo secretário da Fazenda do Estado, que foi ministro da Fazenda no governo Dilma e hoje engana o mundo ao dirigir organismo internacional na área financeira. Outros que estavam ali enganam empresários, se empregando em suas empresas, talvez para fazer lobby de cobrança. E outro, da área de saúde, deve estar enganando ou tentando também com lobby para receber o que, quando secretário, ficou devendo a essas empresas. Em agosto de 2010, Sérgio Cabral já dizia: “Ganhamos as Olimpíadas, que parecia um sonho impossível. Estamos mudando o Rio”. Ele tinha razão, ele já sabia que o Rio ia quebrar, mas na mão de outros. Mais tarde, em novembro do mesmo ano, Cabral declarou: “Ganhamos as Olimpíadas de 2016 não foi para termos 21 dias de alta cobertura de segurança dos convidados. Ganhamos para dar à população do Rio.” E o povo, como fica? É obrigado a assistir a tudo isso calado. O próprio decreto fala em necessidade de atender às áreas de segurança, saúde e educação, basicamente. Na segurança pública, o cidadão é assaltado e morto. Na saúde, o enfermo tem como expectativa a morte. O acidentado no trânsito e o pobre doente em casa, se necessitarem do Samu, vão morrer, na ausência de ambulâncias, médicos e remédios. Na educação, o aluno do colégio público, como não pode estudar, corre o risco da delinquência ou da sobrevivência sofrida. Os servidores não recebem seus salários. E La Nave Va… E a Justiça não dará a esses senhores nem uma ‘tornozeleirinha’. Eles, os responsáveis por questões desde a queda de helicópteros com crianças mortas até o superfaturamento de empresas terceirizadas de todas as áreas, que não recebem do governo estadual mas também não reclamam, o que indica que os contratos firmados devem ter sido bem vantajosos para os envolvidos. E o povo, como fica? Depois que eles financiaram a Olimpíada, o povo se limita a trafegar por vias engarrafas, correndo o risco de perderem o emprego, os que ainda têm um, por não conseguirem chegar aos locais de trabalho na hora certa. E o povo, como fica? Os cientistas políticos e os sociólogos fazem suas previsões sobre o que pode vir a acontecer com esse povo. Eles concluem, por exemplo, que os policiais que vão para as ruas para tentar defender o estado e as famílias saem de casa conscientes de que suas próprias famílias podem perder o provedor. Os criminosos estão mais armados. Já a família precisaria esperar dois ou seis meses para receber os proventos do policial que morreu. E o povo, como fica? Enquanto o Brasil sofre, eles já providenciaram suas passagens e passaportes para viverem nas residências que devem ter no exterior. JB

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Lula continua fugindo da imprensa. “Até quando Catilina?”

Sempre fugindo da imprensa, Lula faz visita ‘de surpresa’ ao Maracanã, e Cabral distribui o release, o vídeo e as fotos. O ex-presidente Lula está fugindo da imprensa desde 23 de novembro, quando irrompeu o escândalo da Operação Porto Seguro, com o envolvimento de Rosemary Noronha, chefe de Gabinete da Presidência da República em São Paulo e companheira de Lula em viagens oficiais a 32 países (sempre na ausência de Dona Marisa Letícia, por coincidência, é claro). Imprensa foi barrada Ontem, mais um capítulo dessa novela. Para escapar dos jornalistas, Lula fez uma “visita- surpresa” à obra do Maracanã. Chegou por volta das 7h15 ao estádio, junto com o governador do Rio Sérgio Cabral e do vice-governador Luiz Fernando Pezão, pré-candidato do PMDB ao governo do Rio em 2014. [ad#Retangulo – Anuncios – Esquerda]Cabral, que nunca acorda cedo, fez o sacrifício para poupar Lula da possibilidade de um encontro com os repórteres. Sua assessoria também acordou cedo e providenciou a cobertura completa da visita, com textos, vídeos e fotos, tudo produzido pelos jornalistas que trabalham no Palácio Guanabara. O material foi distribuído no início da tarde, para ganhar o máximo de exibição nos sites da imprensa, que publicou as fotos assinalando que se trata de “divulgação”. A visita de Lula ao Rio acontece na mesma semana em que o PMDB fluminense divulgou nota em que condiciona o apoio à reeleição de Dilma à desistência de candidatura própria do PT ao governo do estado em 2014. O presidente nacional do PMDB, Valdir Raupp, disse concordar com a posição do diretório estadual do Rio. Mas o presidente do PT, Rui Falcão, afirmou que a candidatura do senador Lindbergh Farias é para valer. Voltando ao que realmente interessa, agora já faz mais de três meses que Lula não dá uma entrevista à imprensa. Ao saber dessa fuga permanente do político brasileiro, o filósofo Cícero certamente perguntaria: “Até quando, Catilina?” E ninguém responderia. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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Cavendish e o livro da Delta

É entre fraldas, chupetas e muitos problemas que o dono da Delta tem passado os dias. O livro da Delta Paula Cesarino Costa/Folha de S.Paulo O empresário Fernando Cavendish, 49, está sendo estimulado a publicar a “única verdade que conhece”. Escreveu um livro, mas ainda não decidiu se vai publicá-lo. Foi depois da queda de um helicóptero que levava amigos para sua festa de aniversário na Bahia, em junho de 2011, que se tornou uma figura conhecida. Na ocasião, morreram sete pessoas, entre elas a mãe de seus dois filhos gêmeos, de dois anos, e ficou exposta a amizade com Sérgio Cabral, governador do Rio, Estado que tem vários contratos com a Delta. Mas foi só com a CPI do Cachoeira -que investigou as ligações do banqueiro do jogo do bicho com políticos, empresários e órgãos públicos, no ano passado- que seu mundo começou a ruir. Em especial com a revelação das ligações do diretor Cláudio Abreu, acusado de ser parceiro de Cachoeira. No livro, Cavendish distancia-se de Cachoeira, diz que não ia a Goiás havia cinco anos e que seu estilo sempre foi o de delegar poder. Demitiu 22 mil funcionários. Hoje, são 6.500. A Delta, considerada inidônea, está atolada em dívidas. O empresário narra sua história. O pai, pernambucano, tinha uma empresa pequena. Em 94, Cavendish montou uma sala no Rio. Ambicioso, queria fazer a empresa acontecer. Percebeu que o meio era recheado de vícios, e cresceu na contramão, aceitando ganhar menos. Bate na tecla de que o complicado no seu ramo de negócio é que, a cada dois anos, tem campanha eleitoral, e o cliente tem necessidade de “apoio empresarial”. Mas o que pode ser mais explosivo -e que resiste a colocar em detalhes no livro- é sua avaliação de que a CPI acabou porque bateu no lugar errado, as grandes empresas. “Ou acabava o Brasil e fechava para balanço. Ou acabava a CPI”, costuma falar. O que restará no livro? [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Renan Calheiros quer presidir o Senado novamente. Ai!

Com o aval de Lula, afinal o demagogo do agreste freqüenta – não abro mão do trema, e enquanto for dono dos meus escritos, não obedecerei a uma reforma ortográfica estúpida, definida por decreto, por um analfabeto que se vangloria de nunca ter lido um livro – o mesmo antro que o boiadeiro das Alagoas. José Mesquita – Editor Renan Calheiros quer voltar a presidir o Senado. Líder do PMDB, quase cassado em 2007, teria ex-presidente Lula como fiador O líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), resolveu ignorar as denúncias que quase resultaram na sua cassação em 2007 e deseja retornar à presidência da Casa para suceder José Sarney (PMDB-AP). Aliados dizem que Renan resolveu não levar em conta uma eventual reação negativa da opinião pública, principalmente depois que o ex-presidente Lula — seu maior cabo eleitoral junto à presidente Dilma Rousseff — apareceu cumprimentando o deputado Paulo Maluf (PP-SP), denunciado pelo Ministério Público por suposto desvio de milhões de reais da prefeitura de São Paulo.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] As pretensões pessoais, entretanto, esbarram em parte considerável do PMDB, que tem receio de que a volta de Renan ponha de novo o partido na berlinda, e considera que o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão — o preferido de Dilma —, seria a melhor opção. O grupo de Renan e ele próprio reconhecem o risco de desgaste para todos, mas nem assim pretendem abandonar a ideia tão cedo. Ainda querem negociar uma compensação. O temor é que sejam ressuscitadas as denúncias de que o líder peemedebista teria despesas pessoais pagas pelo lobista de uma empreiteira, que lhe custaram a presidência do Senado em 2007. Mesmo assim, os aliados de Lobão admitem, resignados, que Renan flertará até a última hora para encarar a disputa. No PMDB, os senadores Eunício Oliveira (CE), Vital do Rêgo (PB) e até o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, potiguar licenciado do mandato, também aparecem como virtuais candidatos. Alves tem menores chances de se viabilizar, ainda mais com a candidatura do primo, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), à presidência da Câmara. Um aliado de Renan afirma que Lula tem sido importante para convencer Dilma a aceitá-lo como presidente do Senado. A presidente prefere Lobão e já ofereceu em troca apoio a Renan na disputa para o governo de Alagoas em 2014. — O interlocutor do Renan não é Michel Temer, nem José Sarney. É o Lula. Ele é o interlocutor que Dilma não tem com o Congresso. Já fez muito favor para a presidenta e vai fazer muito mais — diz um aliado fiel de Renan Calheiros. Renan se animou para disputar a vaga de Sarney após a cassação de seu maior algoz, o ex-senador Demóstenes Torres, e do episódio Lula/Maluf. — Renan está quase que nem Maluf. O Lula, ao apertar a mão de Maluf, deu-lhe um atestado de idoneidade — compara outro senador. Embora grande parte do PMDB goste da alternativa Lobão, houve um mal-estar com o fato de Dilma tentar impor seu nome. A movimentação da presidente foi interpretada como uma interferência do Executivo. É no projeto para eleger o ministro Lobão que crescem também outras especulações, como a de que o governador Sérgio Cabral poderia assumir o Ministério de Minas e Energia, em 2014. Maria Lima/O Globo

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Instituto Lula: quem banca?

  Para desespero dos que esperavam que o ex-chefe dos Tupiniquins após o exercício da presidência fosse pra Pasárgada, ou se exilasse em Timbuktu, ledo engano! Nem um nem outro. O filho do Brasil vai mesmo é se instalar, com mala, cuia, e provavelmente nenhum mísero livro, em um palacete no aprazível bairro do Botafogo, Rio de Janeiro. Falta só combinar com algum magano pra pagar a conta da cultural instituição. Que tal o ‘cara’ de Garanhuns se aconselhar com outro ex, FHC, que também conseguiu financiamento, mistério, para o seu (dele) próprio instituto? O Editor Procura-se um milionário para bancar o Instituto Lula, onde o ex-presidente exibiria o crucifixo do Planalto e os presentes que recebeu e precisa devolver à União. Vários comentaristas deste blog, especialmente Walmor Stédile, pedem novidades sobre o caso do crucifixo levado do gabinete do Planalto pelo então presidente Lula e os presentes por ele recebidos nos oito anos de exercício da Presidência. Não há muitas novidades sobre o caso, que é simples e nem requer muitas explicações. A única novidade é a insistência do governador Sergio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, que querem instalar no Rio de Janeiro um tal Instituto Lula, um museu sobre vida e obra do nosso companheiro.   Para tanto, os dois nem estavam medindo despesas. Pretendiam simplesmente adquirir uma mansão de quase 2 mil metros quadrados no bairro de Botafogo, num terreno de 8 mil metros quadrados. E esse museu certamente abrigaria parte dos presentes que Lula levou para casa, talvez o famoso crucifixo, só Deus sabe.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Baratinho: iam gastar R$ 10 milhões com o dinheiro do contribuinte, só para adquirir o imóvel, que precisa de muitas reformas. Mas a notícia da compra da mansão, divulgada por eles mesmos para bajular o ex-presidente, acabou tendo repercussão altamente negativa. Cabral e Paes então anunciaram que haviam desistido da empreitada. Mas os jornalistas logo apuraram que na verdade eles tinham apenas trocado de estratégia, pois passaram a procurar um empresário que se disponha a bancar a compra do imóvel. Até agora, não lograram êxito. Um milionário procurado por eles chegou a dar entrevista, dizendo que não se interessou pela homenagem. E a situação está nesse pé. Falta achar o mecenas bajulador. Agora, recapitulando o palpitante episódio, devemos destacar que comentarista Antonio Santos Aquino tem inteira razão ao advertir que o ex-presidente Lula pode ser processado por qualquer cidadão, para que devolva o crucifixo retirado do gabinete do Planalto, assim como as valiosas joias e presentes recebidos no exercício do mandato. Com um detalhe: mesmo se o crucifixo fosse de fato um presente recebido por Lula (conforme o Planalto chegou a anunciar oficialmente, dando uma tremenda mancada), teria de ser devolvido ao patrimônio da União, nos termos da Lei 8.429, que pune as improbidades administrativas. E a lei prevê que “qualquer pessoa” pode solicitar ao Ministério Público Federal a abertura de inquérito contra o ex-presidente. Muitos comentaristas aqui do blog admiram a tal ponto o ex-presidente Lula, que não admitiram sequer discutir se ele errou ou não, como se Lula tivesse alcançado a perfeição, após escalar o Monte Olimpo das ilusões políticas. Mas acontece que se trata apenas de um político como os outros, que deve ser submetido às mesmas regras dos demais. Na verdade, o presidente da República é que deveria dar exemplo aos demais políticos e também aos juízes, fiscais, promotores e quaisquer funcionários públicos, para que cumpram a legislação e não recebam presentes no desempenho de suas funções ou seus mandatos, como reza a Lei 8.429. Como disse o comentarista Roberto Nascimento, se Lula não devolver esses bens da União, “o Ministério Público Federal, o TCU, a Controladoria Geral da União, todos os órgãos de Controle do Estado, pela omissão nesse caso dos presentes do ex-presidente, ficam impedidos de punir qualquer servidor público que aceitar presentes”. E acrescentou: “Na democracia, todos os temas devem ser tratados, não existem menores nem mais relevantes, simplesmente todos. No fundo, só os cidadãos humildes são atingidos pela lei. Contra os pobres, a arrogância e o cutelo, já em relação aos poderosos, a pomba da paz. Este é o Brasil, que não queremos, mas que teima em continuar existindo, até que o povo canse e faça como agora no Egito”. Tem toda razão o comentarista Roberto Nascimento. Carlos Newton/Tribuna da Imprensa

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