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Qual a consequência da apologia às drogas?

Artigo do deputado Daniel Messac (PSDB) publicado no jornal Diário da Manhã. As pessoas que exercem influência na sociedade, os chamados formadores de opinião e aqueles que têm algum tipo de exposição pública, por sua representatividade ou profissão devem ter um elevado grau de responsabilidade em suas declarações e comportamentos. É extremamente prejudicial, especialmente à formação das crianças e dos adolescentes, a exibição pela mídia de entrevistas, declarações, filmes, novelas, músicas ou comerciais, difundindo a droga como algo positivo, charmoso e até inofensivo. Isso acaba reforçando a posição do dependente químico e estimulando pessoas que, de outra forma, não teriam disposição para experimentar um entorpecente. E quando um ministro de Estado aparece fazendo apologia ao consumo de drogas? Embora as condutas referentes aos usuários de drogas, bem como àqueles que se dedicam ao tráfico ilícito estejam expressamente tipificadas como crime, como prescreve a Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2.006, há pessoas influentes na sociedade que defendem, por exemplo, o uso da maconha. Como explicar, racionalmente, alguém defender aquilo que causa tantos malefícios à juventude e que é porta aberta para a disseminação do uso de outras drogas de maior gravidade, como a cocaína e o crack? Vale esclarecer a propósito que, segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal, a Lei de Tóxicos não implicou na extinção do delito de posse de drogas para consumo pessoal, como muitos imaginam.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Essa conduta continua sendo crime sob a égide da lei. O que ocorreu foi uma despenalização, ou seja, a exclusão de penas privativas de liberdade como sanção principal. Os usuários e dependentes não estão mais sujeitos à prisão, mas a lei permite que eles cumpram penas alternativas, como prestação de serviços à comunidade, conforme definição dos juizados especiais. O texto legal separa o usuário do traficante e estabelece que ele terá atendimento na rede pública de saúde. A realidade, porém, ainda é bem diferente. Essa lei está em vigor há mais de 3 anos e até hoje não temos programas específicos, com garantia de tratamento digno e individualizado por parte do serviço de saúde pública. A intenção do legislador seria de ampliar esses serviços, mas, falta estrutura e disponibilidade de pessoal qualificado. Resultado: dependentes de baixo poder aquisitivo sem assistência e as famílias não sabem a quem recorrer. As pessoas que exercem função pública devem estar muito atentas ao problema da apologia ao consumo de drogas. A Lei 11.343/06 estabelece pena de um a três anos de prisão para quem: induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga. Já o Código Penal, prevê detenção de três a seis meses para quem fizer publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime. Não obstante, a história recente registra alguns fatos profundamente lamentáveis. O ex-ministro da Cultura, Gilberto Gil admitiu, durante uma sessão de entrevistas para o jornal Folha de São Paulo, quando ainda ocupava o cargo que fumou maconha até os 50 anos e defendeu que ela não deveria ser proibida. São declarações que despertam nos jovens interesse em experimentar drogas. O mesmo ministro foi acusado pela ONG Mensagem Subliminar de fazer apologia ao uso da maconha no videoclipe da música Kaya NGan Daya e nas capas do CD e DVD de mesmo título. O péssimo exemplo também foi protagonizado por outro ministro de Estado. Na Marcha da Maconha, realizada em maio passado, em Ipanema, na zona sul do Rio para pedir a legalização da droga, lá estava o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. O mesmo que, durante show realizado pela banda de reggae Tribo de Jah, em Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros, fez um discurso em que pediu aos presentes para fecharem os olhos e darem as mãos, celebrando a paz; entoou vivas ao reggae, Bob Marley, Tribo de Jah e Chico Mendes, e defendeu a descriminalização da maconha. Detentores de cargos públicos, formadores de opinião, artistas e profissionais da mídia deveriam se voltar mais à conscientização da população para os perigos que as drogas representam para toda sociedade e exaltar o trabalho dos heróis anônimos, que são os voluntários de entidades assistenciais, voltadas à prevenção e reabilitação de dependentes. Afinal, a questão das drogas está na origem de grande parte dos nossos problemas, como: violência, criminalidade, corrupção, desagregação familiar, acidentes de trabalho e de trânsito. * Daniel Messac é deputado estadual pelo PSDB Extraído de: Assembléia Legislativa do Estado de Goiás

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Influência do meio ambiente sobre o câncer pode ser maior que se pensava

Especialistas refutam antigas estimativas de que apenas 6% dos tipos de câncer estariam relacionados a exposições ambientais e ocupacionais Traços de produtos químicos comumente relacionados ao câncer estão à espreita em todos os lugares. Mas, após décadas de pesquisa, o número de pessoas realmente vitimadas por eles permanece uma incógnita. Acredita-se que o fumo e os maus hábitos alimentares respondem por 60% das mortes por câncer, a doença mais letal no mundo. E quanto ao resto? A influência do meio ambiente vem sendo debatida há três décadas por cancerologistas e epidemiologias ambientais. Segundo antigas estimativas, as exposições ambientais e ocupacionais se relacionam a apenas 6% dos óbitos. Mas a questão voltou à tona no começo de maio após a publicação de um relatório do Presidents Cancer Panel, um comitê de especialistas encarregados do Programa Nacional contra o Câncer que se reporta diretamente ao presidente. O relatório afirma que o valor da estimativa é defasado e subestimado, e, considerando que a exposição a poluentes, a genética e o estilo de vida parecem todos entrelaçados, os cientistas provavelmente jamais saberão a influência dos contaminadores ambientais sobre a doença.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] “É como olhar os fios de uma teia de aranha e decidir qual é o importante”, disse o Dr. Ted Schettler, diretor da Science and Environmental Health Network, organização sem fins lucrativos que defende a aplicação da ciência às políticas ambientais. No mundo todo, desde antes do nascimento até a velhice, as pessoas se expõem a incontáveis cancerígenos por meio da comida, do ar, da água e de produtos de consumo. De acordo com o 11º Relatório sobre Cancerígenos dos Estados Unidos, os National Institutes of Health classificaram 54 compostos que causariam ao menos um tipo de câncer. As maiores exposições seriam ocupacionais e não ambientais, apesar de estas também ocorrerem. O poluente benzeno, por exemplo, comum nos gases de exaustão de veículos, é uma conhecida causa de leucemia. O radônio, gás radioativo natural encontrado em muitas casas, eleva o risco de câncer de pulmão. O arsênico, presente em algumas redes de água potável, é ligado a câncer de pele, fígado, bexiga e pulmão. Outros conhecidos cancerígenos humanos incluem asbesto, cromo hexavalente, aflatoxinas e cloreto de vinila. Desde 1981, agências e institutos citam as mesmas estimativas para avaliar fatores cancerígenos no ambiente de trabalho, no meio ambiente e nos produtos de consumo: cerca de 4% das mortes por câncer (ou 20 mil mortes por ano) poderiam ser atribuídas a exposições ocupacionais, e 2% (ou 10 mil mortes por ano), a exposições ambientais. Em seu novo relatório, o comitê indicado pelo ex-presidente George W. Bush disse que essas estimativas são “lamentavelmente defasadas”, e “o verdadeiro peso do câncer induzido pelo meio ambiente tem sido grosseiramente subestimado”. Para a American Cancer Society, essa afirmação não tem consenso científico. “Baseados em que eles dizem grosseiramente subestimado? É uma possibilidade, mas muitas hipóteses têm sido propostas. Sem prova real, não se pode afirmar nada”, argumentou o Dr. Michael Thun, vice-presidente honorário de epidemiologia e pesquisa de vigilância de risco da American Cancer Society. Segundo ele, o comitê presidencial exagera a preocupação sobre as causas ambientais, quando a melhor forma de se prevenir o câncer seria combater os maiores riscos enfrentados pelas pessoas: fumo, alimentação e sol. Já os epidemiologistas ambientais dizem que o questionamento dos números seria mera tática diversionista da American Cancers Society, que endossaria o mesmo princípio dos grupos industriais – o de que não se deve agir sem prova absoluta. Mas muitos epidemiologistas defendem o princípio da prevenção: é preciso reduzir a exposição das pessoas aos poluentes ambientais mesmo sem provas concretas dos riscos. Tentar relacionar cada produto químico a um tipo específico de câncer é uma “prática errônea” e uma “tentativa de calcular uma ficção”, diz Richard Clapp, professor da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de Boston e co-autor de resenhas sobre as causas ambientais e ocupacionais do câncer. “Por que continuar martelando o mesmo ponto, se podemos avançar e colocar outras coisas em prática?”, ele questiona. Dados da American Cancer Society indicam que, a cada ano, surgem cerca de 1,5 milhão de novos diagnósticos de câncer nos EUA, dos quais mais de meio milhão terminam em óbito. A maioria estaria ligada a fatores de estilo de vida, como fumo, alimentação e álcool. Sozinho, o fumo responderia por ao menos 30% das mortes; outro terço é atribuído a alimentação, obesidade e inatividade física. Mas são os tipos restantes – cerca de um em cada três – que esquentam a polêmica. Um relatório de 1981 dos cientistas Sir Richard Doll e Sir Richard Peto, publicado no Journal of the National Cancer Institute, avalia que 2% das mortes por câncer são atribuídas a exposições a poluentes ambientais, e 4% a exposições ocupacionais. Em 2009, essas porcentagens representaram cerca de 30 mil mortes nos EUA. “Se você considerar o número de mortes por dia, elas equivalem a um desastre aéreo que mereceria manchetes nacionais”, disse Clapp. Escrito por Brett Israel Fonte: Scientific American

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Custo a pagar pelas diferenças sociais não é apenas econômico, mas também psicológico

A igualdade afeta o espírito humano John Steinbeck observou que “uma alma triste pode matá-lo mais rápido, muito mais rápido, do que uma bactéria”. Vale a pena levar em conta essa ideia, hoje confirmada por estudos epidemiológicos, em um período de tamanha desigualdade, polarizado a tal ponto que 1% dos americanos mais ricos possuem, ao todo, mais do que a riqueza total de 90% da população do país. É cada vez mais evidente que o custo a pagar pela colossal desigualdade americana não é apenas econômico, mas é também a melancolia da alma. O resultado disso está nos altos índices de crimes, no grande uso de narcóticos, no número crescente de adolescentes grávidas e até nas altas taxas de doenças cardíacas.[ad#Retangulo – Anuncios – Direita] Esse é o tema de um importante livro escrito por dois famosos epidemiologistas britânicos, Richard Wilkinson e Kate Picket. O argumento é que a flagrante desigualdade dilacera a psique humana, criando ansiedades, desconfiança e uma série de enfermidades físicas e mentais – e fornece uma infinidade de dados apoiando sua tese. “Se você não conseguir evitar a grande desigualdade, precisará de mais prisões e mais policiais”, afirmam. “Terá de lidar com um número maior de pessoas com doenças mentais, abuso de drogas e outros tipos de problemas.” Eles analisam essas questões no livro The Spirit Level: Why Greater Equality Makes Societies Stronger (”O nível espiritual: porque uma maior igualdade torna as sociedades mais fortes”, em tradução livre). A base do argumento é que os seres humanos são animais sociais e, em sociedades excessivamente desiguais, aqueles que estão na camada inferior sofrem uma série de patologias. Por exemplo, um estudo feito com funcionários públicos britânicos concluiu que os mensageiros, porteiros e outros empregados de nível baixo eram mais propensos a morrer por causa de doenças cardíacas, suicídio e alguns tipos de câncer. Desigualdade. Existem evidências similares no caso de outros primatas. Por exemplo, os macacos são também animais bastante sociais. Os cientistas os colocaram em jaulas e os ensinaram como puxar uma alavanca para, assim, poder obter cocaína. Os que estavam no degrau mais baixo da hierarquia dos macacos usaram mais cocaína do que aqueles em uma posição superior. Pesquisadores constataram que, quando as pessoas ficam desempregadas ou sofrem um revés econômico, engordam. Um estudo entre homens americanos, realizado durante 12 anos, concluiu que, quando sua renda diminuía, eles engordavam em média 2,5 quilos. Os professores Richard Wilkinson e Kate Picket fizeram muitos cálculos e mostraram que a mesma relação vale para uma série de problemas sociais. Entre os países ricos, os mais desiguais registram mais doenças mentais, uma maior mortalidade infantil, obesidade, uma evasão escolar maior, um número crescente de adolescentes grávidas, mais homicídios e assim por diante. Por que a desigualdade é tão prejudicial? Segundo o livro dos dois epidemiologistas, ela corrói a confiança social e a vida comunitária, debilitando as sociedades como um todo. E os humanos, como seres sociais, ficam estressados quando se encontram no patamar mais baixo dessa hierarquia. Esse estresse provoca mudanças biológicas, como a liberação do hormônio Cortisol e o acúmulo de gordura abdominal. O resultado são enfermidades físicas, como doenças cardíacas, e sociais, como crimes violentos, desconfiança entre as pessoas, comportamento autodestrutivo e pobreza persistente. Uma outra consequência é a criação de sistemas alternativos em que as pessoas respeitam umas as outras e podem encontrar autoestima, como no caso das gangues. Certamente, os humanos não são todos iguais em capacidade. Haverá sempre alguns que são mais ricos e outros, mais pobres. No entanto, a desigualdade não deve ser tão gritante, opressiva e polarizada como nos EUA de hoje. Alemanha e Japão são economias eficientes e modernas com muito menos desigualdade do que os EUA – e com muito menos problemas sociais. Da mesma maneira, o fosso entre ricos e pobres diminuiu durante o governo de Bill Clinton, de acordo com dados citados no livro The Spirit Level, apesar de não ter sido um período de vigor econômico. “A desigualdade divide as pessoas e mesmo as pequenas diferenças parecem se tornar uma importante diferença”, observam os professores. Para eles, não são apenas os pobres que se beneficiam da coesão social que surge com a igualdade, mas toda a sociedade. Assim, no momento em que se debate a política nacional americana em 2011 – desde o imposto imobiliário até o seguro-desemprego e a educação infantil – é preciso empenho geral para reduzir os níveis chocantes de desigualdade nos EUA. Essas desigualdades são profundamente prejudiciais para os americanos e para a alma do país. Nicholas D. Kristof, The New York Times – O Estado de S.Paulo Tradução: Terezinha Martino

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Ratos, baratas e o Senado

A biblioteca do Senado vai ter de passar por “motivo de necessidade urgente” por um processo de desratização e dedetização.Calma, gente! As instalações da Casa não precisarão ser fechadas e nenhum senador será afetado. O trabalho será feito na sexta, dia 12, quando suas excelências, normalmente, já estariam longe do Congresso. blog do Anselmo Goes

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“Vírus da gripe suína não é mais grave que o de gripe comum”, diz especialista

“Vírus da gripe suína não é mais grave que o de gripe comum”, diz especialista Dois dias depois de o Brasil ter confirmado casos de gripe suína, Caio Rosenthal, infectologista do hospital Emílio Ribas diz que não há razão para pânico. “O quadro clínico provocado por esse vírus é um quadro nem mais nem menos severo do que qualquer outra gripe.” FOLHA – Por que a gripe suína causou tanto pânico no mundo? CAIO ROSENTHAL – É um vírus novo que “pegou” e como todo agente novo ele causa um certo pânico por causa do desconhecimento do que ocorrer. Como é um vírus que ninguém tem imunidade, então pode atingir uma boa parte da população mundial. O quadro clínico provocado por esse vírus é um quadro nem mais nem menos severo do que qualquer outra gripe que acomete a população nos meses mais frios. FOLHA – O total de casos confirmados até hoje no mundo é o esperado? Poderia ser muito maior? ROSENTHAL – A gente não pode fazer uma dedução. Mas tudo indica que uma grande porcentagem da população ainda será atingida. E isso está ocorrendo com uma certa velocidade porque o vírus surgiu faz menos de 20 dias e já temos vários continentes com casos. Então, tudo indica que o poder de transmissão do A (H1N1) é muito alto. FOLHA – É possível saber o grau de morbidade do vírus? ROSENTHAL – Não. O que sabemos é que o vírus tem características que nos possibilitam prever que ele não terá uma severidade tão grande quanto o da gripe aviária. FOLHA – A pessoa que contraiu o vírus e se curou fica imunizada? ROSENTHAL – Teoricamente, sim. O problema é que o vírus é muito mutante. FOLHA – A Anvisa autorizou a fabricação da vacina contra o vírus no Brasil. Ela será instrumento fundamental para evitar a gripe? ROSENTHAL – Sim, mas não a curto prazo. A vacina requer um tempo muito grande de produção, pois é feita através de ovos embrionários de galinha. Para cada dose, é necessário um ovo. Para o país produzir milhares de doses é preciso ter uma tecnologia muito grande. FOLHA – É preciso usar máscaras na rua? ROSENTHAL – Não, isso é fanfarronice. Totalmente desnecessário, o vírus não está circulando. Tanto os casos suspeitos como os casos que estão com a doença estão sendo isolados. Além disso, depois de duas horas a máscara não protege mais. FOLHA – O que as pessoas devem fazer para se proteger? ROSENTHAL – Ela precisa procurar um posto médico quando tiver sintomas e sinais compatíveis com uma gripe e, principalmente, se tiver os dados epidemiológicos que fecham a definição de casos suspeitos (pessoas que tiveram em países com foco da doença e que apresentam os sintomas). E lavar as mãos com frequência, pois 25% dos pacientes diagnosticados até agora apresentaram quadros de vômito, diarreia e náusea -o que difere um pouco da gripe sazonal e nos faz pensar que pode haver transmissão oral-fecal. da Folha de São Paulo – Fernanda Bassette

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A marcha da insensatez – Epidemia de Gripe Suína

Clique na imagem para ampliar Turista em hotel de Hong Kong – Foto: Times/AP Nota do editor Tenho ao longo dos 5 anos do blog, recebido perguntas sobre o porquê dos títulos de algumas seções do blog. A marcha da insensatez é um deles. Explico: coloco nesses ‘posts’ fotos que demonstrem a insensatez do ser humano nas mais diferentes situações, povos e países. A minha referência para alertar sobre a estupidez das ações humanas, é o livro “A Marcha da Insensatez – De Tróia ao Vietnã” — José Olympio Editora —, da historiadora norte americana, já falecida, Barbara Tuchman. Aliás, um livro essencial em qualquer biblioteca, Se ainda viva fosse a excepcional historiadora, talvez o subtítulo do livro fosse  ‘De Tróia à Palestina’. “Pesquisando com rigor vasto espectro de documentos históricos, a autora traça e registra nesse livro, um dos mais estranhos paradoxos da condição humana: a sistemática procura pelos governos, de políticas contrárias aos seus próprios interesses.” Considerada a mais bem sucedida historiadora dos Estados Unidos, Barbara Tuchman, ganhadora do Prêmio Pulitzer, é autora de clássicos como: The Guns of August, The Proud Tower, Stilwell and the American Experience in China, A Distant Mirror e Pratcting History.

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Danilo Forte: um “humanista” na presidência da Funasa

Brasil: da série “O tamanho do buraco”! Acredito que sua (dele) ex-celência está na época errada, país errado e função errada. Pela ordem: 1940, Auschwitz-Birkenau-Polônia, Membro das SS! Torna-se com tal insensata declaração mais um candidato pro time do Maluf “estupra mas não mata!” Argh! 68 mortes de índios é “número bom” O presidente da Funasa (Fundação Nacional de Saúde), Danilo Forte, criticou ontem um relatório divulgado pelo Cimi (Conselho Indigenista Missionário), que aponta a morte de 68 indígenas por falta de assistência médica em 2008. “Em um universo de 500 mil índios, se tiver morrido só 68 por falta de assistência – não é bom ninguém morrer -, é um número bom. Se você for comparar com as populações… Quantas pessoas morrem por dia em Brasília?”, disse. A declaração foi feita durante entrevista sobre a invasão do prédio da Funasa em São Paulo por índios, anteontem. Após sua fala, Forte foi questionado sobre o porquê da falta de assistência, ao que respondeu: “Você acha que não morre ninguém por desassistência aqui no entorno de Brasília?” Logo depois, o presidente do órgão deu exemplos da dificuldade de atender os povos indígenas em áreas mais afastadas. “Quer dizer, não é uma coisa tão simplória para você dizer: 68 morreram por desassistência, entendeu? Não é bom ninguém morrer. Agora, eu acho que a gente tem avançado.” A coordenadora da pesquisa do Cimi, a antropóloga Lúcia Helena Rangel, rebateu a declaração. “Não tenho autoridade na área de saúde para dizer que 68 mortes é pouco. Mas nós temos casos de desassistência à saúde que atingiram cerca de 4.000 índios”, argumentou. Das 68 mortes de índios apontadas pelo Cimi, 37 são vítimas de mortalidade na infância. Folha de São Paulo

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Fio dental agora é obrigatório em Santos

As gordinhas que costumam se esbaldar nas areias do Boqueirão, as roliças que saltitam entre as ondas do José Menino e as adiposas que correm atrás do carrinho de sorvete na Ponta da Praia devem ter tomado um susto de cair da cadeira Rochedo com o título aí em cima. Mas, como hoje é dia de relaxar em nome do trabalho, começo as devidas explicações sobre o enunciado pegando no tranco. Sabe aquela do português que foi ao dentista? Depois de um exame preliminar, o dentista constatou que seu Manoel estava com a boca cheia de cáries. “O senhor utiliza fio dental?”, perguntou o especialista. E o alentejano respondeu: “Não, senhor, tenho um bumbum muito feio”. No Estado de São Paulo, legisladores grafômanos rabiscam uma lei inútil atrás da outra. E ninguém mais parece distinguir a história do Manoel da vida real. Em Santos, acredite se quiser, uma lei municipal aprovada nesta semana obriga todos os estabelecimentos que vendem comida a oferecer fio dental gratuitamente aos clientes. Pois é, até entre o consumidor e seus dentes o Estado resolveu se meter. Daqui a pouco, não será de admirar se o cidadão tiver de tirar uma autorização por escrito para pode flatular em paz. O governo cobra impostos sobre os cigarros, mas impede que se fume em quase tudo que é canto, inclusive no carro. Acabamos de criar uma das leis mais rigorosas do mundo no que diz respeito ao consumo de tabaco, mas ninguém está nem aí com a quantidade de hormônios que existem na carne ou com os agrotóxicos nas hortaliças. E os esforços para melhorar a qualidade do ar que se respira na cidade continuam a ser risíveis. Nada é proporcional, tudo é canetada, tudo é passageiro, fruto do oportunismo, é bola da vez, é conveniência deste ou daquele. O Estado agora deu para proteger o cidadão de si próprio com uma desenvoltura de fazer inveja a Josef Stálin, metendo-se em todas as esferas da vida privada, mesmo sem nunca ter oferecido à população o arroz e feijão em quesitos fundamentais, tais como educação, saúde, saneamento e transporte. E, como se já não bastassem os impostos que nos tungam, como se já não estivéssemos fartos de fazer papel de bocó andando por aí há anos com extintores de incêndio no carro que nunca foram ou serão utilizados, agora teremos de pagar por caríssimos airbags em todos os automóveis produzidos -faz sentido isso em um país emergente? E o que o nobre leitor me diz das amostras que deveriam estar chegando ao Butantã com urgência máxima para ajudar no desenvolvimento da vacina contra a gripe suína e que, por conta de mais uma lei estúpida qualquer, vão demorar outros 60 dias, uma eternidade em termos de pandemia? O Estado que se mete em tudo, que inventa leis e mais leis para mostrar serviço (a baixo custo) fatalmente acabará criando uma falsa impressão de proteção. Desconfio que um dos tantos subprodutos nefastos desse excesso de leis que não servem para nada será o surgimento de um novo tipo de contribuinte. Que não bebe, não fuma e usa fio dental, mas que não deixa de ser um analfabeto funcional. blog da Bárbara Gancia

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Gripe Suína, Máscaras cirúrgicas e AIDS

Impressiona a falta de coerência do ser humano. Bastou a notícia de que estamos diante de uma pandemia, a chamada gripi suína, ou influenza tipo A como a nomeia a Organização Mundial da Saúde, para vermos o “mundo” inteiro usando máscaras cirúrgicas. Como cantava a extinta banda Blizt “tá tudo muito bem, tudo muito bom, mas…” Surpreende é que essa mesma humanidade não tem a mesma diligência em se proteger contra a AIDS usando preservativos. Enquanto existem milhões de pessoas contaminadas com o HIV, os casos de contaminação da tal gripe porcina, não chegam a mil. Todo mundo de máscara, mas camisinha… Uáu!

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