Arquivo

Ronaldo Costa Fernandes – Versos na tarde – 22/04/2016

O tempo Ronaldo Costa Fernandes ¹ O tempo e sua matéria a máquina dos meus humores tão rica e mineral enquanto lá for a sonata dos desatinos orquestra o boi que se estende no varal. O tempo e sua miséria, deus negro que não encontra o sono. O tempo e sua morfologia feita de nada e de tudo como alguém que anda com os calcanhares para a frente. O tempo e sua bílis negra, atrabiliário e perverso, monstro do Loch Ness, ó profundeza feita de vazio. O tempo e sua caixa de música o lugar dos sons prisioneiro, o que se escuta é o silêncio das horas lambendo o ar rarefeito. O tempo — animal que não envelhece, nós é que passamos por ele como alguém que acena de um ônibus para a imobilidade saudosa de um bar à beira da estrada. ¹ Ronaldo Costa Fernandes * São Luiz.Ma. – 1952 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »

Ronaldo Costa Fernandes – Versos na tarde – 02/04/2013

Poema sobre arames Ronaldo Costa Fernandes ¹ Há mãos farpadas que não ouso tocar assim como algumas barbas que é o ódio que escorre das comissuras da boca. Há lençóis de arame farpado na cama de dois que não são mais um. Oh coleção de línguas que ao lamber a carne abrem feridas. Já o arame dos teus olhos são farpas que nada cercam. Tuas cercas, até mesmo tuas cercas, são mais vivas que as minhas. Farpada é minha mente que me fere quando penso o que pensar não deveria. ¹ Ronaldo Costa Fernandes São Luis, MA – 29 de agosto de 1952 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

Leia mais »