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Facebook “não vai permitir” que os extremistas nos silenciem

Mark Zuckerberg assegura que a diferença de opinião terá sempre lugar na rede social, “mesmo que por vezes sejam ofensivas”. Zuckerberg solidarizou-se com quem partilha os seus pontos de vista, sobretudo quando isso exige coragem. Ilustração JOSH EDELSON/AFP Mark Zuckerberg juntou-se a todos os que por estes dias se dizem Charlie, em homenagem às vítimas do ataque de quarta-feira ao Charlie Hebdo. Com uma diferença substancial: o empresário de 30 anos dirige a maior rede social do planeta, com 1300 milhões de utilizadores, e tem capacidade para impor uma maior abertura na Internet. “O Facebook sempre foi um espaço onde as pessoas de todo o mundo partilham os seus pontos de vista e as suas ideias. Seguimos as leis em cada país, mas nunca deixamos que um país ou um grupo de pessoas dite o que se pode partilhar em todo o mundo”, escreveu Mark Zuckerberg, no Facebook, quando em São Francisco a noite de quinta-feira se aproximava do fim (dada a diferença horária, em Lisboa era já manhã de sexta-feira – 7h13). “À medida que reflito sobre o ataque de ontem [quarta-feira] e sobre a minha própria experiência com o extremismo, isto é o que todos temos de rejeitar – um grupo de extremistas a tentar silenciar as vozes e as opiniões de toda a gente em todo o mundo”, defende. “Eu não permitirei que isso aconteça no Facebook. Estou comprometido em construir um serviço onde se pode falar livremente sem medo da violência.” A posição assumida por Zuckerberg contrasta com a de parte dos órgãos de informação mais respeitados nos EUA, como o New York Times, o Washington Post, o Wall Street Journal e a CNN, que decidiram não publicar os cartoons que causam polêmica entre os muçulmanos. E contrasta ainda com a censura que a própria rede faz de fotografias com nudez (sobretudo feminina) e com relatos de convocatórias para eventos contracorrente a serem apagadas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] O co-fundador do Facebook começa a publicação lembrando o processo de que foi alvo no Paquistão, onde um cidadão pretendia que Zuckerberg fosse sentenciado à pena capital por se recusar a banir da rede social todo o conteúdo sobre Maomé que ele, o queixoso, considerasse ofensivo. “Batemo-nos por isto porque as vozes diversas – mesmo que por vezes sejam ofensivas – podem fazer do mundo um lugar melhor e mais interessante.” O comentário mais popular no post é de um utilizador que se identifica como paquistanês e que, segundo o perfil, vive e trabalha no seu país, em Carachi – em seis horas, ultrapassou os 5 mil “curtir” (por essa altura, a publicação de Zuckerberg amealhava 277 mil). “Mark, sendo paquistanês, prezo as suas reflexões, mas gostaria de esclarecer aqui uma coisa: nem todos os ‘paquistaneses’ têm uma mentalidade semelhante e não pode culpar toda a nação com base no ato de uma pessoa”, observa Umar Khan, aplaudindo o trabalho do Facebook no que diz respeito ao “material religioso” ali publicado. Zuckerberg sentiu necessidade de responder ao comentador, recorrendo até ao exemplo da vida pessoal: “Está correcto. Sou amigo de vários paquistaneses e sei que a maioria dos paquistaneses não é como a pessoa que quis ver-me condenado à morte.” O empresário solidarizou-se ainda com “as vítimas, as suas famílias, o povo de França e as pessoas de todo o mundo que optam por partilhar os seus pontos de vista e ideias, mesmo quando isso exige coragem.” Por Hugo Torres, de Portugal

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As 11 coisas que você não pode fazer no Facebook

Como todas as comunidades, físicas ou virtuais, o Facebook tem suas regras de convivência. Elas nunca ficam muito claras e a maioria dos usuários jamais chegou a procurar a página onde os termos são descritos em detalhes, que podem ser conferidos clicando aqui. Abaixo está um resumo das principais regras da rede: Violência e ameaças –  O Facebook se compromete a remover qualquer conteúdo que indique que alguma pessoa esteja em risco de sofrer violência. Organizações terroristas também são vetadas, assim como posts que promovam atos de vandalismo, roubo, ou que causem danos financeiros a outras pessoas. Autoflagelação – O Facebook remove conteúdo que encoraje a automutilação, distúrbios alimentares ou o uso de drogas pesadas. Pessoas com tendências suicidas poderão receber auxílio de agências de prevenção. Bullying e assédio – Comportamento abusivo direcionado a pessoas específicas, como envio de solicitações de amizade repetidamente, ou mensagens indesejadas são consideradas assédio, e o Facebook não aceita. Discurso de ódio – A empresa faz distinção em discursos sérios e humor e encoraja discussões de ideias, mas não tolera que grupos ou indivíduo ataquem pessoas baseado em “raça, etnia, nacionalidade, religião, gênero, orientação sexual, deficiência ou doença”. Conteúdo gráfico – O Facebook não veta imagens violentas indiscriminadamente: existe uma subjetividade. A rede social permite a divulgação de material como decapitações, desde que seja com intuito de condená-lo. Para fins sádicos ou glorificação da violência, não é permitido. Nudez e pornografia – Material pornográfico é proibido. Para a nudez existem limites: fotos de amamentação são permitidas, assim como esculturas e “conteúdo de importância pessoal” como um todo. Identidade e privacidade – A empresa pede que usuários não divulguem informações pessoais de outros sem a devida permissão. Além disso, a criação de “fakes” com intuito de se passar por outra pessoa ou organização é proibida. Propriedade intelectual – O Facebook não permite uso e divulgação de material protegido por direitos autorais na rede se o usuário não tiver permissão para isso. Produtos controlados – Não é permitido vender produtos regulamentados como armas, álcool e tabaco. Posts promovendo estes conteúdos devem obedecer a legislação local. Phishing e spam – O Facebook tenta evitar estas práticas e solicita que não se entre em contato com outras pessoas com fins comerciais sem permissão. Segurança – A rede social também não tolera fraude ou enganação, bem como “tentativas de comprometimento de sua privacidade ou segurança”. Como denunciar conteúdo? Para marcar um post para análise, acesse a timeline da página ou usuário que postou o material que você considera impróprio e encontre o post em questão. Em seguida, pressione a setinha cinza e clique em “Denunciar/Marcar como spam”. O post será escondido; então, pressione “Denunciar” para concluir o processo e selecione o tipo de reclamação que tem a fazer. Confira um exemplo: Como funciona a remoção de conteúdo? O Facebook diz que todas as denúncias são analisadas manualmente pela equipe. Segundo a empresa, a exclusão acontece apenas em caso de violação dos termos e mediante ordem judicial. As denúncias são classificadas de acordo com o tipo e entram em uma fila de análise da equipe. Alguns casos, como conteúdo suicida e usuários menores de 13 anos (proibidos de criar contas) acabam passando na frente. No primeiro caso, a rede pode sugerir o encaminhamento para instituições de ajuda. Depois de fazer uma denúncia, o usuário pode conferir a o status da análise no painel de suporte. Clique aqui para conferir o seu. O Facebook também diz que não adianta denunciar o mesmo conteúdo várias vezes; se ele não for considerado impróprio, ele não será removido. Fonte: Olhar Digital

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Redes sociais e George Orwell

Faço abaixo uma reflexão prá lá de pertinente, no momento em que as chamadas redes sociais vão se tornando mais presente como mídia interativa. Os regimes praticantes do “olho do grande irmão”, a ditatorial China por exemplo, se movem para tentar estender seus (deles) tentáculos, para controlarem corações e mentes. Quando li “1984“, do George Orwell, eu achava graça na idéia de que todas as edições do jornal oficial fossem reimpressas a cada mudança da conjuntura política, para adequar o relato do passado às conveniências do presente. Era um absurdo, naqueles tempos inocentes do século passado. Ele descrevia assim o processo: “O que acontecia no labirinto invisível ao qual levavam os tubos pneumáticos, ele não sabia em detalhes, mas sabia em termos gerais. Assim que todas as correções que se fizessem necessárias em qualquer edição familiar do ‘The Times’ tivessem sido coligidas e reunidas, aquele número seria reimpresso, a cópia original destruída e a cópia corrigida colocada nos arquivos em seu lugar.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Este processo de alteração contínua era aplicado não só aos jornais, mas a livros, periódicos, panfletos, pôsteres, folhetos, filmes, trilhas sonoras, desenhos animados, fotografias – a todo tipo de literatura ou documentação que pudesse concebivelmente ter algum significado político ou ideológico. Dia a dia, e quase minuto a minuto, o passado era atualizado. Desta forma, toda previsão feita pelo Partido poderia ser demonstrada como correta por todas as evidências documentais, e nenhum registro de notícia ou nenhuma expressão de opinião que conflitasse com as necessidades do momento seria permitido. Toda história era um palimpsesto, apagado e reescrito exatamente com a freqüência que fosse necessária. Em nenhum caso seria possível, quando isso fosse feito, provar que qualquer falsificação tivesse ocorrido.

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Saiba como usar a ‘Busca Social’ para pesquisar por postagens no Facebook

O Facebook atualizou o recurso Busca Social. A partir de agora também será possível pesquisar por postagens antigas, fotos publicadas, marcações em compartilhamentos, hashtags e menções. Por enquanto, o recurso só está disponível para usuários que tiverem o perfil em inglês e para dispositivos móveis com o sistema operacional iOS.  Alterando o idioma do perfil O recurso está sendo liberado gradativamente para que já possuir o idioma padrão em inglês, para alterar o idioma siga os seguintes passos: 1 – Clique sobre esse link ou ao lado do ícone no formato de cadeado na opção “Configurações”. 2 – Localize a opção “Idioma” e clique em “Editar”. 3 – Na lista de idiomas, selecione a opção “English(US)” e depois clique em “Salvar configurações”. O novo idioma é carregado automaticamente, caso ele não seja carregado, basta sair e entrar novamente no perfil do Facebook.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Alterando o idioma no iOS Para que a busca por postagens funcione no iPhone e iPad, será preciso alterar o idioma do sistema operacional. Para alterá-lo, siga os seguintes passos: 1 – Toque no ícone “Ajustes”. 2 – Localize e toque na opção “Geral”. 3 – Localize e toque na opção “Idioma e Região”. 4 – Altere a opção “Idioma do iPhone” para “English”. Após o sistema redefinir o idioma padrão, a busca por postagens é habilitada automaticamente. Pesquisando por postagens Para postar, basta informar alguma palavra que tenha sido usada na publicação e o nome do perfil em que a busca deverá ser realizada e mais alguma palavra relacionada a postagem. Podem ser o nome de lugares, hashtags, ou qualquer palavra que tenha esteja presente na postagem, pois ela irá servir como um índice da pesquisa e melhorar sua eficiência na apresentação dos resultados. Por exemplo: quero pesquisar todas as postagens relacionadas a palavra WhatsApp no perfil Ronaldo Prass, então digito na caixa de busca Ronaldo Prass WhatsApp e teclo ENTER para realizar a busca. Pesquisando uma postagem no iPhone Uma busca no iPhone por uma hashtag usada na postagem pode ser feita da seguinte forma: Ronaldo Prass (nome do usuário) #horadopau. Será exibido no resultado da busca todas as postagens do perfil informado e que contiverem a palavra auxiliar. Mas vale salientar que a busca em postagens de perfis de amigos ou de usuários em geral no Facebook  respeitará as definições de privacidade da postagem. Se o leitor não se sentir à vontade para usar o perfil em inglês, basta repetir os passos indicados no início da coluna e desfazer a configuração. O Facebook ainda não divulgou a data em que a busca em perfis estará disponível no idioma local e em outros sistemas operacionais para dispositivos móveis. Ronaldo Prass/G1

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Redes Sociais: Twitter faz parceria para coibir ataques online

Qual seria o parâmetro para definir o que é “censura” em uma plataforma como o Twitter? Revistas e jornais têm editores. Blogs possuem moderadores. Mas no caso de redes sociais, há milhões de usuários e conteúdo altamente diversificado. Como controlar um ambiente assim? Em outubro, a revista Wired publicou uma reportagem sobre um obscuro grupo de trabalhadores: um exército de censores que tenta apagar mensagens e vídeos considerados inapropriados antes que estes possam aparecer nas timelines dos usuários. Um especialista estimou que havia mais de cem mil moderadores de conteúdo em todo o mundo, trabalhando para empresas como Facebook e YouTube. Cada empresa tenta manter uma política de uso. O Facebook, por exemplo, pede aos usuários que utilizem seus nomes verdadeiros; o Tumblr não permite “promoção ou exaltação da automutilação”; já o Instagram proíbe alguns tipos de nudez. Combate ao assédio Dentre todas as redes sociais, o Twitter é a que parece oferecer menos regulamentações, mas isto parece prestes a mudar. A empresa confirmou que está trabalhando em conjunto com o WAM – Women, Action, and the Media (Mulheres, Ação e Mídia), um grupo de defesa que promove a “justiça de gênero”. O WAM desenvolveu uma ferramenta online para ajudar os usuários do Twitter a denunciarem assédio, em especial o assédio ao gênero, mas também ataques racistas e a transexuais.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A reação do Twitter parece ser uma resposta à crescente conscientização sobre o assédio online, principalmente o assédio tenaz que muitas mulheres enfrentam, como o caso da filha do ator Robin Williams, que anunciou que se afastaria das redes sociais depois de receber mensagens perturbadoras sobre o suicídio do pai. Ou o de uma escritora feminista, que recebeu ameaças de estupro e violência que acabaram levando à prisão de dois usuários do Twitter. No entanto, a parceria pode ser menos promissora do que parece. O WAM não pode fazer mais do que encaminhar as reclamações ao Twitter – o microblog declara, por sua vez, que o WAM “é apenas uma dentre muitas organizações com as quais trabalhamos”. Público, mas direto Amanda Marcotte, do blog XX Fator, expressou sua esperança de que esta colaboração pudesse melhorar o sistema de denúncia de assédio no Twitter, muito embora tenha admitido que “praticamente qualquer coisa é melhor do que o sistema atual”. Já o blogueiro independente Andrew Sullivan afirmou que o Twitter poderia não estar fazendo nada além de conferir poderes de censura a feministas de esquerda (e exemplificou com casos de denúncias de falso assédio, nos quais homens tiveram suas contas suspensas devido a alegações exageradas). O grande problema do Twitter, em relação a outras redes sociais, é que sua arquitetura transforma postagens públicas em mensagens pessoais. Você não apenas tuíta sobrealguém, na maior parte do tempo; você tuíta para alguém, mesmo que pareça estar falando apenas aos seus seguidores. E em uma tela de celular, um tuíte pode parecer tão íntimo ou inquietante quanto uma mensagem de texto particular. Mais do que controlar conteúdo, o Twitter ainda precisa aprender a lidar com os limites da tolerância humana, onde a palavra “assédio” pode ter significados bem extensos. Leia também Assédio e ameaças contra mulheres são negligenciados em redes sociais Tradução: Fernanda Lizardo, edição de Leticia Nunes. Com informações de Kelefa Sanneh [“Censoring Twitter”, The New Yorker

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Internetês preocupa professores em Portugal

Influência do “internetês” em idioma preocupa professores em Portugal Enquanto os países lusófonos discutem as mudanças exigidas pelo acordo ortográfico, há quem esteja mais preocupado com a “contaminação” da língua pelas abreviaturas e alterações adotadas pelos jovens quando eles se comunicam pela internet ou pelos telefones celulares. Influência do “internetês” na língua portuguesa causa polêmica e preocupação em professores de Portugal; assista ao vídeo Em Portugal, o tema causou polêmica quando as modificações da ortografia e a falta de pontuação ou de acentos começaram a aparecer em trabalhos escolares há alguns anos. As escolas passaram a punir com notas baixas os alunos que não sabiam diferenciar a linguagem rápida das mensagens da norma culta da língua. Segundo linguistas, a chave para evitar que a língua portuguesa seja comprometida pelo “internetês” é justamente garantir que os jovens saibam separar o registro formal do informal e que eles aprendam não só a escrever rapidamente, mas a escrever bem. BBC Brasil [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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Internet e Direito do Trabalho: Uso de redes sociais é motivo para demissão por justa causa

Empregados são demitidos e processados por uso indevido de blogs e redes sociais Um empregado de uma empresa do setor financeiro criou um blog. E, desavisado, colocou informações sobre o balanço da companhia que, recentemente, havia aberto seu capital. O problema é que os dados eram diferentes dos enviados à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A empresa recebeu uma advertência formal do órgão fiscalizador e demitiu por justa causa o profissional. Cada vez mais as empresas têm enfrentado problemas devido ao mau uso da internet por seus funcionários. Muitos casos envolvem o MSN e redes sociais – Facebook, Twitter e You Tube – e acabam gerando ações na Justiça. Nos processos, as companhias buscam indenizações de seus ex-funcionários ou de concorrentes que a teriam prejudicado por meio da internet. O crescente volume de casos têm movimentado os escritórios especializados em direito digital. “Estamos indicando às empresas, principalmente aquelas com capital aberto, que atualizem seus códigos de ética em relação aos ambientes digitais”, diz a advogada Patricia Peck, do escritório Patricia Peck Pinheiro Advogados, que ressalta o risco que muitas companhias de capital aberto estão correndo com a manutenção de páginas no Twitter para comunicação entre investidores e diretores “O risco é enorme.” Em alguns casos, a internet acaba servindo de prova para a demissão por justa causa. Em um deles, o funcionário descreveu em sua página no Orkut que estava furtando notas fiscais da empresa onde trabalhava, vangloriando-se do feito. Em ação trabalhista, ele não só pediu reintegração ao emprego, como indenização por danos morais. A decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 15ª Região, com relatoria da desembargadora Edna Pedroso Romanini, rejeitou ambos os pedidos. Em outro caso, um funcionário foi demitido por justa causa após ser flagrado, em vídeo postado no You Tube, dando cavalo de pau com a empilhadeira da empresa têxtil onde trabalhava. A partir do vídeo, a juíza Elizabeth Priscila Satake Sato, da 1ª Vara do Trabalho de Piracicaba, em São Paulo, negou o pedido de reintegração ao emprego. A magistrada considerou que o ex-funcionário usou a máquina de forma indevida durante o horário de trabalho.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Geralmente, as empresas se contentam com a demissão por justa causa do funcionário imprudente, segundo Peck. Com exemplo, ela cita um caso patrocinado por seu escritório envolvendo um profissional de uma empresa de call center. Ele criou um blog em que, encerrado o expediente, publicava as perguntas consideradas por ele mais idiotas dos “clientes mais burros do dia” e os colegas votavam nas melhores da semana e do mês. Após reclamação feita por uma das empresas clientes do call center, o blogueiro foi demitido por justa causa. “Geralmente, pedidos de indenização só envolvem profissionais de alto escalão, como conselheiros, diretores e executivos”, afirma Peck. Esses profissionais, segundo ela, se sentem impunes e acabam prejudicando a imagem das companhias. “É como se as informações publicadas fossem do executivo e não da empresa.” A advogada diz que essas situações ficaram mais comuns a partir do ano passado, quando ocorreram muitas demissões com o crescimento no número de fusões – o que coincidiu com a época do lançamento do Twitter. Um dos casos envolve um pedido de indenização de uma pizzaria americana a dois ex-funcionários que disponibilizaram no You Tube as supostas más condições de higiene na empresa. A ação tramita na Justiça americana. Os casos de concorrência desleal também levam ao pedido de indenização, segundo o advogado Rony Vainzof, do escritório Opice Blum Advogados. Recentemente, uma empresa acionou a concorrente porque um ex-funcionário levou com ele contatos que conquistou no antigo emprego e o manteve na sua lista do MSN. Em outro caso, a 10ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) condenou ex-funcionários que usaram o Google para roubar clientes da companhia onde trabalharam. Eles cadastraram o nome da empresa no Google. Assim, sempre que algum usuário do Google procurava pelo nome da companhia, aparecia o link da concorrente, onde foram trabalhar. “Ainda cabe recurso. Mas, com isso, eles foram condenados, em segunda instância, a pagar multa à antiga empresa”, diz o advogado. O prejuízo das empresas com o mau uso da internet pode, inclusive, ser dimensionado. Uma empresa com 50 funcionários que utilizem a internet para resolver problemas pessoais como pagar contas e bater papo com amigos pelo período de uma hora por dia, pode sofrer um prejuízo de quase R$ 35 mil por mês em termos de produtividade dos empregados. “Claro que essa uma hora na internet geralmente é fracionada de 15 em 15 minutos, por exemplo”, afirma o perito digital Wanderson Castilho. O cálculo dele, levando em consideração um salário mensal médio de R$ 1.250, foi realizado a partir de um programa disponível no site www.brc.com.br . Por meio da ferramenta, as empresas podem calcular qual é o prejuízo causado pelo mau uso da internet por seus funcionários. Castilho usa o programa nos processos relacionados às redes sociais. “Com ela, o empregador pode deixar claro a relação direta entre a produtividade e o mau uso da internet porque o empregado não é dono do tempo dele quando está na empresa”, afirma. com informações do Jornal Valor

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Internet, Adam Smith e economia

As leis de Adam Smith diante da internet Veja como a internet tornou obsoletos leis econômicas que governaram o mundo por 300 anos e como você pode se beneficiar desta mudança. Esses dias estávamos conversando no escritório sobre como certas atividades rotineiras até pouco tempo atrás simplesmente estão sumindo de nossa agenda e habitos diários. Coisas simples como: * enviar um fax; * enviar um telegrama; * ir à locadora de filmes; * fila de banco; * pesquisar e comprar livros (usados principalmente…); * ir à loja comprar CDs; * telefonar para saber horários de ônibus e voôs. E a lista poderia continuar por horas e faz pensar como algo que existe há dez anos (levando em conta que a internet ter realmente atingido a maioria dos brasileiros a partir de 1999) ter mudado hábitos de décadas. O mais curioso é que a mudança afetou também os princípios da economia moderna que têm sido a base de nosso sistema financeiro há séculos. Princípios da economia moderna Você conhece a história. Em 1776 Adam Smith (escritor e filósofo nascido na Escócia) escreveu um livro chamado A Riqueza das Nações (Wealth of Nations), onde abordava as razões que seriam responsáveis por uma nação ser rica e outra pobre. Suas ideias permanecem importantes até hoje e são usadas por quase todas as nações desenvolvidas. Ele até figura nas atuais notas de 20 libras do Reino Unido.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Algumas dessas ideias ajudam a entender como atribuímos valor às coisas, baseados em três pilares: Capacidade de exclusão: o vendedor pode “excluir” você da posse do produto (como uma telecom que corta sua linha telefônica quando você não paga). O produto é complexo para ser replicado; então se você quer mesmo tê-lo, precisa comprar do vendedor. Uso exclusivo: o produto não pode (na medida do possível) ser usado por mais de um pessoa. Se duas pessoas desejam usá-lo, você precisa comprar duas unidades. Transparência: compradores podem identificar com clareza o que eles estão adquirindo, antes mesmo da compra. Essas regras funcionaram por séculos, principalmente quando falamos de produtos físicos, como carros, frutas e roupas. E com produtos não-físicos? As leis de Adam Smith funcionaram que era uma beleza durante muito tempo. Até que em 1956 aconteceu algo fantástico nos Estados Unidos: o número de “trabalhadores de conhecimento” passou, pela primeira vez na história da humanidade, o número de “trabalhadores braçais” ou de “fábrica”. Existiam agora mais contadores, professores, engenheiros, advogados, publicitários, consultores e afins do que trabalhadores clássicos como agricultores e metalúrgicos. E qual a diferença do primeiro para o segundo grupo? O primeiro trabalha com um produto intangível chamado “informação”. Esse foi o marco do fim da era industrial. A era da informação acabara de nascer. E com isso, a demanda por informação estava mais alta do que nunca. E foi ai que os três pilares de Adam Smith começaram a balançar na base. Veja bem… antes da internet, qualquer informação era paga. As indústria literária e a fonográfica cresciam de vento em popa. Os autores de qualquer pedaço de informação ou propriedade intectual eram (razoavelmente) pagos por sua criação. Impérios de mídia (televisão, rádio, jornais e revistas) foram criados. Claro, se você emprestar um disco ou livro para um amigo, ele teria acesso ao conteúdo sem pagar nada … mas você pagou. Mas com o advento da internet, a casa de Adam veio abaixo. Pensemos: Capacidade de exclusão: conteúdo era fácil de criar e enviar para outras pessoas (você pode ter um site com acesso pago, mas dificilmente ele terá informação que não possa ser encontrada em algum lugar). Uso exclusivo: Um e-mail é suficiente para enviar seu conteúdo para um mundo e meio. Transparência: agora que você já tem acesso ao conteúdo, meio que perde a vontade de comprar, não? (Duvida? Veja o que o MP3 fez com a indústria de CDs das gravadoras). De acordo com nosso amigo Adam, quando algo é controlável, pessoal e previsível ele teria (teoricamente) o máximo valor. Mas com a internet veio a explosão de e-mails, websites, foruns, blogs, vídeos e redes sociais e nunca se teve tanto acesso a conteúdo público e grátis (olha o que aconteceu com os jornais de papel depois da internet) – e mesmo assim, nunca se teve tanta sede de conhecimento quanto agora. Hoje, a distância de um clique, você tem acesso a informação de qualidade de todo o tipo, geralmente disponibilizada por outras pessoas para qualquer um que deseje acessá-la. Então… vivemos num mundo imerso em (e movido por) informação e que (graças à internet) tornou-se a prova viva que as leis econômicas de Adam precisam ser reformuladas e adaptadas, pois não são mais eficazes. O futuro das leis econômicas Agora chega a parte que vai dizer qual será o próximo modelo econômico que dominará o mundo, certo? Quem dera eu soubesse. E se soubesse, não daria gratuitamente aqui… venderia pelo menos, né? Mas não custa chutar e aqui vai o meu. Em um mundo com muita informação, surge a escassez de outro recurso extremamente precioso para nossa vida moderna, que é a capacidade de prestar atenção. Veja bem, se você tem um filho, ele ganha tanta atenção da família que pode ficar mimado. Se você tem dez filhos, enquanto vivermos em um mundo onde o dia continua tendo só 24 horas, eles nunca terão a a atenção de qualidade que um só filho demanda de um pai ou mãe. Se no nosso dia lemos sobre dez assuntos diferentes, não é possível ler todos com a mesma atenção que se focasse em um só assunto e aprendesse tudo sobre ele. Logo, a “atenção” que temos para distribuir entre os assuntos que são mais importantes para nós se torna o mais valioso “recurso” da sociedade moderna. Quem tem a capacidade de levantar e manter a atenção de outras pessoas tem a mais alta chance de ter sucesso em sua área de atuação. A atenção rende ótimos frutos E é por isso que atletas, atrizes, músicos e

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Redes sociais não são o fim das assessorias de imprensa

Não é o fim da assessoria de imprensa, pelo contrário. O conteúdo gerado pelo usuário e as redes sociais não vão tornar o assessor de imprensa uma figura obsoleta – desde que ele se ligue e comece a olhar para webanalytics e business intelligence. Por Stivy Malty Soares – WebInseider O futuro incerto frente ao presente pseudo-caótico da comunicação tem deixado jornalistas e assessores de imprensa de cabelos em pé. Qual o futuro dos “press releasers” e das agências de assessoria, agora que informação é gerada em tempo real também pelo próprio mercado? Bloggers, diretores de empresas e o próprio público têm ou não capacidade para seguir com a mesma qualidade de serviços? Isso tem importância para o leitor? É fato que o volume de informações geradas informalmente hoje supera muito o volume formalmente desenvolvido pelos profissionais da comunicação. O que se discute não é a qualidade com a qual essa nova informação é apresentada, mas o fato de que ela acontece em tempo real e parece suprir a necessidade de consumo do público. Como diz uma das máximas do mercado, o ótimo é inimigo do bom. E o bom supre a demanda. Os blogs, as mídias sociais e até o próprio e-mail podem transmitir a informação de forma muito rápida e imparcial – e isto é o que o público procura, diferente da mensagem perfeitamente formatada, que cria a aura de produção e sugere uma imagem de falsidade e direcionamento de interesses. O público demonstra que a mensagem realmente consumida é a que circula nos meios informais. Jornais, revistas e a própria TV continuam importantes e servem para que o público confirme aquilo que já foi lido durante o dia, na web. Em rodas de jornalistas, o comentário é o de que os diplomas podem ser jogados no lixo e que estudaram tanto para nada. Mas calma, não é bem assim! Não é o fim da assessoria de imprensa e do jornalismo formal. O fim da reserva de mercado já ocorreu em várias profissões e faz parte da evolução das espécies. Quem evolui junto ao mercado sobrevive; quem bate o pé na areia movediça se enterra cada vez mais. Nas rodas é fácil identificar quem tende a se reciclar e quem resiste e vai ficar para trás. Metas para os objetivos da comunicação Por conta das novas necessidades de organização da informação e do direcionamento de conteúdo pertinente e aderente a cada perfil de consumidor, técnicas e ferramentas de database marketing, business intelligence, webanalytics e de marketing direto têm auxiliado as agências de comunicação a se reinventarem através da chamada “Comunicação Multidirecional”. Crie indicadores As técnicas de BI e de estatística ajudam a criar e a gerir novos indicadores importantes e que realmente interessam ao mercado, não mais resultados irrelevantes. As técnicas de database marketing ajudam a definir o público alvo para cada tipo de informação, com base em seu perfil e interesses, sempre com foco nos objetivos da comunicação. * O que foi entregue e o que foi de fato consumido? * Que tipo de cliente responde melhor a cada método de comunicação? * Que tipo de cliente responde melhor a cada meio de comunicação? * Como melhorar os resultados e o índice de interesse do público? Métricas As técnicas de webanalytics auxiliam a medir os resultados de cada mídia online. Associadas às técnicas de Web Intelligence, formam uma base tecnológica perfeita para as agências entrarem com segurança no meio digital. Além disso, já existem ferramentas que ajudam a medir os resultados de imagem através de mídias sociais. * O que estão dizendo sobre minha empresa? * É positivo ou negativo? * Esse conteúdo informal tem afetado o valor de minha empresa? E as vendas? * Como reverter comentários negativos e amplificar os positivos? Conteúdo para diferentes canais O marketing estratégico e o marketing direto auxiliam as assessorias de imprensa a formatar a comunicação de modo a ser interpretada e consumida por cada tipo de público, de forma coerente e através de canais pertinentes. * Que tipo de informação deve circular em blogs, Twitter e em redes sociais? * Que tipo de informação deve ser divulgada através de e-mail marketing aos clientes? * Que tipo de informação deve apenas gerar conteúdo para ser indexado em sites de buscas e ficar disponível para quem pesquisar? * O que deve ir para jornais, revistas e para a TV? Como e com que tipo de linguagem? Com tudo isso, a “comunicação multidirecional” é uma das soluções mais rápidas e de resultados mais expressivos para que as assessorias de imprensa recuperem o fôlego, não apenas da geração de conteúdo, mas principalmente pela distribuição e medição de resultados. Comunicação sem métricas já não faz mais sentido, assim como a exposição de conteúdo de forma aleatória. Quem conseguir associar todas essas técnicas de comunicação, está com um bom futuro garantido. É isso que o público deseja, mesmo sem ter consciência.

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Blogs: Criador do Word Press Mat Mulleweg aponta o futuro da internet

Mat Mulleweg, o criador do Word Press Brasil responde por 20 milhões dos 200 milhões de visitantes mundiais do WordPress, diz Matt Mullenweg. Rede de amigos vai definir rumos da internet, diz criador dos blogs WordPress. Contatos ‘reais’ são filtros para excesso de informação, diz Matt Mullenweg. Pergunte a Matt Mullenweg sobre o futuro da internet, e ele vai apontar para seus amigos da “vida real”. Segundo o norte-americano de 25 anos, criador da rede de blogs WordPress, a confiança que temos nos contatos que conhecemos pessoalmente vai servir para filtrar a overdose de informação distribuída pela rede. Para o texano de Houston, o Brasil é um país “com energia”. Os brasileiros, segundo ele, são responsáveis por 20 milhões de visitas do total de 200 milhões que os blogs WordPress contabilizam mundialmente. Segundo dados da Associação Brasileira de Provedores de Internet (Abranet), o Brasil tem cerca de 1 milhão de blogs hospedados no WordPress. [ad#Retangulo – Anuncios – Direita]”Há 15 anos, o objetivo da internet era trazer informações, revelar o que não estava acessível”, lembra Matt. Hoje, porém, o desafio é organizar tudo isso, explicou o jovem empreendedor que criou o WordPress aos 19 anos, em parceria com Mike Little. Overdose e criatividade “Temos muita informação, as pessoas estão sobrecarregadas”, disse Matt, citando os milhões de posts novos e vídeos no YouTube que são publicados diariamente. Com cada vez mais informação e dias cheios de compromissos, a tendência vai ser valorizar a rede de contatos – desde as pessoas que você segue no Twitter até os diversos recursos de integração e comunicação do Facebook. “Os filtros são as pessoas que você conhece na vida real, e são filtros fantásticos”, disse Matt. Ele valorizou dois elementos principais para o sucesso de serviços na internet: simplicidade e liberdade de criação. “O que eu adoro no Twitter é isso: ele é uma caixa e um botão. Assim como era o blogger em sua primeira versão”, comparou, lembrando que tanto o microblog quanto o serviço de blogs concorrente do WordPress foram criados pela mesma pessoa: Evan Williams. Em seu notebook, que rodava a versão beta do Windows 7, Matt mostrou exemplos de sites que usam as ferramentas do WordPress para criar diferentes experiências na web. Ele citou sites de jornais norte-americanos, blogs pessoais e até a página do Ministério da Cultura do Brasil como bons exemplos de design e organização da informação. Quando o WordPress foi lançado, em 2003, ele ainda não tinha muitos dos recursos que o tornaram popular hoje – como a personalização de temas e a incorporação prática de plugins. A plataforma ganhou diversas atualizações, representadas por codinomes “emprestados” de músicos de jazz, sendo a 2.8 (“Baker”) a mais recente – lançada em 10 de junho deste ano. Navegadores e comunidade Matt mostrou bom humor ao interagir com o público e falou sobre navegadores de internet para exemplificar as mudanças na rede. Ele perguntou quantas pessoas ali usavam o navegador Firefox. Praticamente todos na plateia levantaram a mão. Em seguida perguntou quantos utilizavam o Firefox sem complementos (add-ons): silêncio no auditório. Ele então comparou brevemente o navegador da Mozilla com o Internet Explorer, da Microsoft. “O que o Internet Explorer está fazendo é incorporar as novidades do Firefox. Eles podem copiar os recursos, mas não podem copiar a comunidade”, disse, em referência aos complementos e plugins criados pelos desenvolvedores para o Firefox. Matt respondeu a perguntas dos participantes sobre os próximos passos do WordPress e não escapou de críticas sobre a ferramenta. Ele reconheceu, por exemplo, que o sistema de buscas ainda é “terrível” – termo usado por um dos participantes. Real e virtual Matt conta que abandonou os estudos quando percebeu que seu interesse maior estava nos blogs e na tecnologia. Mudou-se de Houston (Texas) para San Francisco (Califórnia) e entrou em contato com o “novo mundo”. “Eu não ia visitar os locais turísticos, eu ia visitar o Yahoo”, comparou. “Ia para um café e havia 20 pessoas discutindo blogs e programação. Talvez em toda a Houston você não encontrasse 20 pessoas falando sobre isso”, brincou. No início do WordPress não havia usuários, e Matt transformou seus amigos em “beta testers” para entender como a ferramenta poderia evoluir. Isso foi uma boa maneira de desenvolver a plataforma e torná-la maleável o suficiente para que as pessoas pudessem criar e adaptar o sistema a suas necessidades. Foi adaptando e perseguindo seus interesses, afinal, que o jovem criou o WordPress e a empresa Automattic. Matt, que foi considerado uma das 50 pessoas mais importantes da internet em 2007 pela revista “PC World”, nunca foi um programador. Ele estudava Ciências Políticas na Universidade de Houston e começou a desvendar os códigos da plataforma “b2” (que deu origem ao WordPress) para resolver questões de uma de suas paixões: a tipografia. G1

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