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Facebook e o futuro da Imprensa

Deus e o diabo na terra da mídia Os artigos instantâneos, recurso lançado pelo Facebook, podem representar uma grande oportunidade para a mídia. Entretanto muitos temem que, ao adotar a novidade, os veículos de comunicação estejam abraçando o diabo. Para quem não sabe do que se trata, a nova funcionalidade da rede de Mark Zuckerberg permite que os veículos publiquem seu conteúdo efetivamente nas suas linhas do tempo, ao invés de criar posts que remetam aos conteúdos em seus sites. Pode parecer uma sutileza tola, mas não é: a experiência do usuário com o conteúdo começa já na linha do tempo. Ao clicar no post, o conteúdo é aberto diretamente no Facebook, e não no site do veículo, de uma maneira muito mais rápida. Além disso, a plataforma oferece recursos editoriais interessantes, que podem tornar a experiência ainda mais envolvente. Como o recurso por enquanto está disponível apenas no aplicativo do Facebook para iPhone, você pode ver como ele funciona no vídeo abaixo, do TechCrunch: O conteúdo publicado no novo formato não ganhará nenhuma relevância adicional, portanto a chance de aparecer no seu feed de notícias será a mesma de qualquer outro post do mesmo veículo. Em compensação, por ser mais envolvente, em tese ele será muito mais compartilhado pelos próprios usuários, aumentando consideravelmente sua audiência.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Como os veículos ficarão com toda a receita dos anúncios que venderem para os artigos instantâneos (se o Facebook vender, ele fica com 30%), é uma maneira interessante de monetizar o conteúdo promovido na rede, algo de que os veículos de comunicação sempre reclamam por não ter bons resultados. Parece bacana, não é? Então qual é o problema? Há alguns pontos importantes a se considerar. Primeiramente, ao colocar o conteúdo efetivamente dentro do Facebook, o veículo de comunicação deve entender que o indivíduo não mais consumirá tal conteúdo em seu site ou aplicativo. Receita e audiência podem ser mantidos (e até ampliados) pelo compartilhamento de números com o Facebook, mas é um fato que o usuário estará fora do “ambiente” do veículo, o que pode limitar sua capacidade de incentivar o indivíduo a consumir mais conteúdo ou outros produtos da casa. Outro medo é que, ao adotar as novidades, os veículos estejam alimentando um monstro que depois os engolirá. O Facebook hoje já é mais relevante na vida das pessoas que qualquer veículo de comunicação. Mas, apesar de ser um canal de distribuição formidável (para alguns grandes veículos, chega a responder por um terço de sua audiência), ele não produz nenhum conteúdo. Se começarem a publicar diretamente no Facebook, por mais que o material esteja dentro das páginas dos veículos, há um temor de que o usuário diga, cada vez mais, “vi no Facebook” ao invés de “vi no Estadão”, por exemplo. E, nesse caso, quem será o “dono” do conteúdo? Por fim, mas não menos importante, hoje o modelo de negócios oferecido é francamente favorável aos veículos. Mas qual é a garantia que, lá na frente, quando a mídia estiver despejando toneladas de “artigos instantâneos”, o Facebook não mude as regras do jogo, tornando-o (muito) mais interessante para si? Fazendo um paralelo com jornais e revistas, é como se todos os caminhões da cidade decidissem cobrar o dobro para entregar os impressos. Noiva cobiçada Apesar de tudo isso, alguns dos principais nomes da mídia abraçaram a novidade em seu lançamento: The New York Times, National Geographic, BuzzFeed, NBC News, The Atlantic, The Guardian, BBC News, Spiegel Online e Bild. Alguns deles, veículos com muita estrada, já têm boas iniciativas online, como The Guardian e The New York Times. E há também o BuzzFeed, digno representante da mídia nativamente digital e que já tem íntima relação com o Facebook. É muita gente boa abraçando o diabo! Será que os truques do Coisa-Ruim enganaram todos eles? Quero crer que não. Qualquer um poderia dizer: “se o negócio ficar ruim depois, o veículo pode simplesmente abandonar o formato”. Isso é verdade. Mas talvez o Facebook já terá se transformado do jacaré atual em um tiranossauro. E pular fora de seus domínios poderia eventualmente diminuir ainda mais a relevância de qualquer veículo. Nesse jogo de xadrez, o novo recurso foi uma jogada de mestre de Zuckerberg. Agora é a vez dos veículos jogarem. Talvez o Facebook nunca use esses “lances do mal” descrito acima. Talvez os “artigos instantâneos” não cheguem a fazer sucesso com os usuários. Quem sabe? Isso é tudo especulação afinal. O que é certo é que os veículos batem cabeça há 20 anos na mídia digital, sem conseguir criar um modelo realmente vencedor que garanta a sua continuidade. Pelo contrário: continuamos vendo veículos, alguns centenários, fechando suas portas. E o culpado por isso não é o Facebook, o Google ou, em um sentido mais amplo, a Internet. Os culpados são os próprios veículos, que parecem ter esquecido como ser relevantes para seu público. Estão tão preocupados com sua minguante receita publicitária, que não dão tanta importância para ele, sua razão de existir. A maioria dos veículos que hoje agonizam nasceram nos séculos 19 e 20 para atender a comunidade onde estavam, um grupo social ou um ideal. Cresceram fieis a isso. Mas acabaram se tornando máquinas muito bem azeitadas de fazer dinheiro, que já não vinha tanto de seu público, e sim da publicidade. Não estou condenando a publicidade de forma alguma, mas isso só funcionou (e funcionou por muitas décadas) enquanto esse público não tivesse algo com o que se sentisse mais bem representado. Isso aconteceu com o fortalecimento da mídia digital. Para desgraça dos veículos, seus concorrentes deixaram de ser os outros veículos, uma batalha que eles conheciam, para ser qualquer site ou aplicativo que lhes roube o tempo que seu antigo público lhes dedicava. Com o declínio da audiência, a publicidade arrumou as malas e os deixou. Parte da relevância perdida pode estar no conteúdo, que muitas vezes já não atenda mais às expectativas das pessoas, e até mesmo ao alinhamento político e econômico dos

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Redes Sociais são mais usadas que e-mail

Sites de relacionamento fazem sucesso no Brasil. Uma estatística surpreendente: os sites de relacionamento que fazem o maior sucesso no Brasil. De cada cinco brasileiros com acesso à internet, quatro já fazem parte de algum grupo de amigos virtuais. Amigos esses que estão cada vez mais conectados. Uma galera nem sabia que ia se encontrar a menos de 24 horas. Aí o Fernando mandou uma mensagem. “Mandei uma mensagem, o pessoal normalmente é a mesma galera que vem, e está aí.”, explicou. Dois terços dos internautas do mundo, cerca de um bilhão de pessoas, estão nas redes sociais. Mais da metade deles tem mais de 35 anos de idade. Otália Durval tem 64 anos. Às vezes menos. O que define a idade de dona Otália são os namorados na internet. “Eu tenho dois. Um com a minha idade real e outro com a minha idade virtual: 18, 25, depende do namorado.” A internet ainda é um lugar para a fantasia. A novidade é que ela se tornou, também, o espaço mais usado para a troca de informações reais. Trânsito, por exemplo. “Começou a chover em um lugar, a pessoa fala que está chovendo. Então você, se consegue saber se em tal lugar está chovendo, você fala: ‘vou passar por ali?’ Ou vou fazer outro caminho, ou vou esperar um pouquinho. E o pessoal vai se ajudando”, explicou Mário Eduardo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “A ferramenta se modifica com uma facilidade enorme. Ela pode ser pra cobertura de evento, pra notícia, falar com os amigos, ou pra organizar eventos”, diz Fernando Souza. Você arrumou um emprego com o Twitter? “Meu emprego atual, eu estou lá há uns dois meses. Foi assim: eu vi que tinha uma vaga anunciada, o pessoal anunciou no Twiter. No momento eu estava empregado, mas depois quando fiquei desempregado, eu lembrei. Voltei lá, entrei em contato. E eles falaram, está aberto, traz o currículo. E eu estou lá até agora”, conta Adriano Trotta. E a internet virou até um tipo de defesa do consumidor. É possível fazer uma campanha contra um produto? “Pessoas falando para pessoas sobre as suas opiniões tem muito mais valor do que um comercial ou uma página na revista ou alguma coisa do tipo”, explicou Alê. “Já tem empresa que está antenada no que está acontecendo e segue a palavra-chave da empresa e se alguém fala mal a empresa entra em contato”, contou Fernando. Patrícia Moura, analista de mídias digitais, passa dez horas por dia em redes sociais, a trabalho. “Eu preciso mesmo pesquisar dentro dessas redes e os usos que a gente pode fazer como marca para poder interagir com os usuários.” Ela traz para empresas as tendências de consumo encontradas em conversas na internet. Mas essa passagem do virtual para o real pode trazer surpresas. O cantor Léo Jaime chegou a ter nove mil amigos em um site que ele já abandonou. “A internet ajuda muito as pessoas a se aproximarem, mas também dá oportunidade aos chatos e às aproximações indesejáveis.” “Já aconteceu comigo e com ela da gente twittar que a gente ia num lugar x, e alguma pessoa que a gente não faz idéia de quem era aparecer lá sozinha, ficar cercando a gente pelo lugar”, contou Ale Ferreira. Ana conheceu Marina, que conhecia André, que apresentou Marcelle Correia. A quadrilha se fez em um site de relacionamento e continua a se espalhar. “A gente pode virar bem amigo de alguém que se conheceu pela internet, como minha melhor amiga, que mora do outro lado do país, em Rondônia. Mantemos contato e ela é tudo pra mim, assim, de amiga. Porque tem gente que a gente vê, fala todo dia e não tem tanta intimidade que nem eu tenho com ela”, explicou Marcelle. A troca de informações em redes sociais mudou a noção de distância. Estar perto, agora, é se parecer com o outro. Para a antropóloga Vanessa Pereira, “há o aumento da possibilidade de escolha por afinidade. Isso é uma coisa bastante interessante e de fato, na internet, se você é amante de calhambeques, pode entrar em uma comunidade de calhambeques e conversar com pessoas que são amantes dessa comunidade de calhambeques. Você está procurando amizade de acordo com uma afinidade, e isso realmente a internet ampliou de uma maneira nunca antes vista.”

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Anúncios no Facebook alavancam negócios locais

Todo mundo sabe que propaganda é a “alma” do negócio, não é? E que quem não é visto não é lembrado, concorda? Então, não importa o tamanho do seu negócio ele tem que ser visto e lembrado, seja para vender o mínimo ou o máximo da sua capacidade. Quem investe em publicidade sai na frente, pois consegue alcançar mais visibilidade para o seu empreendimento, seja ele físico ou virtual. No caso de lojas ou negócios online é fundamental ser estratégico para ganhar espaço e audiência nos seus canais, pois a competição é enorme e quem investe mais, ganha mais. Quando digo investe, não estou me referindo somente a dinheiro, mas sim investimento em estratégia, tempo de planejamento e criatividade. É claro que, em um ambiente onde gatos e leopardos disputam o mesmo território é preciso ser mais estrategista, pois neste ambiente, não é bem a “lei da selva” que funciona. No comércio online não importa se o seu negócio é menor do que o do vizinho, se você for estrategista, pode ser sim altamente competitivo. Vou dar um exemplo real de como uma boa estratégia pode funcionar bem, seja simplesmente para ganhar visibilidade ou para ampliar as vendas. Recentemente soube que um amigo havia perdido um Drone CX 20 por causa de problemas mecânicos e que já procurava o equipamento há pelo menos uns 20 dias. Resolvi ajudar e para isso o grande lance era conseguir visibilidade para o fato, sem precisar investir muito, é claro. Então criei um anúncio segmentado no Facebook através da minha página profissional. Fiz uma chamada para o fato, ilustrei com uma imagem interativa e direcionei exatamente para pessoas residentes na localidade onde o Drone foi perdido.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Quer ver a postagem? Acessa minha página neste link: http://on.fb.me/1FmtKyy. Após 8 horas da publicação, (post com quase 3 mil visualizações e investimento menor do que R$ 5,00), recebi o contato da pessoa que havia encontrado o equipamento. Sucesso! Ajudei um amigo, gastei quase nada e confirmei com esta experiência que os anúncios em redes sociais, quando bem segmentados podem contribuir e muito para ajudar em questões sociais e comerciais para alavancar vendas de serviços e produtos em negócios locais. Imagine esta estratégia aplicada ao seu comércio. Vamos simular? Você tem uma loja e tem capacidade de atender a toda comunidade do seu município e arredores, pois tem uma grande produção e uma variedade de produtos que agradam a todos os estilos e atendem a todas as necessidades. Então você pode criar um anúncio no Facebook e segmenta-lo exatamente para as pessoas que podem chegar facilmente até sua loja. Mas como? Veja aqui um pequeno passo a passo rápido: 1) Crie uma oferta diferenciada. Ofereça um produto exclusivo, um brinde, crie a necessidade, desperte o senso de urgência, motive seu cliente. Seja criativo para que sua oferta realmente atraia o seu público. (Importante: ilustre a oferta com uma imagem bacana) 2) Direcione a sua campanha somente para pessoas que residam no seu munícipio e para aquelas que vivem a um raio de até 50 km, por exemplo. Estas pessoas podem de alguma forma chegar até sua loja, se sua oferta é boa, elas se deslocam. 3) Selecione a faixa etária e o sexo do público que deseja alcançar. Identifique o perfil do seu cliente. A maioria é homem ou mulher? São jovens, de meia idade ou idosos? 4) Invista um valor pequeno para testar o retorno, conforme os resultados forem evoluindo e suas vendas aumentando, você vai investindo mais. Fica a dica, se o seu negócio é local, aponte suas ofertas diretamente para quem interessa, segmente, gaste pouco e ganhe mais. Quer saber mais como ganhar dinheiro através da internet? Venha ao meu encontro, no estarei ministrando palestra em evento do Afiliados Brasil que acontece de 28 a 30 de maio, para ajudar quem quer ser empreendedor digital sem precisar investir muito e com possibilidades de ganhar muito $$$. Por Roberto Soares Costa

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Imprensa e o discurso do ódio

O papel do jornalismo na polêmica da xenofobia ideológica As redes sociais não são a causa mas sim meras facilitadoras do discurso do ódio. Um debate sobre o ódio ideológico nas redes sociais recentemente realizado numa dependência da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul foi interrompido por um grupo de manifestantes porque o evento, do qual participavam vários jornalistas, foi promovido pela deputada estadual Manuela D’Ávila, do PC do B. A suspensão do debate marcou o grande paradoxo da situação que estamos vivendo: o radicalismo e a xenofobia impediram a discussão sobre as causas e consequências da radicalização ideológica que tomou conta das redes sociais na internet e ameaça contaminar toda a sociedade. As redes sociais são hoje a principal arena da batalha ideológica no Brasil, mas o problema não está na internet, ao contrário do que deixam transparecer muitos órgãos da imprensa e diversos formadores de opinião. A internet é apenas a plataforma na qual se expressam as tendências políticas e a xenofobia ideológica. O problema está nas pessoas, e não na plataforma por onde circulam as mensagens.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Jornais, revistas e telejornais jogam a responsabilidade sobre a internet tentando não assumir um papel proativo na questão que envolve toda a sociedade, pois as consequências de uma radicalização política serão sentidas por todos. As páginas noticiosas online adotam a tradicional atitude de “olhar para o outro lado”, tentando não se meter numa polêmica que envolve os seus usuários. O problema é grave porque envolve questões conjunturais e estruturais. A margem de tolerância ideológica que caracterizou a politica nacional e a cobertura da imprensa entre 2002 e 2013 ( períodos Lula e primeiro governo Dilma) acabou em 2014 por conta da possibilidade de o Partido dos Trabalhadores ganhar a eleição presidencial de 2018, na mais longa dinastia partidária desde a redemocratização do país. A conjuntura política criada pelo temor de um continuísmo do PT sacudiu a estrutura ideológica do país onde as diferenças sociais e políticas continuam tão profundas quanto a desigualdade econômica. O ambiente de tolerância evaporou-se quando o segmento conservador da sociedade brasileira se deu conta que o populismo reformista de Lula poderia entranhar-se na estrutura governamental do país. A partir daí criaram-se as condições para que o discurso do ódio e da xenofobia ganhasse corpo tanto num lado como no outro do espectro político-ideológico. A imprensa acabou refém desta polarização. Ora participa dela apoiando um lado, ora lamenta, mas não examina as causas e consequências. Os poucos jornais e jornalistas que decidem tocar no problema acabam pagando o preço da radicalização. Começamos a reviver parcialmente o clima prévio e posterior ao golpe de 1964. O ódio nas redes sociais é protagonizado por segmentos sociais que integram a mesma audiência de veículos como a televisão e o público leitor da imprensa escrita. A xenofobia aparece nas redes sociais porque o ambiente virtual facilita a manifestação do discurso do ódio ideológico. Mas a causa do fenômeno não está na internet, que é apenas um facilitador. Levado ao pé da letra, o problema poderia reviver a metáfora da eliminação do mensageiro para acabar com as más notícias. As consequências também não serão restritas ao terreno cibernético. Todos nós acabaremos pagando a conta da radicalização, por meio de um eventual novo retrocesso na busca de uma justiça social no país. A imprensa e os jornalistas precisam tomar consciência de que o avanço da radicalização leva ao agravamento do impasse ideológico que, por sua vez, tende a gerar situações extremas, em que o jornalismo quase sempre é uma das primeiras vitimas. Não importa qual q plataforma em que ele é exercido, online ou offline. Já foi assim em 1964, no Brasil. Acabou se repetindo na versão oposta, na Venezuela. A sobrevivência do que chamamos de jornalismo depende de que os profissionais assumam hoje o seu papel de patrulheiro (watchdog) da preservação de tolerância como condição essencial para a sobrevivência da profissão. O episódio do debate em Porto Alegre mostrou que uma eventual tomada de posição de jornais e de jornalistas pode acabar sendo associada a um dos lados envolvidos na polarização ideológica. Este é o risco histórico de uma profissão que, aqui e no resto do mundo, sempre teve que enfrentar opções pouco confortáveis. Por Carlos Castilho/Observatório da Imprensa

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Aliança de empresas de comunicação com o Facebook gera ansiedade e esperança

A aliança de nove meios de comunicação com o Facebook para publicar conteúdo diretamente na rede social está gerando ansiedade e esperança no setor, que procura ampliar sua audiência, mas teme perder protagonismo com a distribuição de notícias fora de suas plataformas. Entre os envolvidos na parceria estão o jornal americano “The New York Times“, a emissora “NBC” e o jornal britânico “The Guardian“, que começaram a publicar nesta quarta-feira seus conteúdos dentro do Facebook, não sendo mais necessário deixar a rede social para fazer a leitura das notícias. O acordo, que deve ser estendido para mais empresas em breve, permitirá que os artigos sejam baixados em uma velocidade dez vezes mais rápida nos telefones celulares do que agora. O “Instant Articles” é uma função pensada para dispositivos móveis: os artigos que a imprensa distribuir diretamente pela rede social estarão visíveis no “Feed de Notícias” do aplicativo do Facebook – inicialmente só para iPhones. Nos desktops segue funcionando o sistema de links que leva às páginas dos meios de comunicação. O vice-presidente de Plataformas de Parcerias e Operações do Facebook, Justin Osofsky, explicou à Agência Efe que a leitura de notícias na rede social é “a pior experiência que existe” no “Feed de Notícias” e o motivo dessa movimentação editorial.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “À medida que mais gente acessa dispositivos móveis, observamos que a experiência de abrir uma notícia precisa de muitas melhorias. Ela é concretamente lenta, leva mais de oito segundos para ser carregada”, acrescentou principal responsável pelo “Instant Articles”, Michael Reckhow. Os meios de comunicação terão a opção de incluir publicidade em seus artigos e manter suas receitas, mas também podem preferir que o Facebook comercialize os anúncios, retendo com 30% da renda obtida com a venda, explicou Reckhow. A rede social também permitirá que as empresas tenham acesso aos dados sobre as pessoas que leem notícias usando as atuais ferramentas do Facebook, facilitando o acompanhamento dos interesses dos usuários. A iniciativa é, na opinião do “The New York Times”, o último exercício de equilíbrio existencial da imprensa, que busca atingir os 1,4 bilhão de usuários ativos do Facebook no mundo, mas também teme que a aliança atrapalhe seus negócios. No entanto, Vivian Schiller, ex-executiva do próprio “The New York Times”, da “NBC” e do Twitter, acredita que os meios de comunicação não têm alternativa. “A audiência está lá (no Facebook). (Ele) É grande demais para ser ignorado”, afirmou em declarações ao “The New York Times”. James Bennett, diretor da revista “The Atlantic”, outro dos nove veículos participantes da iniciativa, reconheceu hoje que a publicação de notícias através do “Instant Articles” significa “perder o controle sobre o sistema de distribuição”. No entanto, ele assinalou que, ao mesmo tempo, os meios de comunicação estão tentando levar suas histórias ao maior número de pessoas possível, algo facilitado pelo Facebook. Para o diretor-executivo do “The New York Times”, Mark Thompson, o acordo oferece a oportunidade de explorar a possibilidade de atrair mais tráfego para o site do jornal através do Facebook. “Essa é uma oportunidade de ampliar e explorar se o Facebook pode se transformar em uma parte até maior do tráfego do Times”, disse Thompson em artigo publicado no site do jornal. Também fazem parte do grupo que usará a ferramenta pela primeira vez o “Buzzfeed”, a “National Geographic” e os europeus “The Guardian”, “BBC”, “Spiegel” e “Bild”. Nas próximas semanas, indicou Osofsky, outros veículos de comunicação começarão a utilizar o “Instant Articles”. “O objetivo é ter a ferramenta pronta para que qualquer meio possa utilizá-la. Estamos fazendo isso para que seja incluído facilmente nos fluxos de trabalho e nos sistemas de conteúdo já existentes”, indicou o vice-presidente. O Facebook trabalhou junto com as empresas para desenhar a ferramenta de publicação: as notícias distribuídas pela rede social terão um formato otimizado e serão personalizáveis. As informações, que serão abertas após um toque, poderão incluir fotos, vídeos, áudios, infográficos e outros elementos, como tweets, vídeos do YouTube ou fotos do Instagram. E poderão ser compartilhadas e comentadas de forma independente. Osofsky esclareceu que as notícias postadas no Facebook não serão exclusivas, podendo também ser encontradas nos sites dos meios de comunicação em seu aspecto tradicional. O Facebook defende que a iniciativa oferecerá às empresas uma oportunidade “monetizar seus conteúdos”. Fonte:EFE/Info

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Facebook restringe aplicativos e aumenta privacidade de usuários

O Facebook adotou uma nova versão da Graph API com o objetivo de aumentar o controle e a privacidade dos usuários, restringindo os dados que aplicativos integrados ao Facebook podem acessar. Uma das mudanças mais significativas é que agora um aplicativo não pode mais obter a lista de amigos. A Graph API é o canal de comunicação que aplicativos usam para acessar os dados do Facebook. Quando você joga Candy Crush ou acessa o Tinder, é por meio da Graph API que esses aplicativos obtêm suas informações e publicam postagens. Na nova versão 2.0 da Graph API, a lista de amigos é simplesmente inacessível. Mesmo que o usuário autorize o app a obter sua lista de amigos, o aplicativo só vai receber uma lista contendo os amigos que também possuem o app e que também autorizaram a obtenção da lista. A mudança é positiva para os usuários, mas desenvolvedores estão reclamando. No site StackExchange, um desenvolvedor usando o nome “Daniel” disse que a mudança é uma “dolorosa perda de funcionalidade básica”. Outro programador fez piada, dizendo que a API deveria ser chamada de “ClosedGraph” (“Graph Fechado”), em referência ao nome original da API (“Open Graph”, “Graph Aberto”). A nova API ainda exige que desenvolvedores de determinados apps obtenham autorização do Facebook para receber certos dados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Em nome da segurança e da privacidade, as mudanças concentram ainda mais as informações no Facebook, que não tem de lidar com restrição alguma. FBI tenta esconder uso de ‘stingray’ para monitoramento da rede celular A possibilidade de monitoramento da rede de celular com o uso de torres falsas é conhecida há muitos anos, mas a polícia norte-americana está, supostamente, tratando o assunto como segredo. Os sistemas de monitoramento são popularmente conhecidos como “StingRays”, mas o termo correto é “IMSI catcher” ou “capturador de IMSI”. O sistema “StingRay” original é fabriicado por uma empresa chamada Harris Corporation e comercializado para uso policial. O assunto ganhou notoriedade em março de 2014 com uma reportagem da revista “Wired”. A polícia norte-americana instala os equipamentos em locais públicos sem autorização da Justiça, segundo a revista. Um documento vazado na web e datado de 2012 sugere que o FBI está orientando promotores a pedir o arquivamento de processos caso seja exigida uma explicação detalhada do funcionamento dos sistemas de monitoramento. A medida parecia ser extrema demais. Mas o assunto deixou de ser brincadeira em abril depois de uma situação um tanto absurda. Lauren Trager, uma promotora no estado de Missouri, pediu o arquivamento do processo contra uma mulher acusada de auxiliar uma quadrilha como motorista do veículo de fuga. Só que a mulher, Wilqueda Lillard, já havia confessado fazer parte do crime e ia inclusive participar como testemunha de acusação. Tudo mudou quando os outros três envolvidos no esquema pediram explicações a um detetive da polícia sobre uso do monitoramento da rede celular por um “stingray”. O detetive se recusou a dar qualquer informação, citando um acordo com a unidade de inteligência da polícia. O processo contra eles foi arquivado. Wilqueda, então, mudou de ideia e disse que era inocente, levando a promotoria a desistir também do caso dela. Em uma nota enviada ao site “Ars Technica”, Trager negou que o arquivamento do caso tenha qualquer relação com a tecnologia empregada na investigação. O especialista em segurança Bruce Schneier recentemente criticou as autoridades pela postura em relação ao monitoramento da rede de telefonia móvel e uso de capturadores de IMSI. Esses equipamentos podem ser obtidos por menos de US$ 2 mil (cerca de R$ 6 mil) e, segundo Schneier, é preciso que a existência deles se torne pública para que as pessoas fiquem ciente dos riscos e a indústria tome medidas preventivas. “Temos que parar de fingir que essa capacidade é exclusiva da polícia e reconhecer que estamos todos em risco por causa dela. Se continuarmos permitindo que nossas redes celulares sejam vulneráveis a capturadores de IMSI, então todos estamos vulneráveis a qualquer governo estrangeiro, criminosos, criminoso, hacker ou amador que construa um”, explicou Schneier. Fonte: Portal G1

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Facebook quer facilitar compartilhamento de notícias no celular com busca de links no app

Publicar links de notícias no Facebook com um celular é complicado — copiar e colar uma URL com um smartphone não é uma tarefa exatamente simples. Nova função seria uma forma de facilitar o compartilhamento de conteúdo em dispositivos móveis Pensando em facilitar esse processo, a empresa estaria testando uma nova ferramenta de busca de links embutida no aplicativo da rede social para dispositivos móveis. Segundo o site TechCrunch, alguns usuários da plataforma no iOS já encontram uma opção “Adicionar um Link” na mesma área em que ficam os botões para adicionar fotos e localização. Na nova funcionalidade, os usuários podem buscar uma palavra-chave e ali encontrar as notícias relacionadas ao post. A nova ferramenta de busca do Facebook, registrada pelo TechCrunch Foto por: Reprodução/TechCrunch O TechCrunch sugere ainda que a atualização esteja relacionada ao esforço do Facebook em atrair produtores de conteúdo postarem diretamente na rede social. Ao hospedar e permitir que os usuários busquem histórias dentro do próprio app, o Facebook busca facilitar a leitura e compartilhamento de notícias, sem que o usuário deixe o aplicativo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Apesar de ainda não estar claro como a ferramenta de busca do Facebook determina os resultados de cada palavra procurada, ela mostra os sites mais visitados pelo usuário e histórias com maior número de compartilhamentos. Ainda não se sabe quando a atualização estará disponível para todos os usuários. Fonte: TechCrunch/Gabriel Garcia/Info

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Produtos ou Infoprodutos? Amplie seu mix de ofertas online

Saiba como monetizar seu canal digital ampliando a oferta de produtos para o seu público. ¹ Neste artigo vou direto ao ponto para quem é empreendedor online e quer ampliar seu mix de produtos e monetizar através da audiência dos seus canais digitais, alcançando cifras extraordinárias. Tem segredo? Não, as ferramentas estão à disposição, basta acessá-las e utilizá-las a seu favor. Você não precisa investir muito, às vezes nenhum real $, mas sim dedicação e estratégia. Se você já possui um canal digital com uma boa audiência, já tem 50% do que precisa. A bola da vez são os programas de afiliados e você usa o seu canal para vender produtos ou infoprodutos de outras empresas ou ainda suas próprias produções. Então vamos lá! Como monetizar através da audiência do seu canal digital? 1ª Dica Trabalhando com infoprodutos em programas de afiliados. Você pode vender seu mix de ofertas através de plataformas de afiliados como: Hotmart, Eduzz e Monetizze (conheça https://www.monetizze.com.br/) Estas plataformas concentram ofertas de produtos digitais e administram as ofertas, vendas e comissões dos infoprodutores e seus afiliados.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Mas o que são infoprodutos? São literalmente produtos digitais, informação, conhecimento, entretenimento, nada palpável. Como exemplo: e-books, vídeos, músicas, apostilas, cursos, etc. É isso que as pessoas buscam na internet. Então você pode produzir ou afiliar-se a infoprodutores e ofertar estes produtos através do seu canal, adequando as ofertas ao seu público, ganhando em comissões. No caso de cursos, por exemplo, algumas empresas produzem e vendem cursos com certificação através da internet e estes cursos são desenvolvidos por especialistas, vendidos e consumidos de forma 100% digital, como um infoproduto, porém com preços e comissões bastante reduzidas. Para quem possui uma audiência voltada ao conhecimento ou então a um nicho relacionado a assuntos específicos vale oferecer cursos baratos através de um ambiente seguro e com material de qualidade. Exemplos legais: curso de fotografia, curso de unhas decoradas, curso de contabilidade, operação com calculadora 12c, curso de maquiagem, entre outros. Veja como é fácil se tornar um afiliado e acesse uma das mais conhecidas plataformas de cursos : Cursos 24horas. Além disso, algumas das plataformas de afiliados como é o caso da Monetizze, permitem criar e armazenar as ofertas em seus servidores. Os afiliados têm acesso às ofertas e ao material de comunicação oferecido pelos infoprodutores que permite a eles trabalharem as ofertas e obterem comissões de acordo com as vendas que forem executadas. Você também pode atuar como produtor, criando um infoproduto que ensine outras pessoas ou que transmita algum conhecimento específico sobre determinada área. Você cria o infoproduto e vende através da sua audiência, site, blog ou mesmo utilizando redes sociais e ou links patrocinados, através de adwords ou facebook. No Hotmart existe um curso que ensina algumas dicas de como trabalhar as ofertas disponíveis na plataforma para quem deseja atuar como afiliado. Veja o infoproduto Hotmart Sem segredos e conheça um pouco mais sobre este universo. 2ª Dica Trabalhando com produtos como calçados, eletroeletrônicos e muitos outros. Grandes marcas como Apple, Submarino, Lojas Americanas, Marisa, Ponto Frio, Extra, Casas Bahia, Centauro, Netshoes e outros grandes fornecem ao mercado acesso aos seus estoques permitindo que seus afiliados divulguem seus produtos e ganhem comissões que variam de 6 a 15%. Trabalhar com marcas renomadas não exige esforço para convencer seu público sobre a qualidade do produto, não é? Conheça as plataformas: Afilio, Lomadee e Zanox. 3ª Dica Trabalhe com anúncios: Adsense, Zanox, Sipider AD, Hotwords e UOl Afiliados. Estes programas são ideais para quem tem uma audiência e não possui uma oferta para eles. O ganho se dá através de anúncios que são exibidos no seu site. O Google Adsense é o mais conhecido e proporciona a alguns blogueiros mais antigos ganhos que ultrapassam a casa dos 4 dígitos diários. Acredite $$$$. Algumas empresas, jornais, grandes emissoras de tv e até sites de grandes magazines estão utilizando o Google Adsense como forma de monetizar seus sites através do programa de anúncios do Google. O curso Segredos do Adsense, de Jonathan Taioba, ensina como criar sua conta, anúncios e até montar um blog para monetizar através do Adsense. O curso proporciona conhecimento para que você alcance ganhos de 100$ por dia, até mais, porém o autor trabalha com este valor como um incentivo a quem esta iniciando na atividade. O importante de tudo isso é que para monetizar um produto ou serviço na internet é preciso ter audiência e a audiência é obtida através de sites/blogs posicionados em buscadores, redes sociais e links patrocinados seja através Facebook ADS ou no Google Adwords. Como já disse anteriormente, não há segredos, para saber mais sobre: >Facebook ADS: acesse o curso Remarketing com Foco. >Google Adwords: assista à palestra online, com 1h de duração e confira as dicas sobre anúncios e conversões. 4ª Dica Invista em conteúdo. Marketing de conteúdo é a solução para melhorar a divulgação dos seus produtos e a criação de uma reputação no ambiente digital. Aprenda sobre marketing de conteúdo assistindo ao vídeo de Rafael Rez, 6 Fatores para o sucesso do conteúdo ou aprenda em Marketing de Conteúdo. Não perca as palestras do Afiliados Brasil e saiba mais sobre programa de afiliados e comunicação digital. Direto ao ponto, agora que você sabe tudo que precisa para começar a monetizar seus canais “go up” e boas vendas $$$$!   Não sei se recordas, há um tempo atrás lhe enviei diversos artigos do profissional Roberto Soares Costa. Ele voltou a escrever e gostaríamos muito e continuar tendo seu apoio na divulgação dos artigos. É possível? Programas de Afiliados Como estruturar profissionalmente seu escritório de negócios digitais As oportunidades de negócios rentáveis na internet se multiplicam a cada dia. Quem é um empreendedor digital sabe que com estratégias inteligentes você não precisa investir dinheiro para fazer dinheiro e se dedicando ao seu negócio pode conquistar o sucesso $$$ rapidinho. Em artigos anteriores já falei de algumas formas de gerar lucro através de redes sociais, sites, blogs e

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Luta de mãe por acesso ao Facebook de filha morta expõe questão sobre ‘herança digital’

No passado, era comum guardarmos nossas memórias em álbuns de fotos ou diários que preservariam nossas lembranças mesmo após a morte. Louise Palmer vive saga para manter acesso às informações pessoais da filha falecida no Facebook Hoje em dia, porém, o mais comum é que as redes sociais online façam esse trabalho de preservação da memória por nós. As fotos, posts e sentimentos que compartilhamos no Twitter, Facebook ou Instagram ficam ali guardadas para a posteridade. Mas a quem efetivamente eles pertencem? E como garantimos que as pessoas que queremos que herdem tudo isso, nossos entes queridos, irão realmente ficar com eles? Louise Palmer teve uma experiência recente com isso e conta o quão difícil pode ser algo que parece tão simples. A britânica perdeu sua filha de 19 anos, Becky Palmer, em 2010. A jovem costumava postar muitas coisas em sua conta do Facebook e mantinha contato com os amigos por lá.[ad name=”Retangulos – Direita”] Quando ela chegou ao estágio final de um tumor cerebral e perdeu a fala e os movimentos, Louise ajudava a filha a se logar na rede social para falar com os colegas. A jovem faleceu, e a mãe continuou acessando sua conta no Facebook para se sentir mais perto da filha. “Era algo muito importante pra mim”, disse ela à BBC. “Quando você perde uma filha, e perder um filho é a pior coisa que pode acontecer, você tem medo das pessoas se esquecerem dela. Então poder entrar lá e ver o que as pessoas postavam no seu mural e as mensagens privadas que mandavam fazia com que eu me sentisse bem. Era uma certeza de que ainda se lembravam dela.” ‘Facebook memorial’ Os momentos de conforto que a mãe de Becky tinha ao entrar no Facebook dela, no entanto, acabaram quando a rede social tornou a conta da jovem um “memorial”. Essa é uma nova política do Facebook para preservar as memórias de um usuário após a sua morte. Isso pode acontecer se algum amigo ou familiar solicitar à rede social que transforme a página daquela pessoa em “memorial”. O Facebook, então, altera algumas configurações da página – o perfil da pessoa não aparece mais em público e ninguém mais consegue se logar nela, por exemplo. O perfil, no entanto, continua podendo ser visualizado por amigos, que podem até postar coisas no mural da pessoa, dependendo das políticas de privacidade que ela mantinha antes da morte. Página de Becky no Facebook ficou como ‘memorial’ após a morte dela Com isso, Louise não conseguiu mais entrar no perfil da filha. Chateada, a mãe procurou o Facebook explicando a situação e pedindo que ela ainda pudesse ter acesso às mensagens privadas que os amigos enviavam à sua filha. Ela recebeu a seguinte resposta: “Olá Louise, sentimos muito por sua perda. Pela nossa política para usuários falecidos, nós tornamos essa conta um memorial. Isso configura a privacidade da página, para que somente amigos confirmados possam ver o perfil da pessoa ou localizá-la na busca. O mural permanecerá lá, para que amigos e familiares possam deixar posts em memória. Infelizmente, por questões de privacidade, não podemos fazer mudanças no perfil, nem fornecer informações de login da conta. Pedimos desculpas por qualquer inconveniente que isso possa causar. Por favor, avise-nos se houver mais alguma dúvida. Obrigada pelo contato.” Louise chegou a escrever para o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, mas não obteve resposta. Conteúdo online O caso de Louise desperta uma questão nova com o advento das redes sociais: a quem pertence o conteúdo publicado nelas após a morte do usuário? Uma pesquisa do Instituto YouGov solicitada pelo escritório de advocacia Mishcon de Reya na Grã-Bretanha revela uma ausência de conhecimento sobre quem é o “dono” do conteúdo online. Cerca de uma em cada quatro pessoas entrevistadas não tinham ideia, enquanto um em cada três disse acreditar que o perfil pertence ao próprio Facebook. Mark Keenan, um dos advogados do escritório, disse que a questão ainda é um “campo minado na lei, uma nova frente”. “As pessoas não estão lendo os termos e condições das redes, e o que estamos vendo é um grande aumento nas disputas legais entre membros da família e os provedores dos serviços. Não existem normas ou uma prática padrão para os provedores online sobre como ativos digitais são repassados a herdeiros.” Senhas A questão é ainda mais complexa, porque poucas pessoas revelam suas senhas nas redes sociais a amigos ou familiares. Segundo a pesquisa do YouGov na Grã-Bretanha, 52% dos entrevistados disseram que ninguém conseguiria acessar suas contas online se algo acontecesse com eles. No Reino Unido, já há uma preocupação maior com a questão desde o ano passado, quando a Law Society (algo como a OAB no Brasil) aconselhou as pessoas a deixarem instruções claras sobre o que deveria acontecer com suas redes sociais e outras contas online após a morte. A organização ainda reforçou que deixar uma lista com senhas de acesso a essas contas pode facilitar muito para os familiares na hora de encerrá-las ou administrá-las. No caso do Facebook, já é possível indicar um amigo ou parente para ficar responsável por sua conta após a morte – a novidade, porém, está disponível apenas nos Estados Unidos desde fevereiro e até agora não foi implementada em outros países. Caso de Louise e Becky chama a atenção para ‘ discussão sobre ‘herança digital’ deixada por usuários na internet após a morte Assim, Louise segue sem acesso à conta da filha e recorre a vídeos caseiros dela para reconfortar a saudade que sente. Ela diz que entende as razões de privacidade do Facebook para não permitir acesso de outras pessoas à conta de Becky, mas reforça que “não havia segredos entre ela e a filha”. “Eu sou a mãe dela e esse era o perfil dela no Facebook. Eu sinto como se o conteúdo que tinha lá fosse minha herança. As coisas que ela tinha online deveriam ser minhas para que eu pudesse acessá-las”, lamenta. BBC

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A TV e a nova mídia

Henry Jenkins é professor de Ciências Humanas e coordenador do Programa de Estudos de Mídia Comparada do prestigiado MIT – Massachusetts Institute of Technology. Em seu livro Cultura da Convergência, ao contrário de Bill Gates e Rudolph Murdoch, não imagina o mundo sem televisão em seus estudos e pesquisas. Acredita mesmo que todas as mídias permanecerão, apesar da Internet. E profetiza a tal da convergência onde as velhas e novas mídias sobreviverão complementando-se e a interatividade será o combustível de todas. É difícil discordar do mestre. Mas a busca por um modelo de comunicação, com interatividade, é frenética e alucinante na TV. O problema é o modelo, ou os modelos. Nos EUA, as experiências vão do Survivor ao Aprendiz. Todo dia surge uma ideia, porém insuficiente. Todas moduladas na velha fórmula das TVs, um falando para todos. Pelo tipo de veículo é difícil estabelecer um modelo de interação que satisfaça ao telespectador, até mesmo por questões tecnológicas. Mas o tempo dirá. Aqui entre nós no Brasil as experiências são primárias, insuficientes ainda. Causa espanto aos que desejam atribuir ao programa Big Brother a marca de interação. Sucesso de venda e faturamento, ele nada tem de interação. É o último suspiro de sucesso da velha fórmula. No Brasil a experiência mais realista foi o Fala Que Eu Te Escuto, um programa evangélico, na Rede Record. No começo era muito interessante. E a interação era via telefone. Aliás, a área evangélica, na TV, é a que mais se permite experiência de interatividade. Já vimos de tudo, mas nada que supere o Fala Que Eu Te Escuto no seu início. Ali, os fiéis colocavam suas dúvidas, sugestões e críticas, sem edição.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A experiência deu tão certo que rendeu até um senador para a igreja universal, no Rio de Janeiro. Daqui para frente veremos cada vez mais a TV buscando a participação do telespectador. No jornal, bem, o jornal parece era mais dificuldades para sobreviver. Assim sinaliza o mercado. Mais a frente veremos o porquê.

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