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Cinco alternativas ao Whatsapp que sempre usaram criptografia

O serviço de troca de mensagens mais usado do mundo obteve boa publicidade com o anúncio de que passaria a usar criptografia de ponta a ponta. Mas nem de longe ele foi o primeiro. E não é o mais seguro. Depois que o serviço de troca de mensagens Whatsapp passou a usar criptografia, um usuário mais desavisado pode até pensar que se trata de algo novo no mundo da tecnologia da informação. Só que não: a criptografia é usada desde os primórdios da computação, e antes do Whatsapp já havia outros serviços de troca de mensagem mais preocupados com a segurança das informações transmitidas por seus usuários.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A decisão do Whatsapp parece se inserir num contexto maior: o da batalha entre autoridades americanas e gigantes da tecnologia da informação em torno da privacidade dos usuários. O ponto alto dessa disputa foi o recente caso envolvendo a Apple e o FBI, que exigia que a empresa de tecnologia desbloqueasse o celular de Syed Rizwan Farook, um dos autores do recente atentado em San Bernardino, na Califórnia. A Apple se negou a fazê-lo, colocando em primeiro lugar a privacidade do usuário, e foi elogiada por outras gigantes do setor, como Google e Twitter, e também pelo Facebook, a quem pertence o Whatsapp. (Com a ajuda de um prestador de serviços externo, o FBI enfim obteve acesso aos dados no smartphone de Farook, encerrando a querela com a Apple.) A criptografia de ponta a ponta usada pelo Whatsapp significa que apenas as duas pessoas envolvidas na comunicação podem ter acesso ao conteúdo dela. Mesmo chegando tarde, trata-se de uma boa notícia para os usuários do serviço. Ainda assim, vale lembrar alguns que já usavam criptografia bem antes do Whatsapp. Wickr Fundada em 2011, a empresa é uma das pioneiras entre os apps que usam criptografia de ponta a ponta e com mensagens autodestrutivas. A ONG americana Fundação Fronteira Eletrônica (EFF, na sigla em inglês) comparou diversos aplicativos de troca de textos e atribuiu ao Wickr nota 5 de no máximo 7 no quesito segurança de mensagens. A Wickr defende que a privacidade de dados é um direito humano universal e, por isso, emprega uma criptografia multicamada, com base no algoritmo AES256, que é padrão na indústria. Telegram Os responsáveis pelos atentados terroristas de 13 de Novembro em Paris teriam usado esse serviço de mensagens instantâneas. No tocante ao serviço básico, a EFF dá nota 4 de no máximo 7 ao Telegram. Já os chamados chats secretos receberam a maior nota: 7. O aplicativo usa duas camadas de segurança: a criptografia servidor-cliente para os chamados “chats na nuvem” (que permitem armazenamento na “nuvem”) e a criptografia cliente-cliente para os chats secretos. Os chats secretos do Telegram utilizam criptografia de ponta a ponta, não deixam rastros nos servidores da empresa, possuem mensagens autodestrutivas e não permitem encaminhamento para outros usuários. A única coisa que os chats secretos não permitem é o armazenamento na nuvem, ou seja, as mensagens apenas existem nos celulares dos usuários. A criptografia do Telegram é baseada no algoritmo AES256, no RSA 2048 e na troca de chaves seguras Diffie-Hellman. iMessage A reputação da Apple como defensora da criptografia e da privacidade vem de longa data. Em 2013, um relatório interno da DEA, agência antidrogas dos EUA, afirmava ser impossível interceptar mensagens do aplicativo iMessage entre dois aparelhos da Apple. O iMessage, serviço de mensagens instantâneas da Apple, foi apresentado em 2011 com criptografia de ponta a ponta. Tanto ele como o serviço de chat e vídeo Facetime receberam nota 5 de 7 na tabela da EFF. Signal O Signal, da Open Whisper Systems, é um aplicativo de código aberto que oferece chamadas de voz e mensagens instantâneas criptografadas tanto para aparelhos Android como iOS. Em 2015, a Whatsapp fechou uma parceria com Open Whisper Systems para utilizar o protocolo do Signal. A criptografia de voz original do Signal se baseia no protocolo de troca de chaves seguras ZRTP (Protocolo de Transporte em Tempo Real Zimmermann), um método que protege contra ataquesman-in-the-middle (MiTM, literalmente homem no meio, em referência ao ato de grampear um telefonema). O Signal recebeu a nota máxima da EFF: 7 de 7. Silent Phone O aplicativo de segurança Silent Phone se diferencia por oferecer tanto o software quanto o hardware. Segundo o fabricante, o telefone Blackphone é o primeiro celular do mundo que foi desenvolvido como um smartphone privado. Da mesma forma que o Signal, o Silent utiliza a tecnologia ZRTP para a proteção contra a espionagem e chamadas de voz seguras pela internet. O protocolo ZRTP foi desenvolvido por Phil Zimmermann. No início da década de 1990, o inventor americano desenvolveu o Pretty Good Privacy (PGP) ou “privacidade muito boa”, o software de criptografia de e-mails mais empregado no mundo. O Silent ganhou nota 7 de 7 da EFF. Whatsapp O serviço de mensagens instantâneas mais popular do mundo tem 1 bilhão de usuários e eles devem ter ficado contentes com a introdução da criptografia completa para todos os conteúdos. Na lista da EFF, o Whatsapp recebeu 6 de 7 pontos. Assim como o Wickr, o aplicativo também utiliza o algoritmo de criptografia AES256, assim como uma função de dispersão criptográfica HMAC em combinação com uma chave secreta. Em comparação, o chat do Facebook, que é dona do Whatsapp, recebeu somente 2 dos 7 pontos atribuídos pela ONG americana. DW

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Facebook quer ser o motor da Internet

“Hoje vamos fazer algo diferente. Vamos pensar no mundo nos próximos 10 anos”, começou Mark Zuckerberg. Vídeo em 360 graus, educação, conectividade e comunicação: essas são as chaves do Facebook para o futuro. Mark Zuckerberg, durante o Facebook F8 em São Francisco. Foto Reuters  O gênio das redes sociais olhou para trás na apresentação, que acaba de realizar, de sua conferência anual. “À medida que viajo pelo mundo vejo as pessoas com medo, pensando em erguer muros, barreiras, parando a emigração e cortando o acesso à rede ou à liberdade de expressão. Temos que ser corajosos para escolher a esperança acima do medo. Temos de ser otimistas para mudar o mundo. O otimismo está por trás de cada passo que damos”, enfatizou. “Nosso trabalho é mais importante que nunca.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Com seu uniforme habitual e grande entusiasmo, Mark Zuckerberg apareceu em Fort Mason, uma antiga base militar, com mais de 2.000 desenvolvedores que pagam 1.500 dólares (5.260 reais) para assistir à conferência F8. A apresentação se concentrou em seu serviço, que quer ser plataforma. A obsessão de Zuckerberg é que seja usado para tudo. Para isso necessita da ajuda da mídia, para que publique em sua plataforma, e também de vídeos ao vivo. Precisa, ainda, do auxílio dos desenvolvedores, para que façam programas. E dos criativos, para que produzam conteúdo em realidade virtual. Também das empresas, para que usem seu Messenger como fórmula de atendimento ao cliente. Começou com a realidade virtual e o vídeo em 360 graus. “Todos temos o desejo de nos conectar com os demais, de que nos entendam. Quando era bebê meus pais escreveram a data em que dei meus primeiros passos. Quando foi a vez do meu sobrinho, minha irmã gravou em vídeo pelo celular e compartilhou. Este ano, quando minha filha Max der seus primeiros passos, espero poder gravar em 360 para compartilhar da maneira mais realista possível”, disse, para dar ênfase à sua aposta nesse formato. Surround 360 será sua câmera para gravar em alta definição com esse formato. Deixou claro que não vão ser fabricantes, mas, sim, aceleradores da adoção. O passo seguinte foi o Messenger, mais bem-sucedido nos Estados Unidos do que no mundo de língua espanhola, onde o WhatsApp é o rei. “A mensageria é o que mais me dá esperança. Nos EUA no ano passado o Messenger foi o app mais usado, só atrás, bem, hã, do Facebook”, disse, em tom de brincadeira e segurando o riso. Somando WhatsApp e Messenger são enviadas diariamente mais de 60 bilhões de mensagens em todo o mundo. Somando WhatsApp e Messenger são enviadas diariamente mais de 60 bilhões de mensagens em todo o mundo “Não conheço ninguém que goste de falar de um negócio por telefone. Tampouco instalar um aplicativo toda vez que tem de usar algo. Por isso convertemos o Messenger em uma plataforma para que os negócios se comuniquem com os usuários”, explicou. Deu a CNN como exemplo. A rede de notícias vai mandar um resumo diário por esse meio. O Live, seu vídeo ao vivo, teve seu momento de gloria ao revelar que alguns famosos vão usá-lo para contar sua vida, notícias e detalhes mais chegados ao público. Será lançado com a Mevo, uma câmera do tamanho de uma noz que transmitirá em tempo real. O Free Basics, seu plano de acesso gratuito a uma série de sites, já alcança 25 milhões de pessoas em 37 países. Há quase 1,6 bilhão de pessoas no Facebook. Mais de 1 bilhão se conectam através do celular. No entanto, ainda faltam 4,1 bilhões de pessoas que não estão na Internet. Com o 1Doc3, da Colômbia, criou uma plataforma para que aqueles que nunca tinham ido ao médico possam falar com um desses profissionais por esse portal. O ponto de atenção às minorias esteve na acessibilidade. Na semana passada contaram como os cegos poderão receber descrições de imagens em texto. Por fim, chegou a vez da Inteligência Artificial. Sua visão foi peculiar: “Há grandes avanços, mas quase todos os serviços usam os mesmos padrões. É preciso pensar de modo diferente”. A realidade virtual, com o Oculus à frente, foi um dos anúncios que iluminaram o seu olhar. “Mais de dois milhões de horas de vídeo já foram vistos nessa plataforma”, revelou. “Pela primeira vez na sala de casa se pode ter uma experiência de alta qualidade.” No momento mostrou o que acredita ser o futuro com óculos como os que se usam agora para ver. Durante dois dias o Facebook irá dar detalhes sobre como tornar realidade esses planos para os próximos 10 anos. El País

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Por que o Facebook quer que você passe a fazer vídeos ao vivo em vez de compartilhar fotos

Depois de ser testada com usuários selecionados, a ferramenta Facebook Live é liberada para todos os usuários da rede social, que, assim, espera concorrer com aplicativos populares que têm o mesmo recurso. Segundo o Facebook, transmissões ao vivo recebem mais comentários do que vídeos normais (Foto: iStock) Quer publicar no Facebook um álbum com 148 fotos de sua última viagem à praia? Pense de novo. Porque provalvelmente a rede social vai lhe sugerir que é melhor fazer uma transmissão ao vivo pra contar aos seus amigos o nome da praia, se as ondas estão muito fortes e o que você está planejando almoçar. Os responsáveis pelo site se surpreenderam ao notar que este tipo de vídeo, conhecido como Facebook Live, vem se tornando cada vez mais popular entre seus 1,6 bilhão de usuários desde que foi lançado, em janeiro deste ano.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “As pessoas costumam receber dez vezes mais comentários do que em vídeo normais. Não esperávamos esta reação”, diz o vice-presidente de gestão de produtos do Facebook, Will Cathcart, à BBC Mundo. Na quarta-feira da semana passada, o Facebook disponibilizou a ferramenta para todos os seus membros no mundo. Até então, só celebridades, empresas de mídia e usuários americanos podiam usá-la. O fundador da empresa, Mark Zuckerberg, fez um Facebook Live no mesmo dia para falar das novidades da ferramenta, que só está disponível para acessos por meio de tablets e celulares. Em uma transmissão de 16 minutos, ele respondeu a perguntas que os usuários enviavam em tempo real e garantiu que este tipo de vídeo gera “momentos verdadeiramente espontâneos e pessoais”. De você para você O vídeo já é um tipo de conteúdo popular no Facebook. Em janeiro, foram assistidas a 100 milhões de horas por dia, segundo a companhia. Desde que o Facebook Live começou a ser testado publicamente, uma equipe da rede social se dedica a melhorar a experiência dos usuários. Agora, por exemplo, dá para publicar reações às transmissões com emoticons, além de comentários. Também há novos filtros de cor para as imagens e é possível desenhar sobre elas. E também passou a ser possível fazer transmissões para um grupo ou evento específico. Essas atualizações são parecidas com recursos do aplicativo Snapchat, cada vez mais popular entre os jovens. No entanto, Cathcart diz que elas têm menos a ver com a concorrência e mais em aproveitar os recursos dos celulares mais modernos. “À medida que mais pessoas têm câmeras melhores no celular, temos buscado fazer do vídeo um ponto central do Facebook.” O Periscope não faz o mesmo? O Facebook Live pode se tornar ainda uma ameaça ao Periscope, um aplicativo lançado peloTwitter no ano passado com características bem semelhantes. Seus fundadores disseram em agosto do ano passado que tinham 10 milhões de contas registradas, um número ínfimo em comparação com o número de usuários do Facebook, que poderão agora fazer transmissões em vídeo. “Sempre correspondemos às preferências manifestadas por nossos usuários. Por exemplo, quando começamos, o destaque era para fotos. Mas, agora, estamos vendo muita gente adotar as transmissões de vídeo”, afirma Cathcart. Por sua vez, Zuckerberg fez questão de esclarecer que “esses não são os mesmos vídeos que você pode assistir na TV ou no YouTube”. “É uma nova experiência social”, disse o criador da rede social. BBC

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A geração cabeça baixa e o risco de ignorar o mundo ao redor

Estudo aponta que um sexto dos pedestres se distrai com o próprio smartphone ao caminhar pelas ruas, digitando, telefonando ou ouvindo música. Falta de atenção está relacionada a grande parte das mortes no trânsito. Checar os e-mails, postar uma foto no Facebook, mandar uma mensagem no Whatsapp – e tudo isso enquanto caminha. A chamada “geração cabeça baixa” é um perigo não apenas no volante, mas também a pé. Um em cada seis pedestres se distrai com o celular ao caminhar na rua, de acordo com um estudo da Associação Alemã de Vigilância Automobilística (Dekra), divulgado neste mês.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Após a observação de quase 14 mil pedestres em seis cidades europeias – Berlim, Amsterdã, Paris, Bruxelas, Roma e Estocolmo –, a pesquisa apontou que 17% deles focaram mais no próprio smartphone do que no trânsito. A maioria digitou, telefonou ou fez os dois ao mesmo tempo. Outros caminharam pelas ruas com fones de ouvido sem falar, indicando que estavam ouvindo música. “Telefonar, ouvir música, usar aplicativos ou digitar mensagens de texto causam distrações arriscadas no trânsito”, alerta Clemens Klinke, membro do conselho executivo da Dekra. “Muitos pedestres parecem subestimar os perigos aos quais se submetem.” O problema da “geração cabeça baixa” não se restringe à Europa, mas parece ser um fenômeno global. Nos Estados Unidos, uma universidade chegou a construir uma text lane, ou seja, uma pista por onde estudantes devem caminhar enquanto digitam em seus smartphones. Também há iniciativas do tipo na China e em Antuérpia, na Bélgica. Smartphone como ferramenta de acessibilidade Nas cidades europeias analisadas pela Dekra, as distrações foram verificadas em cruzamentos movimentados, em faixas de pedestres, em paradas do transporte público ou estações de trem – locais onde a concentração de pedestres é maior. Jovens se arriscam mais Como era de se esperar, a tendência observada é de que os mais jovens utilizem mais um smartphone do que os mais velhos. No entanto, o uso mais intensivo dos dispositivos foi verificado em pessoas entre 25 e 35 anos de idade. E enquanto as mulheres se distraíram mais digitando no celular, no caso dos homens, ouvir música ocorreu com mais frequência. Entre as cidades observadas, Amsterdã foi onde menos pedestres usaram o celular ao caminhar pela rua (8,2%), enquanto Estocolmo ficou em primeiro lugar, com 23,55% dos pedestres distraídos com o celular. “Uma cena em Estocolmo foi particularmente impressionante: uma menina ficou parada no meio da rua, pegou seu celular e começou a digitar. Somente quando um motorista de ônibus buzinou, ela percebeu onde estava e continuou andando”, relata Klinke. Outros exemplos citados são os de grupos de jovens que olhavam juntos para um smartphone no meio da rua ou uma mulher que, ao atravessar a rua empurrando um carrinho de bebê, digitava no celular sem atentar para o semáforo. E a distração provocada pelos smartphones é particularmente alarmante quando analisadas as estatísticas. De todos os mortos no trânsito na União Europeia (UE), 22% são pedestres, segundo a Dekra. Na Alemanha, uma em cada dez mortes nas ruas é provocada por má conduta dos pedestres – o que em metade dos casos significa não prestar atenção no trânsito. DW

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WhatsApp ativa a criptografia das mensagens para todos os usuários

App anuncia que só emissor e receptor poderão ter acesso a mensagens, fotos, vídeos e chamadas. O WhatsApp decidiu dar um passo à frente na proteção da intimidade dos internautas que utilizam seu aplicativo e anunciou que, a partir desta terça-feira, todas as mensagens de seu 1 bilhão de usuários passarão a ser criptografadas, para que nem sequer a empresa possa lê-las. MAIS INFORMAÇÕES Guia para usar itálico, negrito e outras novidades do WhatsApp Criptografia é a nova arma do Estado Islâmico Apple apoia que comissão estude limites para criptografia WhatsApp quer compartilhar informação com o Facebook Em um comunicado publicado pela revista Wired, e que depois foi confirmado pela empresa, os responsáveis pelo aplicativo explicam que as mensagens, fotos e vídeos que seus usuários enviarem estarão criptografados “de ponta a ponta”, ou seja, ninguém, salvo seu emissor e receptor, poderá lê-los.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A iniciativa inclui também as chamadas feitas por esse serviço. O WhatsApp estava trabalhando na cifragem de mensagens desde 2014, segundo revelam seus fundadores à revista. “A segurança e privacidade de nossos usuários está em nosso DNA”, afirma a empresa em uma nota oficial. “Quando a criptografia é de ponta a ponta, as suas mensagens, fotos, vídeos, mensagens de voz, documentos e chamadas estão seguros para que não caiam em mãos indevidas”, acrescenta. Para confirmar se as chamadas das mensagens estão cifradas de ponta a ponta, o usuário deve olhar o indicador na tela de informação do contato ou grupo, que aparecerá com um cadeado se estiverem criptografadas. Os usuários precisam ter a última versão do app para obter a criptografia das comunicações. A decisão chega em meio à polêmica entre a Apple e o FBI sobre o celular de um suspeito que a empresa se negou a desbloquear. Também ocorre num momento em que o popular aplicativo está sofrendo o assédio de competidores como oTelegram e o Kik, que já oferecem a cifragem das comunicações. El Pais WhatsApp, Criptografia,Segurança internet, Telefonia celular, multimídia ,Celular , Empresas,

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“Indignamo-nos com FBI por causa de um celular, mas o Facebook sabe tudo sobre nossas vidas”

Especialista em cibersegurança, explica como as investigações mudaram com as redes sociais. Chefa da Unidade de Investigação Tecnológica, Silvia Barrera Álvaro García Dentro da polícia há hackers, mas dos bons. “Os que cometem os crimes são outros, os de chapéu preto. Os nossos são especialistas em cibersegurança”, conta Silvia Barrera (Madri 1977), inspetora de polícia de Madri, chefa técnica da Unidade de Investigação Tecnológica e admiradora declarada do conceito hacker. “Para mim, cai mal esse caráter negativo que lhe demos. Ajudam-nos a entender como funciona a Internet, todas as possibilidades que ela tem.” E acontece que desconhecemos praticamente tudo dessa ferramenta. No total, 93% da Internet é o que se denomina Deep Web (a Internet oculta), canais e fóruns onde um usuário básico do Facebook eTwitter se perderiam sem remédio. É aí, em muitas ocasiões, onde estão em gestação os crimes cibernéticos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Os maus sabem o que há de mais recente em tecnologia para agir onde nós não podemos chegar.” A Internet tornou os crimes mais rápidos, confortáveis e maciços; as redes sociais os ficaram mais complicadas de investigar. Barrera trabalha agora no âmbito forense, analisando as unidades tecnológicas que podem influir em um delito, e tem as coisas claras: “O conceito mudou, não só a polícia pode agora influir nas investigações”. Pergunta. Como a eclosão das redes sociais afetou seu trabalho cotidiano? Resposta. Imagine um homicídio dos de antes, sem implicação tecnológica: um corpo é achado, chegamos e cercamos a área para que ninguém toque nas pistas e nas provas. Agora, as pistas estão no meio da Internet, quem as tem é um provedor de serviços de uma rede social e, se ele quiser, não as dá para você. As investigações já não estão só em mãos da polícia, nem sequer de um juiz, porque os delitos na Internet não têm fronteiras, mas os julgamentos, sim. P. Alguma de suas investigações foram obstruídas por essa negativa das redes sociais? “Aceitamos dar ao Facebook acesso a toda nossa informação confidencial. Sem nem sequer saber disso” R. Claro. Precisei de informação, em casos de desaparecimentos, que estavam na conta de uma pessoa da qual não se sabe se continua vida, onde está ou em que situação. E recebi a negativa das redes sociais, dizendo que esse caso não era urgente. Não tenho nenhum tipo de interesse no que se passa na conta dessa pessoa, mas sim nas pistas que me pode dar. A vida dessa pessoa está em mãos, muitas vezes, dessa rede social. São seus empregados, com base em critérios que não conhecemos, os que decidem se te dão ou não uma informação. A polícia não pode ter acesso a nenhuma conta, como chegaram a me pedir. São propriedade das empresas. P. Esse debate adquiriu mais importância depois da negativa da Apple de facilitar o acesso ao iPhone do atirador de San Bernardino. Qual sua opinião, como especialista em cibersegurança e membro da polícia, sobre a batalha entre a Apple e o FBI? R. Estamos falando de privacidade versus segurança nacional. Nesse aparelho pode haver uma prova para incriminar um terrorista. Vamos ponderar bens. Além disso, qualquer ação investigativa é adotada sob a tutela de um juiz. Ou seja, a polícia nunca vai acessar um aparelho de uma pessoa se não for por meio de uma autorização judicial. O juiz é quem decide qual bem predomina sobre o outro. Estamos falando de uma necessidade, de questões de segurança nacional. Que problema há, então, se houver uma garantia dos direitos pelo controle judicial? Nós nos indignamos porque o FBI ou a polícia tentam acessar um celular para investigar, mas permitimos ao Facebook o acesso a toda a nossa vida. “Se houvesse uma guerra, o Google fosse o Spiderman e o Facebook fosse o Batman, o Google venceria amplamente” P. Vendemos muita informação através das redes sociais, da tecnologia, dos celulares? Em que ponto deveríamos parar? R. Não vamos parar, mas vamos ainda mais longe. Sabe quantas permissões o Facebook pede para baixar o aplicativo no seu celular? 18. Entre elas há uma que pede acesso a informações confidenciais. E você lhe deu permissão. Para as suas informações confidenciais! Ao Facebook faltavam as conversas que temos através do Messenger, mas se virou muito bem e comprou o WhatsApp. Assim, já tem toda a sua vida: o que você publica, a sua informação confidencial à qual você deu permissão porque não tem tempo de ler as condições que aceitou e, além do mais, as suas conversas no WhatsApp. Mas nós nos indignamos porque não se deve dar dados à polícia. O Facebook tem a informação confidencial de 1,6 bilhão de pessoas que possuem esse aplicativo instalado no celular. Quem, então, tem o poder? P. Qual o poder desses dados que o Facebook armazena? R. Tem todo. Mas o Google ainda tem mais. Se houvesse uma guerra entre eles, o Google fosse Spiderman e o Facebook, o Batman, o Google venceria amplamente. Porque tem os serviços de correio eletrônico, a agenda e a rede social Google Plus. Além do mais, os aplicativos que você baixa do Google Play têm implícitas condições que também beneficiam o Google. “Cheguei a reuniões com outros colegas, homens, e os chefes diziam a eles: ‘Parabéns por essa operação que você fez’. E a mim: ‘Você estava mais loira na última vez que te vi?” P. Tudo isso é culpa de não lermos os acordos de uso dessas tecnologias? R. Dá na mesma, ainda que você leia. O que você vai fazer? Ficar sem o Facebook no celular? Não baixar aplicativos? P. O celular se transformou em uma extensão a mais de nós mesmos. Pegar o telefone de alguém por exemplo, de um possível criminoso, dá toda a informação sobre quem é essa pessoa? R. Não é modo de falar, é que a sua vida está dentro do celular. Para nós é muito útil. Costumamos colaborar com os colegas da área de homicídios analisando todo aquele campo tecnológico (computador, celular ou qualquer dispositivo que

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O robô racista, sexista e xenófobo da Microsoft acaba silenciado

A Microsoft se viu obrigada a retirar um robô do Twitter porque em sua interação com seres humanos elaborava mensagens com conteúdo racista, sexista e xenófobo.Imagem da conta de Tay no Twitter.  O chatbot(sistema virtual capaz de gerar conversas que simulam a linguagem humana) foi projetado pela empresa para responder perguntas e entabular conversas no Twitter numa tentativa de capturar o mercado dos millenials nos Estados Unidos. O plano da Microsoft fracassou em poucas horas de operação. Tay se dirigia aos jovens entre 18 e 24 anos, com os quais pretendia estabelecer uma conversa “casual e brincalhona”, mas não foi capaz de lidar com insultos racistas, piadas e comentários que, por exemplo, endossavam teorias conspiratórias sobre os atentados de 11 de setembro.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Entre outros comentários, Tay parecia negar o Holocausto, apoiava o genocídio e chamou uma mulher de “puta estúpida”. Outra de suas respostas era condizente com a linha do candidato Donald Trump: “Vamos colocar um muro na fronteira. O México terá de pagá-lo”. O robô rebelde não parecia ter muito respeito por sua própria empresa. Um usuário disse a ele que o Windows Phone lhe dava nojo. Ele respondeu: “Estou totalmente de acordo, hahaha”. Em todos os casos vistos até agora a falha é a mesma: a geração da conversa. Embora os robôs encontrem a primeira resposta, falta-lhes acompanhar o contexto O sistema incentivava manter longas conversas para obter respostas mais inteligentes, mas muitos usuários optaram por perguntas polêmicas, que foram repetidas por Tay. Depois de detectar as falhas, o sistema se despediu anunciando que estava sendo desligado para “absorver” tudo o que tinha acontecido em “um dia ocupado”. Os comentários foram apagados da timeline de Tay, mas podem ser encontradosem uma página que fez uma cópia deles e os publicou. A Microsoft limitou-se a dizer que está fazendo alguns ajustes em Tay. A inteligência artificial é um dos campos mais candentes em Silicon Valley. Siri –a assistente virtual da Apple que permite dar ordens ao telefone com certa naturalidade– foi a pioneira. O Google respondeu com o Now, que pretende ser menos pessoal, mas mais eficiente. A Amazon –com o seu aparelho doméstico Echo– também entrou no terreno dos assistentes virtuais. Alexa é o personagem virtual que responde às perguntas. A Amazon deu um passo a mais do que seus concorrentes: Alexa dá informações em tempo real sobre tráfego, meteorologia, notícias de última hora, mas também permite manejar aplicativos externos para reproduzir música em casa ou explorar seu catálogo de filmes e séries a partir do Fire TV. Quando o Flickr permitiu a marcação intuitiva de fotos, várias pessoas negras viram como suas lembranças das férias apareceram sob o título de chimpanzés Em todos os casos vistos até agora a falha é a mesma: a geração da conversa. Embora os bots (programas de computador que imitam o comportamento humano) encontrem a primeira resposta, falta-lhes acompanhar o contexto e gerar uma conversa de maneira natural, tomando como referência as respostas anteriores. A intenção da Microsoft com essa conta era demonstrar seus progressos em Inteligência Artificial. Como aconteceu com o Flickr, quando permitiu a marcação intuitiva de fotos em seu serviço, várias pessoas negras viram como suas lembranças das férias aparecerem sob o título de chimpanzés. O Google, no entanto, usou fotos para mostrar seus progressos, mas de uma forma mais particular e suave. O aplicativo permite organizar as imagens por assuntos, lugares e objetos. Também permite buscas nos mesmos termos. A opção mais sugestiva é a que convida a marcar, internamente, as pessoas dos arquivos do telefone celular. Depois que o sistema aprende quem são elas, é possível armazená-las dentro dessa tag sem ter que indicar. Ou seja, ele reconhece a imagem da pessoa. O Facebook pretende aderir a essa iniciativa, que está sendo experimentada internamente há algum tempo, com um assistente semelhante para o Messenger. O plano do Facebook está voltado ao comércio eletrônico. O projeto, por enquanto, é conhecido pelo codinome “M”. A empresa sediada em Menlo Park o vê como a fórmula perfeita para se aproximar do cliente de maneira suave e natural com ofertas, assim como prestar serviço ao cliente sem ter um grande centro de chamadas. Telegram, o aplicativo de mensagens, começou a testar esses bots para resolver dúvidas. ElPaís

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Redes Sociais: Os efeitos da saturação informativa na atual crise brasileira

Como qualquer um entre os quase cem milhões de brasileiros usuários de redes sociais, oscilo diariamente entre o desejo abandonar de vez o hábito de consultar o púlpito alheio virtual e o de reconectar-me a ele compulsivamente. Recentemente fui informado de que há rumores dando conta de que, entre a magnitude de adeptos das redes, poderia existir um remotíssimo e obscuro percentual de usuários que conseguiriam, nestes dias de turbulência política, passar infensos à esta bipolaridade. Eu digo com tranquilidade que nunca vi essas pessoas nem na minha timeline nem no meu feed de notícias e isso, pelo menos no meu universo de observação, reforça a ideia de que, diante da atual crise política, todos sucumbiram ao delírio voluntário – ao próprio e ao alheio – ainda que por motivos e em graus diferentes.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Não obstante a possibilidade acima estar mesmo correta, o número de pessoas que não resiste à opção de abandonar o uso das redes sociais ou pelo menos suspendê-lo é cada vez maior, principalmente entre os mais jovens. E isto é tão mais real quanto se pense no Facebook, entre todas a mais usada das redes em todo o mundo. Isso é o que aponta, por exemplo, recente reportagem da Folha de São Paulo, segundo a qual, para além do acirramento político, outros fenômenos parecem competir na ampliação do desinteresse juvenil, tais como a presença dos chamados “textões” e a repetição persistente de conteúdo. Seriam fenômenos que estariam colaborando com o cenário de evasão. A reportagem dá conta de outras explicações também, de natureza mais psicológica, além de apontar a preferência crescente pelo uso de redes de conteúdo mais visual ou expresso, como o Instagram e o Snapchat. A bem da verdade, esta parece ser uma tendência anterior aos eventos políticos mais recentes, mas que agora se acentua mais ou menos na mesma proporção em que evoluem as repercussões políticas e a subsequente histeria virtual. Não é muito difícil entender as motivações do abandono, uma vez que a temática política, pelo menos a realizada nos moldes tradicionais, é vista com grande desconfiança pelo público adolescente e jovem adulto. Quem imaginar, entretanto, que no principal concorrente do Facebook a situação esteja diferente, pode estar muito enganado. No Twitter, veículo preferencial entre os adultos e o meio político, a pancadaria ideológica e a proliferação da agressividade têm sido predominante e até mesmo as redes baseadas em imagens, como o Instagram, têm sido tomadas de assalto pelos grandes “significantes” das redes: os memes. Para este caso, majoritariamente aqueles com motivos políticos. Mais que a constatação tácita da reprodução massiva de memes e do irrefreável potencial discursivo das redes, interessa notar que o arsenal argumentativo individual costuma valer-se também de fontes externas ou, como querem os sociólogos, de discursos de autoridade ou “produtores de interesse”. Desta prática diária, constante, costumam desfilar regularmente no meu feed de notícias e no de qualquer pessoa com um mínimo de diversidade de conexões pessoais, fontes bastante heterogêneas. São fontes que costumam ir desde veículos consagrados de imprensa, passando por fontes menos usuais, como blogues e até mesmo opiniões de intelectuais e artistas que emitem opiniões na rede. O festival de opiniões costuma ser farto e enlouquecedor, principalmente porque mixam-se nele as opiniões mais ou menos elaboradas das próprias pessoas. Embora presentemente exista uma polarização evidente entre o que se poderia chamar de “governismo” e “oposição”, o leque de nuances no campo das opiniões é muito maior do que essa divisão oferece. A “opinião formada” das redes costuma partir da reprodução comentada de crenças políticas consolidadas e fontes identificadas com meios formais, partidos políticos ou movimentos organizados, enquanto que o dissenso é essencialmente anárquico. É natural: há quem diga, por exemplo, que não existiria Facebook sem o “compartilhar” nem o Twitter sem o “retweet”. Ainda assim, é nesse caldeirão de ideias emprestadas e opiniões desencontradas que vem ganhando cada vez mais forma uma visão multifacetada, ou rashomônica, da realidade e da história presente. Porém, assim como no célebre conto de Akutagawa ou mesmo no filme de Akira Kurosawa, é necessário ao espectador antever na narrativa de cada um que deseja oferecer sua versão dos fatos, uma forma peculiar de dizer a verdade e, ao mesmo tempo, de deliberadamente falseá-la. “Dentro de um bosque” (Yabu no Naka), o conto que deu origem ao Rashomon de Kurosawa, resume-se na história de um assassinato mal explicado que é debatido através de uma sucessão de flashbacks dos personagens, que acabam desmontando-se e remontando-se consecutivamente, como se num puzzle interminável. Trata-se de uma narrativa que evoca as escassas possibilidades de buscar-se a verdade dos fatos, a verdade filosófica, a partir de relatos de pessoas diretamente interessadas, mas que também não se furta a investigar e esclarecer o caráter que move as decisões humanas. Evidentemente ninguém espera atualmente encontrar a natureza humana vagando entre os memes das redes sociais e suas opiniões cabais, mas, olhando bem, como naquele templo, as “armas” empunhadas para muitos dos debates acalorados de agora às vezes também parecem, aos olhos de quem quer que seja, feitas de pura mentira e invencionice, ao invés do aço desejável dos samurais. Por isso há tantos que consideram que os debates virtuais são “falsos debates” e deles procurem se afastar como o diabo foge da cruz. É um comportamento a que, lógico, ninguém cabe recusar, mas sobre o qual podem recair dúvidas e para o qual alguns questionamentos tornam-se possíveis. Talvez bem mais simples fosse adotar a interpretação do recém falecido Umberto Eco, que afirmou no recebimento de uma de suas últimas condecorações que as “mídias sociais deram o direito à fala a legiões de imbecis que, anteriormente, falavam só no bar, depois de uma taça de vinho, sem causar dano à coletividade. Diziam imediatamente a eles para calar a boca, enquanto agora eles têm o mesmo direito à fala que um ganhador do Prêmio Nobel”. Mais simples, menos sério e possivelmente mais sem graça. Afinal, o atrativo dos debates online reside no mais das

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Moral on Line: A cultura da vergonha nas redes sociais

As redes sociais criaram uma cultura baseada em policiamento e exclusão que pode ser cruel com aqueles que discordam de um determinado assunto. As pessoas temem ser excluídas e condenadas por um grupo (Foto: Flickr/Joe The Goat Farmer) A onipresença das redes sociais criou uma nova tendência: a cultura da vergonha. A constatação foi feita em um artigo do escritor americano Andy Crouch. Segundo o artigo, o mundo virtual de redes como Facebook e Instagram coloca as pessoas em constante exposição e observação. A vontade ser aceito e exaltado pelos amigos presentes na rede se torna intensa.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] As pessoas temem ser excluídas e condenadas. Nesse contexto, a moral deixa de ser construída com base na lógica de certo e errado e passa a ser centrada em inclusão e exclusão. Isso cria um padrão comum de comportamento. Primeiro, as pessoas são exaltadas e sentem-se aceitas. Depois,  elas se esforçam para construir sua reputação policiando outras pessoas e condenando qualquer ação que “quebre o código”. No final, as pessoas acabam extremamente ansiosas, temendo a exclusão e a condenação. O maior pecado hoje é criticar ou discordar de um determinado assunto. Esse sistema moral baseado em inclusão e exclusão torna a insegurança algo constante. Ele cria uma tendência de hipersensibilidade, reações extremas e frequentes ataques de pânico morais, durante os quais todos se sentem compelidos a participar. A cultura da vergonha promove valores de inclusão e tolerância. Mas, paradoxalmente, ela pode ser extremamente cruel com aqueles que discordam ou não se encaixam em determinados padrões de pensamento. Fontes: The New York Times-The Shame Culture/Opinião&Notícia

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Mark Zuckerberg gera polêmica ao correr ao ar livre em Pequim

Presidente do Facebook não usou máscara em meio a onda de poluição. Outras pessoas criticaram ainda o local escolhido para a corrida matinal. Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, corre na praça de Tiananmen, em Pequim. (Foto: Divulgação/Mark Zuckerberg) Mark Zuckerberg, presidente-executivo do Facebook, gerou controvérsia nesta sexta-feira (18) na internet ao ilustrar sua chegada a Pequim com uma fotografia correndo sem máscara no centro da capital da China, durante um pico de poluição na cidade. Zuckerberg publicou a imagem em sua conta no Facebook, apesar de a rede estar censurada na China (só é acessível através de serviços de acesso VPN). Provocou mais de 150 mil reações de internautas em sua conta em apenas algumas horas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “É estupendo voltar a Pequim, comecei minha visita com uma corrida na praça de Tiannamen, ao lado da Cidade Proibida e no caminho ao Templo do Céu”, afirmou Zuckerberg na publicação, que mostra outros corredores sem máscara. “Com isto alcançarei as cem milhas em um ano correndo. Agradeço a todo mundo que me acompanhou na corrida, pessoalmente e ao redor do mundo”, acrescentou Zuckerberg. Críticas O delicado passado histórico do lugar escolhido por Zuckerberg para sua corrida matinal — com o retrato de Mao ao fundo — provocou um forte debate no Facebook. “O solo que você pisa esteve coberto do sangue dos estudantes que lutaram pela democracia. Mas aproveita sua corrida, Mark”, disse um usuário do Facebook, em alusão à violenta repressão do regime chinês aos protestos na praça de Praça da Paz Celestial de 1989, em frente à Cidade Proibida. Enquanto muitos se perguntavam por que motivo o multimilionário tinha ido correr sem máscara com o céu cor de chumbo ao fundo. “Mark, não vê a poluição? Deixe de correr ao ar livre! Pequim é meu lar, mas não recomendo que faça isso”, comentou Christina Tan. “Esqueceste algo? #Markzuckerberg, o ‘smog’ mata milhares de pessoas a cada dia. Ponha uma máscara!”, afirmou o escritório do Greenpeace do Leste da Ásia em sua conta no Twitter. No Weibo, uma espécie de Twitter chinês, a empresa que desenvolveu essa rede social, Sina, abriu o debate publicando a foto de Zuckerberg com esta mensagem: “hoje Mark Zuckerberg postou uma foto no Facebook em que corria de manhã afirmando que era maravilhoso voltar a Pequim. A poluição era então de 252 microgramas de partículas PM 2,5 [dez vezes acima da recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS)]”. Embora Zuckerberg não esconda seu desejo de conseguir autorização para a entrada do Facebook na China, seus elogios à segunda economia mundial são considerados exagerados em alguns setores do país. O fato mais famoso foi quando o empresário, que estuda mandarim e é casado com uma descendente de chineses, colocou na mesa de seu escritório na sede californiana do Facebook um exemplar de “A Governança da China”, um livro promocional do presidente Xi Jinping. A revista de lazer “The Beijinger” também repercutiu hoje a controvertida corrida de Zuckerberg e publicou em seu site: “Até onde ele vai chegar para ganhar o favor da China?”.

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