Moral on Line: A cultura da vergonha nas redes sociais

As redes sociais criaram uma cultura baseada em policiamento e exclusão que pode ser cruel com aqueles que discordam de um determinado assunto.

A cultura da vergonha nas redes sociais
As pessoas temem ser excluídas e condenadas por um grupo (Foto: Flickr/Joe The Goat Farmer)
A onipresença das redes sociais criou uma nova tendência: a cultura da vergonha. A constatação foi feita em um artigo do escritor americano Andy Crouch.

Segundo o artigo, o mundo virtual de redes como Facebook e Instagram coloca as pessoas em constante exposição e observação.

A vontade ser aceito e exaltado pelos amigos presentes na rede se torna intensa.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

As pessoas temem ser excluídas e condenadas. Nesse contexto, a moral deixa de ser construída com base na lógica de certo e errado e passa a ser centrada em inclusão e exclusão.

Isso cria um padrão comum de comportamento. Primeiro, as pessoas são exaltadas e sentem-se aceitas. Depois,  elas se esforçam para construir sua reputação policiando outras pessoas e condenando qualquer ação que “quebre o código”.

No final, as pessoas acabam extremamente ansiosas, temendo a exclusão e a condenação. O maior pecado hoje é criticar ou discordar de um determinado assunto.

Esse sistema moral baseado em inclusão e exclusão torna a insegurança algo constante.

Ele cria uma tendência de hipersensibilidade, reações extremas e frequentes ataques de pânico morais, durante os quais todos se sentem compelidos a participar.

A cultura da vergonha promove valores de inclusão e tolerância.

Mas, paradoxalmente, ela pode ser extremamente cruel com aqueles que discordam ou não se encaixam em determinados padrões de pensamento.

Fontes:
The New York Times-The Shame Culture/Opinião&Notícia

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