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Delações da Odebrecht atingem 100 políticos, entre eles dez governadores

Cabral e Alckmin são alguns dos nomes citados no acordo da empreiteira com o MPF Marcadas para começarem nesta sexta-feira (29), as delações de 15 executivos da Odebrecht, incluindo o depoimento de Marcelo Odebrecht, vão atingir mais de 100 políticos, entre eles ministros, senadores, deputados, dez governadores e alguns ex-governadores. Geraldo Alckmin (PSDB) e Sérgio Cabral (PMDB), que já foi citado em outros depoimentos, são alguns dos implicados nas delações da empreiteira.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Embora ainda não haja detalhes sobre a forma como cada um dos nomes aparecem na lista da Odebrecht, em junho, durante tratativa para negociação de delação premiada, a empreiteira revelou a procuradores da Operação Lava Jato que o ex-governador do Rio Sérgio Cabral (PMDB) cobrou propina em obras como o metrô e a reforma do Maracanã para a Copa do Mundo de 2014. O executivo responsável por detalhar o que chama de “contribuição” a Cabral é Benedicto Barbosa da Silva Júnior, ex-diretor-presidente da construtora que foi preso em fevereiro por suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção da Petrobras. Silva Júnior deve incluir outras obras, além do metrô do Rio e do Maracanã, na conta de Sérgio Cabral, como o Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Há a expectativa também de que ele afirme que o ex-governador tinha como regra cobrar da empreiteira o pagamento de 5% do valor total dos contratos das obras. As planilhas da Odebrecht apreendidas pela Polícia Federal em março deste ano já mostravam o nome de Sérgio Cabral como beneficiário de R$ 2,5 milhões pagos pela empresa em razão de obras da linha 4 do metrô do Rio. Já a reforma do Maracanã, sede da final da Copa, foi orçada inicialmente em R$ 720 milhões, mas acabou custando mais de R$ 1,2 bilhão.

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Empresa suspeita de ligação com Jucá recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas

Ministério Público Federal constata repasses milionários da Andrade Gutierrez, da OAS e da Mendes Júnior a consultoria indicada pelo peemedebista, segundo executivo da Andrade, para receber propina, revela o Estadão. Jucá diz que acusações são falsas e nega ter recebido propina Citada por um ex-executivo da Andrade Gutierrez como empresa utilizada para repassar propina ao senador Romero Jucá (PMDB-RR), a Ibatiba Assessoria, Consultoria e Intermediação de Negócios recebeu R$ 30 milhões de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. De acordo com O Estado de S.Paulo, o Ministério Público Federal constatou que os repasses foram feitos entre 2010 e 2012 pela própria Andrade Gutierrez, pela Mendes Júnior e pela OAS.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”]Ex-diretor de Energia da Andrade, Flávio Barra declarou, em sua delação premiada, que Jucá indicou a consultoria para o repasse da propina. O senador, que foi líder dos governos Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Lula (PT) e Dilma (PT), é alvo de três inquéritos da Lava Jato. O presidente interino do PMDB deixou o Ministério do Planejamento, no governo em exercício de Michel Temer, uma semana após ter assumido o cargo após a divulgação de um áudio em que defendia o impeachment de Dilma para “estancar a sangria” das investigações. Segundo o Estadão, Flávio Barra contou aos procuradores que a Ibatiba operava como uma das empresas de fachada utilizadas para escoar propina paga pela empreiteira em razão da construção da Usina Angra 3, no Rio. De acordo com a reportagem, o montante movimentado nas contas da Ibatiba foi identificado após a Procuradoria da República solicitar a quebra de sigilo de um grupo de empresas apontadas como de fachada e ligadas à Mendes Júnior. “Não obstante os vultosos recebimentos, a Ibatiba, no período de 2010 e 2012, não declarou possuir qualquer funcionário e não efetuou qualquer pagamento a contribuintes individuais, sejam pró-labore ou autônomos, conforme se verifica a partir do exame de suas Guias de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)”, assinalam os procuradores em trecho do relatório. Na avaliação deles, é “manifestamente improvável que a Ibatiba efetivamente tenha prestado os serviços pelos quais foi contratada pelas empreiteiras Mendes Júnior, Andrade Gutierrez e OAS, que motivaram transferências de milhões de reais”. A defesa de Jucá disse que as afirmações do delator são “falsas” e que o senador jamais teve “intimidade” com pessoas ligadas à Ibatiba. Leia a íntegra da reportagem no Estadão

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Em delação, Cleto cita relação entre Cunha e atual ministro Dyogo Oliveira

O ex-vice-presidente da Caixa Econômica Federal Fábio Cleto, delator na Lava Jato, teria afirmado em sua delação que o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mandou que ele abortasse sua candidatura à presidência do conselho do FI-FGTS em 2014, quando o atual ministro do Planejamento, Dyogo de Oliveira, na época secretário-executivo adjunto, se lançou candidato.Eduardo Cunha se reunia semanalmente para passar orientações ao vice da Caixa Cleto teria afirmado que Cunha tinha “assuntos de seu interesse” no Ministério da Fazenda, que vinham sendo tratados com Dyogo. As informações são do colunista Lauro Jardim. Propinas nas obras do Porto Maravilha Também na delação, Cleto afirma que foi orientado por Eduardo Cunha a segurar por três semanas um voto para cobrar propina e, depois, recomentado a votar contra a liberação de recursos do FGTS para a empresa Sete Brasil. A suposta propina teria sido de R$ 52,5 milhões, remetidos a contas bancárias no exterior, segundo o jornal O Globo.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] “Eduardo Cunha solicitou ao depoente que esperasse para proferir o referido voto. Infere que a finalidade de Cunha era obter um tempo para poder solicitar propina das empresas neste ínterim”, registra um dos termos da delação. Como vice-presidente da Caixa entre 2011 e 2015, no setor de Fundos de Governo e Loterias, Cleto tinha poder de voto nas alterações na liberação de recursos do FGTS ao projeto do Porto Maravilha, no Rio. Cleto detalhou relação de Cunha com BTG Pactual Em sua delação, o ex-vice-presidente da Caixa afirma que Cunha pedia “agilidade e prioridade na análise” nos pedidos do BTG Pactual. O caso era sempre discutido em encontros na sede do banco, em São Paulo, e na própria Caixa. Eram dois os interesses de André Esteves, do BTG: a empresa de saneamento Estre Ambiental, da qual o BTG era sócio, e a na renovação do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS). A empresa de saneamento precisava que o FI-FGTS comprasse R$ 500 milhões em ações da empresa. Cleto foi recomendado por Cunha a apoiar a operação e o investimento foi aprovado em fevereiro de 2014. A assessoria do BTG afirma que o investimento não se concretizou. Em relação ao FCVS, Cleto explicou que o Banco Nacional tinha uma dívida grande com o Banco Central em razão do Proer, e a intenção do BTG era usar o Fundo de Compensação de Variações Salariais para quitar o montante. O BTG tinha interesse em comprar o Nacional e Cleto foi recomendado a agilizar o caso. Fonte/JB

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Janot é seletivo ao denunciar políticos na Lava Jato? Cunha acha que sim

O presidente da Câmara afastado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), insinuou que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, favorece petistas nas investigações da Operação Lava Jato. Foto:José Cruz/ABr Às vésperas de novo julgamento no Supremo Tribunal Federal, que analisará indícios de fraudes relativas a contas mantidas secretamente no exterior, ele negou ter mentido sobre seu patrimônio fora do país. Segundo Cunha, ao pedir a abertura de nova denúncia contra ele, Janot age “com seletividade”. Aos Fatos checou, a partir da lista de todos os políticos com mandato implicados nos casos de corrupção na Petrobras, quantos são investigados, quantos são denunciados e quantos foram condenados em algum momento dos últimos dois anos de Operação Lava Jato.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A reportagem verificou, por exemplo, que a maioria dos políticos envolvidos no escândalo é do PP — o que resulta em mais pepistas denunciados também. Só que Janot tem denunciado mais petistas do que peemedebistas, proporcionalmente. Hoje, há seis filiados ao PT de alguma forma implicados, contra sete do PMDB. Todavia, quanto ao número de denunciados, há empate: dois a dois. Sem contar os dois congressistas ex-PT já condenados: o ex-senador Delcídio do Amaral e o ex-deputado André Vargas. Ambos foram investigados quando ainda integravam a legenda. Veja abaixo como chegamos a essa conclusão. FALSO Quantos petistas estão denunciados? [Janot] age com seletividade e só se concentra no que lhe interessa. Conforme levantamento de Aos Fatos nas bases do Supremo Tribunal Federal e do Ministério Público Federal, há, hoje, 36 políticos com mandato sob algum grau de implicação na Operação Lava Jato. Seriam 39, se o ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido, ex-PT), o ex-deputado Luiz Argôlo (SD-BA) e André Vargas (PT-PR) não tivessem perdido seus cargos em função das investigações. (Aos Fatos considerou apenas políticos com mandato porque só eles precisam passar obrigatoriamente por Janot para serem denunciados ao STF.) Desses 36, 11 já foram denunciados pela Procuradoria Geral da República ao STF, dentre os quais nove deputados e dois senadores. Seriam 12 parlamentares se considerássemos, novamente, Delcídio, que aguarda julgamento em liberdade condicional. Nesse grupo de denunciados com mandato, há dois petistas: a senadora Gleisi Hoffmann (PR), que é acusada de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por supostos desvios da Petrobras para financiar sua campanha ao Senado em 2010; e o deputado federal Vander Loubet (MS), que é acusado de integrar organização criminosa em um esquema ligado ao senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) — outro denunciado — na BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. A maioria de denunciados é do PP: cinco. A sigla é, também, a que tem o maior número de políticos citados no escândalo: 32. O deputado José Otávio Germano (RS) foi acusado de ter recebido dinheiro desviado da Petrobras por meio de doações oficiais de campanha; o deputado Luiz Fernando Faria (MG) foi acusado de corrupção passiva e ocultação de bens; o deputado Mário Negromonte Jr. (BA), de corrução passiva, ocultação de bens, organização criminosa e obstrução de justiça; e o deputado Nelson Meurer (PR), de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Este último virou réu no Supremo nesta terça-feira (21). Do partido de Eduardo Cunha, o PMDB, há dois denunciados: o deputado Aníbal Gomes (CE), que é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro; e o próprio Cunha, que tem três denúncias contra ele no STF com acusações como corrupção e lavagem de dinheiro. Em uma dessas ações, ele já é réu. A corte decide nesta quarta-feira (22) se ele poderá virar réu numa segunda denúncia. Conforme a queixa de Cunha, Janot agiria “com seletividade” ao acusar envolvidos na Lava Jato. Ele insinua que o procurador-geral da República protege políticos do PT em detrimento de filiados aos demais partidos — sem especificar quais. Dentre os denunciados, há, portanto, de acordo com o que Aos Fatos checou, dois do PT e dois do PMDB — isso se a intenção de Cunha for apenas a de defender seus correligionários. O PP, nesse caso, é maioria: cinco. Dentre os investigados, que são 22, há três políticos do PT, contra cinco do PMDB. Os representantes do PP, novamente, agregam a maior parcela: 14 têm inquérito aberto contra eles. Há ainda um membro do DEM. Já que a maioria dos políticos envolvidos nos inquéritos que investigam corrupção na Petrobras é do PP, o mesmo se reflete nos desdobramentos jurídicos da Lava Jato: há mais pepistas denunciados. Não há, entretanto, nenhum político do PP condenado. Na proporção, Janot, na verdade, tem denunciado mais petistas do que peemedebistas. Há seis filiados ao PT (sete, se contar Delcídio) de alguma forma implicados no escândalo, contra sete do PMDB. No entanto, na quantidade de denunciados, há empate: dois a dois. Veja o status de cada um dos políticos com mandato implicados na Lava Jato Outros casos. Os ex-deputados André Vargas e Luiz Argôlo são os únicos condenados nesse grupo de políticos atingidos pela Lava Jato durante seus mandatos. Enquanto o primeiro foi cassado por seus pares em dezembro de 2014 na Câmara, Argôlo conseguiu se livrar da perda de mandato porque não foi julgado em plenário antes do fim de seu mandato, também em 2014. O ex-senador Delcídio do Amaral, que tem trajetória parecida, ainda não foi julgado. Ele foi cassado em abril deste ano no Senado. O senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e o deputado Simão Sessim (PP-RJ) tiveram seus inquéritos arquivados. por Tai Leon

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Ficcção: Ali Babá teria vergonha do Congresso

Eduardo Cunha, deputado federal (PMDB), ex-presidente da Câmara, é um turbilhão de irregularidades, tido como obsessivo em busca do poder, e que já, até sonhou ser presidente do Brasil, perde para ele mesmo. Comparado a presidente afastada Dilma Rousseff difere apenas num ponto, ela: “nunca soube de nada”, ele “sabe de tudo”. Mas ambos ainda não fizeram delação premiada. Se isso ocorrer o Brasil fecha as portas. Versa a enredo das ficções em películas que encantaram o público, de que “Ali Babá e os 40 Ladrões”, diferencia dos ladrões do Brasil, apenas no conteúdo, enquanto a fórmula é a mesma. Numa versão tangente, Ali Babá estava à frente do tesouro, e um dos comparsas, perguntou: Ali, você não vai pegar nada? Não! Respondeu o personagem facínora, vocês pegam, e depois eu roubo de vocês![ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É o que temos por aqui “ladrão roubando ladrão”, e como alternativa, fica com um pouco, um “nicho” da negociado na delação premiada, um modelão tupiniquim, do aprendizado da espionagem internacional, que durante a Segunda Guerra Mundial, serviu de lastro para decantar estratégias militares. Dilma afirma que nunca roubou. Eduardo Cunha, “devo, não nego, pago quando puder”. Na verdade o episódio que se arrasta desde o caso do “mensalão”, e falta abrir a “caixa preta“ do BNDES, as cenas se repetem. Na República tupiniquim, tal qual nas ditaduras sanguinárias, o quadro é igual. Aqui um presidente da indireta, apareceu na janela, pálido, imóvel e acenou maquinalmente para um close, e gerou a sucessão pela via indireta de Tancredo Neves, o tenebroso José Sarney. Um formato bipolar para lavar a alma da ditadura militar, no famigerado pós golpe de 64, com bilhete seguro da impunidade da “Anistia, Ampla Geral e Irrestrita”. Veio a versão “bolsa família” e a “midiática global” da direita. A primeira elegeu Collor de Melo, desastroso, confiscou, mutilou milhões com seu “plano”, abriu as porteiras para China fulminar com a nossa indústria de consumo. Surrupiou a poupança dos pobres, desencadeou o impeachment. Aqui a China entra pela porta da frente e o Paraguai pela porta dos fundos. Um desastroso negócio que desmanchou nossas indústrias de pequeno porte. PC Farias, o homem da mala, apareceu morto em sua cama. Crime até hoje, blindado, quase esquecido, como tantos outros. Fernando Henrique Cardoso, professor, poluto, com seu livro verde amarelo obrigatório no currículo das universidades, e bem mandado – o ventríloquo mor do capital. Assinou com tudo e todos, fez o PDV, (lesionou direitos trabalhistas) e abriu sua loja de negócios, convidou os felizardos para festa das estatais. Num país, que ex-presidentes morrem do nada, surgem, conotações assustadoras. O deputado, mediador pacificador Ulisses Guimarães, presidente do MDB, desapareceu num vôo de helicóptero, no litoral de Santos. Juscelino Kubitschek morreu de desastre na via Dutra. Seu automóvel colidiu com um caminhão, num acidente obscuro, mal contado e pouco esmiuçado. Não muito recente Eduardo Dutra, um aceno socialista de que teríamos uma chance de investir numa promissora proposta de governo, as vésperas das eleições, morreu tragicamente naquele acidente aéreo, com o avião caindo sobre casas. Recente, seu piloto, Paulo Cesar de Barros Morato, aparece morto, a autópsia concluída em 30 de junho, revelou: “morte por envenenamento”. Quem teria envenenado ou ele próprio ingeriu no mortífero. O que mais posso comentar? Se o caso Celso Daniel, petista, próximo de tudo e de todos da cúpula agremiativa, assassinado no auge de sua liderança no ABC paulista, ainda não tem a verdade e sequer autoria confirmada. Se hoje o presidente em exercício Michel Temer. Em recente pesquisa, tem a confiança de 61% dos brasileiros. Eu particularmente prefiro aguardar a próxima pesquisa. Ávido e compulsivo quanto todos os nacionalistas que sentem no sangue, o fulgor e o latejante desejo de libertação do seu povo, assisto a tudo atônito. Por mais que tento entender, esbarro nos mesmos obstáculos de qualquer cidadão comum. A blindagem sobre esses temas é total. Só vaza aquilo que pode vazar. Quando se chega próximo do caso, alguém desaparece. Se Ali Babá não fosse ficção, melhor seria ser verdadeiro. A “caixa preta” está ligada a Cunha, que está ligada ao PMDB, que está ligada ao Congresso e envolve a poluta e estável Caixa Econômica. A caverna do tesouro dos 40 tupiniquins tem caminho sinalizado, seta indicativa para, onde ironicamente, por mera coincidência, os três: Caixa, BNDES e Petrobrás, todos na Avenida Chile. Até aqui no banquete das delações, a Odebrecht, OAS e Delta, todas honrosas empreiteiras, financiadoras e intimas do poder. Palmas para a louvável e nacionalissima ação da Policia Federal, uma benção para a comunidade. Deus é brasileiro! Dilma não volta, mas tem o “volta Lula”. Eduardo Cunha não volta. Mas a “caixa preta” do BNDES, essa sim pode voltar, e se aberta nada será encontrado. Estiveram antes. Ali Babá não dorme no ponto! Roberto Monteiro Pinho

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As férias “a jato” do ministro que bate panelas e as encrencas de seus parceiros.

O ministro interino das Cidades, Bruno Araújo, apesar de ter sido agraciado com uma das pastas mais importantes e de maior orçamento do governo interino de Michel Temer, conseguiu se destacar não por qualquer ação que tenha desenvolvido nesses quase dois meses à frente do Ministério, mas por ter precisado se afastar do cargo, às pressas, por uma semana, para realizar misteriosa viagem ao exterior, onde teria ido tratar de “assuntos pessoais inadiáveis”. Para poder autorizar o afastamento do ministro, sem exonerá-lo, já que isso acarretaria seu  retorno ao mandato em prejuízo de seu suplente, a assessoria do presidente interino criou um arranjo, segundo o qual, o ministro, que sequer tem dois meses no cargo, teve direito a tirar uma semana de férias, mesmo sem ter um ano no exercício do cargo. Como sabemos, para que qualquer trabalhador ou servidor público adquira tal direito, faz-se necessário, pelo menos, um ano de exercício no cargo ou emprego.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Privilégios à parte, chama a atenção, o fato de que as “férias” do ministro coincidem com dois episódios envolvendo pessoas bastante próximas a Bruno Araújo, que se notabilizou durante o processo de “impeachment”, não apenas por ter dado o voto 342, que resultou no afastamento da presidente Dilma Rousseff, mas, também, por levar panelas para o plenário da Câmara dos Deputados e ficar batendo-as, enquanto fazia pronunciamentos contra a corrupção do governo, ao qual fazia oposição, na tribuna da Câmara Federal. Araújo chegou a ficar conhecido como “o deputado paneleiro”, por causa da pantomima que encenava com frequência na Tribuna. A edição do Diário Oficial da União, de 05/07/2016, publicou o despacho nº 7, de Michel Temer, autorizando as férias do Ministro das Cidades, dos dias 3 a 8 de junho: No mesmo dia, ou seja, 05/07, em que foi publicada a autorização de “férias” de Bruno Araújo, por uma infeliz coincidência, a Polícia Federal deflagrou a “Operação Black List”, contra o prefeito de Camaragibe, Jorge Alexandre, do PSDB, partido de Araújo. Jorge Alexandre é um dos  principais aliados do ministro Bruno Araújo, no Estado de Pernambuco. O inquérito que investiga o aliado de Araújo e vários de seus assessores e empresários, corre perante o TRF da 5ª Região,  porque Jorge Alexandre, como prefeito, tem foro privilegiado. O desembargador alagoano Rubens Canuto, que tomou posse em dezembro de 2015, decretou sigilo absoluto sobre o inquérito, proibindo, inclusive, que a Polícia Federal desse qualquer entrevista sobre a Operação.     SAIBA MAIS SOBRE A POSSE DE CANUTO AQUI Sabe-se, entretanto, que a ação da Polícia Federal teria desbaratado um esquema de fraudes em licitações e comércio ilegal de medicamentos, que girou em torno de R$ 100 milhões (Leia Aqui). Exatamente um mês antes da Operação da PF, em Camaragibe, Araújo fez visita política ao aliado  Jorge Alexandre, prometendo liberação de recursos federais para obras de infra-estrutura no Município. Segundo o jornalista Inaldo Sampaio, em seu Blog, Jorge Alexandre foi um dos poucos prefeitos pernambucanos a irem à posse de Araújo no Ministério das Cidades. Blog do Inaldo Sampaio, em 05/06/2016 O prefeito de Camaragibe é empresário do setor de medicamentos, sendo proprietário de distribuidoras, a primeira delas foi a empresa JAMED Comércio Ltda ME, CNPJ, 04.754.413.0001-12. Assista o vídeo onde Jorge Alexandre se apresenta como dono da Jamed, Aqui. Segundo o site da Receita Federal, hoje, a JAMED apresenta outros sócios: Bruno Araújo, por sua vez, em sua campanha, recebeu ajuda de empresas ligadas ao setor de laboratórios, num total de R$ 340 mil, em doações, o que demonstra que é um político bem visto pelo empresariado que atua no ramo de laboratórios. Vejamos:      Fonte: http://meucongressonacional.com/eleicoes2014/candidato/2014170000000043 Embora não tenha processos ajuizados em seu nome, Bruno Araújo é sócio cotista do escritório de advocacia J. Meira, conforme ele mesmo declara à Justiça Eleitoral, num percentual de 17,5%, onde também assume ser proprietário de um apartamento nas chamadas “Torres Gêmeas” da Moura Dubeux” (Pier Duarte Coelho). Não fica clara, portanto, qual seria sua função no escritório de advocacia, uma vez que como deputado, portanto, mesmo antes de assumir o ministério interino, Araújo já era impedido de advogar, por força do Estatuto da OAB. Nas chamadas “Torres Gêmeas”, Araújo é vizinho do deputado Jarbas Vasconcelos, de quem foi líder do governo, quando Vasconcelos governou Pernambuco (Leia AQUI: “Líder do governo Jarbas, Bruno Araújo interferiu para transferir delegado que investigava corruptos aliados”) e de Rômulo Maciel Filho, ex-presidente da HEMOBRAS, este último, acusado, pela  Polícia Federal, na Operação “Pulso”, de fraudar licitações da estatal, juntamente com os lobistas Delmar Siqueira Rodrigues e a filha deste,Juliana Siqueira Rodrigues, que, segundo o blog apurou, têm ligações antigas com a Odebrecht. Curiosamente, o lobista Delmar Siqueira Rodrigues, preso pela Operação “Pulso”, recebeu título de cidadão pernambucano por indicação de ninguém menos que Bruno Araújo, quando ainda deputado estadual (Leia AQUI).  Na operação “Pulso”, também foi indiciado o petista Mozart Sales, o que demonstra que a corrupção não faz acepção de pessoas. Durante a Operação Pulso, um fato curioso foi a tentativa de Rômulo Maciel Filho “salvar” parte dos recursos que guardava em seu luxuoso apartamento nas “Torres Gêmeas”, arremessando uma sacola de dinheiro pela janela. Vejam o vídeoAqui.   Confira AQUI Conforme se pode observar na procuração extraída de um processo em tramitação no STF, o escritório do qual Bruno Araújo se declarou “cotista”, se associa com outros escritórios de nomeada, para atuar especificamente nos Tribunais Superiores, onde não só o próprio Bruno Araújo teria muito prestígio, mas seus sócios, entre eles o advogado e empresário do ramo de turismo e imobiliário, Marcos Meira: Recentemente, aliás, Araújo, já ministro das Cidades, prestigiou a posse  do novo desembargador federal Élio Filho, fazendo-se acompanhar de pessoas ligadas à gestão Geraldo Júlio, do PSB (DetalhesAQUI): O advogado Marcos Meira, sócio de Bruno Araújo, conforme o próprio ministro interino declara à Justiça Eleitoral, foi apontado pelo ex-presidente da OAS, Leo Pinheiro, em mensagens de celular, como a pessoa a quem os executivos da empresa recorreriam para retardar ou modificar resultados de julgamentos no STJ, de onde o pai

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Governo Temer: Mangas de fora?

Quando Michel Temer pensou em dar o Ministério da Justiça para Antônio Cláudio Mariz de Oliveira, era impossível que ignorasse as críticas do advogado à Lava Jato. Ainda assim, colou a versão de que o presidente interino se surpreendeu ao ler entrevistas nas quais Mariz se limitou a repetir o que sempre disse. Era um lapso do criminalista, e Temer posou de bom moço. A pasta à qual a Polícia Federal se vincula terminou nas mãos de outro advogado, Alexandre de Moraes. Em entrevista a esta Folha, ele defendeu mudanças na forma como o chefe do Ministério Público Federal tem sido escolhido desde 2003. Como a proposta soou a interferência no MPF, Temer desautorizou seu subordinado. Era só uma opinião pessoal.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Uma semana depois, tornaram-se públicos diálogos gravados por Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro. Em um deles, o senador Romero Jucá sugere um pacto para deter a Lava Jato e menciona conversas com ministros do Supremo. Jucá perdeu o Planejamento no episódio, mas não se afastou de Temer. Apesar disso, a boa vontade com o governo ficou inalterada. Vendo esse clima favorável, mais gente botou as mangas de fora. O presidente do Senado, Renan Calheiros, empenha-se para aprovar um projeto de lei que esteriliza a delação premiada e outro que intimida juízes e investigadores. Na Câmara, Temer deu aval nesta semana para que fosse retirada a urgência de um pacote de medidas anticorrupção. No STF, alguns ministros já indicam a possibilidade de rever julgamento que autorizou prisão a partir da segunda instância —decisão tomada em fevereiro e considerada um marco contra a impunidade. Os milhões que foram às ruas protestar contra Dilma Rousseff também levantaram a bandeira da República de Curitiba. Pelo silêncio atual, todos parecem crer que tantas ameaças à Lava Jato não passam de lapsos e iniciativas individuais —ou talvez estejam botando as mangas de fora. Fonte:Folha de S.Paulo

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Çerra cumprindo o que lhe foi ordenado.

1. Primeiro o pré sal – esse já foi! 2. Com o fascista “hermano de los pampas”, trabalhando para desmontar o Banco dos BRICS. 3. Acordo nuclear com a empresa acima do Rio Grande, afunda – ainda em construção – o submarino nuclear dos Tapuias. 4. Com tratados como o TPP e o TISA, Çerra arrisca tirar do Brasil o status de ator global [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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