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Roberto Pontes – Versos na tarde – 25/09/2013

Poema Roberto Pontes¹ o piso não fabula a verdura engastada na poeira e no salitre nem mesmo as próprias raízes desbebidas no lençol de anidro o solo ingere as forras tessituras dessangradas dos folículos e folhas ele suga a sudorência do granito seus produtos se arrimam na caliça a terra não concebe o nobre cepo do cedro cisma a figura inane do xerófito o gozo estriado dos fibromas e a indigência epitelial da citra ¹Francisco Roberto Silveira de Pontes Medeiros * Fortaleza, CE. – 04 de Fevereiro de 1944 d.C [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Francisco Carvalho – Versos na tarde – 25/04/2013

Discurso da ira Francisco Carvalho¹ Os pobres estão se evaporando à vista de todos. O tempo vai passando os pobres vão se decompondo seus rostos são apagados pelo vento e da memória dos computadores até que ninguém se lembre mais de suas caveiras sorridentes afugentando os parasitas dos burocratas nas repartições públicas. Os pobres estão sumindo aos olhos de todos. O tempo os vai tornando cada vez mais parecidos com a morte. Enquanto isso, os poderosos sacodem suas nádegas fotogênicas fazem belos discursos para a distinta platéia e afagam avidamente as orquídeas. ¹Francisco Carvalho * Russas, CE. – 11 de Junho de 1927 d.C + Fortaleza, CE> – 5 de março de 2013 d.C Apesar de ter vencido a 1ª Bienal Nestlé de Literatura Brasileira, com o livro Quadrante Solar (1982) e de obter o prêmio da Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, com Girassóis de Barro (1997), o poeta da cidade de Russas é praticamente um desconhecido no País. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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