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Lava-Jato e chantagem

A chantagem em curso, se as quadrilhas forem desmontadas, provocará a demissão de mais de 300 mil empregados dos quadrilheiros, segundo eles. O que os chantagistas não dizem é que esses quadrilheiros estão fazendo 200 milhões de habitantes verem seu país desmoralizado em todo o mundo, e precipitando uma crise que pode atingir não apenas 300 mil desempregados, mas sim um confronto de desiludidos sem emprego, vendo seu país crescer para baixo. O que significa que, em função desse escândalo em que a Petrobras representava 60% dos investimentos brasileiros, essa quadrilha que já atua há vários anos, pode jogar nosso país num abismo. A lei, que vem sendo rigidamente cobrada e aplicada pelas autoridades que fazem a Operação Lava Jato, com certeza seria muito melhor se outros juízes em tempos passados levassem a julgamento todos aqueles banqueiros do Proer, alguns que em função governamental passavam até cheques sem fundos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] E nenhum desses, que deram o prejuízo de mais de 20 bilhões de reais, foram sequer interrogados, e todos eles continuam vivendo em suas mansões nababescas, com extensão patrimonial no exterior, e ainda se dizendo credores de bilhões do Banco Central (o povo). Desses, os únicos que perderam realmente foram o Brasil, que cobriu os seus rombos, seus empregados, que perderam os empregos, e alguns investidores, que viram suas aplicações minguarem. Na realidade, esse processo Lava Jato vai levar á prisão dos trombadinhas, Barusco e companhia, os chefes das quadrilhas, os Al Capones do segmento, mas lamentavelmente pode levar nosso país à crise, que com a população que tem, e com a pobreza que existe, pode nos dificultar o retorno de um país do futuro. Jornal do Brasil

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Renan Calheiros recebeu 30 Milhões de propina

Propina de R$ 30 milhões para Renan. Inquérito da PF revela desvio de R$ 100 milhões nos fundos de pensão Postalis e Petros. Delator acusa o presidente do Congresso de receber quantia milionária. Os parlamentares petistas Lindbergh Farias e Luiz Sérgio teriam ficado com R$ 10 milhões cada. Um golpe perpetrado recentemente contra os fundos de pensão Postalis e Petros começa a ser desvendado pela Polícia Federal. Inquérito sigiloso obtido com exclusividade por ISTOÉ traz os detalhes de um esquema que desviou R$ 100 milhões dos cofres da previdência dos funcionários dos Correios e da Petrobras. Parte do dinheiro, segundo a PF, pode ter irrigado as contas bancárias do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), do senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e do deputado federal e ex-ministro de Dilma, Luiz Sérgio (PT-RJ), atualmente relator da CPI do Petrolão. Prestes a ser enviado ao Supremo Tribunal Federal, devido à citação de autoridades com foro especial, o inquérito traz depoimento de um funcionário do grupo Galileo Educacional, empresa criada pelo grupo criminoso para escoar os recursos dos fundos. Segundo o delator identificado como Reinaldo Souza da Silva, o senador Renan Calheiros teria embolsado R$ 30 milhões da quantia paga, Lindbergh R$ 10 milhões e o deputado Luiz Sérgio, o mesmo valor.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Para desviar os recursos dos fundos de pensão, os acusados, segundo a investigação da PF, montaram o grupo Galileo Educacional a fim de assumir o comando das Universidades Gama Filho e UniverCidade, ambas no Rio de Janeiro, que passavam por dificuldades financeiras. Para fazer dinheiro, o grupo Galileo lançou debêntures que foram adquiridas pelo Postalis e pelo Petros. De acordo com a PF, a operação foi feita apenas por influência política e sem nenhum critério técnico. O dinheiro, em vez de ser aplicado nas universidades, teria sido desviado para um emaranhado de empresas e depois, segundo o delator, remetido a Renan, Lindbergh e Luiz Sérgio. Em pouco menos de um ano, o MEC descredenciou boa parte dos cursos de ambas universidades e os fundos arcaram com o prejuízo. Nas seis páginas de denúncia, o delator cita, além dos parlamentares, os supostos operadores desses políticos e de seus partidos, imbricados numa rede de empresas de fachada que teriam servido para lavar os recursos dos fundos de pensão. Até agora, PF e Ministério Público já ouviram mais de 20 pessoas, pediram o indiciamento de algumas delas e chegaram a cogitar prisões cautelares e a apreensão de passaportes. “Os envolvidos montaram todo um simulacro com aparato administrativo, financeiro e jurídico para angariar recursos em uma estrutura que não tinha qualquer comprometimento com a proposta educacional”, afirma o delegado Lorenzo Pompilio, que comanda o inquérito. Em relatório encaminhado ao MPF, ele fala em “ciclo criminoso”, considerando a incursão dos acusados nos crimes de peculato, formação de quadrilha e estelionato. Segundo o delegado, as atas de reuniões, assembléias, contratos e outros registros financeiros indicam “ações delineadas e orquestradas a pretexto de desenvolvimento de atividade acadêmica”, mas que tinham o único intuito “captar recursos que desapareceram”. Sem poder avançar na apuração do núcleo político, além do que já foi descoberto, evitando assim que o processo seja enviado prematuramente ao STF, os investigadores dissecaram a ação de seus operadores. Quem capitaneou o esquema foi o advogado Marcio André Mendes Costa, responsável por criar o grupo Galileo e montar a engenharia para drenar recursos dos fundos de pensão – tudo feito com aparência de legalidade e auxílio de conhecidos executivos do mercado financeiro. Em pouco tempo, Mendes Costa conseguiu acessar os cofres do Postalis e da Petros, assumiu o controle da Universidade Gama Filho e da UniverCidade, instituições tradicionais do Rio de Janeiro. Toda essa influência não surgiu do nada. Ex-conselheiro da OAB-RJ, o advogado circula com desenvoltura no meio político. Advoga para Furnas e trabalha há anos para a família do ex-senador Wellington Salgado, do PMDB mineiro, antigo aliado de Renan Calheiros. Também é parceiro do peemedebista Hélio Costa. Foi o ex-ministro das Comunicações quem indicou Adilson Florêncio da Costa como diretor financeiro da Postalis. Ao sair, Florêncio da Costa deixou em seu lugar Ricardo Oliveira Azevedo, outro apadrinhado de Renan. Azevedo levou ao comitê financeiro do fundo, em abril de 2011, a proposta de investimento no grupo Galileo. Em seu relatório, ele avalizou o projeto e o negócio acabou aprovado por todos os integrantes. Uma vez concluído o negócio, Florêncio da Costa tornou-se conselheiro da Galileo. Aqui está o que a Polícia Federal definiu como aprovação por influência política, sem critério técnico. O dinheiro do Postalis, cerca de R$ 80 milhões, foi usado para adquirir 75% do total de debêntures emitidas pelo grupo. O restante foi comprado pela Petros e pelo Banco Mercantil do Brasil, responsável por estruturar a operação. Segundo depoimentos, dentro do banco o negócio foi encaminhado pelo irmão de Mendes Costa, Marcus Vinícius, acionista minoritário do BMB. As debêntures do Galileo tiveram como lastro as mensalidades do curso de medicina da Universidade Gama Filho, que naquele momento já passava por dificuldades financeiras e risco de descredenciamento pelo Ministério da Educação. Comprá-las era uma decisão temerária e só uma gestão política poderia garantir a aplicação milionária num negócio pra lá de suspeito. Mas os dirigentes dos fundos desconsideraram o risco, assim como se comportaram o banco BNY Mellon, contratado pelo Postalis como administrador dos investimentos, e a consultoria Planner Trustee, agente fiduciária da operação. Ao todo, o Postalis investiu R$ 81,4 milhões em debêntures. Para receber os recursos, Márcio Costa criou a empresa Galileo Gestora de Recebíveis S.A, também controlada por ele. Como se as garantias das mensalidades do curso de medicina já fossem frágeis, o advogado ainda decidiu trocá-las pelas de engenharia mecânica e elétrica – sem avisar ao Postalis. O escândalo veio à tona em 2012 e foi até alvo de uma CPI na Assembléia Legislativa do Rio, mas as investigações foram abafadas. O relatório final da CPI responsabilizou Márcio Costa, sem considerar suas relações políticas e societárias. Em depoimento à PF, a advogada Beatris Jardim, nomeada por

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Petróleo: Produção no Brasil em 2014 supera projeção do Goldman Sachs

Neste ano, produção nos quatro primeiros meses é o dobro de 15 anos atrás para o período A produção de petróleo no Brasil em 2014 superou em 24 mil barris por dia a projeção feita pelo grupo financeiro Goldman Sachs em relatório publicado no mês de outubro. Dados consolidados da Agência Nacional de Petróleo (ANP) indicam produção média de 2,254 milhões de barris por dia (bpd) no ano passado, enquanto em 2015, de acordo com números do Boletim Mensal de Produção atualizados em 1º de junho, a produção nacional nos quatro primeiros meses já é o dobro de 15 anos atrás para o período. O relatório publicado pela instituição financeira em outubro do ano passado previa um aumento de 206 mil bpd da produção nacional de petróleo em 2014 mas, oito meses depois, resultados da ANP mostram que a oferta saltou de 2,023 milhões em 2013 para 2,254 milhões no ano passado, um aumento de 230 mil bpd (11%) entre os dois anos. À época da publicação, o relatório destacava que a produção “frustrante” entre os segundos trimestres de 2012 e 2013 por conta da queda da oferta da Bacia de Campos e um início lento na extração do Pré-sal estava ficando para trás.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Produção da Petrobras no pré-sal atinge novos recordes em maio Nesta sexta-feira (12), segundo informações da Petrobras, a extração no Pré-sal bateu recordes, alcançando a marca de 726 mil bpd e aumento de 1,6% em relação ao mês de abril, que teve números correspondentes a 715 mil bpd. Abril encerrou o melhor quadrimestre da história da produção de petróleo no país, dobrando os números conquistados 15 anos atrás, quando a produção média para o primeiro quadrimestre foi de 1,166 milhão de bpd, contra números de 2,427 milhões de bpd em 2015. Com crescimentos mensais, o Pré-sal tem aumentado sua participação na produção nacional. Entre janeiro e abril deste ano houve queda na oferta, passando de uma média de 2,469 milhões para 2,394 milhões de bpd, o que também impulsionou o aumento do percentual de participação do Pré-sal nesses números, subindo de 27% para 29%. Mesmo pessimista, relatório projetou cotação maior para o preço do barril Mesmo fazendo as projeções mais pessimistas entre as instituições financeiras para os preços do petróleo, o Goldman destacou que o cenário ruim não seria uma ameaça à sustentabilidade de projetos na Bacia de Santos, uma das que que fazem parte do conglomerado do Pré-sal, por conta de seu baixo custo de manutenção. O relatório diminuiu a previsão para a cotação do Brent no primeiro trimestre de 2015 de US$ 100 para US$ 85 por barril, entretanto, a queda foi maior ainda, com média de US$ 60 no período. Apesar de a cotação do barril de petróleo seguir movimento de queda, os custos de produção também têm decaído, segundo informações do site da Petrobras. No segundo trimestre de 2014 (período com dados mais antigos disponíveis), os custos de produção incluindo a participação governamental estavam em US$ 32,60. Já no primeiro trimestre de 2015, este valor diminuiu, para US$ 20,05. Jornal do Brasil

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Petrolão: um nó górdio que ninguém quer desatar pra valer

Se não me engano, foi no mandato do senador Antero Paes de Barros que houve algo semelhante ao Petrolão. Em andamento, uma CPI, cujo volume de envolvidos sofreu aumento que fugiu ao seu controle. Assim acontece com o Petrolão. Nomes e nomes surgem do nada, engrossando a lista dos implicados. Isso tornará a apuração um verdadeiro nó górdio. Pé e ponta desaparecerão, mas não haverá ninguém para cortar o pacote. Pelo contrário, haverá quem queira embrulhá-lo com muito cuidado, visto que contém ingredientes de alto poder destrutivo. E só. [ad#Retangulo – Anuncios – Duplo]

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Operação Lava Jato: Líder do governo no senado recebeu r$ 200 mil de lobista

A candidatura ao Senado de 2010 do líder do governo, Delcídio Amaral (PT-MS), registrou três doações eleitorais, no total de R$ 200 mil, de duas empresas do lobista Júlio Camargo que receberam R$ 67 milhões da construtora Camargo Corrêa “sem terem realizado qualquer serviço”. DELCÍDIO RECEBEU R$ 200 MIL DE JÚLIO CAMARGO NAS ELEIÇÕES 2010. FOTO: JOSÉ CRUZ/ABR O dado consta do laudo pericial da Polícia Federal que cruzou “doações de cunho político” feitas pela empreiteira – acusada de cartel e corrupção na Lava Jato -, com valores recebidos em contratos da Petrobrás e os pagamentos por consultorias e serviços, a partir de 2006. A primeira doação para a campanha de senador de Delcídio ocorreu em 28 de julho de 2010, valor R$ 100 mil, pagos pela empresa Treviso do Brasil Empreendimento. Poucos dias depois, em 13 de agosto, foram feitos dois repasses que somaram mais R$ 100 mil: um de R$ 50 mil da Treviso e outro de R$ 50 mil da Piemonte Empreendimentos. As duas empresas pertencem ao lobista Julio Gerin Camargo, apontado como operador de propinas no esquema de cartel e corrupção na Petrobrás, desbaratado pela Lava Jato a partir de março de 2014. Ele representava comercialmente a Camargo Corrêa e empresas internacionais – como o grupo japonês Mitsui, envolvido no inquérito que investiga o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Segundo afirmou o ex-presidente da Camargo Corrêa Dalton Avancini, em acordo de delação premiada, Piemonte e Treviso receberam da empreiteira valores mesmo “não tendo sido prestado qualquer serviço”. “Somando-se o total pago à empresa Treviso, com o total pago à empresa Piemonte, obtêm-se o montante de R$ 67,7 milhões pagos nos anos de 2010 e 2012”, informa o laudo 1047/2015. Subscrito pelo perito criminal federal Ivan Roberto Ferreira Pinto, o documento usou dados de contabilidade da empresa, em poder da PF, e de levantamento comercial e eleitoral. Foram registrados ainda pagamentos de valores para candidatos a prefeito e vereador no Mato Grosso do Sul, em 2012, feitos pelas duas empresas do lobista, que totalizaram R$ 320 mil. O senador admitiu que foi ele quem pediu tais contribuições. Avancini e outro alto executivo da Camargo Corrêa, Eduardo Leite (ex-vice-presidente), foram presos em novembro de 2014 pela Lava Jato. Após fecharem acordo de delação premiada, em abril, cumprem prisão preventiva em casa. Em seus termos de delação, eles confessaram envolvimento no esquema de cartel e corrupção e apontaram outro executivo da Camargo Corrêa, Marcelo Bisordi, como responsável pelos assuntos de doações aos partidos políticos. Avancini e Leite apontaram os nomes do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e do ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa como pessoas que pediram doações para a Camargo Corrêa para a campanha de 2010. Ao todo, a Camargo Corrêa registrou o repasse de R$ 183 milhões em “doações de cunho político” entre 2008 e 2013 – destinadas a candidaturas e partidos da situação e da oposição -, mostra o laudo. O líder do governo no Senado não é alvo da Lava Jato. Seu nome chegou a ser citado nas delações, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que não havia elementos, em março, para abrir naquele momento um inquérito. Ex-ministro de Minas e Energia no governo Itamar Franco, entre 1994 e 1995, Delcídio foi também diretor de Gás e Energia da Petrobrás, no governo Fernando Henrique Cardoso, e ex-funcionário da Shell, na Holanda. Aliado do ex-governador do Mato Grosso do Sul Zeca do PT, é também próximo do ex-diretor de Internacional da estatal Nestor Cerveró – preso desde janeiro, em Curitiba. Ex-PT O laudo destaca ao todo R$ 1 milhão em doações da Piemonte e Treviso à candidaturas nas eleições de 2010 e 2012. Entre elas, além de Delcídio, está a então candidata ao Senado por São Paulo, pelo PT, Marta Suplicy. Sem partido atualmente, a ex-prefeita da capital paulista recebeu R$ 100 mil. Foi uma doação de R$ 50 mil da Piemonte e R$ 50 mil da Treviso, ambas no dia 13 de agosto – mesma data que Delcídio recebeu iguais valores das duas empresas. Após 33 anos de militância no PT, a senadora oficializou no final de abril sua saída do partido com uma carta na qual afirmou ter ficado constrangida com o “protagonismo” da legenda em “um dos maiores escândalos de corrupção que a nação brasileira já experimentou”. “Mesmo após a condenação de altos dirigentes, sobrevieram novos episódios a envolver a sua direção nacional”, afirmou a senadora, referindo-se indiretamente ao mensalão, revelado em 2005, no governo petista de Luiz Inácio Lula da Silva, e ao escândalo de corrupção na Petrobrás, desbaratado em 2014, no governo de Dilma Rousseff. Marta e Delcídio também aparecem no laudo da PF nas doações oficiais registradas pela Camargo Corrêa em sua contabilidade. Marta recebeu R$ 2,5 milhões, em quatro doações de R$ 500 mil cada, entre 20 de julho e 22 de setembro. Delcídio recebeu R$ 500 mil no dia 20 de julho. As doações registradas são oficiais, afirma a Camargo Corrêa, e feitas dentro da legalidade. Investigadores da Lava Jato, no entanto, têm elementos para apontar que os pagamentos legais aos partidos serviram para ocultar propina desviada da Petrobrás. No esquema, que já chegou ao um rombo reconhecido pela estatal de R$ 6 bilhões, PT, PMDB e PP controlavam diretorias da estatal, por meio da qual arrecadavam de 1% a 5% em contratos que eram fatiados por 16 empresas cartelizadas, entre elas a Camargo Corrêa. COM A PALAVRA, AS DEFESAS Por meio de sua assessoria de imprensa, o senador Delcídio Amaral (PT-MS), alega que “as doações de 2010 foram devidamente registradas na prestação de contas do senador Delcídio e julgadas legais pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), conforme registros públicos”. “Com relação aos candidatos de 2012 as doações, também legais, foram feitas por solicitação do senador Delcídio Amaral.” COM A PALAVRA, A CRIMINALISTA BEATRIZ CATTA PRETA Julio Camargo nunca foi lobista. Quanto ao contrato mencionado, já declarou os fatos em colaboração, e ratifica que atuou

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Pasadena: mais um factoide para se estudar na faculdade

Professores de jornalismo de todo o Brasil! Eis mais um caso para apresentar a seus alunos, sobre factoides políticos do jornalismo brasileiro.   O Estadão publicou matéria dizendo o seguinte: É manipulação em vários níveis. Reparem no verbo “indica”. Não há informação nenhuma dizendo que a reunião entre Paulo Roberto Costa, então um diretor importante da Petrobrás (funcionário há décadas na estatal, diga-se de passagem, e que recebeu várias promoções na era FHC), e o presidente Lula tratou da refinaria de Pasadena. Por isso, o verbo usado é “indicar”. “Indicar”, no dicionário do jornalismo verdadeiro, significa exatamente o contrário: “não indica”. Porque no jornalismo verdadeiro não existe mulher “meio grávida”. Ou existem fatos ou não. Lula negou que a reunião tivesse sido sobre Pasadena. Essa é a única informação concreta. Olha só este parágrafo do Estadão, que modelo maravilhoso de manipulação babaca: “Conforme o documento obtido pelo Estado, o encontro entre Lula e Costa se deu em 31 de janeiro daquele ano, no Palácio do Planalto, exatos 31 dias antes de o Conselho de Administração da Petrobrás, na época chefiado pela então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, dar aval à aquisição de 50% da refinaria.”[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Exatos 31 dias… O que significa “exatos 31 dias”? E se fossem 32 dias, ou 27 dias, ou 54 dias? O que o fato de serem “exatos 31 dias” prova? Nada. Mas a expressão “exatos 31 dias” dá a impressão, e esse é o objetivo, de que a reunião entre Costa e Lula só podia ser sobre Pasadena, como se a Petrobrás não tivesse centenas de outros assuntos mais importantes a serem tratados. Estamos ainda no primeiro nível da manipulação. A Folha repercute a matéria, perdendo os escrúpulos. O verbo indicar é esquecido e lá vamos nós. Agora a coisa virou certeza. Parece brincadeira de telefone sem fio. A “auditoria” apenas tinha mencionado reunião entre Costa e o presidente, não havia falado sobre o que discutiram.  A Petrobrás, naqueles anos, estava fazendo as mudanças que resultariam na descoberta do pré-sal. Havia vários assuntos a serem discutidos com Paulo Roberto Costa e Gabrielli. Pasadena era a menor das preocupações da Petrobrás naquele ano. Essa é a manipulação em segundo nível. O terceiro nível da manipulação, que para mim é a pior de todas, vem do próprio relatório do TCU, um órgão profundamente politizado, que apontou um “prejuízo” de mais de 700 milhões de dólares na refinaria de Pasadena. Esse prejuízo foi meio que forçado pela pressão da mídia, que tratou, desde o início, a refinaria de Pasadena como uma “sucata velha” e a sua compra como uma coisa completamente inútil. Onde já se viu, a Petrobrás adquirir uma refinaria nos EUA? Na era FHC, a Petrobrás vendia suas refinarias para os EUA! Isso é o certo a fazer, na mentalidade colonizada de nossa mídia! Comprar refinarias? Aumentar o patrimônio da Petrobrás? Expandir seus negócios? Isso é crime! Esse prejuízo é uma manipulação, porque a refinaria está aí, dando lucro. A própria Folha, na época do escândalo, enviou uma repórter à Pasadena e descobriu isso. A matéria foi publicada no site, mas não no jornal impresso e nunca teve repercussão em outras mídias. Trecho da matéria publicada na Folha: “(…) a Pasadena Refining System Inc. (PRSI) teve, nos dois últimos anos, seu melhor desempenho desde 2005, operando com uma boa margem. Em 2013, o grupo de refinarias do qual ela faz parte teve uma média de 95% de aproveitamento. Consultada, a Petrobras diz que a refinaria “opera em plena capacidade –de 100 mil barris/dia– com resultado positivo”. O momento favorável é explicado pelo boom de produção do óleo não convencional leve, conhecido como tight oil, no golfo do México. Incrustada num “cinturão” de refinarias localizado às margens do Houston Ship Channel, canal por onde circula grande parte da produção do golfo, a Pasadena Refining System se beneficiou da grande oferta de óleo leve, de boa qualidade e –por enquanto– barato nos EUA.” *** Pois é, o petróleo continua barato nos EUA… Como é possível apontar o “prejuízo” pela compra de uma refinaria alguns anos depois da operação, sem antes aguardar que ela dê resultados, e sem avaliar a sua importância estratégica? Pasadena é um caso emblemático de manipulação, e que engolfou até mesmo a Dilma, que entrou no jogo da mídia, ao dar aquela declaração desastrada, de que “desconhecia os aspectos prejudiciais do negócio”. Não tinha  “aspecto prejudicial” nenhum. As cláusulas eram comuns e explicáveis pelo fato de que o interessado na compra era a Petrobrás, não a Astra. Com o fim do embargo econômico de Cuba, o porto de Mariel (construído pelo Brasil em Cuba), o novo canal do Panamá na China, as descobertas de petróleo no Golfo do México, a produção de petróleo de xisto no Texas, a refinaria de Pasadena passa a ser um ativo estratégico da Petrobrás, porque está situada no coração de tudo. Todas as pipelines que abastecem os Estados Unidos de gasolina e diesel se encontram em Pasadena. A mídia omite as informações. Parece que a Petrobrás comprou uma fábrica velha de reciclagem de papel na Sibéria. Não, Pasadena é uma refinaria situada no lugar mais nobre do mundo do petróleo, às margens do canal de Houston, Texas. por:Miguel do Rosário

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FHC: Como o “ele sabia” da Veja varia conforme o “freguês” e o Estadão não lê o Estadão

Mais um que não sabia de nada. A capa sequer menciona o nome de Fernando Henrique, mesmo que a revista contenha a denúncia não de um “bandido profissional” (copyright Sérgio Moro, sobre Alberto Youssef), mas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro do próprio FHC. A capa da Veja aí de cima é, evidente, uma montagem. A reprodução, ao lado, não. Está na edição da revista de 8 de maio de 2002. A capa sequer menciona o nome de Fernando Henrique, mesmo que a revista contenha a denúncia não de um “bandido profissional” (copyright Sérgio Moro, sobre Alberto Youssef), mas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro do próprio FHC. E não apenas por ele, mas também por Paulo Renato de Souza, então ministro da Educação, morto em 2011. A entrevista de Barros está aqui e aqui, na parte de baixo das páginas, na íntegra. A memória implacável de meu bom amigo Apio Gomes – e seus arquivos igualmente impiedosos – chegam-me por e-mail sobre esta exploração sobre o fato de ter havido um encontro, no dia 31 de janeiro de 2006,  entre Lula, na Presidência, e Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento, em companhia do então presidente da Petrobras José Sergio Gabrielli e outras pessoas estar sendo tratada como “indício” de envolvimento do ex-presidente com as malfeitorias do ex-diretor.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] É assim: quando se quer, a afirmação “passa batido” e vai para o “pé” da matéria; quando convém, uma mera suposição vira manchete. O “caso” atual foi  “levantado” pelo Estadão com “base” num relatório de auditoria da Petrobras que simplesmente listou, nada mais,   as viagens de diretores da empresa e outros funcionários no período que antecedeu a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA. O que basta para o ex-vetusto jornal paulista dissesse que a ida de Costa a Brasília”indica” que foi tratar  com Lula sobre Pasadena. Até porque o Estadão sabe que Gabrielli estava no dia apontado como o sendo o da reuniãoe se Lula fosse participar do que não devia não iria fazer isso numa “assembleia”. O Estadão deixa de lado que tinha acabado de estourar a crise com a Bolívia, por conta das refinarias da Petrobras,  que o presidente da petroleira estatal de petróleo boliviana, Eduardo Vardala, tinha anunciado, dias antes, que “pretendia estatizar” numa entrevista à France Press. As refinarias, como se sabe, são área da Diretoria de Abastecimento e, portanto, na época, àquele cidadão, o que deveria ser considerado um possível bom motivo para sua presença por lá, numa reunião com o Presidente, não é? Para saber disso nem é preciso ter uma memória fantástica como a do amigo que me enviou a Veja. Basta ler no Estadão todas as informações que dei e que o jornal paulista não deu, muito menos a revista  dos Civita. No Estadão do dia seguinte à tal “reunião reveladora”, 1° de fevereiro, que se não tiverem por lá a gente tem aqui, capturado online e que pode ser vista e lida aqui. Há motivos para uma reunião que não passam, necessariamente, sobre Pasadena. Quando imprensa trabalha com vontades e não fatos, deixa de lado até o que ela própria publicou. Deveriam entronizar o Rubens Ricúpero e seu “o que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”.

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Lava Jato: Lula tratou de pasadena com ex-diretor corrupto da petrobras

Paulo Roberto Costa, hoje cumprindo pena de prisão domiciliar por corrupção, era diretor de Abastecimento quando viajou a Brasília para se reunir com o então presidente Lula, em 2006, para tratar da compra da refinaria de Pasadena, localizada no Texas (Estados Unidos),um mês antes da autorização para fechar o negócio, um dos mais lesivos para a estatal brasileira. Avaliada um pouco antes por US$ 42m5 milhões, a refinaria acabaria custando mais de US$ 1,3 bilhão à Petrobras. Essa reunião entre o diretor corrupto e Lula consta de uma agenda integrantes de relatório intitulado “Viagens Pasadena”, no qual a companhia lista deslocamentos feitos por seus funcionários e executivos, no Brasil e no exterior, em missões relacionadas ao negócio, considerado um dos piores da história da petroleira. Conforme o documento, o encontro entre Lula e Costa se deu em 31 de janeiro daquele ano, no Palácio do Planalto, exatos 31 dias antes de o Conselho de Administração da Petrobrás, na época chefiado pela então ministra da Casa Civil Dilma Rousseff, dar aval à aquisição de 50% da refinaria. O ex-presidente nunca admitiu participação nas tratativas para a aquisição, que, segundo auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), causou prejuízo de US$ 792 milhões aos cofres públicos.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] A conversa foi inscrita na agenda de Lula apenas como “Reunião Petrobrás”. Mas o Planalto não descreveu, na época, quais foram os participantes. O relatório mostra que o ex-diretor ficou em Brasília dois dias, retornando em 1º de fevereiro. O motivo registrado foi “reunião com o presidente Lula”. Questionado sobre a agenda com Costa, o ex-presidente afirmou, por meio de sua assessoria, que “a reunião com a Petrobrás” foi “há mais de nove anos” e “não tratou de Pasadena”. Não informou, contudo, qual foi, então, a pauta debatida. A revelação é de reportagem de Fábio Fabrini e Fausto Macedo, do jornal O Estado de S. Paulo. A assessoria de Lula sustentou ainda que o ex-presidente nunca teve uma conversa “particular” com o ex-diretor e que, na ocasião, o encontro “teve a presença” do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli. A relação de viagens mostra que Gabrielli foi a Brasília no mesmo período para “reunião no Palácio do Planalto”. À reportagem, ele disse não se recordar do compromisso e que, não necessariamente, estava no prédio da Presidência para falar com Lula naquele dia. “Não me lembro dessa reunião”, afirmou. “Duvido que tenha acontecido isso”, disse, alegando que Costa “não tinha nada a ver com Pasadena”. Investigação O documento da Petrobrás foi produzido para subsidiar as investigações da comissão interna que apurou irregularidades na compra de Pasadena. Além da viagem de Costa a Brasília, constam outros 209 deslocamentos de profissionais da estatal, ligados à aquisição e à gestão da refinaria americana, entre março de 2005 e fevereiro de 2009. Não há menção à agenda do ex-diretor de Abastecimento com Lula no relatório final da comissão, que responsabiliza, além do próprio Costa, o ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró, Gabrielli e outros dirigentes da época. O ex-diretor não foi questionado sobre o encontro quando, em agosto do ano passado, a comissão enviou a ele um questionário sobre sua participação na compra de Pasadena. Costa respondeu quando cumpria prisão preventiva em Curitiba. Acusado e já condenado por envolvimento no esquema de corrupção da Petrobrás, Costa ficou preso de março a maio e de junho a setembro do ano passado na carceragem da Polícia Federal na capital paranaense. Em setembro, após firmar um acordo de delação premiada na Operação Lava Jato, ele foi encaminhado para prisão domiciliar, no Rio de Janeiro. Propina. Aos investigadores, o ex-diretor confessou, entre outras irregularidades, ter recebido propina de US$ 1,5 milhão para não atrapalhar a polêmica compra de Pasadena, feita em duas etapas, entre 2006 e 2012, ao custo de US$ 1,2 bilhão. O prejuízo apontado pelo TCU é de quase 70% do valor pago. Dilma alega que só aprovou a compra dos primeiros 50% da refinaria, em 2006, porque desconhecia aspectos prejudiciais do negócio. Em nota ao Estado, em março do ano passado, ela justificou que, ao tomar a decisão, se embasou num relatório técnico e juridicamente falho, apresentado por Cerveró ao Conselho de Administração, que não citava duas cláusulas. Uma delas, a Marlim, garantia rentabilidade mínima de 6,9% ao ano ao Grupo Astra Oil, sócio da Petrobrás no empreendimento, mesmo que a refinaria fosse deficitária. A outra (Put Option) assegurava à parceira o direito de vender sua parte à estatal em caso de desacordo. Em nota enviada na quarta-feira, o Palácio do Planalto reiterou que Dilma só foi informada da omissão sobre a cláusula Marlim no parecer em junho de 2008, em outra reunião do colegiado. E que não tratou de Pasadena, quando ministra, com Lula. “A ministra-chefe da Casa Civil não tratou da compra da refinaria com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva”, afirmou. Procurado pela reportagem desde a semana passada, o advogado de Costa, João Mestieri, não se pronunciou.

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Lucro de Refinaria de Pasadena deixa TCU em posição desconfortável: o negócio é um sucesso!

Com a divulgação, pela Petrobras, de seu relatório especial sobre a Refinaria de Pasadena, a população brasileira, que vinha sendo contaminada com informações agourentas sobre o negócio realizado, é informada de que o lucro líquido da estatal com ela neste 1º semestre de 2014 foi de US$ 73 milhões, isto é, R$ 160 milhões. Isso quer dizer que Pasadena pode pagar em menos de dois anos os R$ 700 milhões de prejuízo calculados pelo relator José Jorge, do TCU, e com sobra! Com isso, o relator José Jorge, que no governo Fernando Henrique ocupou o ministério da Energia, fica em posição desconfortável, já que até agora ninguém havia se lembrado de lhe cobrar o prejuízo, à sua época, de US$ 1,5 bilhão pelo afundamento da plataforma P-36, pois afinal desastres acontecem e há que se ter compreensão para tais fatos. Abaixo, para o conhecimento de vocês, o post publicado no blog da Petrobras. Conheça o histórico da aquisição de Pasadena Visão noturna da Refinaria de Pasadena (2007) Pasadena é um complexo de refino e comercialização, localizado no Texas, às margens de importante via navegável, fazendo parte de um centro refinador de 2 milhões de barris por dia e exportador de derivados para o mercado norte americano. A refinaria está em plena atividade, tem capacidade de refino de 100 mil barris por dia e, no momento, opera de forma rentável com petróleo leve disponível nos Estados Unidos a partir do crescimento da produção local de óleo não convencional (tight oil).[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] À época da aquisição dos 50% iniciais, em 2006, o negócio foi considerado potencialmente bom e atendia aos pressupostos do Plano Estratégico da Petrobras, contemplando os investimentos a serem feitos para que a Refinaria passasse a processar petróleo pesado da Petrobras, mediante a implementação de projeto de ‘’Revamp” na refinaria. Mas, com a crise econômica nos EUA a partir de 2008 e consequente queda na demanda de derivados, as margens de refino caíram significativamente. Além disso, o preço do petróleo que tinha também se reduzido a partir de agosto de 2008 e em 2009, voltou a se elevar de 2010 em diante, não deixando margens para operar a refinaria de forma lucrativa. Nesse quadro, as condições financeiras e econômicas dos negócios no segmento do refino tornaram-se críticas em todo o mundo no pós-crise de 2008. Assim, por conta de uma crise econômica mundial, um negócio potencialmente bom transformou-se em um empreendimento com baixo retorno, o que levou inclusive ao reconhecimento contábil de perdas de US$ 530 milhões, as quais podem ser revertidas no futuro. Em 2007, houve desentendimentos entre os sócios a respeito do projeto de “Revamp”, ou seja, sobre os investimentos a serem feitos para que a Refinaria passasse a processar petróleo pesado da Petrobras. Outros dois fatores impactaram profundamente o negócio. A descoberta de vastas reservas de petróleo no pré-sal em 2007 e o acentuado crescimento da demanda de derivados no mercado brasileiro, recomendaram a prioridade de investimentos no segmento de exploração e produção de óleo e na expansão do refino no Brasil. Dessa forma os investimentos previstos para adaptar a refinaria de Pasadena para processar óleos pesados brasileiros (mais barato) perderam a prioridade, não só por causa da falta de rentabilidade decorrente da crise mundial como também pela melhor oportunidade para processar esses óleos no Brasil. Entenda a cronologia do empreendimento: 1999 – 2004: Expansão do refino no exterior Desde 1999, a Petrobras tinha o objetivo de expandir o refino no exterior. Crescia o potencial de produção de petróleo no Brasil, mas o mercado de derivados estava estagnado e não havia capacidade de refino para o volume de óleo pesado descoberto. O óleo pesado é mais denso e exige refinarias mais complexas, para que dê origem a produtos mais leves e valorizados. Ele era exportado, por exemplo, para os EUA com elevado deságio por ser pesado. A aquisição de refinarias e sua adaptação para processar o óleo Marlim (pesado) no exterior permitiriam, portanto, agregar valor ao óleo pesado, entregando derivados valorizados localmente. Esse posicionamento foi formulado em 1999 (Visão 2010) e confirmado em 2004 (Visão 2015) no Plano Estratégico da empresa. 2004: Astra compra Pasadena da empresa Crown Em 2004, a empresa Astra assinou contratos com a empresa Crown para aquisição de Pasadena. Conforme apuramos, o valor desembolsado pela Astra, antes da venda para a Petrobras, foi estimado em US$ 360 milhões (equivocadamente circula informação que o custo para Astra teria sido somente US$ 42,5 milhões).   2005 – 2006: Astra oferece parceria em Pasadena à Petrobras Após mapeamento que apontava efetiva oportunidade de operação no Golfo do México e oferta da Astra propondo parceria, iniciamos a avaliação da Refinaria de Pasadena: • Era um complexo localizado em um importante “hub” (centro) de movimentação de petróleo e derivados, em um mercado que crescia; • Apresentava preço atrativo, já que Pasadena era uma refinaria de óleo leve. Por não ser ainda adaptada para processamento de óleo pesado, custava bem mais barato do que outras refinarias já adaptadas; • Tinha o diferencial de contar com licenças e espaço físico (terreno) necessários para ser transformada em uma refinaria maior e capaz de processar óleo pesado Marlim, para o que Petrobras e o sócio investiriam na remodelação da unidade (“Revamp”); • Contava com acesso a um grande parque de armazenamento de petróleo e derivados e com contratos de comercialização e de acesso à infraestrutura para escoamento de derivados; • Dominava, ainda, conhecimentos para operar no mercado norte-americano, por meio da companhia de “trading”, uma empresa de comercialização de petróleo e derivados; • Astra não era especialista em refino e vira na associação com a Petrobras uma oportunidade para juntas crescerem no mercado. A Petrobras analisara várias outras oportunidades, e chegou a fazer ofertas em outras refinarias americanas, sem sucesso. Em Pasadena, as negociações tiveram êxito. A parceria da Petrobras com a Astra unia competências em refino com competências na comercialização local, incluindo uma carteira de clientes para toda a produção da Refinaria de Pasadena. Contava, ainda, com escoamento garantido para os derivados e acesso

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