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Metáforas – Urubu – Pvão – Peru

O que seria de mim sem as metáforas? O urubu disse para o lindo faisão; você é lindo mas não voa, eu sou feio mas sei voar… os dois decidiram cruzar e se unir imaginando que dessa união tivessem filhos lindos e que soubessem voar. Nasceu um peru! É muito mais feio e não sai um centímetro do chão. Ps. Entenderás não né pavoa? [ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”]

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O misterioso (e eficiente) observatório solar construído por civilização desconhecida

O complexo, localizado em Casma, na costa peruana e 365 km ao norte de Lima, servia para sinalizar com grande exatidão os solstícios, equinócios e diferentes datas do calendário a partir da posição do Sol. As 13 torres marcam o percurso do Sol durante todo o ano Direito de imagem FUNDO MUNDIAL DE MONUMENTOS Vistas do alto, as 13 torres se parecem com o corpo de um imenso réptil estendido no deserto. Mas são, na verdade, edifícios de pedra que fazem parte do Chankillo (ou o Templo das 13 Torres), construídos há 2,3 mil anos – formando, segundo evidências arqueológicas, o observatório mais antigo das Américas.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Duplo”] Só que até hoje ninguém sabe quem construiu o local, que conta ainda com um templo e uma praça feitos de pedra e dedicados ao culto do Sol. O complexo, localizado em Casma, na costa peruana e 365 km ao norte de Lima, servia para sinalizar com grande exatidão os solstícios, equinócios e diferentes datas do calendário a partir da posição do Sol. Agora, sua restauração está sendo financiada pelo Fundo Mundial dos Monumentos (WMF, na sigla em inglês), depois de terem sido identificados fortes desgastes causados pelos fortes ventos, a umidade, os tremores de terra e as mudanças de temperatura no deserto. Ainda assim, “trata-se de um exemplo magistral de uso da paisagem para medir o tempo”, afirma a delegação permanente do Peru na Unesco (braço da ONU para a cultura). Mas como funciona esse antigo calendário, que tem serventia até os dias atuais? Precisão Arqueólogos estimam que Chankillo tenha sido habitado entre 500 e 200 a.C. As 13 torres, que medem entre 2 e 6 metros de altura, se alinham de norte a sul ao longo de uma colina. Ainda é possível identificar solstícios e equinócios a partir das 13 torres Direito de imagem FUNDO MUNDIAL DE MONUMENTOS Em 21 de dezembro, quando ocorre o solstício de verão no hemisfério Sul, o Sol surge à direita da primeira torre, na extrema direita. À medida que os dias passam, o Sol se move entre as torres rumo à esquerda. Pode-se calcular a data ao ver qual torre coincide com a trajetória dele ao amanhecer. Em 21 de junho, solstício de inverno no Sul, o Sol sai pela esquerda da última torre na extrema esquerda. E vai se movendo rumo à direita, para voltar a iniciar o ciclo no dezembro seguinte. “Os habitantes de Chankillo conseguiam determinar a data com uma precisão de dois a três dias”, diz o WMF. Os astrônomos das 13 torres tinham ao menos dois pontos de observação: um para o amanhecer e outro para o pôr do sol. Mas é possível que haja ainda mais locais, crê o arqueólogo Iván Ghezzi, diretor do Museu Nacional de Arqueologia e História do Peru e diretor do chamado Projeto Chankillo. Acima, uma das passagens que levam à plataforma de observação das 13 torres Direito de imagem FUNDO MUNDIAL DE MONUMENTOS O conhecimento dos dias do ano pode ter sido aplicado na agricultura (para calcular datas de plantio e colheita), mas acredita-se que o propósito principal fosse “a organização de um calendário cerimonial”, diz Ghezzi à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC. E Chankillo tem uma localização privilegiada: fica próximo às colinas de Mongón, “que formam uma barreira natural à neblina, o que explica em parte a excepcional visibilidade do observatório”, explica o especialista. Por isso, Chankillo está inscrito em uma lista preliminar de lugares propostos para o Patrimônio Mundial da Humanidade na Unesco. “Representa uma obra-prima do gênio criativo humano”, diz o documento que embasa a candidatura. Mas quem construiu Chankillo? O local foi erguido por uma “civilização suficientemente organizada (capaz de) construir esse grande monumento em um período relativamente curto, talvez apenas 25 anos”, prossegue Ghezzi. Mas até hoje ninguém sabe qual civilização é essa. “(O local) pertence a uma cultura ainda desconhecida, aproximadamente do ano 200 a.C., que não está relacionada às culturas (pré-incas) já conhecidas da época”, diz o arqueólogo. Todo o complexo foi dedicado ao culto do Sol, mas ninguém sabe quem o construiu – Direito de imagem CÉSAR ABAD E DANIEL MARTÍNEZ Acredita-se que esta parte fosse destinada à proteção do local, que acabou sendo pilhado por um culto rival – Direito de imagem FUNDO MUNDIAL DE MONUMENTOS Para que essa civilização receba um nome, ele diz que ainda é preciso “saber muito mais sobre seu meio de vida, religião, idioma e etc”. “Por enquanto, temos apenas a informação de que (faziam) o culto ao Sol.” Para o WMF, Chankillo “indica que o culto ao Sol existia nos Andes cerca de dois milênios antes do já conhecido culto solar (ao deus Inti) do Império Inca”. Mas se não sabemos como essa cultura começou, pelo menos já temos algumas pistas de como ela terminou. “O local foi atacado por cultos rivais ao de Chankillo. O templo principal foi destruído e soterrado, e toda a região foi abandonada repentinamente”, conta Ghezzi. E como sabemos que o local foi realmente um observatório solar? As torres de Chankillo não têm nenhum outro propósito aparente senão o de marcar as posições do Sol. “Diferentemente de outros observatórios do mundo que marcam apenas uma ou duas datas, as observações em Chankillo cobrem todo o ciclo anual do Sol”, diz o documento que pleiteia o reconhecimento da Unesco. De acordo com o texto, “o observatório astronômico de Chankillo é único e excepcional, não apenas no Peru e nas Américas, mas em todo o mundo”. O projeto de Chankillo está em harmonia com a paisagem do deserto – Direito de imagem CÉSAR ABAD E DANIEL MARTÍNEZ As 13 torres contam com escadarias, que levam ao topo da estrutura – Direito de imagem CÉSAR ABAD E DANIEL MARTÍNEZBBC

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Por que o fujimorismo continua tendo apoio no Peru?

A candidata de centro-direita Keiko Fujimori venceu o primeiro turno das eleições presidenciais no Peru, segundo apontam os primeiros resultados. Keiko Fujimori se apresenta como candidata pela segunda vez pelo partido Força Popular – Image copyright AFP Com dois quintos dos votos computados, Fujimori somava 39% dos votos e caminhava para enfrentar Pedro Kuczynski, um ex-economista do Banco Mundial, em um segundo turno em junho. Kuczynski somava 24% dos votos, enquanto a candidata de esquerda Veronika Mendoza tinha 17%. Keiko Fujimori, 40 anos, filha do ex-presidente do Peru Alberto Fujimori (governou entre 1990-2000), diz que enfrentar o crime será sua prioridade caso seja eleita.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Ela tem apoio de setores da população que creditam a seu pai a derrota do grupo guerrilheiro Sendero Luminoso. Mas outros peruanos rejeitam qualquer nome associado ao ex-presidente, que hoje cumpre pena de 25 anos de prisão por ter autorizado a ação de grupos de extermínio contra civis durante sua ação contra a guerrilha. Alberto Fujimori está preso cumprindo pena de 25 anos por corrupção e violação de direitos humanos. Image copyright AP   Keiko se apresenta como candidata pela segunda vez pelo partido Força Popular. Embora busque marcar distância em relação ao pai, sua aspiração inevitavelmente acaba associada à gestão de Alberto Fujimori. O sobrenome atrai tanto simpatizantes como detratores. Por que o fujimorismo continua tendo tanta força no Peru? A candidata de direita desperta paixões sobretudo em setores populares, que atribuem a seu pai o fim do terrorismo e da crise econômica que o país enfrentou nos anos 1980. Mas também gera forte rejeição entre aqueles que não esquecem porque o ex-presidente está na cadeia. A insegurança aumentou no Peru e há setores da população que acreditam que Keiko seja a mais preparada para lidar com esse problema, apontam analistas. Image copyright Getty Os opositores de Alberto Fujimori apontam que ele foi um líder autoritário que abusou das instituições para se manter no poder e que fugiu para o Japão por um caso de corrupção sem precedentes no país. Ele foi condenado em 2009 pelas chacinas de Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), onde 25 pessoas morreram por ação de um grupo militar à paisana, e pelo sequestro de um jornalista e de um empresário em 1992. Keiko Fujimori promete não cometer os “erros” do governo do pai, porém seu discurso desperta suspeita em alguns setores. Especialistas dizem ainda que ela poderá enfrentar dificuldades no segundo turno. Imagem própria Para especialistas consultados pela BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, o voto antifujimorista no segundo turno deverá se concentrar em Pedro Pablo Kuczynski. Isso porque embora a filha do ex-presidente tenha defendido o respeito aos direitos humanos na campanha, há quem considere isso insuficiente para dissociá-la da herança do pai. Quando Alberto Fujimori (à esq.) se divorciou da mulher, a filha Keiko Fujimori (dir.) exerceu as funções de primeira-dama – Image copyright AP “É muito difícil limpar a imagem”, aponta o peruano Carlos Manuel Indacochea, professor de Relações Internacionais da Universidade George Washington (EUA). “Sempre que se faz uma barganha moral crimes são chamados de erros. Mas o fujimorismo não cometeu erros; as malas de dinheiro que Fujimori enviou ao Japão com seu cunhado embaixador não foram um erro”, completa. “É muito fácil dizer coisas, mas para que as pessoas acreditem em você é preciso sofrer, pagar um preço. Ela deveria ter enfrentado o pai, suportado a saída de alguns membros históricos do partido. Isso não ocorreu, então muita gente não acredita nela”, diz Peter Levitsky, professor de Governo da Universidade de Harvard (EUA), que no ano passado convidou Keiko para uma conferência aberta com alunos. Levitsky diz que as acusações de corrupção, violação de direitos humanos e de apoio a um “regime autoritário” não são contra ela, mas seu partido, porém ela “jamais rompeu com a sigla”. Michael Shifter, presidente do centro de análise política Diálogo Interamericano e especialista em Peru, afirma que Keiko é uma figura com “certa habilidade política, que esteve no Congresso e construiu uma base de apoio, mas tem seu limite”. Na reta final da campanha houve protestos de rua contra Keiko Fujimori, coordenados por movimentos sociais e de direitos humanos Mesmo que ela tenha um discurso mais aberto como candidata, Shifter diz ser preciso levar em conta quem está próximo da candidata. “Muita gente de sua equipe era da equipe de seu pai, e isso gera resistências em setores da sociedade que possuem más lembranças dos anos de violações aos direitos humanos, corrupção e de um ambiente muito polarizado”. Simpatizantes em redes sociais defendem Keiko. “São jovens cujos pais contaram a verdade sobre os anos de terrorismo e que o presidente que teve a coragem para acabar com isso foi o pai de Keiko, por isso a seguem fielmente e são o pilar em que ela se apoia”, escreveu René Dulanto na página de Facebook “Jóvens com Keiko”. Favoritismo Apesar das ressalvas, Keiko venceu o primeiro turno após liderar com folga as pesquisas. Quais são as razões? “Primeiro porque não havia muitas opções e seus rivais foram piores do que ela”, diz Peter Levitsky. “Os partidos que já foram autoritários normalmente não têm maioria, mas conservam certo nível de apoio na sociedade que serve como piso eleitoral. Muitas vezes mantêm redes que ajudam na organização, e o fujimorismo é assim.” Alguns peruanos atribuem a recuperação econômica e o fim do terrorismo ao governo de Alberto Fujimori – Image copyrightReuters Levitsky atribui o “êxito relativo do fujimorismo” ao “colapso” do restante dos partidos e ao fato de Keiko ser uma “candidata de talento”. “Não é muito carismática, mas é disciplinada, trabalha, aprende e é uma boa política”, afirma o especialista. Indulto ao pai Um dos temas que levantam mais suspeitas no eleitorado contra Keiko é a possibilidade de que conceda indulto a seu pai. A candidata já disse que deixará a questão com o Judiciário. “O problema é que ninguém no Peru acredita que o poder judicial seja independente”, afirma Levitsky. Caso vença as eleições, Keiko Fujimori enfrentará

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Conheça Verónika Mendoza, a candidata da esquerda que defende o fim do ciclo neoliberal no Peru

Entre as propostas defendidas pela candidata franco-peruana para o país estão mudar a Constituição neoliberal de 1993 e implementar reformas econômicas e sociais de caráter progressista, com maior presença do Estado na economia. Agência Efe Entre as propostas defendidas pela candidata franco-peruana para o país estão mudar a Constituição neoliberal de 1993 e implementar reformas econômicas e sociais de caráter progressista, com maior presença do Estado na economia Se Verónika Mendoza, nascida em 9 de dezembro de 1980, fosse um mês mais nova, teria que esperar até 2021 para se candidatar à presidência do Peru por não cumprir a idade mínima legal para postular a vaga. Ela cumpriu os 35 anos exigidos apenas um mês antes de vencer o prazo de inscrição no JNE (Júri Nacional de Eleições), após ganhar as prévias, na qual venceu, inclusive, o ex-sacerdote Marco Arana, líder do Terra e Liberdade, principal partido da coalização Frente Ampla.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Se cumprir o objetivo de ganhar a disputa pela Presidência do Peru, Verónika Mendoza será a chefe de Estado mais jovem da história do país, recorde mantido atualmente por um de seus rivais, o neoliberal Alan García, que chegou ao cargo em 1985, quando ela tinha cinco anos. Verónika fez uma campanha de poucos recursos e surpreendeu ao vencer as prévias da Frente Ampla Entre as propostas defendidas por ela para o Peru estão mudar a Constituição neoliberal de 1993 e implementar reformas econômicas e sociais de caráter progressista, com maior presença do Estado na economia, poder de decisão sobre a exploração dos recursos naturais, luta contra a corrupção e maior participação cidadã na política. Leia também sobre as eleições no Peru: Ollanta Humala traiu projeto nacionalista, diz candidata de esquerda à Presidência do Peru Verónika Mendoza, da Frente Ampla, é a candidata em ascensão na disputa presidencial peruana A arremetida de Verónika Mendoza Entrevista: Candidata da esquerda à presidência do Peru é alvo de guerra suja dos meios de comunicação, diz deputado Duas mulheres disputam as eleições no Peru Feridas da ditadura Fujimori voltam a sangrar no Peru O Peru na reta final das eleições Nascida na cidade de Cusco — histórica capital do império Inca —, filha de mãe francesa, Gabrielle Frisch, e pai peruano, Marcelino Mendoza, tem ambas as nacionalidades. Estudou Psicologia, Educação e Antropologia na França e, como escreveu em uma autobiografia de 2011, a permanência em Paris “não só contribuiu com minha formação acadêmica, mas também e principalmente com a minha consciência política”. Surpreendentemente, foi no país europeu que Mendoza aprendeu a falar quéchua. Peru: A um mês da eleição presidencial, Justiça impugna 2 candidatos; Fujimori é beneficiada Para ativistas, leis antiterrorismo criadas por pressão internacional criminalizam movimentos sociais na América Latina Justiça decide pela manutenção de Keiko Fujimori nas eleições presidenciais do Peru “A vida política dinâmica e associativa francesa me enriqueceu muito e assim compreendi que sem lutas não há vitórias, que o bem-estar social nunca é um presente das elites, mas uma conquista do povo organizado”, escreveu em sua autobiografia. “Apropriei-me da história política de meus pais: meu pai foi militante da Esquerda Unida e fundador do SUTEP (sindicato dos professores); minha mãe foi militante do Partido Socialista Unificado Francês e partícipe da revolução cultural, social e política de Maio de 1968”, contou. Em 2004, se integrou na França a um núcleo de peruanos em apoio ao nascente Partido Nacionalista, do hoje presidente Ollanta Humala, no qual desempenhou diversas funções no âmbito das relações internacionais. Em 2011 foi eleita parlamentar, representando Cusco. Agência Efe Apoiadores de Verónika no encerramento de campanha realizado na última quinta-feira (07/04) em Lima Entretanto, em junho de 2012 renunciou ao Partido Nacionalista por divergências políticas, devido à repressão de um protesto ambientalista dos moradores da província cusquenha de Espinar. Ela se integrou à bancada da coalizão parlamentar Frente Ampla-Ação Popular, que faz oposição a Humala. Já em 2015, formou o grupo Sembrar, que a promoveu na eleição interna para a candidatura da Frente Ampla à presidência, ganhando de forma inesperada, pois o favorito era o ex-sacerdote Arana. Com uma campanha modesta, percorreu o país e recebeu, no trecho final da disputa, um apoio crescente. Segundo dados do Instituto Datum divulgados em 2 de abril, oito dias antes das eleições, Verónika tem 14,8% das intenções de voto e está tecnicamente empatada com Pedro Pablo Kuczynski (do “Peruanos por el Kambio”), com chances reais de disputar o segundo turno com Keiko Fujimori — filha do ex-ditador Alberto Fujimori —, que lidera as pesquisas com 36,1% de preferência dos eleitores.   Texto publicado originalmente pela Prensa Latina

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Eleições no Peru: Sob protestos, filha de ex-ditador peruano lidera eleições presidenciais

Mesmo com manifestações que levaram 50 mil peruanos às ruas, Keiko Fujimori lidera as intenções de voto para as eleições no próximo domingo, 10. Keiko Fujimori lidera as intenções de voto com 33% (Foto: Wikimedia)  A candidata à presidência do Peru Keiko Fujimori, filha do ex-ditador Alberto Fujimori, lidera as pesquisas para o primeiro turno das eleições que ocorrerão no próximo domingo, 10, mesmo com os protestos que levaram mais de 50 mil pessoas às ruas do país na última terça-feira, 5. As manifestações que ocorreram na capital Lima e em outras 20 cidades pelo país evidenciam o receio de parte da população peruana de que uma possível administração de Keiko remeta às políticas consideradas autoritárias do mandato de seu pai (entre 1990 e 2000), conhecido pelo “autogolpe” em 1992 que fechou o Congresso.[ad name=”Retangulo – Anuncios – Direita”] Os manifestantes levaram às ruas cartazes que diziam “fujimorismo nunca mais” e “não a Keiko”. É a segunda vez que Keiko se candidata à presidência do país. Após uma primeira campanha fracassada, ela, atualmente, lidera as intenções de voto com 33%, abrindo uma vantagem confortável sobre os concorrentes. O economista conservador Pedro Paulo Kuczynski (conhecido como PPK) é o segundo nas intenções de voto, com 16%, e a esquerdista Veronika Mendoza tem 15%. Apesar da vantagem da candidata, especialistas acreditam que a eleição deve ir para segundo turno, devido ao alto índice de rejeição de Keiko, cerca de 52%. Fujimorismo O governo de Alberto Fujimori ficou conhecido por suas medidas autoritárias, por condenações e mortes extrajudiciais e pela corrupção. A organização não-governamental Transparência Internacional calcula que tenham sido desviados cerca de US$ 600 milhões dos cofres públicos durante a administração de Fujimori. Keiko , tentando atingir um outro grupo de eleitores, adotou uma estratégia diferente nestas eleições. Ao contrário de anos anteriores, ela adotou um discurso mais flexível e não tão atado às bandeiras defendidas por seu pai. Desse modo, Keiko diz reconhecer falhas na administração de seu pai, criticando por exemplo, o fechamento do Congresso e o abuso de direitos humanos. Ela chegou a declarar ser a favor da união civil entre homossexuais e do aborto em situações de risco para grávidas. No entanto, mesmo com as críticas e manifestações contra a candidata, há camadas que apoiam um possível mandato fujimorista. “São as populações dos Andes, sempre esquecidas, que se lembram de Fujimori como o único que foi até lá e construiu uma ponte, uma escola. Por outro lado, está o alto empresariado do país, que se beneficiou de suas políticas de abertura econômica. O desafio de Keiko é conquistar quem está no meio”, afirma José Carlos Paredes, biógrafo de Keiko Fujimori. Fontes: Washington Post-Disgraced leader’s daughter leads Folha de S. Paulo-Sob protesto, filha do ex-ditador Fujimori é favorita na eleição no Peru

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